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São considerados neonatos animais até 28 dias de vida, sendo que são totalmente dependentes do colostro para proteção imune, sendo que animais que não mamam durante o período esperado, faz-se necessário ação humana para esse fornecimento por meio de colostros de outros animais ou pelo plasma. A neonatologia engloba o estudo das doenças que ocorrem na primeira semana de vida, podendo devido a semelhança este período ser prolongado até o primeiro mês de vida A perinatologia, é o estudo que engloba o período gestacional até 24h pós-nascimento O neonato tem uma alta taxa de mortalidade variando de 50 a 70% nos primeiros 3 dias de vida, que podem ocorrer por conta de partos distócico, bem como a hipotermia, hipoglicemia e inanição A tríade neonatal é composta pela: hipoglicemia, hipotermia e inanição hipoglicemia, pois o neonato pode não conseguir levar e mamar o colostro que é a sua fonte de energia podendo levar a um quadro de inanição Hipotermia, principalmente quando o animal nasce em um dia frio e o proprietário demora para achar esse recém-nascido Bezerros tem um maior índice de mortalidade no 1º mês, sendo que 50% nas primeiras 24h Bovino: 9 meses 270 a 290 dias Equino: 11 meses 330 a 345 dias Bubalino: 10 meses 298 a 317 dias Caprino: 5 meses 145 a 151 dias Ovino: 5 meses 144 a 152 dias Suíno: 3 m 3 sem 3 d 1123 a 115 dias A contagem de dias é por conta da IA, onde o produtor sabe exatamente o dia que o animal pode nascer, o tempo em meses é para monta natural Em algumas propriedades o manejo do neonato não é priorizado, pensa- se que uma vez que o animal nasceu ele já está pronto para encarar a vida, porém sabe-se que cuidados básicos são de extrema importância Os impactos econômicos em torno da perda de um neonato, levam em conta a perda do animal em si, a perda de genética, a redução do plantel, um custo com veterinário, medicação e mão de obra De acordo com estudos epidemiológicos a mortalidade varia entre 5 e 20% nas primeiras 5 semanas de vida do neonato O neonato possui um estoque limitado de gordura, isso afeta na energia que caso o animal não consiga levantar sozinho para mamar, deve-se intervir Rápida utilização do estoque energético Pobre capacidade glicogênica Sem imunoglobulinas, por isso depende do colostro Imaturidade intestinal (microvilosidades abertas) Capacidade digestiva deficitária, por isso o animal mama diversas vezes por dia, pois são em baixa quantidade Identificação do neonato de alto risco No pré-parto da fêmea deve-se atentar-se no manejo sanitário (vermífugo, vacinas), problemas na gestação (diabetes, pressão alta) e problemas no parto (distocia, partos demorados) E no pós-parto o manejo sanitário também deve ser prioridade, como trocar o animal da baia pela sujidade no momento do parto. Realojar o animal em uma baia quente e bem arejada e com tratamento intensivo sempre avaliando temperatura e índice glicêmico Vacinação de bovinos: 60 dias antes da estação de monta (IBR, BVD), e o reforço em 3 semanas + rota e coronavírus. No 8º mês de gestação realiza-se a paratifo A vermifugação de ovinos e caprinos deve ser no terço final da gestação, sendo que esses vermífugos não podem ser a base de closantel e organofosforado e a vacinação Para equinos a vacinação de ser realizada 30 dias antes do parto (tétano, encefalomielite e influenza), rinopneumonite no 5º, 7º e 9º mês da gestação Perto de parto: Aproximar o animal da casa, em um piquete maternidade ou baia com abrigo de chuva e vento e realizar a desinfecção prévia Abortos: Podem ocorrer por causas infecciosa (neospora, toxoplasmose, BVD, Brucelose, Leptospirose, IBR) Caso o aborto não seja por agentes infecciosas, eles se sucederiam por desta forma seria por mal forrações, estresse ou medicações Torções uterinas: ocorre quando os animais rolam, porém podem ser muito confundidas com cólica, a palpação é um método de diagnóstico Cólica: 1/3 final ou pós-parto imediato, pois muitas fêmeas sofrem muita força para expelir a placenta, semelhantes a síndrome cólica, o animal pode rolar de dor, que pode gerar uma torção intestinal que causará cólica O parto deve ser assistido com evento programado, onde sabe-se a data da cobertura. A fêmea deve ser colocada no piquete maternidade com observações diária A cauda deve ser lavada e enfaixada O úbere deve ser lavado Nas ovelhas o recomentado, seria a tosquia perianal, periovular e ao redor do úbere Nos EUA, tem-se um dispositivo chamado de FOAL ALERT, onde é suturado na vulva da fêmea que emite um sinal sonoro quando a fêmea começa o trabalho de parto. O custo é muito alto 2000 dólares Um outro método seria a avaliação do pH e do cálcio por meio do leite, quando o pH estiver perto de 6,8 a 6,4 e o cálcio em ??? o animal demorará de 2 a 24h para nascer O parto pode ocorrer de forma distócico de origem materna (cérvix não abre) fetal (bebê em posição errada) ou materno-fetal (animal cresce muito, e não passa na cérvix da fêmea) A asfixia pode ocorrer durante a gestação, sendo ocasionada por passar do tempo do animal nascer, e assim o cordão fica em volta do pescoço podendo desenvolver uma encefalopatia hipóxico-isquêmica Traumatismo também podem ocorrer Retenção de placenta, em vacas pode ser expelida em até 8h, em ovelha em até 12h e na égua essa retenção de placenta pode ocasionar metrite ou laminite ou até desenvolver um quadro de cólica Nos recém-nascidos algumas causas não infecciosas de doenças podem ser hipoglicemia/hipotermia, negligência materna, inanição, exposição ao frio e chuva e algumas doenças congênitas O animal pode desenvolver hipoglicemia pois tem pouca reserva energética devido ao baixo estoque hepáticos de glicogênio Sinais de hipoglicemia: baixo reflexo de sucção e apatia Tratamento: glicose 5% aquecida a 39º IV ou intraperitoneal Também pode ser por meio do colostro ou do leite Deve-se atentar a quantidade de glicose a der administrada, pois o animal pode ser sentir saciado e não querer mais mamar Diminuição temperatura corpórea Essa é a segunda maior causa morte de recém-nascidos O abrigo de frio, chuva e vento são fatores importantes para tentar amenizar essa hipotermia Tratamento: secar o animal ao nascer, banho quente a 38º e secagem imediata, abrigo de fatores climáticos Uso de cobertores, secadores, aquecedor, porém sempre se atentar a não queimar o animal No recém-nascido deve-se realizar a remoção da secreção de narinas e boca, caso perceba que há muita secreção deve-se favorecer a drenagem desse líquido, deixando a cabeça do animal mais inclinado Estimular a interação materno-filial (mãe lamber o filhote) Observar se o animal levantar e mama o colostro O animal deve ficar em decúbito esternal, os potros em até 5 minutos e ruminantes imediatamente após o nascimento ou até 3 minutos. O exame da placenta também é importante Observar o comportamento do animal, o tempo que ele demora para ficar em pé, o tempo que demorar para mamar, se o animal eliminou o mecônio e realizar a cura do umbigo Um animal prematuro não tem surfactante, porque é uma das coisas que são produzidas no pré- parto. Surfactante: A função do surfactante é reduzir a tensão superficial na interface ar-líquido dos alvéolos, prevenindo seu colabamento e facilitando o trabalho respiratório do recém-nascido, além de evitar o edema pulmonar (REBELLO et al.,1996). O nascimento é um momento difícil para o animal principalmente para sua adaptação na vida extrauterina O reflexo de sucção é de em média 20 minutos Tentativa delevantar-se 15 a 30 min para bezerros e potros e de 10 a 20 min O decúbito esternal, em potros pode ser em até 5 min e em ruminantes pode ser de imediato a 3 min BEZERROS 2 a 3 min: levanta a cabeça e adotar decúbito esternal 2 a 20 min: reflexo de sucção presente 15 a 30 min: tentativa para levantar- se Raças de corte 35 min: levanta-se e em 80 min: mama Raças de leite até 1 hora se levanta e até 3 horas mama Potros 1ª mamada em até 2 horas Comportamento anormal: Falha em ficar em estação, asfixia/ hipóxia, septicemia, prematuridade Cordeiros 2 a 4 min: adota decúbito esternal 5 a 10 min: tentativa para levantar 11 a 18 min: manutenção em pé 13 a 20 min: tentativa de mamar 21 a 35 min: primeira mamada Parâmetros vitais APGAR: avaliação de reflexos Ruminante: POTROS: DISMATURO: Idade gestacional correta, porém, apresenta sinais de prematuridade Isso pode ocorrer por disfunção placentária inflamatória/infecciosa ou não inflamatória, deficiência nutricional (ovelhas e porcas) e estresse térmico (ovelhas) PREMATURO: Sinais clínicos: Baixo peso corporal, debilidade geral, pelagem curta e sedosa, orelhas muito flexíveis/ caídas, hiperextensão dos boletos, dificuldade permanecer em estação, cascos úmidos e moles, dificuldade em controlar a temperatura, áreas de alopecia, dificuldade respiratória, eponíquio (que seria uma pele no casco para que não haja perfuração do útero da mãe) Estrutura do cordão umbilical • Membrana amniótica • Veia e artéria umbilicais • Úraco ligação com bexiga Inflamação/infecção umbilical: logo após nascimento podem causar: Onfalite, onfaloflebite, onfaloarterite, onfalouraquite (uraquite) Sempre se atentar ao coto umbilical, pois ela pode ser porta de entrada para patógenos, sendo que, depois de adentrados esses patógenos podem se disseminar para outros tecidos e órgãos podendo causar: poliartrite, meningite bacteriana, endocardite bacteriana, pneumonias, enterites, cistite, septicemia A desinfecção do umbigo seria para evitar a entrada de agentes infecciosos, realizado desde o 1º dia de vida até estar seco Essa desinfecção pode ser feita com iodo a 2%, 5%, Umbicura, Clorexidine aquoso 2% São as primeiras fezes, produto da de secreções glandulares, fluidos amnióticos e debris celulares Antes do nascimento move-se por meio do TGI por peristaltismo sendo estocado no ceco e cólon Só é excretado caso o animal esteja em sofrimento fetal Tem a coloração marrom escuro, negros em formato de cíbalos ou pasta que clareiam com os dias A ingestão de colostro estimula o peristaltismo e todo o mecônio deve ser eliminado em até 24h Caso haja retenção de mecônio, pode causar dor abdominal em neonatos podendo desencadear quadros de cólicas e distensão abdominal Tratamento: enema (Fleet-enema, soro fisiológico aquecido, glicerina)
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