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Aula prática 1 reformulada 17_04 (2)

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UNICAMP 
Curso de Farmácia 
FR705 – Controle de Qualidade de Produtos I 
1º Semestre de 2017 
 
Prática 1: Identificação, Ensaios Limites e Doseamento de Insumos Farmacêuticos 
 
Prof. Dr. Paulo Cesar Pires Rosa 
 
 
 Introdução 
O nome oficial do paracetamol é 4-acetaminofenol. Em algumas publicações, ele é descrito como 
sendo 4-hidroxiacetanilida ou N-acetil-p-aminofenol; O paracetamol é um pó cristalino branco e 
sem odor, com um gosto amargo, solúvel em setenta partes de água à temperatura ambiente; em 
sete partes de álcool etílico 95%; treze partes de acetona; quarenta partes de glicerol; nove partes 
de propileno glicol; cinquenta partes de clorofórmio, ou em dez partes de álcool metílico. Também 
é solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos. É insolúvel em benzeno e em éter. Uma solução 
aquosa saturada tem pH aproximadamente igual a seis e é estável, entretanto, em condições 
ácidas ou básicas, ocorre a decomposição lenta do composto em ácido acético e p-aminofenol. 
Para uma análise completa de um insumo farmacêutico, segundo a farmacopéia, são necessários 
ensaios para descrição, identificação, pureza e de doseamento. Ensaios de identidade são 
métodos analíticos de natureza qualitativa que tem por objetivo comprovar que a amostra 
analisada é a substância que deve ser (confirmação da identidade e avaliação de possível 
adulteração). Ensaios de pureza envolvem verificação para avaliar a possibilidade da presença de 
contaminantes ou impurezas. Ensaios de doseamento são usados para determinar o teor ou 
potência do fármaco, expressos em unidades na forma como está ou em base seca. 
 Objetivo 
Desenvolver habilidades para a realização de alguns ensaios químicos de identidade, ensaios 
limite e de doseamento propostos nas monografias farmacopeicas. Despertar a iniciativa para a 
observação analítica em laboratórios de controle de qualidade. 
Procedimentos 
 
A) Testes de identidade do paracetamol 
- Aspecto: Colocar uma pequena quantidade da amostra em um vidro relógio com auxílio de uma 
espátula, espalhando-a sobre a superfície. Observar o aspecto da amostra em local bem 
iluminado. Anotar as características da amostra de acordo com os exemplos (pó amorfo, pó fino, 
pó cristalino, aglomerado, flocos, agulhas, escamas, pó opaco, esferas, grânulos). Comparar o 
observado com o especificado. Reservar a amostra utilizada. 
Especificação: Pó cristalino branco. 
 
 
- Odor: Expor a substância ao ar por aproximadamente 15 minutos (utilizar a amostra reservada 
no ensaio de aspecto). Proceder à experimentação olfativa sem encostar a narina no recipiente, 
fazendo leves movimentos circulares. Comparar o observado com o especificado. 
Especificação: inodoro ou característico. 
Espectro de absorção no ultravioleta 
Preparo do padrão de análise: transferir cerca de 38,0 mg de paracetamol padrão, 
cuidadosamente pesados, para um balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 40 mL do diluente e 
por em ultrassom até a completa solubilização. Completar o volume com o diluente. Pipetar uma 
alíquota de 0,25 mL para um balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com o diluente. 
Reservar. 
Preparo da amostra: transferir cerca de 38,0 mg de paracetamol matéria-prima, cuidadosamente 
pesados, para um balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 40 mL do diluente e por em ultrassom 
até a completa solubilização. Completar o volume com o diluente. Pipetar uma alíquota de 0,25 
mL para um balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com o diluente. Reservar. 
Fazer a varredura do espectro entre 200 a 400 nm, utilizando NaOH 0,01 M como branco. 
Especificação: o espectro da solução amostra exibe os máximos e mínimos nos mesmos 
comprimentos de onda comparado ao espectro obtido com a solução padrão. 
Espectro de absorção no infravermelho 
Avaliar o espectro de infravermelho para do paracetamol (anexo), indicando as principais bandas 
de absorção que identificam o fármaco propor que alterações seriam esperadas no espectro de 
infravermelho com a contaminação com o para-aminofenol. 
 
 
 
 
Temperatura de fusão 
Colocar um pouco de amostra no capilar adequado, verificar se o equipamento de ponto de 
fusão encontra-se resfriado. Anotar o intervalo do ponto de fusão. O intervalo de ponto de fusão 
inicia-se quando o sólido começa a fundir dentro do capilar e termina quando todo o conteúdo de 
sólido presente no capilar passou para o estado líquido. 
Especificação: Entre 168 ºC a 172 ºC. 
B) Doseamento 
Teor de Paracetamol matéria-prima por espectrofotometria UV-Vis 
Utilize as soluções amostra e padrão reservadas no ensaio “Espectro de absorção no Ultravioleta” 
Determinar as absorbâncias em espectrofotômetro a 254 nm, usando NaOH 0,01 M como branco e 
cubetas de 1 cm. 
Diluente: Hidróxido de sódio 0,01N 
Cálculo: 
% Teor de paracetamol: 
 Aa x Pp x mp x FDA 
------------------------------ = % de paracetamol 
 Ap x mAm x FDP 
Onde: 
Aa: absorbância da solução da amostra. 
Ap: absorbância da solução do padrão. 
mAm: massa da amostra. 
mp: massa do padrão em mg. 
Pp: pureza do padrão em %. 
FDA: fator de diluição da amostra. 
FDP: fator de diluição do padrão. 
 
Especificação: 98,0 % a 102,0 % em relação à substância anidra. 
Potência do Padrão: 98,7 % 
 
D) Doseamento: 
Realize o doseamento do paracetamol na amostra utilizando a curva analítica a ser lida no 
espectrofotômetro. 
Teor de Paracetamol matéria-prima por HPLC-UV 
Preparação da fase móvel: água: metanol grau HPLC. 50/50, v/v. Filtrar em membrana 0,45μm e 
desgaseificar. 
Diluente: água:metanol grau HPLC 75/25, v/v. 
Preparo do padrão de análise: transferir cerca de 5,0 mg de paracetamol padrão, 
cuidadosamente pesados, para um balão volumétrico de 5 mL. Adicionar 5 mL do diluente e por 
em ultrassom até a completa solubilização. Pipetar uma alíquota de 1 mL para um balão 
volumétrico de 10 mL e completar o volume com o diluente. Reservar. (Concentração padrão = 
0,1mg/mL) 
Preparo da amostra: transferir cerca de 25,0 mg de paracetamol matéria-prima, cuidadosamente 
pesados, para um balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 40 mL do diluente e por em ultrassom 
até a completa solubilização. Completar o volume com o diluente. Pipetar uma alíquota de 1 mL 
para um balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com o diluente. Reservar. 
(Concentração da amostra = 0,01mg/mL) 
Realizar a preparação de uma curva analítica para o paracetamol, conforme tabela abaixo: 
Alíquota (mL) Balão (mL) Concentração (mg/mL) 
0,5 10 0,005 
0,8 10 0,008 
0,9 10 0,009 
1,0 10 0,010 
1,2 10 0,012 
 
Condições cromatográficas: parâmetros de separação: número de pratos (maior que 2000), 
assimetria (entre 0,8 e 2,0), fator de retenção (maior que 2,0). 
 
Condições cromatográficas 
Coluna C18 250 x 4,6mm x 5μm 
Temperatura ambiente 
Detecção 200-300nm 
Volume de injeção 20μL 
Vazão 0,7mL/min 
 
 
 
Procedimento: Injetar as soluções padrão de trabalho e as soluções amostra. Construa uma 
curva de calibração a partir das áreas obtidas das diferentes concentrações das soluções 
padrões de trabalho. Faça uma regressão linear e obtenha a equação da reta para o composto 
principal. 
Calcule os parâmetros cromatográficos (número de pratos, fator de retenção, assimetria). 
 
Cálculo para calibração externa: 
 (Aa – coef. Linear) x (r2) x Pp x FDA 
---------------------------------------------------- = % de paracetamol 
 Coef. Angular x mAm 
Onde: 
Aa: área da amostra 
mAm: massa da amostra em mg 
Pp: pureza do padrão em %. 
FDA: fator de diluição da amostra. 
 
 Bibliografia 
 
SKOOG, D. A. e Leary, J. J., Princípios de Análise Instrumental, 5a Ed., Bookman, Porto Alegre, 
2002. 
SOLOMONS, T. W G., Química OrgânicaVol 1, 7 ed., LCT Livros Téc.Científicos Editora S. A. 
2001. 
VOGEL - Análise Química Quantitativa, 6a ed., LTC Editora, Rio de Janeiro, 2002. 
FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 5° Edição,vol II.

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