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DOENÇA DE WHIPPLE A doença de Whipple é uma enfermidade multissistêmica crônica associada a diarreia, esteatorreia, perda de peso, artralgias e problemas relacionados com o sistema nervoso central (SNC) e o coração; ela é causada pela bactéria Tropheryma whipplei. O início da doença de Whipple é insidioso e caracteriza-se por diarreia, esteatorreia, dor abdominal, perda de peso, artropatia migratória das grandes articulações e febre, assim como sintomas oftalmológicos e referidos ao SNC. Demência é um sintoma relativamente tardio e um sinal de prognóstico extremamente desfavorável. A principal abordagem consiste na obtenção de biópsia tecidual do intestino delgado e/ou de outros órgãos que possam estar acometidos (p. ex., fígado, linfonodos, coração, olhos, SNC ou membrana sinovial), tendo em vista os sintomas do paciente. A presença de macrófagos PAS- positivos contendo pequenos bacilos característicos sugere esse diagnóstico. A presença do bacilo T. whipplei fora dos macrófagos constitui um indicador mais importante de doença ativa que sua presença dentro dos macrófagos. Atualmente, é possível isolar o T. whipplei em cultura com sucesso. O tratamento da doença de Whipple consiste na utilização prolongada de antibióticos. O esquema preferido atualmente é ceftriaxona ou meropenem por 2 semanas, seguido de SMX- TMP (800/160 mg), via oral, 2 vezes/dia, durante 1 ano. Os macrófagos PAS-positivos podem persistir após o tratamento bem-sucedido e a presença de bacilos fora dos macrófagos é indicativa de infecção persistente ou constitui um sinal precoce de recidiva. Quando a combinação de sulfametoxazol-trimetoprima não é bem tolerada, o cloranfenicol constitui uma segunda escolha apropriada.
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