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53- HIPERTENSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA

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Hipertensão Arterial na Infância
● Prevalência atual da HAS:
○ em crianças:
■ HAS: 3 - 5%
■ pressão elevada: 10 - 15%
● Hipertensão Primária x Secundária:
○ geralmente secundária
● Em adolescentes:
○ aumenta a chance de se observar hipertensão primária (essencial).
● IMPORTANTE:
○ A aferição da PA deve fazer parte do exame físico de toda criança
○ medida da PA (a partir dos 3 anos): no mínimo 1 vez / ano
● Medida da PA:
○ condições da necessidade de medida da PA em crianças < 3 anos de idade:
■ prematuridade
■ muito baixo peso ao nascer
■ restrição de crescimento intrauterino
■ antecedente de cateterização umbilical pós-natal
■ cardiopatia congênita
■ infecção urinária de repetição
■ hematúria ou proteinúria
■ transplante
■ doenças sistêmicas associadas a HA (neurofibromatose, esclerose
tuberosa, anemia falciforme e outras)
○ Medida correta da PA:
■ preferencialmente no braço direito
■ paciente deitado até os 3 anos de idade
■ nas crianças maiores, em posição sentada com o braço apoiado ao
nível do coração
● Diagnóstico / Classificação:
○ Manguito pequeno: altera a PA para mais alta
○ manguito correto:
■ comprimento da bolsa inflável: 80 - 100% da circunferência do braço
■ largura: mínimo de 40% da circunferência do braço
● Devemos medir a PA nos membros superiores e nos inferiores. Para afastal
qual cardiopatia? COARCTAÇÃO DA AORTA - Normalmente nesses casos tem
uma diferença nas aferições da P.A
● Interpretação dos valores de PA obtidos:
○ Gráfico com as variáveis:
■ sexo
■ idade
■ altura
● Classificação da PA para crianças e adolescentes:
○ Classificação antiga:
● PA > p 95:
○ Repetir avaliação:
■ mínimo mais 2 vezes (período de 6 semanas)
● Monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA):
○ PA elevada por, pelo menos, um ano
OU
○ HAS estágio 1 em três consultas ambulatoriais
● Para crianças de 1 a 13 anos:
○ pressão normal: < p 90
○ pressão elevada: > ou = p 90 até < p 95
○ hipertensão estágio 1: > ou = p 95 até < p 95 + 12
○ hipertensão estágio 2: > ou = p 95 + 12 mmHg
● Para crianças > ou = 13 anos:
○ pressão normal: < 120 x 80 mmHg
○ pressão elevada: 120 até 129 x < 80 mmHg
○ hipertensão estágio 1: 130 - 139 x 80 - 89 mmHg
○ hipertensão estágio 2: > ou = 140 x 90 mmHg
● Etiologias da HAS:
○ variável com a idade (em crianças costuma ser secundária)
○ RN: trombose de aa. renal após cateterismo de artéria umbilical
○ lactentes e pré-escolares: doença renal, coarctação da aorta,
endocrinopatias
○ adolescentes: muitas vezes é primária
○ Quanto menor a criança → maior risco de HA secundária
○ Nefropatias parenquimatosas e obstrutivas + estenose de artéria renal = 60 -
90% dos casos
● Estenose de aa. renal:
○ Estímulo do sistema renina angiotensina-aldosterona
● Adolescentes:
○ Fatores que podem aumentar a PA:
■ drogas (cocaína)
■ cigarro
■ medicação para emagrecer
● HAS essencial:
○ Fatores associados:
■ história familiar de HAS
■ obesidade
■ maior sensibilidade à ingesta de sal
● Quadro clínico - HAS essencial:
○ maioria assintomática
○ encefalopatia hipertensiva: vômitos, torpor, convulsões
● Diagnóstico de HAS essencial:
○ adolescentes
○ PA levemente aumentada
○ obesidade
○ história familiar positiva
○ não há doença de base
● Diagnóstico: HAS secundária
○ idade: crianças
○ PA pode estar muito aumentada (grave)
○ sintomas da doença de base
● Investigação:
○ IMPORTANTE:
■ Investigação da HAS com ecocardiograma:
● pode evidenciar processo crônico → hipertrofia de VE
○ Pesquisar a presença de comorbidades, que aumentem o risco
cardiovascular:
■ hiperlipidemia
■ intolerância a glicose
■ Solicitar glicemia de jejum e lipidograma
■ Pesquisar doenças renais: EAS, urinocultura, eletrólitos, ureia,
creatinina, hemograma completo e USG.
■ Doppler e USG renais: envolvimento renal ou de aa. renais
● Hipertensão renovascular:
○ Além do doppler, angio-RM, angio-TC e muitas vezes angiografia invasiva.
○ Angiografia renal em um menino de 7 anos evidenciando displasia
fibromuscular da artéria renal direita → hipertensão renovascular
○ aumento da renina plasmática → lesão renovascular
● Prevenção - HAS:
○ desestimular o fumo:
■ aumenta rigidez das paredes arteriais
■ aumento da viscosidade do sangue
○ diminuindo a ingesta de sal:
■ praticar atividades físicas
● Tratamento:
○ manejo não farmacológico:
■ redução de peso
■ redução da ingesta de sal
■ exercício físico:
● aeróbicos de 30 - 60 min/dia 3x na semana + limitação das
atividades sedentárias em no máximo 2h/dia.
■ controle de estresse
■ Que redução da PA pode ser alcançada com cada uma dessas
atitudes? 5 - 10 mmHg.
○ manejo com uso de medicações:
■ PA > ou = p 95 +12 mmHg
■ falta de resposta à abordagem inicial (não farmacológica)
■ presença de hipertrofia ventricular esquerda
■ começar com uma única medicação em dose baixa
■ aumentar a dose até chegar a PA adequada
● dose máxima sem a resposta esperada OU em casos de
efeitos colaterais → Associar uma 2ª medicação
anti-hipertensiva (de outra classe)
■ Anti-hipertensivos usados em crianças:
● inibidores de ECA
● bloqueadores do receptor de angiotensina
● BB
● bloqueadores dos canais de cálcio
● diuréticos
■ Drogas com diferentes locais de ação:
● BB
● BB + Ieca (captopril)
● BB + Ieca + Espironolactona
■ Exemplo de tratamento em jovens com HAS essencial:
● diurético + BB
○ sem resposta:
■ BCC (anlodipino) + diurético + Ieca
○ Acompanhamento ambulatorial:
■ terapia não farmacológica: a cada 3 - 6 meses
■ em uso de medicação:
● quinzenal ou mensal até a determinação da dose ideal
● fase intermediária: a cada 4 - 6 semanas
● HA controlada: trimestralmente
● CAI NA PROVA:
○ Emergência hipertensiva:
■ PA > p 95 + 30 mmHg = risco de complicações
○ Objetivo do tratamento:
■ reduzir a PA em 25% nas primeiras 8 horas
■ depois: redução lenta em torno de 24 - 48 horas até o percentil 95.

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