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Eduardo M. De Capitani Centro de Informações e Assistência Toxicológica CIATOX de Campinas FCM - Hospital de Clínicas - UNICAMP Plantas tóxicas: aspectos médicos REGIÃO CIATs 2015 NORTE 02 NORDESTE 07 SUDESTE 15 SUL 05 C.OESTE 03 TOTAL 33 CIATOX Campinas 3521 7555 3521 6700 Maior parte dos acidentes ocorre sem exposições TÓXICAS: Exposição sem ingestão Pouca quantidade Quadros de intoxicação em - Humanos = 1 a 3% - Animais (pecuária) = ? Tipo Rebanho Mortalidade geral anual Mortalidade por plantas tóxicas n n % n % Bovinos 221.927.299 11.091.365 5,0 820.761 1.755.763 7,4 15,8 Equinos 5.508.546 275.427 5,0 38.560 14,0 Ovinos 17.662.201 3.226.884 18,3 399.800 445.309 11,5 13,8 Caprinos 9.384.894 823.055 8,8 5.267 6.337 6,4 7,7 Pessoa CRM, Medeiros RMT, Riet-Correa F. Importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas no Brasil. Pesq Vet Brasil. 2013;33:752-8 População de animais (IBGE 2012) e estimativas de mortalidade geral e por plantas tóxicas STIC - Swiss Toxicological Information Centre Levantamento de 15 anos (1995-2009) 427.107 atendimentos de intoxicação 42.193 casos envolvendo plantas* (9,9%) 3º. lugar variação de 2.516 a 3.287 casos por ano tendência a aumentar nos últimos anos 80,6% crianças 639 gêneros (50 gêneros = 72,3% dos casos) * Exclui cogumelos Circunstância N Gêneros mais envolvidos Acidental 29.770 “berries” e Prunus spp Abuso 417 Datura ou Brugmansia spp Suicídio 219 Taxus spp Classe de plantas Subclasse Substancia - espécie Nº de exposições % Araceae Oxalatos de cálcio insolúveis Dieffenbachia picta schott 7 10,9 Colocasia antiquorum schott. 3 4,7 Colocasia sp 3 4,7 Dieffenbachia sp 2 3,1 Anthurium andraeanum 1 1,6 Philodendrom domesticum 1 1,6 Spathiphyllum sp 1 1,6 Zantedeschia aethiopica spr. 1 1,6 Zamioculca zamiifolia 1 1,6 Total parcial 20 31,3 Euphorbiaceae Toxoalbuminas Jatropha curcas L. 3 4,7 Ricinus comunis L. 3 4,7 Ésteres diterpênicos Euphorbia polyacantha 1 1,6 Euphorbia sp 1 1,6 Euphorbia tirucalli (Avelós) 1 1,6 Synadenium grantii 1 1,6 Total parcial 10 15,6 Fungos/cogumelos Cogumelo não determinado Cogumelo não determinado 5 7,8 Solanaceae Alcalóides tropânicos ou beladonados Atropa belladona 2 3,1 Glicoalcalóides ou derivados da solanina Solanum pseudocapsicum 2 3,1 Total parcial 4 6,3 Araliaceae Saponinas Hedera glacier 2 3,1 Asteraceae Plantas medicinais Achillea millefolium 1 1,6 Commelinaceae Oxalatos insolúveis Tradescantia spataceae 1 1,6 Verbenaceae Triterpenóides Lantana camara L. 2 3,1 Apocynaceae Látex resinoso Allamanda cathartica L. 1 1,6 Planta indeterminada Planta indeterminada Planta não determinada 17 26,6 TOTAL 64 100,0 Plantas Tóxicas - Casos CCI 2015 piruvato Alcalóides indólicos e quinolínicos Ácido chiquímico Acetil-CoA Taninos hidrossolúveis triptofano Fenilalanina tirosina Ácido gálico Lignanas ligninas cumanas Protoalcaloides Alcaloides indólicos e benzilisoquinolínicos Ácido cinâmico Fenilpropanóides Antraquinonas flavonóides taninos condensados Ciclo do ácido cítrico Ornitina Lisina Alcaloides pirrolidinícos tropânicos pioperinidínicos e quinolidizínicos Polissacarídeos Heterosídeos Via do mevaionato condensação Ácidos graxos isoprenóides Terpenóides esteróis Ciclo biossintético dos metabólitos vegetais Santos, 2001, apud Oliveira et al, 2003 Glicose Constituintes tóxicos ativos Alcalóides Glicosídeos Terpenóides e Resinas Proteínas e peptídeos (lectinas) Fenóis e fenilpropanóides Cumarinas e furanocumarinas Ácidos carboxílicos Álcoois Drogas recreacionais usadas na Roma antiga Ópio Mandrágora Henbane (Hyocyanus niger) Atropa belladona Datura stramonium Cicuta (hemlock) (Conium maculatum) Aconita Cannabis Álcool Cogumelos venenosos 1994 Strychnos toxífera Chondrodendron tomentosum Curare D-tubocuranina Allium ursinum Colchicum autumnale 2 Mulheres 57 e 62 anos Ingestão voluntária como salada de suposto Allium ursinum Diarréia profusa e vômitos Dificuldade respiratória por edema pulmonar Falências hepática e renal Distúrbio de coagulação Necrose miocárdica Choque -------> morte Planta identificada posteriormente: Colchicum autumnale Homem de 65 anos ingeriu quantidade não definida de folhas da planta, cozida e sem condimentos. Aproximadamente 3 horas após ingestão, apresentou náuseas e vômitos, diarreia, desidratação Nicotiana glauca Síndromes tóxicas – ações tóxicas Ação local na mucosa e pele por Oxalato de Ca Ação gastrointestinal Colinérgica Anticolinérgica (antimuscarínica) Nicotínica Cardiotóxica Neurotóxica Asfixia química por glicosídeos cianogênicos Alucinógena Inibição de mitose Ação alquilante Fitodermatoses Fitodermatoses Irritação mecânica Irritação química Alergia Fotosensibilização Ação local na mucosa e pele por Oxalato de Ca Estímulo mecânico Mastigar, morder, contato com a pele Emissão de ráfides de agulhas de oxalato de cálcio cristalino insolúvel de dentro dos idioblastos localizados nas folhas e caules Idioblasto contendo ráfide de cristais na forma de agulhas de Oxalato de Ca Frohne & Pfander, 2005 Gêneros de Plantas mais comuns tendo ráfides de oxalato de cálcio Alocasia Arisaema Brassaia (Schlefflera) Caladium Caryota Tradescantia Colocasia Dieffenbachia Epipremnum Monstera Philodendron SpathiphyllumFamília principal: ARACEAE Alocasia spp (Araceae) Araceae Philodendrum spp Oxalato de cálcio QUADRO CLÍNICO: Dor imediata na boca e orofaringe Edema Voz pastosa Vias aéreas ? Irritação ocular e de pele Sem efeitos sistêmicos Cão macho pitbull, 9 anos de idade, foi atendido 4 horas após ingerir grande quantidade (sic) de folhas de Tradescantia spathacea (Sw.) Stearn. Não ingeriu flores, nem raiz. Logo após a exposição apresentou vômito, agitação intensa e agressividade anormal. intensa hiperemia em mucosa oral, discreta sialorréia, taquipnéia, taquicardia, aparente dor abdominal, e pequenos tremores musculares Preparações e fotos: Profa. Dra. Julie H. A. Dutilh Insuficiência renal aguda por oxalato de cálcio solúvel (precipitação tubular) Ingestão de grandes quantidades de suco de carambola amarga em regime de desidratação 302 mg/dL e 820 mg/dL em dois casos de IRA com reversão pós diálise Chen et al, 2001. Am J Kidney Dis 37(2):418-22. Averrhoe carambola L. Oxalidaceae Síndrome gastrointestinal Inúmeras famílias e gêneros !!! Mecanismos tóxicos: Irritação mecânica = oxalato de cálcio Estímulo de receptores colinérgicos solaninas Toxalbuminas (lectinas) = ricina, curcina Alcalóides pirrolizidínicos hepatotóxicos Síndrome gastrointestinal SOLANINAS solanum viarum = erva-moura, sue, caraxixu, pimenta de rato, pimenta de cachorro solanum pseudocapsicum = peloteira, tomatinho solanum sisymbrifolium = joá, juá, juá amarelo, juá listrado, arrebenta cavalo, mata cavalo Síndrome gastrointestinal TOXALBUMINAS Curcina Jatropha curcas (Euphorbiaceae) = pinhão de purga, pinhão paraguaio MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CASOS CLÍNICOS / IDADE 1 10a10m 2 11a9m 3 11a10m 4 12a3m 5 13a4m 6 14a4m Quantidade de sementes ingerida Ind* Ind* 8 4-5 30 20 Vômitos X X X X X X Dor abdominal X X X X X X Diarréia - X X - X - Sonolência X - - - - X Bradicardia - - - - X X Parestesia em pescoço - - X - X - Carvalho AC, De Capitani EM, Prado CC, Ambrósio NA, Martins EK, Bucaretchi F. Intoxicação aguda por ingestão de Jatropha sp em crianças. Rev Bras Toxicol, 22: 82, 2010. Ricinus communis Família: Euphorbiaceae Síndrome gastrointestinal TOXALBUMINAS Ricina Ricinus communis L.(Euphorbiaceae)= mamona, carrapateira, palma de cristo Efeito irritante direto de mucosas Efeito sistêmico: Inibe síntese protéica por ligação à subunidade 60S do ribossomo 84 casos de ingestão de sementes de mamona (Kansas e Califórnia: 2001-2010) Média de 10 sementes (1-40) Apenas sinais e sintomas gastrointestinais Ausência de alterações sistêmicas Thornton et al. Castor bean seed ingestions: A state-wide poison control system’s experience. Clin Toxicol (2014), 52:265–268 Thornton et al. Castor bean seed ingestions: A state-wide poison control system’s experience. Clin Toxicol (2014), 52:265–268 Thornton et al. Castor bean seed ingestions: A state-wide poison control system’s experience. Clin Toxicol (2014), 52:265–268 1952 Ricinus communis L.(Euphorbiaceae) Tentativa de suicídio Homem 53 anos 15 sementes mastigadas e ingeridas Dor abdominal “apenas” Dois meses depois: 120 sementes trituradas no liquidificador Dor abdominal, diarréia Vômitos “fracasso” da tentativa.... Síndrome anticolinérgica (antimuscarínica) Antagonismo competitivo da acetilcolina nos receptores muscarínicos parassimpáticos e cerebrais pele seca, avermelhada e quente mucosas secas fala pastosa midríase (pupílas dilatadas) taquicardia íleo paralítico retenção urinária delírios e alucinações red as a beet dry as a bone blind as a bat mad as a hatter Síndrome anticolinérgica (antimuscarínica) Gêneros envolvidos: Atropa Brugmansia Datura Hyoscyamus Solandra Solanum Brugmansia candida Datura sanguinea Atropina, escopolamina, e outros alcalóides anticolinérgicos Datura metel Datura metel Datura metel Datura stramonium Brugmansia suaveolens = (Datura suaveolens) Vunda & Alcoba, 2012. Mydriasis in the Garden. N Engl J Med, 367:1341 Drogas recreacionais de efeito anticolinérgico usadas na Roma antiga Ópio Mandrágora (Mandragora officinarum) Henbane (Hyocyanus niger) Belladona (Atropa belladonaI) Datura stramonium Hemlock (cicuta) (Conium maculatum) Aconita (Aconitum spp) Cannabis Álcool Cogumelos venenosos Três pessoas da mesma família admitidas com sinais de intoxicação por ingestão de uma sopa feita com frutos colhidos no quintal da residência. A mãe, 27 a, confundiu os frutos de Datura sp com maxixe (Cucumis), ingeriu a maior quantidade, evoluindo com alucinação visual, alteração de comportamento, agressividade, xerostomia, taquicardia, midríase e ataxia. Após 11 h da entrada no hospital, ainda apresentava agitação, sendo contida no leito. A filha de 1,5 a apresentou agitação, choro intenso e incontrolável, disfagia, xerostomia. taquicardia, midríase e rubor cutâneo. O pai, 29 anos, apresentou vertigem, náuseas sem vômitos, disúria, poliúria, xerostomia e uma sensação de estar mais alegre que o normal. Murakami et al. Intoxicação coletiva acidental por planta do gênero Datura no município de curitiba. Rev Bras Toxicol 2010; 82. Cucumis X Datura Plantas e cogumelos alucinógenos nas Américas Schultes, Hoffman & Ralsch, 2000 Cogumelos alucinógenos de importância no Brasil • Psilocybe spp (P. meximaca; P. cubensis?) • Paneolus spp • Pholiota spp • Stropharia spp • Conocybe spp • Gymnophilus spp psilocibina 4-hidroxiN, N-dimetiltriptamina Plantas alucinógenas Ipomoea violacea Amidas do ácido lisérgico Clavinas Peptídeos do ergot Simbiose fúngica: Claviceps Epichloe Psychotria viridis Rubiaceae Schultes, Hoffman & Ralsch, 2000 AYAHUASCA Banisteriopsis caapi Malpighiaceae Schultes, Hoffman & Ralsch, 2000 AYAHUASCA – Chá do Santo Daime Sinergismo de princípios ativos + N N H H3CO CH3 N N H H3CO CH3 3 N N H H3CO CH Harmina Harmalina Tetraidro-Harmina Banisteriopsis caapi Beta-carbolinas - IMAO DMT - Dimetiltriptamina Psycotria viridis Alucinógeno N H N CH3 CH3 NH2 N H HO Serotonina (5-hidroxitriptamina) Homem, 19 anos, Vômitos, hiperestesias em membros, e lentidão psicomotora, após ingestão de cogumelos secos comprados pela internet e entregues pelo correio. O espécime trazido pelo paciente, seco, identificado como Amanita muscaria Melhora do quadro apenas cinco dias após a ingestão Não teve alucinações visuais Tsujikawa et al, 2006. Forensic Sci Int. 164:172-8. Dosagens de isoxazoles em amostras de A. muscaria compradas via internet Síndrome cardiotóxica Esteróides ou glicosídeos cardiotóxicos Aumentam o conteúdo de Ca intracelular miocárdico: ↑ inotropismo ↓ rítmo cardíaco bradicardia ↑ excitabilidade miocárdica arritmias ↑ do tônus vagal via acetilcolina com piora da bradicardia e produção de bloqueios Acokantera Adenium Adonis Calotropis Cryptostegia Convallaria Digitalis Nerium Pentalinon Thevetia Urginea Strophantus Scilla Síndrome cardiotóxica Gêneros mais comuns: Digitalis purpurea Scrophulariaceae Síndrome cardiotóxica Nerium oleander “espirradeira” Apocynaceae Thevetia peruviana [Yellow oleander] Apocynaceae “chapéu de napoleão” Thevetia peruviana “chapéu de napoleão” Ingestão acidental de sementes de Thevetia peruviana • Duas horas após a ingestão: – vômitos persistentes – FC= 64 – arritmia à ausculta cardíaca – ECG seqüenciais realizados nas primeiras duas horas da admissão mostraram: • bloqueios de ramo D • Bloqueio de ramo E, • BAV de 2º grau (tipo I) • taquicardia sinusal • tratamento com fenitoína IV Ingestão acidental de sementes de Thevetia peruviana ECG normal = ECG pós ingestão de Thevetia peruviana Ingestão acidental de sementes de Thevetia peruviana Pós tratamento Sinais e sintomas: Dor abdominal Vômitos Bradicardia sinusal Taquiarritimias ventriculares Hiperkalemia TRATAMENTO: Medidas para intoxicação digitálica Anticorpos antidigoxina Fab Síndrome cardiotóxica Aleurites moluccana Nogueira de Iguape, Nogueira, Nogueira da Índia, Nogueira-de-Bancul, Nogueira Americana, Nogueira Brasileira, Nogueira da Praia, Nogueira do Litoral Noz Candeia, Noz das Moluscas Castanha Purgativa Cróton das Moluscas Pinhão das Moluscas Aleurites moluccana 13-O-miristil-20-O-acetil-12-desoxiforbol (Satyanarayana et al, 2001) Em testes farnacológicos de extrato de folhas se encontrou efeito analgésico (Meyre-SIlva et al, 1998) Ação hipocolesterolêmica de extrato das folhas de Aleurites moluccana em ratos com dieta rica em gorduras. Redução siginificativa de colesterol total, LDL, HDL e triglicérides. (Pedrosa RC, Meyre-Silva C, et al ,2002) Thevetia peruviana Aleurites moluccana Glicosídeos cianogênicos Gêneros mais comuns: Eriobatrya Hydrangea (hortência) Malus (maçãs) Prunus (pêssegos) Sambucus Manhiot (mandioca) Manihot esculenta = mandioca M. utilissima Pohl e M. manihot L. Família Euphorbiaceae glicosídeos cianogênicos: Linamarina e lotaustralina 1 kg de mandioca brava = 500 mg de HCN no processo de fabricação de farinha Asfixia química por glicosídeos cianogênicos Os glicosídeos cianogênicos ingeridos precisam ser hidrolisados para liberar o íon CN- Sinais e sintomas em geral são tardios Dor abdominal com vômitos, letargia e sudorese de instalação aguda/subaguda (minutos a horas após a ingestão) Alteração do status mental Convulsões Choque cardiovascular Fitodermatoses Irritação mecânica Irritação / excitação química Alergia Fotosensibilização Pseudofitodermatoses Irritação química Látex Histamina, acetilcolina, serotonina Enzimas Ação excitatória vias sensitivas aferentes LÁTEX cáustico Família Euphorbiaceae Euphorbia spp Synadenium grantii Hook.f. (Euphorbiaceae) LÁTEX cáustico Família Euphorbiaceae Euphorbia spp Fotos Dr. Ronan J. VieiraEuphorbia tirucalli Allamanda cathartica Látex irritante nas folhas e caule Plumericina, irritante gastrointestinal moderado Irritação química Látex Histamina, acetilcolina, serotonina Enzimas Ação excitatória vias sensitivas aferentes Urtica dioica Pelos urticantes Reservatório de histamina, serotonina ou acetilcolina na ponta dos pelos urticantes Irritação química Látex Histamina, acetilcolina, serotonina Enzimas Ação excitatória vias sensitivas aferentes Capsicum spp capsaicina Fotossensibilização Plantas com compostos que aumentam a sensibilidade aos raios UV Estreita relação com sensibilização alérgica derivados furocumarínicos Fotossensibilização FAMÍLIAS E GÊNEROS mais comumente implicados: Asteraceae Moraceae Ficus carica L. (figo) Rosaceae Rutaceae Citrus spp Anacardiaceae Anacardium occidentales (caju) Toxicodendron (poison ivy) Furanocumarinas = derivados fenilpropanos Obrigado capitani@fcm.unicamp.br CIATOX-Unicamp 3521 7555 3521 6700 mailto:capitani@fcm.unicamp.br