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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS - AULA 5 - TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - História e Modelos

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a terapia cognitivo-comportamental: 
história e modelos
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS 
Aula 5
ORIGEM histórica
► Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) foi desenvolvida, aprimorada e extensamente difundida na Europa e nos Estados Unidos a partir da década de 1980. 
■ Estruturada, orientada para o momento presente, direcionada à resolução de problemas e à modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais.
► A TCC teve como origem a Terapia Comportamental – movimento da década de 1960. 
■ Sustentado por trabalhos de Pavlov sobre o condicionamento clássico, de Thorndike sobre a aprendizagem e de Skinner sobre o condicionamento operante. 
● “Variáveis independentes”– as causas do comportamento – são as condições externas das quais o comportamento é função. 
● Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual → Esta é a “variável dependente” → O efeito da causa.
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
► Análise funcional como instrumento do terapeuta comportamental:
■ SD → R → SR, em que: SD (antecedentes), R (resposta) e SR (consequências).
■ Auxiliar o indivíduo a modificar a relação entre a situação que está associada ao comportamento “desadaptativo” e sua reação emocional desencadeando-se consequentes à circunstância do evento estressor.
► Características importantes da Terapia Comportamental: → Aprendizagem de uma nova modalidade de reação. 
1. Ênfase nos determinantes atuais do comportamento, em vez dos determinantes históricos. 
2. Ênfase na mudança do comportamento manifesto (aquilo que é visto, ou se apresenta) como o principal critério pelo qual se avalia o tratamento.
3. Ênfase à especificação (objetivação) do tratamento em termos objetivos.
4. Ênfase na investigação básica em psicologia, com o objetivo de gerar hipóteses gerais sobre o tratamento e as técnicas terapêuticas específicas;.
5. Ênfase naquilo que é específico nas definições e explicações do tratamento e de seu controle e medição dos resultados.
► A Terapia Comportamental passou a considerar a combinação de procedimentos verbais e de ação, enfatizando os determinantes atuais, e de maneira alguma descarte dos determinantes históricos. 
■ Foca a solução de problemas, a construção científica e as investigações de laboratório. 
■ Se constitui em uma abordagem que se aplica a todas as classes de transtornos, de situações ou lugares, mas de maneira alguma, tida como um remédio total. 
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL NA ATUALIDADE
modelo de Albert Ellis
 TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA – (TER)
► TER (Terapia Racional Emotiva) → “A perturbação emocional não é criada pelas situações, mas pelas interpretações dessas situações.”
■ Tanto as emoções como os comportamentos são produtos das crenças de um indivíduo, ou seja, do modo como ele interpreta a realidade. 
■ Ajudar o paciente na identificação de seus pensamentos irracionais = disfuncionais → substituí-los por outros mais racionais e efetivos, que lhe permitam atingir suas metas.
● Crenças ilógicas → Pouco empíricas → Dificultam em atingir as metas → Irracionais.
● Crenças lógicas → Promovem o raciocínio adequado → Racionais.
► A compreensão dos problemas emocionais e as intervenções terapêuticas adotadas estão pautadas na forma de pensar do indivíduo e nas crenças que serão desenvolvidas sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e do mundo em geral.
Ellis desenvolve um esquema chamado por ele de ABC:
► Os indivíduos não são perturbados pelos fatos, mas sim pelas suas próprias opiniões acerca deles. 
► Com base nas avaliações das situações que o indivíduo realiza sobre si mesmo, este pode estabelecer distorções cognitivas.
■ As distorções cognitivas são basicamente maneiras erradas de processar uma informação, ou seja, interpretações erradas do que ocorre ao nosso redor, gerando múltiplas consequências negativas.
modelo de Albert Ellis
 TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA – (TER)
A = situação 
B = sistema de crenças e valores
C = resultados ou consequências
	DISTORÇÕES COGNITIVAS MAIS FREQUENTES	
	PENSAMENTO DICOTÔMICO 	→ O pensamento que define as situações nas alternativas do é “tudo ou nada” 
	PENSAMENTO ADIVINHATÓRIO	→ O pensamento que busca adivinhar o futuro.
	NEGATIVIDADE	→ O pensamento que tende a se centrar no negativo .
	DESQUALIFICAÇÃO	→ O pensamento que tende a desqualificar o positivo.
	DESVALORIZAÇÃO	→ O pensamento de visar minimizar (diminuir) os fatos.
	RACIOCÍNIO EMOCIONAL	→ O pensamento tomado pelo raciocínio emocional.
	ROTULAÇÃO	→ O pensamento que busca rotular e super generalizar fatos.
	PERSONIFICAÇÃO	→ O pensamento que procura personalizar, trazer para si mesmo, tudo o que acontece.
modelo de Albert Ellis
 TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA – (TER)
► Mudanças em B → Refutação ou Contraposição cognitiva.
■ As distorções tenderão a ser corrigidas, pela substituição de crenças irracionais por crenças racionais e eficazes. 
■ A exploração da conexão de B → C (B que provoca um resultado em C) por meio da uma nova interpretação, a partir do entendimento da consequência, facilitando uma mudança cognitiva.
modelo de Albert Ellis
 TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA – (TER)
	OUTROS PENSAMENTOS ILÓGICOS	
	“catastrofismo”	→ “tudo sairá errado, será um desastre...”
→ “não posso-suportar...” “é muito pesado pra mim...”
	“condenações” 	→ “sou culpado, vou ter que responder a isso...” “porque não fiz assim...”
	“tirania do dever”	→ “devo...”
modelo de aaron beck 
Terapia cognitiva da depressão
► Aaron Beck desenvolveu a Terapia Cognitiva da Depressão aplicada ao tratamento de todas as síndromes clínicas, em todas as idades e utilizada em uma variedade de contextos. 
■ Tese: importantes estruturas cognitivas estão categórica e hierarquicamente organizadas. 
● Eventos são percebidos por pensamentos automáticos (PAs) → Avaliações espontâneas, não muito conscientes, com mais ou menos correspondência com a realidade → Verdades incontestáveis antes de qualquer avaliação → Ideias sem nenhuma reflexão ou deliberação acerca das mesmas.
► A pessoa avalia uma situação → Como ela se apresenta em pensamentos e imagens visuais. 
● Crenças nucleares que são arraigadas e absolutistas → Nível mais profundo do processamento cognitivo.
● Crenças intermediárias (condicionais) que incluem crenças, regras e atitudes → Estratégias compensatória de não manifestação das crenças mais negativas.
Origem do PAs:
► O paciente aprende a dominar problemas e situações, considerados insuperáveis, por meio da reavaliação e correção de seu pensamento. 
► A abordagem cognitivista consiste em experiências de aprendizagem destinadas a ensinar ao paciente as seguintes operações:
1. Observar e controlar seus pensamentos negativos automáticos.
2. Reconhecer os vínculos entre: cognição, afeto e comportamento.
3. Examinar as evidências a favor e contra seus pensamentos automáticos distorcidos.
4. Substituir as cognições tendenciosas por interpretações mais orientadas para a realidade.
5. Aprender a identificar e alterar as crenças disfuncionais que o predispõem a distorcer suas experiências. 
6. Estabelecer consigo processos de auto questionamento.
modelo de aaron beck 
Terapia cognitiva da depressão
► Segundo Aaron Beck, a depressão apresenta um modelo cognitivo → Substratos da depressão: 
	Conceitos específicos para explicar o substrato psicológico da depressão:	
	TRÍADE COGNITIVA	→ Desamor – Desvalor – Desamparo. 
	ESQUEMAS
	→ Estrutura mental que representa algum aspecto do mundo e são usados para organizar o conhecimento atual e providenciar uma base para compreensão futura. 
→ Têm-se como modelos os estereótipos, papel social, visão de mundo.
	ERROS COGNITIVOS	→ São os processamentos defeituosos da informação segundo os esquemas de valor desenvolvidos pelo sujeito.
modelo de aaron beck 
Terapia cognitiva da depressão
► Para Jeffrey Young, assim como era para Aaron Beck, o conceito de esquema é central e se refere a uma estrutura cognitiva básica, fundamental da personalidade.
► A personalidade como uma organização relativamente estável, composta por sistemas de estruturas interligadas – esquemas– responsáveis pelos padrões comportamentais que atribuímos a traços ou disposições de personalidade.
■ Representam estratégias interpessoais desenvolvidas a partir da interação entre disposições inatas e influências ambientais. 
► Traços de personalidade poderiam ser considerados a expressão manifesta dos esquemas cognitivos. 
■ Ao atribuir significado a eventos, as estruturas cognitivas iniciam uma reação em cadeia que culmina nos comportamentos manifestos – estratégias – que são atribuídos aos traços de personalidade.
■ Esquemas, ao serem construídos ao longo da vida, tendem a nortear também as reações emocionais e estratégias comportamentais manifestadas pela pessoa no seu cotidiano. 
Modelo de jeffrey young
terapia do esquema
► Esquemas são construídos a partir das experiências da criança com os membros de sua família e, posteriormente, com outras crianças e adultos. 
	“domínios básicos dos esquemas”, os temas dos primeiros esquemas.	
	DESCONEXÃO – REJEIÇÃO 	→ Refere-se à noção de ser amado e aceito pelos outros. 
→ É desenvolvida a partir da experiência de cuidados parentais seguros. 
	AUTONOMIA – DESEMPENHO PREJUDICADO 	→ Refere-se à noção da capacidade de poder funcionar de forma autônoma. 
→ É desenvolvida a partir do estímulo dos pais da independência. 
	LIMITES PREJUDICADOS 	→ Refere-se à noção de ter a capacidade de se controlar, levando em conta as limitações da realidade e as necessidades dos outros. 
	ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO	→ Refere-se à capacidade de expressar as próprias necessidades e afetos sem medo. → A criança precisa ser encorajada desde muito cedo pelos pais, sem que esta sua expressão seja punida com a retirada do afeto ou atenção. 
	SUPERVIGILÂNCIA E INIBIÇÃO 	→ Complementa o domínio anterior, no sentido de a pessoa poder se expressar sem pensar que pode estar cometendo um erro ou uma falha.
Modelo de jeffrey young
terapia do esquema
Modelo de jeffrey young
terapia do esquema
► Young desenvolve a Terapia do Esquema – TE para aumentar a abrangência da TCC, dando ênfase a um modelo desenvolvimental e de técnicas vivenciais (diálogos) com foco na relação terapêutica.
■ Indivíduos são programados a ter necessidades emocionais – carinho, atenção, amor, aceitação, elogio, empatia – e a buscar a satisfação no relacionamento saudável.
■ Quando essas necessidades são frustradas de forma consistente ou disfuncional o indivíduo constrói Esquemas Desadaptativos Remotos (EDRs) – Formas autoderrotistas de funcionamento interpessoal.
● “Esquemas” são crenças inseridas em estruturas cognitivas relativamente estáveis, cujas funções são selecionar e sintetizar as experiências do indivíduo e desencadear uma excitação afetiva. 
► Esquemas, ao serem ativados, levam ao surgimento de estratégias cognitivas e comportamentais:
a) Estratégias de manutenção do esquema: reforçam o esquema, mantendo-o intacto e atuante. 
b) Estratégias de evitação do esquema: evitam ativar o esquema, protegendo a pessoa de entrar em contato com o mesmo. 
c) Estratégias de compensação do esquema: implicam, aparentemente, estilos (cognitivos ou comportamentais) opostos ao esquema ativado, de forma que a pessoa novamente não se dá conta da existência do esquema.
► Surgem em acordo com a necessidade de a criança se ajustar às demandas do ambiente e de si mesmas e visam promover a melhor adaptação possível.
► Podem contribuir para a manutenção de esquemas cujos conteúdos são negativos, rígidos, e não adaptativos → Esquemas Desadaptativos Remotos (EDRs) ou Esquemas Individuais Desadaptativos (EIDs)
Modelo de jeffrey young
terapia do esquema
Bibliografia
● COREY, G. TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO E PSICOTERAPIA. Ed. Campus, RJ, 1993.
● CARDIOLI, A. V.; JAEGER, M. B. TERAPIA COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS MENTAIS. In: PSICOTERAPIAS ABORDAGENS ATUAIS. CORDIOLI & GREVET (Orgs.), Ed. Artmed, P. Alegre, 2019.
● RANGÉ, B.; SOUSA, C. R.; FALCONE, E. M. O. TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA, COGNITIVA E DO ESQUEMA. In: PSICOTERAPIAS ABORDAGENS ATUAIS. CORDIOLI & GREVET (Orgs.), Ed. Artmed, P. Alegre, 2019.
● PONCIANO, R. PSICOTERAPIA – TEORIA E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. Ed. Summus, SP, 2017.
● URRUTIGARAY, M. C. F. TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS. SESES (Estácio), Rio de Janeiro, RJ, 2018.

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