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Hipertensão Arterial na Infância ● Prevalência atual da HAS: ○ em crianças: ■ HAS: 3 - 5% ■ pressão elevada: 10 - 15% ● Hipertensão Primária x Secundária: ○ geralmente secundária ● Em adolescentes: ○ aumenta a chance de se observar hipertensão primária (essencial). ● IMPORTANTE: ○ A aferição da PA deve fazer parte do exame físico de toda criança ○ medida da PA (a partir dos 3 anos): no mínimo 1 vez / ano ● Medida da PA: ○ condições da necessidade de medida da PA em crianças < 3 anos de idade: ■ prematuridade ■ muito baixo peso ao nascer ■ restrição de crescimento intrauterino ■ antecedente de cateterização umbilical pós-natal ■ cardiopatia congênita ■ infecção urinária de repetição ■ hematúria ou proteinúria ■ transplante ■ doenças sistêmicas associadas a HA (neurofibromatose, esclerose tuberosa, anemia falciforme e outras) ○ Medida correta da PA: ■ preferencialmente no braço direito ■ paciente deitado até os 3 anos de idade ■ nas crianças maiores, em posição sentada com o braço apoiado ao nível do coração ● Diagnóstico / Classificação: ○ Manguito pequeno: altera a PA para mais alta ○ manguito correto: ■ comprimento da bolsa inflável: 80 - 100% da circunferência do braço ■ largura: mínimo de 40% da circunferência do braço ● Devemos medir a PA nos membros superiores e nos inferiores. Para afastal qual cardiopatia? COARCTAÇÃO DA AORTA - Normalmente nesses casos tem uma diferença nas aferições da P.A ● Interpretação dos valores de PA obtidos: ○ Gráfico com as variáveis: ■ sexo ■ idade ■ altura ● Classificação da PA para crianças e adolescentes: ○ Classificação antiga: ● PA > p 95: ○ Repetir avaliação: ■ mínimo mais 2 vezes (período de 6 semanas) ● Monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA): ○ PA elevada por, pelo menos, um ano OU ○ HAS estágio 1 em três consultas ambulatoriais ● Para crianças de 1 a 13 anos: ○ pressão normal: < p 90 ○ pressão elevada: > ou = p 90 até < p 95 ○ hipertensão estágio 1: > ou = p 95 até < p 95 + 12 ○ hipertensão estágio 2: > ou = p 95 + 12 mmHg ● Para crianças > ou = 13 anos: ○ pressão normal: < 120 x 80 mmHg ○ pressão elevada: 120 até 129 x < 80 mmHg ○ hipertensão estágio 1: 130 - 139 x 80 - 89 mmHg ○ hipertensão estágio 2: > ou = 140 x 90 mmHg ● Etiologias da HAS: ○ variável com a idade (em crianças costuma ser secundária) ○ RN: trombose de aa. renal após cateterismo de artéria umbilical ○ lactentes e pré-escolares: doença renal, coarctação da aorta, endocrinopatias ○ adolescentes: muitas vezes é primária ○ Quanto menor a criança → maior risco de HA secundária ○ Nefropatias parenquimatosas e obstrutivas + estenose de artéria renal = 60 - 90% dos casos ● Estenose de aa. renal: ○ Estímulo do sistema renina angiotensina-aldosterona ● Adolescentes: ○ Fatores que podem aumentar a PA: ■ drogas (cocaína) ■ cigarro ■ medicação para emagrecer ● HAS essencial: ○ Fatores associados: ■ história familiar de HAS ■ obesidade ■ maior sensibilidade à ingesta de sal ● Quadro clínico - HAS essencial: ○ maioria assintomática ○ encefalopatia hipertensiva: vômitos, torpor, convulsões ● Diagnóstico de HAS essencial: ○ adolescentes ○ PA levemente aumentada ○ obesidade ○ história familiar positiva ○ não há doença de base ● Diagnóstico: HAS secundária ○ idade: crianças ○ PA pode estar muito aumentada (grave) ○ sintomas da doença de base ● Investigação: ○ IMPORTANTE: ■ Investigação da HAS com ecocardiograma: ● pode evidenciar processo crônico → hipertrofia de VE ○ Pesquisar a presença de comorbidades, que aumentem o risco cardiovascular: ■ hiperlipidemia ■ intolerância a glicose ■ Solicitar glicemia de jejum e lipidograma ■ Pesquisar doenças renais: EAS, urinocultura, eletrólitos, ureia, creatinina, hemograma completo e USG. ■ Doppler e USG renais: envolvimento renal ou de aa. renais ● Hipertensão renovascular: ○ Além do doppler, angio-RM, angio-TC e muitas vezes angiografia invasiva. ○ Angiografia renal em um menino de 7 anos evidenciando displasia fibromuscular da artéria renal direita → hipertensão renovascular ○ aumento da renina plasmática → lesão renovascular ● Prevenção - HAS: ○ desestimular o fumo: ■ aumenta rigidez das paredes arteriais ■ aumento da viscosidade do sangue ○ diminuindo a ingesta de sal: ■ praticar atividades físicas ● Tratamento: ○ manejo não farmacológico: ■ redução de peso ■ redução da ingesta de sal ■ exercício físico: ● aeróbicos de 30 - 60 min/dia 3x na semana + limitação das atividades sedentárias em no máximo 2h/dia. ■ controle de estresse ■ Que redução da PA pode ser alcançada com cada uma dessas atitudes? 5 - 10 mmHg. ○ manejo com uso de medicações: ■ PA > ou = p 95 +12 mmHg ■ falta de resposta à abordagem inicial (não farmacológica) ■ presença de hipertrofia ventricular esquerda ■ começar com uma única medicação em dose baixa ■ aumentar a dose até chegar a PA adequada ● dose máxima sem a resposta esperada OU em casos de efeitos colaterais → Associar uma 2ª medicação anti-hipertensiva (de outra classe) ■ Anti-hipertensivos usados em crianças: ● inibidores de ECA ● bloqueadores do receptor de angiotensina ● BB ● bloqueadores dos canais de cálcio ● diuréticos ■ Drogas com diferentes locais de ação: ● BB ● BB + Ieca (captopril) ● BB + Ieca + Espironolactona ■ Exemplo de tratamento em jovens com HAS essencial: ● diurético + BB ○ sem resposta: ■ BCC (anlodipino) + diurético + Ieca ○ Acompanhamento ambulatorial: ■ terapia não farmacológica: a cada 3 - 6 meses ■ em uso de medicação: ● quinzenal ou mensal até a determinação da dose ideal ● fase intermediária: a cada 4 - 6 semanas ● HA controlada: trimestralmente ● CAI NA PROVA: ○ Emergência hipertensiva: ■ PA > p 95 + 30 mmHg = risco de complicações ○ Objetivo do tratamento: ■ reduzir a PA em 25% nas primeiras 8 horas ■ depois: redução lenta em torno de 24 - 48 horas até o percentil 95.
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