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Vict�ria K. L. Card�so Tr�mb�emb�lismo pulm�nar Introdução Definição: bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões causada pelo coágulo desprendido. Manifestações clínicas: ● Dispneia. ● Dor torácica pleurítica. ● Tosse. ● Síncope. ● Taquipneia e taquicardia. ● Parada cardiorrespiratória. Fisiopatologia: 1. Aumento da pós-carga do VD. 2. Insuficiência da VT. 3. Aumento da tensão da parede de VD. 4. Ativação neurohormonal da inflamação do miocárdio. 5. Aumento da necessidade de O2 do VD. 6. Shunting intrapulmonar AV. 7. Isquemia do VD + lesão hipóxica. 8. Diminuição da contratilidade do VD. 9. Diminuição do débito do VD. 10. Diminuição da pré-carga do VE. 11. Diminuição do débito cardíaco. 12. Diminuição da PA sistêmica. 13. Diminuição da perfusão coronária do VD. 14. Diminuição do fornecimento de O2 ao VD. 15. Choque obstrutivo. 16. Morte. Instabilidade hemodinâmica → definição da embolia pulmonar aguda de alto risco: 1. Parada cardíaca: necessidade de ressuscitação cardiopulmonar. 2. Choque obstrutivo: PA sistólica < 90 mmHg ou necessidade de vasopressores para manter PA > 90 mmHg, apesar de enchimento adequado. ● + hipoperfusão de órgãos alvo→ alteração do estado mental, pele fria e úmida, oligúria ou anúria, aumento da lactato sérico. 3. Hipotensão persistente: PA sistólica < 90 mmHg ou descida da PA sistólica > 40 mmHg, por mais de 15 min, sem ter @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so sido causada por arritmia, hipovolemia ou sepse. Risco: Diagnóstico: ● D-dímero: ○ Classe I (baixa probabilidade clínica): recomenda-se a medição de D-dímero plasmático, para reduzir a necessidade de exames de imagem e de radiação desnecessária. ○ Classe II (baixa ou intermediária probabilidade clínica): usar um cut-o� ajustado à idade para excluir o TEP . ○ Classe III (alta probabilidade clínica): não se recomenda a medição de D-dímero, pois o resultado normal não exclui a possibilidade. Tratamento Suporte hemodinâmico → vasopressores e inotrópicos: ● Noradrenalina: ○ Aumenta o inotropismo do VD e a PA sistêmica. ○ Promove interação ventricular. ○ Restaura o gradiente de perfusão coronária. ○ Importante: a vasoconstrição excessiva pode agravar a perfusão tecidual. ● Dobutamina: ○ Aumenta o inotropismo do VD. ○ Diminui as pressões de enchimento. ○ Importante: pode agravar a hipotensão arterial se usada isoladamente, sem um vasopressor. ■ Pode desencadear ou agravar arritmias também. Anticoagulantes: ● Heparinas: ○ Enoxaparina. ○ Tinzaparina. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Dalteparina. ○ Nadroparina. ○ Fondaparinux. ● Trombolíticos: ○ Fármacos: ■ Ativador do plasminogênio tecidual recombinante (rtPA). ■ Estreptoquinase. ■ Uroquinase. ○ Contraindicações absolutas para fibrinólise: ■ História de AVC hemorrágico ou de origem desconhecida. ■ AVC isquêmico nos últimos 6 meses. ■ Neoplasia de SNC. ■ Traumatismo maior, cirurgia ou traumatismo craniano nas 3 semanas anteriores. ■ Diátese hemorrágica. ■ Hemorragia ativa. ○ Contraindicações relativas para fibrinólise: ■ AVC isquêmico transitório nos últimos 6 meses. ■ Em uso de anticoagulação oral. ■ Gravidez ou primeira semana pós parto. ■ Reanimação traumática. ■ Hipertensão refratária (PAS > 180 mmHg). ■ Doença hepática avançada. ■ Endocardite infecciosa. ■ Úlcera péptica ativa. ● Anticoagulantes não dependentes de vitamina K: Tratamento de fase aguda da TEP de alto risco: ● Classe I: ○ Anticoagulação com HNF, incluindo a administração de bolus ajustado ao peso→ nível C. ○ Terapia trombolítica sistêmica→ nível B. ○ Embolectomia pulmonar cirúrgica, quando a trombólise é contraindicada ou não foi bem sucedida→ nível C. ● Classe IIa: ○ Tratamento percutâneo dirigido por cateter, quando a trombólise @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so é contraindicada ou não foi bem sucedida→ nível C. ○ Administração de noradrenalina e ou dobutamina→ nível C. ● Classe IIb: ○ Considerar ECMO com embolectomia cirúrgica ou tratamento percutâneo, se TEP + colapso circulatório ou IAM refratário→ nível C. Tratamento de fase aguda da TEP de baixo ou intermediário risco: ● Classe I: ○ Realizar anticoagulação na presença de probabilidade clínica elevada ou intermediária, enquanto o diagnóstico estiver em curso→ classe C. ■ Se anticoagulação oral com NOAC, utilizar um AVK→ classe A. ■ Se utilizar um AVK, recomenda-se a sobreposição com anticoagulação parentérica até um INR de 2,5 (2,0-3,0)→ Classe A. ○ Realizar HBPM ou fondaparinux, se a anticoagulação iniciada for a parentérica→ classe A. ○ Se houver descompensação hemodinâmica, sob terapêutica anticoagulante, recomenda-se usar a terapia trombolítica (reperfusão)→ classe B. ● Classe IIa: ○ Se houver deterioração hemodinâmica, sob terapêutica anticoagulante, deve-se considerar a embolectomia cirúrgica ou o tratamento percutâneo guiado por cateter, como alternativa aos trombolíticos→ classe C. ● Classe III: ○ Se for usar anticoagulação oral, NÃO usar um NOAC se houver doença renal grave, durante, gestação ou amamentação ou na presença de SAF→ classe C. ○ Não se recomenda trombólise sistêmica primária de rotina→ classe B. Tempo para manutenção do tratamento: ● Pacientes com primeiro TEP sendo secundário a fatores transitórios: até 3 meses. ● Pacientes com TEP recorrente, ou TEP relacionado a fatores não transitório ou com SAF: manter por tempo indefinido. ● Paciente com primeiro TEP e condição persistente: avaliar se o tratamento será de 3 meses ou mais. TEP na gravidez: ● Se alta probabilidade ou probabilidade baixa/intermediária com D-dímero positivo: realizar @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so heparina de baixo peso molecular (enoxaparina). @p�sitivamed
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