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Semiologi� Cardíac� Revisão ciclo cardíaco, anatomia e bulhas cardíacas Classificação dos sopros Estenose mitral e aórtica Insuficiência mitral e aórtica Insuficiência cardíaca Diagnóstico diferencial da dor torácica Caso clínico ● Estenose mitral ● O que justifica disfagia: átrio esquerdo comprimindo ● O que justifica rouquidão ● Teve febre reumática quando criança ● Grande chance de estenose mitral ● B1: ● B2: fechamento das átrioventriculares Dois pilares básicos: ● Anatomia cardíaca ● Ciclo cardíaco Anatomia cardíaca ● Coração a direita: valva tricúspide e valva pulmonar (semilunar) ● Lado esquerdo: mitral (átrioventricular) e aórtica ● A referência do coração é a câmara esquerda, porque é a que mais tem massa cardíaca ● No ecocardiograma, avalia-se funcionalidade cardíaca por VE, que é por fração de ejeção Circulação pulmonar e sistêmica ● O VE faz hipetrofia; por que câmara do lado direito faz hipetrofia se o problema é do lado esquerdo? Por conta da pressão, o VE tenta vencer hipertensão pulmonar ● Lao direito: chega drenagem sistêmica; veia cava inferior e superior desembocando em AD ● Lado esquerd: veias pulmonares desemobcano em AE ● Direito: manda snague para pulmonar ● Esquerdo: manda sangue para sistêmica ● Insuficiência aórtica: o paciente tem dificuldade de perfusão cardíaca; o coração não perfunde, e para ele perfundir, é pelas artérias coronárias Ciclo cardíaco ● É necessário localizar se o sopro é sistólico ou diastólico ● A câmara esquerda é referência ● Diástole tem 4 fases, faz enchimento ventricular, nela tem 4 subfases: - 1ª fasE: relaxamento isovolumétrico do ventrículo, já que ventrículo e átrio não podem ter diferença de pressões altas, se não, não consegue-se fazer o sangue descer; quando abre faz enchimento rápido; no átrio, o sangue precisa de uma força, fazendo contraÇão atrial, que é responsável por 25% de enchimento do volume do ventrículo. Se tiver algo na valva mitral, a contraÇão atrial é maior; se tem mais sangue no átrio, precisa fazer mais contração, o átrio cresce - Contração atrial (25%) ● Sístole ventricular: esvaziamento - Contração isovolumétrica: - Ejeção rápida (70%) - Ejeção lenta (30%) Ausculta ● Condições ideais: - Estetoscópio - Som ambiente silencioso - Posição à direita do paciente ● 4 focos de ausculta básicos: - mitral: 5º EIC à esquerda, é onde observa o ictus - tricúspide: ao lado do esterno, perto do processo xifóide - aórtico: 2º EIC à direita - pulmonar: 2º EIC à esquerda - foco aórtico acessório 3º EIC à esquerda ● Paciente com tórax exposto ● São necessárias manobras especiais; a parte esquerda do coração é mais posterior ● Foco mitral pode variar de paciente para paciente; os pacientes com tórax mais achatado, ele deita e o ictus desloca, logo o foco mitral desloca, sendo mais palpável à esquerda ● Ao colocar o esteto, deve palpar o pulso radial do paciente; ao auscultar o “tum”, é porque a sístole começou B3: ● Tem relação com sobrecarga de volume; o sangue que desce da insuficiência e bate no sangue que está no ventrículo, faz a reverberação e gera o B3- PATOLÓGICO! ● Fisiológico: paciente com hipertrofia de câmara por ser atleta; parede mais espessada faz barulho quando o sangue bate, faz B3 fisiológico; bulha acessória é comum auscultar em pacientes pediátricos ● Ocorre no início da diástole B4 ● Pode ser fisiológica, mas é comum ser patológica ● Sobrecarga de pressão faz com que o átrio tenha a necessidade de contrair mais ● Ocorre no fim da diástole Ritmo ● Regular ou irregular (arritmias) ● Binário ou tríplice ● “tum” “ta” certo: ritmo regular; se tem arritmia, as bulhas não batem certas ● BRNF em 2T ou 3T ● Frequência: batimentos em um minuto (60-100 bpm) ● FA arritmia comum ● Paciente atleta que faz esforço e o coração cresce, para mandar mais volume quando tiver esforço; coração tem capacidade de mandar mais volume de uma vez e bate menos; comum idoso, hipertenso e IC usam betabloqueador, que reduz FC do paciente Sopros ● Fase do ciclo: sistólico ou diastólico ● Sopro de estenose mitral: comum que seja diastólico! ● Insuficiência aórtica: sistólico, porque quando tenta fazer a sístole, regurgita o sangue ● Localização mais audível (focos de ausculta) ● Irradiação: em algumas patologias o sopro irradia; o coração cresce para o lado, o sopro irradia para a axila; artéria aorta o sopro pode irradiar para a carótida; irradiação para a carótida, sempre deve-se pensar em algo aórtico! ● Timbre e tonalidade: aspirativo (quando tem regurgitação, o som que faz é como se estivesse “sugando” o sangue), rude (valva estenosada), suave, ruflar (característico da estenose mitral, é como se fosse uma “batida”) ● Alteração com: respiração, exercício, posição ● Intensidade: classe ou cruzes - +: leve; coloca o esteto e só percebe depois - ++: moderado; consegue auscultar, mas não traz tanta repercussão sonora - +++: intenso; coloca o esteto e já começa, fica ultrapassando as bulhas - ++++: muito intenso; antes de encostar no tórax do paciente já ausculta; paciente muito grave - InspiraÇão profunda: aumenta retorno venoso, altera pressão torácica; desdobramento - Exercício: pode haver paciente que só altera a ausculta no exercício ● “Sopros difusos mais proeminentes em tais focos”- registro! Semiologi� da� Patologia� Cardiovasculare�- Alteraçã� e� valva� Esten�s� mitra� ● Enrijecimento da valva mitral ● Causas: - Febre reumática (95%) no Brasil - Países desenvolvidos: degenerativo (envelhecimento populacional); tem aumentado sobrevida dos pacientes e tem mais idoso, tendo mais possibilidade de degenerar a valva e faz estenose mitral, o que é muito individual - Diagnóstico e grau de gravidade: ecocardiograma faz isso; fala ainda a funcionalidade do coração, mede pelo VE, que tem mais massa cardíaca e mede a fração de ejeção. Ele delimita a área valvar - ECG ajuda, mas não dá diagnóstico; observa a câmara esquerda; onda P é despolarização do átrio Clínica ● Dispneia: faz congestão retrógrada e hipertensão pulmonar que leva à hipertrofia de VD - por congestão retrógrada - piora com taquicardia (dificuldade de esvaziamento) - pode causar hemoptise: porque os capilares ficam túrgidos e rompem - pode evoluir para a hipertensão pulmonar e consequente hipertrofia de VD - uso de betabloqueador, melhora a dispneia, já que melhora o ciclo cardíaco do paciente ● Disfagia - compressão esofágica pelo aumento do AE - rouquidão: compressão do nervo laríngeo recorrente - contato com diafragma, logo comprime, faz rouquidão; a corda vocal para funcionar, precisa de ar e inervação Ausculta ● Posição de Pachon (decúbito lateral esquerdo) - Sopro diastólico (entre B2 e B1); MOMENTO que o átrio tenta jogar sangue para o ventrículo para fazer diástole e perfusão - Estalido de abertura (valva rígida para abrir) - Reforço pré sistólico: para vencer pressão de estenose - Hiperfonese de B1 - Paciente com valva calcificada, faz mais barulho quando abre e fecha; ao abrir a valva mitral, além de fazer o sopro, faz estalido de abertura, já que bate uma cúspide na outra; quando fechar a valva átrioventricular (B1), faz hiperfonese, porque a valva está enrijecida e tem dificuldade de fechar - Para fazer sístole, tem que fazer mais pressão, logo, pré sístole, é vigoroso, se aumenta a pressão, gera o reforço pré sistólico Tratamento ● Controle de frequência com betabloqueador para diminuir os sintomas ● Valvoplastia com balão ou cirurgia Sopro estenose mitral: ● diastólico em ruflar ● Outros componentes: estalidos de abertura, intensificação B1, reforço pré sistólico ● Na diástole: passa na valva estenosada e faz o sopro > Auscultar sopro: localizar B1 e B2; depois foca no estalido Esten�s� aó�tic� Caso clínico ● Falta de ar há 1 mês ● Começou com esforços moderados, além da dispneia, havia dor torácica ● À noite tinha sensação de sufocamento ● O que justifica a dispneia: congestão; IC é consequência de algum defeito estrutural ● Dor torácica: síndrome coronariana aguda ● A coronária sai da aorta, se tiverdefeito, se a saída para a aorta tiver dificultosa há dificuldade, já que aorta não manda sangue para a coronária ● Possível diagnóstico: estenose, insuficiência ● Amaurose: relação com cegueira; paciente relata cegueira à cegueira ● À ausculta: paciente tinha B4, que é sobrecarga de pressão, a câmara cardíaca trabalha sob pressão ● Sopro sistólico (em crescendo-decrescendo); mais audível em foco aórtico, irradia para a parte de carótidas ● Estenose: aumenta pressão dentro de câmara, justificando B4 (tem relação com contraÇão atrial, o sangue que volta vai para ventrículo e vai para átrio); sopro sistólico, já que na sístole deve ejetar sangue e é na ejeção que tem dificuldade de passar sangue. Sopro cresce e decresce: lembrar de estenose! Semilunar, irradia para cima ● O paciente está caminhando para insuficiência cardíaca Causas ● Degeneração senil ● Malformação congênita (valva bicúspide) Semiologia da estenose aórtica ● Manifestação de hipertrofia ventricular esquerda e hipoxemia de musculatura cardíaca (insuficiência coronariana) ● Tríade clássica de sintomas (sinais de gravidade): - Dor no peito ao esforço (angina): justificada por faltar sangue para perfundir coronária e para irrigar a própria coronária - Síncope após esforço (DC insuficiente): se tem dificuldade de ejetar sangue, tem dificuldade de DC, que não manda sangue e o paciente não tem perfusão cerebral, fazendo síncope. A síncope pode ser quase imperceptível às vezes - Dispneia: é por congestão retrógrada, volta tudo! Ela pode causar a congestão, quando auscultar o paciente no respirador pode ter também crepitação Exame físico ● Pulso radial: parvus (baixa amplitude) e tardus (prolongado)- atraso no pico de fluxo devido à contração prolongada para VE vencer a pressão ● É uma sístole que deve ser prolongada para vencer a pressão que o sangue é ejetado; fica baixa amplitude porque a pressão não deixa o sangue todo fluir, vai pulso forte, mas é de baixa amplitude pela quantidade de sangue que está indo. Para compensar, alonga para mandar o restante do volume ● A sístole é o “tum” ● Ictus cordis: intenso, levemente deslocado para a esquerda e para baixo ● O coração cresce para o lado, vai para a esquerda, a depender do paciente, tem o coração virado; ictus se passar de 3 polpas digitais, pensa-se em coração aumentado Ausculta ● Sopro sistólico de ejeção, rude, em crescente ou decrescente ● Quanto mais grosseiro o sopro, está relacionado com calcificação, sendo um sopro rude ● Ou mesossistólico em diamante: fala-se em diamante pensando em seu pico ● Cuidado de auscultar outros locais do tórax, já que esse é um sopro que irradia para cima, devendo auscultar a carótida, ou sentir impacto na fúrcula ● Mais intenso em foco aórtico ● Irradia para carótidas e fúrcula ● Pode ter B4 associada (sobrecarga de pressão): aumenta trabalho atrial ● Desdobramento paradoxal de B2 (estenose grave): no desdobramento normal, fisiológico, quando aumenta retorno venoso, ao auscultar B2, a parte esquerda do coração sobressai por massa muscular, o componente aórtico predomina, aumenta sangue do lado direito. Aqui, tem dificuldade de ejetar sangue, quando o paciente faz aumento do retorno venoso, o aórtico está ainda mais atrasado, e atrasa ainda mais porque o pulmonar passa na frente, o que denota gravidade, pois significa que está muito estenosado e atrasa a sístole; esse desdobramento paradoxal ocorre pela diferença entre som da bulha da pulmonar e da aórtica ● Para deslocar bulha pulmonar deve aumentar som do lado direito ● Sopro sistólico, rude ● Fenômeno de Gallavardin: a vibração da valva aórtica causa reverberação na valva mitral da sístole, sendo auscultado em foco mitral (não existe alteraÇão em mitral, é funcional); quando ocorre o sopro, reverbera em foco mitral por estar tão forte - Fazer manobra de Handgrip: pede o paciente para apertar as mãos com força o que aumenta a RVP, aumenta sopros de insuficiência valvar); chega mais sangue no coração e aumenta sopro de insuficiência, como chegar sangue, faz mais ejeção, tem insuficiência de valva e o sangue volta, faz barulho mais intenso se a valva realmente estiver doente. Aqui não altera o sopro em mitral, pois é funcional!!! Se não mudar a valva não está doente - Fazer hiato tricuspídeo para diferenciar: foco aórtico, tricúspide, mitral; quando ausculta o aórtico tem sopro, ausculta reverberação no mitral. O problema não está em tricúspide nem pulmonar, somente no aórtico - IMPORTANTE! - Manobras: rivero-carvallo, valsalva, handgrip Caso clínico ● Presença de B4: justificada pelas altas pressões ● Crescente e decrescente ● Sopro sistólico já que trabalha em ejeção, é rude já que o sangue passa em local rígido ● Pulso característico ● Exames complementares: - pulmões com congestão, típico em base por questão de gravidade - cardiomegalia observada no raio x tórax - ECO: estenose aórtica importante e espessamento da parede valvar - ECG: sobrecarga atrial esquerda, evolui com sobrecarga das duas câmaras - Diagnóstico: estenose aórtica Insuficiênci� aó�tic� ● Incapacidade de fechamento da valva: refluxo de sangue para VE durante a diástole (o sangue passa em sístole, porém retorna em diástole) ● Queixas clínicas: - Dispneia aos esforços (por insuficiência de VE) - Lipotimia e síncope (sintomas de baixo débito); aqui o sangue vai, mas volta - Angina (por aumento do consumo de O2 na HVE e por efeito de venturi: “roubo de fluxo” coronariano); o VE recebe mais volume e fica mais forte, fica sobrecarregado e faz hipertrofia para segurar o volume. Para manter a parede perfundida deve aumentar o volume de O2, se não chega O2 para oxigenar ocorre a angina (dor); rouba de fluxo coronariano, o que mandaria de sangue para a coronária para perfundir os ventrículos, não está indo Semiologia da insuficiência aórtica Exame clínico ● Dividido em sinais periféricos e sinais do coração Sinais periféricos ● Decorrentes da grande pressão diferencial entre sistólica e diastólica ● Faz sístole efetiva que seria o “tum”, mas o sangue volta, a pressão da diástole é menor do que a pressão da sístole. A diferença de pressão entre sístole e diástole causa os sinais periféricos ● A sístole sobressai na diástole ● Aumento da sistólica pelo maior volume de sangue ejetado ● Diminuição da diastólica pela lesão valvar-refluxo - Pulso radial amplo e rápido/célere - Pulsações de carótidas - Pressão arterial divergente (160/60) ● Apresenta dança das carótidas, a sístole reverbera nas carótidas ● Paciente que “tudo pulsa” Sinais clássicos da insuficiência aórtica ● Corrigan: pulso em martelo d’água: vai de uma vez e já cai; a carótida mexe ● Musset: paciente pulsa junto com a sístole a cabeça; oscilações da cabeça para baixo e para frente ● Quincke: oscilação (pulso) vista no leito ungueal; unha fica vermelha e branca ● Minervini: pulsação da base da língua ● Duroziez: quando ausculta a artéria femoral proximal (em cima ) e embaixo, faz sopro, sendo um duplo sopro; chamado de sinal de Duroziez; duplo sopro à compressão da artéria femoral ● Pistol Shot: sensação de choque à ausculta de certas artérias; quando ausculta pode gerar uma pressão, já que está muito intensa Exame clínico: sinais do coração Palpação: ● Ictus cordis hiperdinâmico ou hipercinético, está propulsivo; deslocado para a esquerda e para baixo, já que dilata e hipertrofia do ventrículo Ausculta ● Sopro diastólico, que é quando a pressão do ventrículo cai, a válvula não funciona ● Sopro de alta frequência ● Sopro em decrescente ● Sopro de Austin-Flint: sopro diastólico em foco mitral por estenose mitral funcional e não orgânica; ocorre pelo mesmo mecanismo de reverberação, volume sanguíneo muito forte voltando valva atrioventricular- sangue que volta da aorta bate na valva, logo a valva, ao abrir, se alguma coisa bate nela, ela faz um sopro de algo rígido, como se fosse sopro de estenose mitral, nesse caso a valva não está doente, percebe-se avaliando que não existem os outros sintomas. O problema único éque o sangue que reflui da aorta bate na cúspide da mitral ● Na diástole a mitral abre para mandar sangue para ventrículo, isso faz um sopro Caso clínico ● QP: “estou desmaiando” ● Relata que há 2 meses apresenta quadro de síncope aos esforços; apresentava dor torácica em aperto (angina); dispneia ● Paciente que faz esforço no trabalho, faz a sístole, mas quando relaxa, faz síncope. Não perfunde coronária, faz esforço e dói o peito ● Diabético ● Histórico de endocardite infecciosa ● Tabagista há 20 anos: nicotina altera colágeno e a maior parte da parte aórtica é feita de colágeno; logo é um fator intensificador da insuficiência da aorta ● PA: 160X50 Insuficiênci� mitra� ● Defeito de fechamento da valva mitral que está dificultoso ● Sangue ejeta para aorta e átrio ● Queixa clínica: - Dispneia aos esforços - Fraqueza progressiva (sinal de baixo DC) - Evolução para sintomas de IC esquerda ou direita (gravidade): edema, ascite Semiologia Exame físico ● Inspeção e palpação: ictus cordis hipercinético e frêmito sistólico em foco mitral; está palpando um sopro ● Ausculta: sopro sistólico (holossistólico) de regurgitação em foco mitral; faz ejeção significa que faz sístole o tempo todo, tendo sangue indo para o átrio o tempo todo, logo o sopro dura o tempo todo ● Sopro irradia para axila (localização de átrio esquerdo): átrio é quem produz o sopro, quando ausculta na axila, observa o sopro ● Hipofonese de B1: início da sístole, já começa com sopro; dura a sístole toda e valva não fecha direito ● Presença de B3: sobrecarga de volume- alto volume regurgitante; já está cheio de volume, e o átrio “cospe” no ventrículo, gerando a sobrecarga ● Fechamento da átrio ventricular não ocorre direito ● Dura a sístole toda, difícil auscultar sístole Caso clínico ● Sinal de gravidade: evolui com edema e ascite ● Hipotireoidismo e em uso de Puran: hipotireoidismo deixa muito fraca e indisposta, mas ela está estável, logo deve-se pensar em causas cardiológicas ● Histórico de febre reumática- sempre pensar em valvopatia ● Reduz apetite por conta dos sintomas; quando o paciente faz ascite, fica com trato gastrointestinal edemaciado, tolerando pouco os alimentos ● HD: valvopatias e insuficiência cardíaca ● Edema bilateral de MMII: evolui com congestão sistêmica- insuficiência cardíaca ● Ictus hiperdinâmico; frêmito sistólico, isto é, consegue palpar o sopro da paciente. Bulhas normorrítmicas, mas não normofonéticas, tendo hipofonese de B1 , EM 3t (B3- sobrecarga de volume); átrio esquerdo atrás, recebe muito volume Insuficiênci� cardíac� Diagnóstico: 2 critérios maiores OU um maior e dois menores Critérios de Framingham Investigação Anamnese ● O primeiro passo para investigação é uma história clínica detalhada ● O diagnóstico começa na anamnese ● História clínica: - Avaliar antecedentes mórbidos, como HAS, diabetes dislipidemia, doença vascular periférica ou coronariana - Antecedente de febre reumática ou diagnósticos prévios de valvopatia ou sopro cardíaco - Doenças congênitas - Distúrbio ventilatório do sono - Antecedentes pessoais ou familiares de miopatia - Doença de chagas Divisão ● Divide IC em direita e esquerda; pode ter dúvida se é direita ou esquerda. Uma pode evoluir para a outra ● Insuficiência ventricular esquerda: - O que drena para a parte esquerda é a parte pulmonar, logo o que tiver de fraqueza do lado esquerdo, causa congestão pulmonar. Ausculta estertor crepitante, observa-se dispneia, derrame pleural, fadiga e astenia que perfundem nos dois - Insuficiência ventricular direita: circulação sistêmica, logo tudo fica congesto; ocorre hepatomegalia, edema periférico, edema de víscera e outros sintomas como fadiga e astenia. Insônia, irritabilidade Sinais e sintomas ● Dispneia progressiva, começa em grandes esforços, depois evolui para ortopneia (dispneia que o paciente fica em decúbito e fica em dispneia), importante perguntar ao paciente com quantos travesseiros dorme, quanto ais, mais congesto ● Evolui para dispneia paroxística noturna: dispneia que acorda o paciente no meio da noite e só melhora após alguns minutos sentado ou em pé; o paciente deita, dorme e acorda com falta de ar, devendo levantar, esperar e ficar sentado, até aliviar a dispneia. A dispneia paroxística noturna é critério de gravidade ● Queixas de baixo débito: - Fadiga e astenia progressivas - Má tolerância física aos esforços - Tonturas - Insônia e depressão do humor - Anorexia e dor abdominal; ocorre hepatomegalia, gerando muita dor; quando faz congestão de víscera, faz congestão de parede de víscera, sendo um paciente sem apetite Exame físico ● Variam de acordo com o grau de compensação, cronicidade e envolvimento cavitário (esquerdo e direito) ● Sinais típicos de sobrecarga de volume ● Ectoscopia e sinais vitais: - Pode estar hipocorado (anemia) ou com cianose - Alteração em perfusão tissular periférica (quente ou frio); paciente que perfunde bem, é chamado de quente, com perfusão fisiológica; paciente frio é o que chega perfundindo mal - Enchimento capilar lentificado; sintomas de baixo débito do paciente - Edema de membros bilateralmente: sinal de cacifo; lembrar que o edema é bilateral! - Taquipneia e taquicardia: paciente tenta mandar mais sangue - Antropometria: avaliar peso corporal em toda consulta; deve pesar todos os dias o paciente internado, já que é usado terapia diurética, perdendo peso de água ● Pulmonar - Está congesto; além de perfusão reduzida, estará com dispneia - Inspeção: dispneia, podendo apresentar esforços - Palpação: alteração de expansibilidade - Percussão: macicez em bases na presença de derrame pleural; som maciço; - Ausculta: estertores pulmonares crepitantes em bases bilateralmente ou MVF reduzido em bases (derrame pleural) ● Cardiovascular - Inspeção: distensão venosa jugular a 25º. Em decúbito, as pressões estarão igualadas, e por sobrecarga de volume, o paciente tem distensão venosa, já que o átrio tem dificuldade de mandar a quantidade de volume - Ausculta: B3- sobrecarga de volume (ritmo de galope). Sopro sistólico de regurgitação mitral (devido à insuficiência mitral secundária à dilatação do VE) - Cardiomegalia em raio-x: coração lateraliza ● Abdominal - Hepatomegalia - Ascite - Refluxo hepatojugular Diagn�stic� diferencia� d� do� torácic� Dor torácica ● Cardíaca: isquêmica - Angina - IAM ● Cardíaca: não isquêmica - Pericardite - Valvar - Dissecção aguda da aorta ● Não cardíaca - Gastroesofágica - Não gastroesofágica Caracterização da dor: - Localização - Tipo: em aperto, em queimação, em pontada, em facada, em rasgão - Irradiação - Sintomas associados: sudorese, cefaleia, sintoma pulmonar - Fatores desencadeantes: estresse, alimentação, vômito, etc - Fatores de melhora Síndrome coronariana aguda- IAM ● Dor iniciada de forma aguda insidiosa e gradual; a dor vai aumentando ● Em região precordial, retroesternal e/ou epigástrica; mulher, idoso, diabético e hipertenso tem angina atípicas, mas não pode deixar de pensar em infarto ● Do tipo em aperto, queimação ou constrição; paciente fecha a Mão e coloca onde dói- sinal de Levine ● Irradiada para ombro esquerdo, mas pode ser direito também; mandíbula, cervical e interescapular (é como se a dor o atravessasse) ● Fatores desencadeantes: esforço, estresse, refeições copiosas ● Melhora com repouso ou uso de nitratos (vasodilatador); essa dor não melhora com analgésico, não dói quando palpa, não melhora com analgésico comum ● Exame físico: poucos achados, aqui a HMA contribui mais para a suspeita diagnóstica. Pode ter PA elevada por conta da dor, ou hipotensão por conta da isquemia Dissecção aguda de aorta ● Dor súbita, de grande intensidade desde o seu início; é como “rasgar” a aorta. Diferença do infarto é que é uma dor súbita, intensidade 10/10 desde o início ● Irradiada para a região posterior/dorsal e abdominal ● De caráter lancinante ou em pontada, descrita pelo paciente como “sensação de rasgão” ● Ao exame físico: PA elevada, com assimetria entre os dois membros e entreos pulsos (diferença maior que 20 mmHg na PAS) ● Importante: palpação nos pulsos nos 4 membros + aferição de PA nos dois membros ● Sintomas secundários: AVC, IAM ou isquemia do membro ● Fatores de risco: sexo masculino, maior que 50 anos, HAS descontrolada, uso de cocaína ou anfetamina, defeitos congênitos da valva aórtica, doenças do tecido conjuntivo ● Saber o pulso de dois lados, dos dois membros e a PA ● Pressão no lado direito maior ● Antes de qualquer tratamento: adm betabloqueador, para não aumentar a FC e rasgar mais a aorta Tromboembolismo pulmonar (TEP) ● Para o trombo ir para o pulmão, deve estar em membro periférico ● Dor súbita, que piora com a inspiração (pleurítica) ● Dispneia e taquicardia: não perfunde, tenta vencer hipoxemia ● Queda de saturação ● Síncope ● Ausculta não tem alteração pulmonar, FR e FC podem estar alteradas ● Associada a tosse e/ou hemoptise; o trombo faz pressão, podem rasgar e sangrar, fazendo hemoptise ● Edema, calor, rubor e dor em membros inferiores ● Fatores de risco: cirurgia prévia recente, trauma, imobilidade prolongada, CA ativo, uso de AC, tabagismo, trombofilias, história prévia de TEP Pericardite aguda ● Dor aguda, contínua, intensa; ocorre por qualquer coisa que inflame o pericárdio ● Piora ao deitar e durante a inspiração ● Alivia com o paciente sentado e inclinado para frente: descola o pericárdio do coração e dói menos ● Localizada em região subesternal e irradiada para a região de trapézio (altamente específico) ● Pode vir associada com febre, taquicardia, dispneia e soluços (diafragma tem nervo vago e causa soluço) ● Ausculta: atrito pericárdico e bulhas abafadas, rítmicas ● Sinal de Kussmaul: distensão de jugular na inspiração (redução da complacência cardíaca); quando faz inspiração aumenta retorno venoso, mas a complacência está diminuída, logo quando o paciente faz inspiração, o sangue não retorna por completo ● Pulso arterial paradoxal: redução > 10 mmHg da PAS na inspiração Pneumotórax espontâneo ● Ar dentro da pleura ● Essa ruptura é súbita, é como se uma bolha “estourasse” e o paciente tem a dor súbita, aguda ● Dor de caráter súbito, agudo ● Piora com movimentos respiratórios (pleurítica) ● Fatores de risco: asma, DPOC, tabagismo ● Exames físicos: - Enfisema subcutâneo - MVF reduzido unilateral - Hipertimpanismo à percussão unilateral: livre para percutir - Ausência de FMTV Patologias esofágicas e gastroduodenais ● Ruptura esofágica: dor subesternal, de início súbito após um forte vômito. Presença de ar em subcutâneo, mediastino e peritônio. ● Espasmo esofágico: DRGE, dor retroesternal ou epigástrica, em queimação, associada a náuseas, vômitos, regurgitação. Melhora com antiácido ou IBP, piora ao deitar ● Úlcera péptica: relação de melhora (duodenal) ou piora (gástrica) com ingestão de alimentos, já que estimula mais ácido e ele cai mais na úlcera, gerando mais dor ● Pancreatite aguda: dor contínua, irradiada para dorso, associada a náuseas e vômitos Patologias musculoesqueléticas ● Dor localizada, relacionada com posição ● Piora à palpação ou em movimentos específicos Dor psicogênica ● Associada com transtorno do pânico agudo ou prévio ● Sensação de medo acompanhada de: - Dispneia, palpitações, tremores, parestesias, tontura - Sensação de asfixia - Diaforese (transpiração excessiva), calafrios ● Realizar o eletro, se não estiver alterado, pode liberar
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