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ABNT ESTRUTURA RESUMO EXPANDIDO CONVIVENDO COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 PAPEL FAMILIAR NO CONTROLE E ADAPTAÇÃO DA DOENÇA

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CONVIVENDO COM DIABETES MELLITUS TIPO 1: PAPEL FAMILIAR NO CONTROLE E ADAPTAÇÃO DA DOENÇA
Zuleyka Lage Mota Brandão[footnoteRef:1] [1: Graduanda em nutrição, Centro Universitário UniFanor Wyden. E-mail: zuleykabrandao@gmail.com] 
Raí Pereira de Paula[footnoteRef:2] [2: Graduando em Biomedicina, Centro Universitário UniFanor Wyden. E-mail: rai.pereira48@gmail.com] 
Carolina de Araújo Viana[footnoteRef:3] [3: Doutora–Docente/Unifanor. E-mail: carolina.viana@professores.unifanor.edu.br] 
RESUMO
Introdução: O DM1 é distúrbio metabólico autoimune caracterizado por destruição das células beta-pancreáticas produtoras de insulina e hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos mecanismos, ocasionando complicações microvasculares a longo prazo. (SBD, 2017 adaptado). Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, realizado no município de Fortaleza-CE, em maio de 2023, por meio de análise do histórico de exames e pelo relato pessoal descritivo do paciente índice R. e seus familiares (pai, mãe e irmãos) sobre desafios da convivência com a DM1. Discussão: R., masculino, 26 anos, médico, residente e natural de Fortaleza-CE, solteiro, diabético tipo 1 há seis anos e sem histórico familiar de DM1. Na época em que desenvolveu a doença, era calouro na faculdade de medicina, e começou quadro de sonolência, astenia, humor depressivo, poliúria, polaciúria, polidipsia, e perda de peso de 10kg em 1 semana, chegando a pesar 64kg. Buscou auxílio médico com professores na faculdade, sendo identificado desidratação, hálito cetônico e glicemia capilar com valores acimas de 500 mg/dL. Buscou atendimento de emergência hospitalar, com melhora significativa após hidratação intravenosa e insulinoterapia. Vale salientar que, por apresentar boas condições financeiras, tem acesso a canetas de insulina, mesmo não havendo disponibilidade em unidades de atendimento ambulatorial em diabetes pelo SUS, facilitando o controle glicêmico visto recorrentes faltar de insumos para diabetes disponibilizados em unidades do SUS. Além disso, o paciente faz uso de sensor leitor de glicemia intersticial. A descoberta da DM1 teve um grande impacto na vida do paciente e na de sua família, sendo considerado algo “chocante” e “inaceitável”. Após algum tempo do descobrimento, houve uma mudança na alimentação e restrição de alimentos, rotinas e cuidados. Considerações finais: A família desempenha um papel crucial no tratamento da DM1 em jovens, sendo importante a educação em diabetes para o sucesso clínico e adesão ao tratamento. A participação ativa da família pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade do jovem com diabetes em possíveis eventos de hipoglicemia, além de promover um ambiente de apoio, compreensão e segurança.
Palavras- chave: DM1. Hipoglicemia. Rede de apoio. Hemoglobina glicada. Glicemia 
INTRODUÇÃO: O DM1 é distúrbio metabólico autoimune caracterizado por destruição das células beta-pancreáticas produtoras de insulina e hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos mecanismos, ocasionando complicações microvasculares a longo prazo. (SBD, 2017 adaptado). De acordo com dados recentes da International Diabetes Federation (IDF), cerca de 425 milhões de pessoas no mundo já apresenta algum tipo de DM. (IDF, 2017). No Brasil, a prevalência de DM atinge 9,4% da população. (SBD, 2015) O aumento da prevalência da diabetes está associado a diversos fatores como: rápida urbanização, sedentarismo, excesso de peso. Mudanças no estilo de vida e uma alimentação saudável juntamente com insulinoterapia são eficazes no tratamento da doença. Em 2022, 1,52 milhões de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1 (IDF Atlas Report, 2022). Frequentemente, o diagnóstico de DM1 é realizado em pacientes jovens (crianças, adolescentes e adultos jovens) com sinais e sintomas de hiperglicemia grave, como fome, sede (polidipsia), aumento da frequência urinária (polaciúria), aumento de volume urinário (poliúria) e perda de peso indesejada e não planejada. O diagnóstico de diabetes tipo 1 é feito através da dosagem da glicemia sérica de jejum, hemoglobina glicosilada (HbA1c) e anticorpos Anti-insulina, Anti-GAD e Anti-ilhotas pancreáticas. Até o momento, não existe cura para a diabetes tipo 1, mas existem formas de controlar a glicemia, reduzindo, a longo prazo, suas complicações microvasculares. O controle pode ser feito com uso de insulina, boa alimentação, prática de exercícios físicos, e verificação diária de glicose (CDC, 2022). Esse relato de caso tem como finalidade entender a função da família na vida de pessoas com DM1, como rede de apoio, adaptação e controle da enfermidade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, realizado no município de Fortaleza-CE, em maio de 2023, por meio de análise do histórico de exames e pelo relato pessoal descritivo do paciente índice R. e seus familiares (pai, mãe e irmãos) sobre desafios da convivência com a DM1. RESULTADOS E DISCUSSÃO: R., masculino, 26 anos, médico, residente e natural de Fortaleza-CE, solteiro, diabético tipo 1 há seis anos e sem histórico familiar de DM1. Na época em que desenvolveu a doença, era calouro na faculdade de medicina, e começou quadro de sonolência, astenia, humor depressivo, poliúria, polaciúria, polidipsia, e perda de peso de 10kg em 1 semana, chegando a pesar 64kg. Buscou auxílio médico com professores na faculdade, sendo identificado desidratação, hálito cetônico e glicemia capilar com valores acimas de 500 mg/dl. Buscou atendimento de emergência hospitalar, com melhora significativa após hidratação intravenosa e insulinoterapia. A descoberta da DM1 teve um grande impacto na vida do paciente e na de sua família, sendo considerado algo “chocante” e “inaceitável”. Após algum tempo do descobrimento, houve uma mudança na alimentação e restrição de alimentos, rotinas e cuidados. Em sua residência, seus familiares foram responsáveis pelo provimento e preparação de alimentos, buscando uma dieta com baixa carga glicêmica, variados vegetais e folhosos em todas as refeições. Promovem trocas saudáveis e atendem a pedidos do paciente, deixando à disposição alimentos com maior índice glicêmico para episódios de hipoglicemias. Com a grande mudança de vida por conta da DM1, a família do paciente teve um papel importante como rede de apoio para complicações como em episódios de hipoglicemia grave e eventuais convulsões, que ocorrem devido à redução da oferta de glicose para o cérebro, e como suporte financeiro, fornecendo alimentos adequados, acesso às insulinas e medicamentos, à academia para atividade física. Em relação ao controle da doença, paciente possui eventuais picos glicêmicos pós prandiais (>180mg/dL), contudo, suas hemoglobinas glicadas (HbA1c) tendem a meta (<7,0% de acordo com Sociedade Brasileira de Diabetes) após adaptação à doença entre 2017 e 2023. Vale salientar que, por apresentar boas condições financeiras, tem acesso a canetas de insulina, mesmo não havendo disponibilidade em unidades de atendimento ambulatorial em diabetes pelo SUS, facilitando o controle glicêmico visto recorrentes faltar de insumos para diabetes disponibilizados em unidades do SUS. Além disso, o paciente faz uso de sensor leitor de glicemia intersticial (líquido presente entre as células da pele e que reflete os níveis de glicose no sangue), de rápida leitura, que é trocado a cada 14 dias, e fornece flexibilidade e velocidade na aferição da glicemia intersticial para uso de insulina. Em maio de 2023, teve diagnóstico de hipotireoidismo, prevalente em pacientes com diabetes tipo 1, iniciando reposição hormonal tireoidiano. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A família desempenha um papel crucial no tratamento da DM1 em jovens, sendo importante a educação em diabetes para o sucesso clínico e adesão ao tratamento. A responsabilidade pelo gerenciamento diário da doença geralmente recai sobre os pais, principalmente quando se trata de crianças e adolescentes. Além disso, a participaçãoativa da família no tratamento pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade do jovem com diabetes em possíveis eventos de hipoglicemia, além de promover um ambiente de apoio, compreensão e segurança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Hypoglycemia (Low Blood Glucose). Disponível em: https://www.diabetes.org/diabetes/medication-management/blood-glucose-testing-and-control/hypoglycemia. Acesso em: 02 maio 2023.
Associação de Diabetes do Reino Unido. (2021). Diabetes - The Basics: Type 1 Diabetes. <https://www.diabetes.org.uk/diabetes-the-basics/types-of-diabetes/type-1>. Acesso em: 03 de maio de 2023.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). (2022). Diabetes Basics: Type 1. <https://www.cdc.gov/diabetes/basics/diabetes-type-1-diagnosis.html>. Acesso em: 02 de maio de 2023.
IDF Diabetes Atlas 2022.Type 1 diabetes estimates in children and adults. Disponível em: https://diabetesatlas.org/atlas/t1d-index-2022/. Acesso em 06 de maio de 2023.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: AC Farmacêutica, 2017. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2017-2018.pdf. Acesso em: 02 maio. 2023.

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