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TCC-DE-ELIZABETE-PEREIRA-BATISTA-DA-SILVA--UFRN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, 
UMA ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO 
INFANTIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL, RN 
2021 
ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA 
 
 
 
 
 
A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA É ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA 
ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO INFANTIL. 
Trabalho de Conclusão de Curso 
submetido ao Curso superior de 
licenciatura em Pedagógica, 2017.1. 
 
Orientadora: Amone Inácia Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL, RN 
2021 
 
 
ELIZABETE PEREIRA BATISTA DA SILVA 
 
A FUNÇÃO DE EDUCAR; FAMILIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA, UMA 
ANALISE DA REVISTA NOVA ESCOLA VOLTADO Á EDUCAÇÃO INFANTIL. 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso Pedagogia da 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, em cumprimento às exigências 
legais como requisito parcial à obtenção do 
título de Licenciado em Pedagogia. 
. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado e aprovado em ___/___/_____, 
pela seguinte Banca Examinadora. 
 
BANCA EXAMINADORA 
_________________________________ 
Amoni Inacia Alves, Dr. (a) – Examinadora 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
____________________________________ 
Ana Roberta Duarte Piancó, M.a – Examinadora 
Universidade Regional do Cariri 
 
______________________________________ 
Ivanessa Castro de Sousa, M.a – Examinadora 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede 
 Silva, Elizabete Pereira Batista da. 
 A função de educar; família e escola em tempos de pandemia, 
uma analise da Revista Nova Escola voltado à Educação Infantil / 
Elizabete Pereira Batista da Silva. - 2021. 
 27 f. 
 
 Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Centro de Educação, Secretaria de Educação a Distância, 
Curso de Pedagogia a Distância. Natal, RN, 2021. 
 Orientador: Profa. Dra. Amone Inácia Alves. 
 
 
 1. Educação infantil - Rede Pública - TCC. 2. Revista Nova 
Escola - TCC. 3. COVID-19 - TCC. 4. Tecnologia Digital -TCC. 5. 
Família - TCC. 6. Escola - TCC. I. Alves, Amone Inácia. II. 
Título. 
 
RN/UF/BCZM CDU 37-053.2 
 
 
 
Elaborado por Sara Sunaria de Almeida Silva Xavier - CRB-15/572 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus por tudo e minha família pelo apoio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o mundo estiver unido na busca do 
conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e 
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir 
a um novo nível. 
(Thomas Jefferson) 
RESUMO 
O presente artigo tem a função de analisar o relacionamento entre a escola e a 
família em tempos de pandemia, e como se deu o processo de ensino aprendizagem 
em tempos de COVID- 19, discorrendo sobre o cenário atual com ênfase na educação 
infantil da rede pública. O objetivo deste trabalho e expor alguns tópicos relacionados 
a educação para que possamos entender as transformações ocorridas durante esse 
período de isolamento, como; o uso das tecnologias, adaptação dos professores e 
gestão escolar, desempenho dos estudantes, participação da família e saúde mental 
dos docentes. Com isso também será averiguado os artigos da revista NOVA 
ESCOLA relacionados ao tema, pandemia e educação infantil, é qual influencia suas 
matérias vem causando na função de conteúdo informativo para professores e 
gestores, pois suas matérias são lidas por um grande número de profissionais da 
educação, de várias regiões do Brasil. Professores e gestores que estão sempre 
atentos aos temas pertinentes a educação. 
Palavras-chave: revista NOVA ESCOLA, pandemia, COVID-19, educação infantil da 
rede pública, família, escola, tecnologia digital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................10 
2. A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: HÁ DIÁLOGO NO 
ENSINO REMOTO? .....................................................................................................................................13 
3. FAMÍLIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA. .......................................................................15 
4. O TRABALHO DOCENTE DURANTE A PANDEMIA ......................................................................17 
5. AS CONDIÇÕES DO TRABALHO REMOTO DO PROFESSOR E PARTICIPAÇÃO DAS 
FAMÍLIAS. ....................................................................................................................................................20 
6. A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES. .....................................................................................23 
CONCLUSÃO ...............................................................................................................................................25 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
Sabemos que ao longo dos anos a escola pública sempre lutou para que 
as famílias participassem ativamente das atividades desenvolvidas no ambiente 
educacional, não é segredo que a presença dos pais na educação formal dos 
filhos tem importância decisiva na relação com a escola e no processo de 
formação dos indivíduos. Ambas nunca devem negligenciar esta função, 
sabendo que a responsabilidade do cuidar e o educar deve ser uma ação 
constante, conjunta e consciente. 
Com o início da pandemia os professores tiveram que se adaptar quase 
que exclusivamente à utilização dos recursos didáticos tecnológicos no fazer 
pedagógico, o uso de aplicativos de bate papo e plataformas de ensino exercem 
um papel importante na transmissão do conteúdo educativo, auxiliando o corpo 
docente e as famílias na tomada de decisões com relação a educação e a 
pandemia. Dito isso a internet surge como um bote salva vidas para professores 
e gestores, colaborando no desenvolvimento e na pesquisa de métodos para 
facilitar a aprendizagem durante o ensino remoto, o que até certo ponto era uma 
modalidade de ensino opcional para os estudantes e afins, com a pandemia 
tornou-se uma das poucas formas de manter-se conectado a outras pessoas, a 
educação digital, nem sempre aceita por todos, por causa das competências 
necessária para se adaptar a este recurso didático. 
A revista NOVA ESCOLA ao longo da pandemia, efetuou pesquisas sobre 
temas ligados a educação e os efeitos causados pelo COVID-19 no cotidiano 
dos professores, pais e alunos. Vamos explorar como esses artigos tratam o 
assunto em questão, e analisar qual o saldo dessas informações para os 
consumidores da revista. Pois há mais e duas décadas suas matérias tratam de 
assuntos no tocante a educação e suas vertentes, que conta com uma equipe 
de profissionais e especialista da área da educação, a revista NOVA ESCOLA 
descreve-se como; 
Um negócio social de Educação e a marca mais 
reconhecida por professores de Educação Básica no 
Brasil. Desenvolvemos produtos, serviços e conteúdos 
que valorizam os professores,facilitam seu dia-a-dia e 
apoiam sua carreira. A Fundação Lemann contribui com o 
Nova Escola, realizamos parcerias com diversas 
organizações como Google.org, Facebook, Fundação Itaú 
Social, Imaginable Futures, Governo Britânico, secretarias 
de educação e outras organizações que nos ajudam nesse 
11 
 
desafio. Tem a missão de apoiar o professor brasileiro na 
função de educar, fundada por Victor Civita, fundador da 
editora Abril. Segundo o Nova Escola (1986). 
 
A partir do ano de criação o NOVA ESCOLA teve um contrato firmado 
entre a revista é o governo federal, mais de 220 mil escolas públicas receberam 
mensalmente seus exemplares até o ano de 2010, após licitações públicas foi 
mantido o repasse da revista por mais quatro anos consecutivos. Então em 2015 
a entrega dos exemplares começa a ser feita exclusivamente para assinante, e 
sua circulação e comercialização em bancas de revistas é cancelada. 
 Então a instituição Lemann1 surge como um dos apoiadores do projeto 
NOVA ESCOLA, que por sua vez conta com parcerias com o Google e outras 
plataformas de ensino, oferecendo uma série de serviços para os profissionais 
da educação, como; planos de aulas, pesquisas, é muitos outros recursos que 
podem ser utilizados no planejamento didático dos mesmos. Todos os matérias 
tem por base os parâmetros da BNCC- Base Nacional Comum Curricular. 
O ano de 2020 inicia de forma atípica, estávamos de frente com um 
problema mundial, a pandemia da COVID-19, escolas e famílias tiveram que se 
adaptar a uma nova realidade no ensino público e privado, o trabalho docente 
em tempos de pandemia testou e ainda testa a fronteira entre a realidade da 
maioria da população brasileira com o que seria ideal para o progresso da 
educação no momento atual. Os impactos da doença na sociedade levaram todo 
o resto dos tópicos sociais como; saúde, mobilidade, lazer, segurança e a própria 
educação ao extremo de seus limites. Quando recebemos o comunicado do 
Decreto estadual 29. 583, de 1º de abril de 2020, que consolida as medidas de 
saúde para o enfrentamento do novo coronavírus (COVID-19) no âmbito do 
Estado do Rio Grande do Norte, percebemos que um novo momento para a 
educação estava para começar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) 
determinou parâmetros a serem seguidos para o controle da disseminação da 
COVID - 19, desencadeando uma serie se desafios que acabaram por agravar 
outros já existentes principalmente na educação. 
 
1Somos uma organização de filantropia familiar, nascida em 2002, a partir do desejo de construir 
um Brasil mais justo e avançado. Atuamos em dois pilares estratégicos, Educação e Lideranças, 
duas frentes capazes de impulsionar nossa gente e gerar mudanças reais. Apostamos em dois 
momentos importantes da mesma trajetória: pessoas com formação educacional de qualidade 
que podem se tornar líderes preparados e engajados para contribuir com o desenvolvimento do 
país. (Fundação Lemann, 2002). 
12 
 
Por esse motivo todas as escolas tiveram que suspender suas aulas, com 
o medo do contagio da COVID -19, todos os níveis da educação básica sofreram 
com a pandemia, mas nesse artigo iremos nos concentrar na educação infantil 
que enfrenta muitas dificuldades, pois seus alunos não tem autonomia ou acesso 
pleno a internet e aos aparelhos eletrônicos para manter-se independentes e 
participativos durante as propostas escolares, principalmente os estudantes de 
classe baixa, que necessitam da disponibilidade e condição financeira dos pais. 
A criança não depende mais diretamente dos professores para mediar o 
conhecimento, mais do empenho dos seus responsáveis, por isso existe 
diversas situações que a escola teve que contornar para dar continuidade ao 
trabalho docente durante as aulas remotas. Em alguns casos os pais só tem a 
disposição um único aparelho celular para toda a família, ou não tem condições 
para adquirir nenhum aparelho, muito menos ter acesso à uma internet de 
qualidade. O que acaba aumentando a evasão escolar, as desigualdades 
sociais, contudo, isso não impediu professores e a gestão escolar de procurarem 
alternativas para auxiliar essas crianças, e aos poucos conseguir reestabelecer 
uma normalidade dentro do possível na educação infantil, pensando sempre em 
novos caminhos e prioridades para manter o fornecimento de recursos materiais 
e a continuidade do aprendizado durante o ensino remoto. 
Algumas dessas alternativas pensadas pelos professores é mediar o 
aprendizado de conteúdos básicos e indispensáveis para os estudantes, como 
a alfabetização é o letramento, uma vez que é impossível repassar tudo que é 
necessário de formal virtual principalmente na educação infantil. Mas, também é 
preciso pensar nesse aluno na volta as aulas presenciais, se o aproveitamento 
dessas aulas é valido ou se não surtiu efeito algum. Com isso é fácil para qual 
quer pessoa perceber que os desafios encontrados pela escola neste momento 
de pandemia são muitos, principalmente a escola pública, que tem a sua 
disposição poucos recursos materiais para uma educação remota de qualidade, 
que não é um instrumento tão fácil de ser utilizado, e nem todas as pessoas se 
sentem capacitadas para aprender ou ensinar através dele. 
13 
 
2. A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS COMPETÊNCIAS 
SOCIOEMOCIONAIS: HÁ DIÁLOGO NO ENSINO REMOTO? 
Com o confinamento por causa da COVID-19, as escolas mais do que 
nunca, buscam consultar as normas definidas na Base Nacional comum 
curricular (BNCC) para o desenvolvimento das competências necessárias na 
educação infantil que são definidas como um; 
Documento de caráter normativo que tem como objetivo 
direcionar a construção dos currículos escolares, sua 
função é definir o que deve ser ensinado nas instituições 
de Ensino Básico de modo a garantir o desenvolvimento 
das aprendizagens essenciais, ou seja, alinhar as 
propostas pedagógicas do país. (THADEU, V. 2020). 
 
Por isso durante todo esse tempo a educação infantil está sendo 
trabalhada com um olhar diferenciado, os professores repassam para seus 
alunos o básico, com o sentido de ensinar, mas também, de desenvolver 
atividades que incentivem a criatividade e a ludicidade das crianças. De acordo 
com Oliveira, Neto e Oliveira (2020, p. 353) “Isso envolve um processo de 
sustentação de relações interpessoais e da cultura que a criança traz consigo”. 
Sendo assim é fundamental que na educação infantil todo o trabalho do docente 
e da gestão escolar estimulem o desenvolvimento intelectual, humano, 
democrático e de inclusão social. Estas características estão inseridas no 
seguinte parágrafo; 
Competência é definida como a mobilização de 
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades 
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores 
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do 
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. 
Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a 
“educação deve afirmar valores e estimular ações que 
contribuam para a transformação da sociedade, tornando-
a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para 
a preservação da natureza” (BRASIL, 2018)2, mostrando-
se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das 
Nações Unidas (ONU)3. 
 
Diante dessa informação, é possível afirmar que o ensino remoto na 
educação infantil cumpre com seus preceitos? Nas aulas remotas os professores 
não conseguem intervir em uma situação de desconforto ou desmotivação dos 
 
2 BNCC- Base Nacional Comum Curricular. (http://basenacionalcomum.mec.gov.br) 
3 ONU- Organização Nações Unidas. (https://brasil.un.org) 
14 
 
alunos, mesmo esforçam-se ao máximo para oferecer todo o suporte necessário 
para o aprendizado dessas crianças, nem sempre o retorno é o esperado, pois 
um pequeno número desses estudantes reenvia as propostas das atividades, e 
isso acontece por diferentes motivos muitas vezes impossíveis de serem 
solucionados pela escola ou o educador. Já nasala de aula física, o professor 
fica atento para as mudanças cognitivas e emocionais que acontecem a todo 
momento, pronto para administrar uma possível crise, como brigas, birras e 
apatia. Essa intervenção é necessária para manter um ambiente controlado e 
seguro para a execução das atividades diárias, ajudando a trabalhar as emoções 
e contribuindo na resolução problemas de ordem social. 
 Segundo Wallon “A afetividade é o foco central na construção do 
conhecimento e da pessoa, a expressão emocional é fundamental para a 
construção social, pois precede e supera os recursos cognitivos”. (GRANTIVT- 
ALFANDÉRY, 2010, p. 37). Então é provável que no momento atual muito esteja 
sendo perdido no que diz respeito a essa construção social do indivíduo. 
“Vygotsky evidencia a importância das conexões entre as dimensões cognitiva e 
afetiva do funcionamento psicológico humano, propondo uma abordagem 
unificadora das referidas dimensões”. (MELLO; RUBIO, 2013. p. 4) 
É possível perceber que Wallon descreve a afetividade como precursor 
para a construção do ser (pessoa) enquanto Vygotsky determina que afetividade 
é cognição são dois polos que devem unir-se para complementar-se. De qual 
quer modo a afetividade é a expressão que controla e ativa a estrutura orgânica 
da criança (pensar e agir), então como o professor distante desse contato e 
dessa interação pode administrar uma aula online satisfatória com tantos fatores 
conflitantes? Não maioria dos casos isso é impossível, como veremos mais a 
diante no relato de duas professoras. 
Mesmo percebendo uma mudança de comportamento nos alunos, neste 
ponto o docente está distante e não pode intervir fisicamente no ambiente que 
afeta aquela criança, ela terá que administrar suas inseguranças e medos, 
através de conselhos e opiniões, e a capacidade de gerenciar esses sentimentos 
diz respeito a uma condição individual de cada criança, que se manifestam nos 
modos de pensar, sentir e agir, com os outros é com ele mesma, de estabelecer 
vínculos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas. Que são 
construídas durante o contato com a sociedade. Essas condições de cada 
15 
 
pessoa são formadas com ajuda do professor, que foi capacitado para intervir 
quando necessária, porém com o confinamento essas responsabilidades devem 
fazer parte das atribuições destinadas aos responsáveis legais pelo aluno. 
3. FAMÍLIA E ESCOLA EM TEMPOS DE PANDEMIA. 
A revista NOVA ESCOLA fez uma pesquisa sobre a situação dos 
professores no Brasil durante a pandemia, realizada entre os dias 16 e 28 de 
maio de 2020 por meio de um questionário on-line disponível no site da revista. 
Foram coletadas 9.557 respostas, sendo 8.121 (85,7%) delas de professores da 
Educação Básica. Segundo a consulta; 
Na rede particular, os professores disseram que 58% das 
famílias estão participando do que é proposto. Enquanto 
na rede pública, o número cai para 36%”. O desemprego é 
um dos fatores que mais compromete a educação remota, 
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística 
(IBGE), em 2009, a informalidade no Brasil ultrapassava 
os 50%. Em 2017, estava em torno de 40,8%. (COSTA, 
2020, P. 02). 
 
A explicação é que o trabalho informal é o meio de provento de muitas 
famílias brasileiras, e com o isolamento social muitas pessoas estão passando 
por dificuldades financeiras o que compromete a aquisição equipamentos 
eletrônicos e o acesso à internet. A falta de meios de prover a família acarreta 
outros problemas de ordem social, como; desemprego, fome, violência. Com 
isso, vemos que há um risco da desigualdade social se acentuar por conta da 
pandemia. 
Uma das formas de amenizar este problema e a união entre a escola é a 
família, um trabalho em conjunto, incentivando a participação dos responsáveis 
e demonstrar que o desempenho das famílias neste momento é imprescindível 
para que seus filhos não sejam prejudicados num futuro próximo. desde o início 
da pandemia, muitos pais veem contribuindo positivamente com o esforço da 
escola durante as aulas remotas, para que os números da educação não sejam 
tão desanimadores por causa do isolamento social. 
Mesmo diante tantas dificuldades as famílias que podem oferecer todo o 
suporte necessário para que seus filhos, não ficam sem acompanhar as aulas, 
não medem esforços para que as crianças continuem a ter os benefícios da 
educação, segundo enquete; 
https://lp.novaescola.org.br/l/vLWEcbABF1149
https://lp.novaescola.org.br/l/vLWEcbABF1149
16 
 
A situação dos professores no Brasil durante a pandemia, 
realizada entre os dias 16 e 28 de maio, 31,9% dos 
docentes afirmam que a maioria dos pais e responsáveis 
tem participado das atividades a distância. Na rede 
privada, a participação familiar é de 58%. Na rede pública, 
é de 36%. “O índice não é baixo e revela interesse das 
famílias pela Educação dos filhos, mesmo numa situação 
tão incomum, na qual as famílias enfrentam desafios de 
toda ordem para sobreviver e manter os filhos 
aprendendo”, analisa Alice Junqueira, coordenadora de 
projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, 
Cultura e Ação Comunitária (CENPEC)4.(BIMBATE, 2020) 
Manter os pais trabalhando com assiduidade na função de intermediador 
das atividades escolares não é tarefa fácil, requer que gestão escolar e 
professores ajam como incentivadores e apoiadores dessa ação. O bom 
desenvolvimento das crianças no que diz respeito ao aprendizado essencial para 
a alfabetização, neste momento de pandemia, passa a depender do empenho 
das famílias. Se os pais não participarem, incentivarem as crianças a continuar 
a executar as atividades escolares, a evasão escolar pode ser maior, porque não 
é difícil para qual quer pessoa compreender que atualmente existem muitas 
formas de dispersar a atenção de uma criança, na internet mesmo, existem 
milhares de plataformas de entretenimento que detém a atenção das crianças 
em minutos. 
Ao ato de planejar das atividades escolares, deve valorizar o lúdico e a 
funcionalidade do mesmo para a aprendizagem dos alunos, sem falar que os 
professores ainda tem que buscar métodos para manter as famílias o mais 
próxima possível da escola, preservar um diálogo aberto, estimular o interesse 
das famílias com relação ao que acontece na escola, compreender as 
dificuldades que elas enfrentam no atual momento, e ainda auxiliar na busca de 
soluções para essas e outras situações. 
 
4 O CENPEC Educação é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como 
objetivo o desenvolvimento de projetos, pesquisas e metodologias voltados à melhoria da 
qualidade da educação pública e a incidência no debate público. O CENPEC atua em parceria 
com escolas, espaços educativos de caráter público e iniciativas destinadas ao enfrentamento 
das desigualdades – e desenvolve ações que contribuem para o desenvolvimento integral de 
crianças, adolescentes e jovens, formação de profissionais de educação, ampliação e 
diversificação do letramento e fortalecimento da gestão educacional e escolar. 
(https://www.cenpec.org.br/quem-somos) 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/19386/qual-e-a-situacao-dos-professores-brasileiros-durante-a-pandemia
17 
 
4. O TRABALHO DOCENTE DURANTE A PANDEMIA 
Foram entrevistadas duas professoras da educação infantil da rede 
pública de ensino de diferentes localidades, uma da zona rural e a outra da zona 
urbana, para saber qual a realidade dessas professoras durante o ensino remoto 
de acordo com as peculiaridades do ambiente social em que a escola está 
inserida. 
A professora Maria da Conceição da Silva de 53 anos, leciona na 
educação infantil há 23 anos na escola municipal Severino Bezerra, localizada 
na comunidade rural de lagoa do Lima, zona rural de Macaíba- RN. Ela relatou 
que estão matriculadas regularmente 21 crianças na sua sala de aula, mas que 
nas aulas virtuais só estão respondendo as atividades frequentemente 12 
crianças, mesmocom o contato dos responsáveis pelos demais alunos 
registrados num grupo de bate papo é muito difícil que todos consigam ter 
acesso as aulas através dos celulares. Por se tratar de uma comunidade carente, 
a maioria das famílias tira seu sustento do trabalho na agricultura, o que rende 
apenas o básico para sobrevivência. 
Com isso o acesso à internet acaba sendo um luxo que muitos não tem, 
sem falar num aparelho celular com mais qualidade, muitas famílias dizem não 
participar das aulas online porque o celular não possui boa qualidade para 
assistir os vídeos, e não tem memória suficiente para armazenar os arquivos das 
aulas, sem falar que o pacote de dados da internet muitas vezes não consegue 
abrir os vídeos nem as fotos das aulas. Então mesmo com as aulas disponíveis 
diariamente pela internet, a escola disponibiliza material impresso para que as 
crianças que não podem contar com a tecnologia não deixem de realizar suas 
atividades escolares. 
A docente declarou estar muito cansada mentalmente, ela alega não ter 
horário estabelecido para trabalhar, que as crianças entram em contato sempre 
no final da tarde para o anoitecer, é que ela passa amanhã toda disponível em 
contato com aqueles que podem ter acesso a aula remota, o planejamento das 
aulas acontece quase todos os dias, tanto para as aulas remotas quanto para as 
atividades impressas. E quando recebe as respostas tem que corrigi-las e 
preparar tudo para devolver as crianças, todo o progresso dos alunos é cobrado 
18 
 
em forma de relatório pela secretária de educação de Macaíba, que devem ser 
registrados num portal da prefeitura da cidade. 
Maria da Conceição - trabalhar com a tecnologia não está sendo tão fácil 
assim, principalmente para as pessoas com a minha idade. Até um tempo 
desses, tudo que fazíamos era escrever em papeis e manter registros dos 
nossos alunos em um caderno ou livro, mas agora está tudo diferente, sei que a 
educação precisa acompanhar as novidades da tecnologia elas se 
complementam, mas particularmente estou bem cansada, os pais tem nosso 
contato particular porque a maioria dos professores não tem condições de 
manter contatos telefónicos diferentes principalmente por causa do aplicativo de 
bate papo que usamos. E de posse dos nossos números de telefone perdemos 
muito de nossa privacidade, evito postar fotos ou mensagens no status desse 
aplicativo, quer dizer, perdi o direito de me expressar a respeito de alguns 
assuntos, pois já aconteceu de pais virem debater comigo a respeito de assuntos 
em que eu estava expressando minha opinião, sem intenção de entrar em 
discordância com ninguém. Muitas informações e problemas que não seriam 
levados até o professor, mais sim até a gestão escolar, chegam a todo momento 
e em qualquer horário, em algumas situações de formas desagraveis e se não 
respondermos ou pedirmos para entrar em contato com a diretora podemos ser 
acusados de irresponsáveis, negligente e outras coisas. Muitos pais acham que 
não estamos “trabalhando de verdade” por realizarmos nosso trabalho de casa, 
outros já chegaram e reconheceram nosso esforço e dedicação, e assim vamos 
enfrentado as dificuldades, mas sinceramente estou mais estressada do que 
motivada. Precisar constantemente da ajuda do meu filho para realizar tarefas 
na internet não me deixa satisfeita, tivemos uma capacitação rápida pela internet, 
foi só o básico e eu fico frustrada quando não sei procurar algo nos sites, ou a 
internet cai bem no meio do preenchimento de um relatório ou de qualquer outro 
documento. Tenho dormido tarde, e não sei se e por isso que sinto muita dor de 
cabeça, e sempre estou com a sensação que nunca descansei o suficiente, isso 
tudo, e ainda administro uma casa e cuido dos meus pais idosos. Todas as 
minhas colegas tem problemas diferentes para relatar quando nos comunicamos 
para saber como a outra tem passado. E nas reuniões escolares não é diferente 
sempre estamos discutindo a respeito das dificuldades que passamos, algumas 
já estão afastados por atestados médicos e outras já pediram a aposentadoria 
19 
 
por não aguentar mais a demando do trabalho docente durante a pandemia e eu 
sou uma delas. 
Também entrevistei a docente Andrea Medeiros da Silveira de 58 anos, 
professora do CMEI Maria Eulália Gomes da Silva, situado na travessa ocidental 
de baixo - Passo da pátria, Nº 25, Bairro: Alecrim - Natal, RN. A professora 
informou que atualmente tem 15 crianças matriculadas na sua turma da 
educação infantil, e desse total ela está constantemente em contato com 08 
alunos. Ela planeja as aulas do CMEI e posta para as famílias com um prazo de 
quinze dias para que os pais retornem as respostas das atividades. 
O CMEI - Maria Eulália está localizado num bairro carente da grande 
Natal, a professora diz que a aula remota agravou problemas sociais sérios das 
famílias – muitas crianças faziam suas principais refeições do dia aqui na escola, 
com algumas delas eu tenho um laço afetivo forte pelo contato frequente com as 
famílias e sei a situação por qual estão passando no momento, o uso da 
tecnologia não me traz problemas, até porque eu já estava familiarizada com a 
utilização desse recurso, trabalhando na gestão escolar temos um técnico em 
informática, um rapaz muito prestativo que podemos contar com suporte técnico 
para a solucionar qual quer dúvida com relação ao acesso da internet e o 
manuseio dos aparelhos tecnológicos, meus colegas são muito prestativos e 
atenciosos, quando estamos com qual quer problema a diretora e a 
coordenadora pedagógica são muito eficientes em soluciona-los. Contudo o que 
me deixa extremamente preocupada são os problemas sociais desse bairro, a 
violência, a fome, e o abandono do poder público. Me preocupo muito com as 
crianças que estão passando dificuldades, e não tem o CEMEI para ajudar, a 
escola que não pode voltar as atividades por que não tem condições para prover 
segurança no que diz respeito ao contagio da COVID - 19. 
Pensar nessa situação me entristece, cada um dos professores faz o 
possível para confortar essas crianças, entretanto a falta de contato com alguns 
delas me preocupa muito, não só pela evasão escolar mais por saber que elas 
não estão passando por essa quarentena de forma tranquila e confortável, temos 
que estar preparados para os pós pandemia, porque acredito que seus efeitos 
no meio social serão mais graves do que podemos ver no momento. 
Está entrevista trata de aspectos importantes para manutenção do 
trabalho pedagógico na educação infantil, como; a saúde mental dos 
20 
 
professores, condições do trabalho remoto, retorno das aulas presenciais, 
acesso a rede de internet e como vimos a participação das famílias nas aulas 
remotas. Essas declarações nos fazem perceber que muito se tem a pensar no 
que diz respeito a modalidade de ensino a distância, no atual momento não 
houve tempo para uma preparação física e psicológica dos profissionais da 
educação, que tiveram que encarrar as dificuldades do manuseio tecnológico e 
do dia a dia, é ainda administrar seus próprios medos é anseios em virtude da 
pandemia. 
5. AS CONDIÇÕES DO TRABALHO REMOTO DO PROFESSOR E 
PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS. 
No ensino a distância o profissional da educação deve ter uma 
organização de tempo é atividade muito mais rígida é bem programada do que 
nas aulas presenciais, uma vez que nem todos os professores podem determinar 
um ambiente exclusivo dentro da própria residência para exercer seu trabalho, 
com conforto e tranquilidade, outro ponto a ser ponderado é a forma de conduzir 
os afazeres de casa, vida particular e o trabalho, de modo que uma atividade 
não prejudique a outra por acontecerem simultaneamente no mesmo lugar. E 
ainda tem que gerir as emoções diante dos números de infectados pela COVID-
19, e o medo do próprio contagio e dos entes queridos. 
A enquete do NOVA ESCOLA fez com relação à infraestrutura pararealizar o trabalho docente em casa, mostrou que; 
83% dos professores possuem recursos em casa para 
ministrar aulas não presenciais, porém, metade deles 
compartilha as ferramentas com outras pessoas, ou seja, 
tem uso restrito. Entre eles, 91% utilizam o celular para 
realizar as atividades remotas e 76,6% usam o notebook. 
Para fazer pesquisas, enviar as atividades ou ter contato 
com os alunos, 65,3% possuem acesso à banda larga, 
enquanto 24% usam o plano de dados móveis e 10,4% 
internet de outro tipo (via rádio ou discada). (SALAS, 2021) 
É possível perceber tanto pelo relato das professoras quanto pela 
pesquisa feita pela revista NOVA ESCOLA que trabalhar de forma remota exige 
que o professor tenha condições de ter equipamentos tecnológicos a disposição 
para esta tarefa, a falta de incentivo do poder público para a aquisição desses 
materiais dificulta o trabalho dos mesmos, os professores que ministram suas 
aulas de forma remota tem que saber lidar com as divergências dessa 
21 
 
modalidade de ensino, como; o horário de trabalho; uma vez que nem todos os 
alunos podem mandar atividades ou responder os questionamentos propostos 
em horário comercial. Dificuldades no manuseio de equipamentos; muitos 
educadores não estão adaptados ao uso constante da tecnologia para exercer 
suas atividades escolares diárias. Desistência ou desmotivação dos alunos, 
muitas crianças ficam desinteressadas em realizar as atividades da escola 
quando há outras possibilidades de distração no ambiente virtual, como assistir 
vídeos, jogar games, e muito mais. Já na escola, o ambiente físico começa a 
estimular a criança para uma ação diferente, pois esse é um local determinado 
para o aprendizado de conteúdos escolares e todas as regras de utilização e 
permanência desse meio, colaboram para que essa mudança de comportamento 
corra. Em casa não é assim que acontece, o comportamento da criança muda, 
pois nesse local ela está mais relaxada, brincando e descansando. A residência 
tem a função de ser um lugar de descontração e repouso, então quando 
pensamos em atividades virtuais deve-se considerar que na maioria dos casos 
é impossível deter a atenção crianças principalmente da educação infantil, mais 
do que alguns minutos, no máximo uma hora diária fazendo as atividades da 
escola. Em função disso o professor deve pensar em tarefas que prendam a 
atenção dos alunos e que não sejam muito complexas, e não levem muito para 
ser solucionadas. 
 A falta de estimulo por parte dos estudantes, que se dá também pelas 
dificuldades em acompanhar as aulas online. Pensando numa solução muitas 
escolas estão disponibilizando para as famílias atividades impressas, onde o 
aluno da educação infantil pode resolver os exercícios em casa, sem precisar 
estar exclusivamente dependente da internet e da tecnologia. Tratam-se de 
atividades que podem ser impressas e entregues as crianças, depois devolvidas 
para a correção é no final do semestre ou do ano letivo, no caso o corpo docente 
junto com a coordenação escolhe a melhor opção, de como devolver as 
atividades para os alunos. 
Em muitas situações a participação das crianças nas atividades até 
aumentou, em comparação com a sala de aula física. aquelas que tem o 
acompanhamento é o incentivo dos pais estão mais empenhadas em mostrar 
resultados, afinal qual criança não gosta de ter seu esforço reconhecido e de 
sentir que seus pais tem orgulho delas, com isso podemos presumir que o 
22 
 
desenvolvimento da leitura é da escrita não está tão comprometido quanto se 
pensava que poderia ficar. MANSINI, 2020 diz que; 
Se estão acontecendo ações pela aprendizagem, se há 
continuidade de estudos, se nossos alunos continuam de 
alguma forma se desenvolvendo é porque a parceria de 
professores e famílias está acontecendo. Nem sempre 
fácil, mas ela vem surgindo e não podemos perder essa 
oportunidade de firmarmos nosso compromisso conjunto 
pela aprendizagem dos alunos. 
Como a aproximação das famílias, e os pais tornando- se mais 
participativos, isso contribui para o fortalecimento do trabalho da instituição 
escolar, valorizando o professor e reconhecendo seu esforço e dedicação, a 
escola como instituição que contribui na formação cidadã e na integração social 
dos indivíduos, devemos aproveitar o momento de união com algumas famílias 
e usar para fortalecer a parceria família e escola. 
Diante esta perspectiva é imprescindível que a escola procure conhecer 
e entender o contexto em que as famílias fazem parte, procurar saber mais sobre 
a família, quais problemas ela está passando no que diz respeito a pandemia, 
respeitar suas limitações, buscando ouvir e acolher os problemas da melhor 
maneira possível, procurar resolver problemas relacionados aos alunos de 
forma compreensiva, sempre atento as dificuldades dos mesmos e da família 
com relação ao ensino remoto e buscando as melhores solução. Compartilhar 
informações e combinar tudo o que for possível no que diz respeito as atitudes 
tomadas no ambiente escolar, como; as escolhas das atividades, a intenção 
pedagógica por trás das atividades solicitadas, valorizar o esforço dos 
estudantes e dar mérito ao trabalho realizado por eles, ter paciência ao repassar 
as informações, pois nem sempre os pais ou a escola terão as respostas que 
desejam no momento esperado. 
Por essa razão é imprescindível combinar e compartilhar informações 
sempre que necessário, o relacionamento entre a família é a escola deve ser 
pautado na transparência, isso favorece muito o avanço das práticas educativas 
e consolidam a confiança no convívio de ambas as partes. O que ajuda muito no 
desenvolvimento da capacidade de ouvir críticas e sugestões, fortalecendo um 
diálogo aberto e sincero, evoluindo para um companheirismo entre as partes, 
respeitando limites e estabelecendo combinados. 
 
23 
 
6. A SAÚDE MENTAL DOS PROFESSORES. 
Muito já se falava a respeito das comorbidades sofridas pelos professores 
em sala de aula, do afastamento por motivos de depressão, estresse, 
ansiedade, insônia é outras doenças relacionadas a; 
Saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma 
como ela reage às exigências da vida e ao modo como 
harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e 
emoções. Ter saúde mental é: Estar bem consigo mesmo 
e com os outros, aceitar as exigências da vida, saber lidar 
com as boas emoções e também com aquelas 
desagradáveis, mas que fazem parte da vida, reconhecer 
seus limites e buscar ajuda quando necessário 
(SECRETÁRIA DE SAÚDE DO PARANÁ, 2020). 
 
Ter saúde mental é saber gerenciar sentimentos e emoções, que nos 
acometem a todo o momento. Mas desde o início da pandemia da COVID -19, 
muitos educares não conseguem lidar com a demanda do novo método de 
ensino, alguns tem problemas em manusear os aparelhos virtuais e utilizar as 
plataformas de educação. Eles se sentem de alguma forma pressionados por si 
mesmos com relação a capacidade de se adaptar a este método de ensino. 
No setor educacional, a tentativa de promover o ensino por 
meio de atividades síncronas e assíncronas, a fim de 
mitigar os efeitos do distanciamento das atividades 
planejadas entre alunos e professores, revelou-se uma 
das poucas alternativas encontradas pelas instituições 
educativas, tendo em vista a impossibilidade de as 
pessoas frequentarem os ambientes com segurança e a 
necessidade de manter contratos de trabalho. (CRUZ; 
ROCHA; ANDREONI; PESCA, 2020, p. 327). 
Com a necessidade de a escola continuar presente no dia a dia dos alunos 
muitas cobranças surgiram ao mesmo tempo para os educadores, como; ter a 
capacidade de utilizar as ferramentas digitais, distanciamento da escola física, 
vergonha diante as dificuldades com a tecnologia, e a falta de paciência para 
utilizar os recursos tecnológicos como ferramenta de trabalho. Tudo isso 
contribui para o acometimento cada vez maior de doenças relacionadas a saúdemental pelos profissionais da educação. Sem falar no medo do contagio da 
COVID- 19, que é outro agravante, muitas dessas pessoas perderam entes 
queridos, vizinhos e amigos. E com a preocupação de quem pode ser o próximo 
contaminado acabam se sentido sobrecarregados com tantos sentimentos 
conflitantes. Juntando a isso a cobrança de não estar executando um bom 
24 
 
trabalho, acaba por minar a confiança do educador que busca de todas as formas 
corresponder a demanda da era digital na educação. Visto que a maioria desses 
educadores tem mais de um vínculo o que faz com que esse sentimento de 
incapacidade se multiplique, como relata o trecho a seguir do artigo; 
Em maio deste ano, o NOVA ESCOLA realizou uma 
pesquisa com mais de 8 mil professores da Educação 
Básica sobre a situação deles ao longo da pandemia. Entre 
os pontos levantados está a saúde mental: apenas 8% das 
pessoas pesquisadas dizem sentir-se ótimas em 
comparação com o período anterior à pandemia. Perto de 
58% consideram a saúde mental péssima, ruim ou 
razoável neste momento. Os termos utilizados pelos 
educadores para classificar a situação atual são 
ansiedade, cansaço, estresse, preocupação, insegurança, 
medo, cobrança e angústia. (BIMBATE, 2020) 
 
Por essa razão é necessário que o docente desacelere, e diminua a 
quantidade das demandas educacionais, priorizando o bem estar, emocional e 
psicológico, procurar capacitar-se é importante para se sentir fisicamente e 
emocionalmente capaz de exercer suas atribuições. Outras atitudes que podem 
ajudar nesta situação é manter um bom relacionamento entre a gestão escolar 
e os professores, garantindo uma convivência harmoniosa, com dialogo e 
respeito, proporcionando um local que ofereça condições de trabalho favoráveis 
para a pratica docente. Entender e apoiar os colegas diante de das dificuldades 
faz toda diferença para combater a solidão e o medo de cometer erros. Manter 
o contato mesmo que a distância também ajuda a aliviar o estresse e a 
ansiedade. 
Não é o trabalho que preocupa os profissionais da educação, mas, como 
ele será executado é se vai corresponder às expectativas das famílias e alunos. 
Muitos educadores não se sentem bem em gravar vídeos, pois se sentem 
tímidos e inibidos, o que começa a causar um estresse. Por esse motivo criar um 
ambiente de confiança, fazendo com que os docentes sintam que suas opiniões 
e duvidas são ouvidas, favorecer o diálogo aberto e considerar os anseios dos 
professores, faz com que eles se sintam valorizadas acolhidas e motivadas a 
continuar com um bom trabalho. Estar disposto a oferecer ajuda também é 
importante, estabelecendo uma comunicação franca e não procurar esconder os 
problemas, dialogar, expor experiências, e sentimentos conflitantes. 
25 
 
Com todas essas medidas elencadas anteriormente fica mais fácil o 
profissional se identifica com problemas relacionados a saúde mental, não se 
isolar, e ter pensamentos positivos. Sentir que não está sozinho e saber que 
pode contar com alguém, faz toda a diferença na hora de lidar com essas 
situações. Entretanto e imprescindível cuidar de si mesmo, praticar atividade 
física, resolver problemas pendentes com a família ou amigos, deixar seu 
ambiente de trabalho e de descanso mais confortável e equilibrado, tudo isso 
favorece a manutenção da saúde mental. Em casos mais graves o educador 
deve procurar ajuda medica e entender que, o que está acontecendo com ele 
não é um caso isolado, ficar atento aos primeiros sinais desses problemas 
podem ajudar numa detecção de doenças e auxiliar na rápida recuperação, sem 
sequelas ou danos permanentes. 
CONCLUSÃO 
Entende-se que a educação remota tem muitas barreiras a serem 
vencidas, muitos problemas sociais impactam diretamente na utilização da 
tecnologia, por isso a gestão pública, escola e sociedade devem trabalhar em 
conjunto na toma de decisões a respeito da utilização desse recurso 
educacional. Até porque a educação a distância é uma aliada da educação 
convencional, o trabalho direcionado para um ensino de qualidade vai 
proporciona muitas vantagens para a sociedade estudantil. 
Vantagens essas que podem ser medidas em políticas públicas de 
acessibilidade, incentivo tecnológico para professores e estudantes, 
infraestrutura das escolas e redução de custos com a internet. Atualmente já está 
se falando em ensino hibrido, a junção das aulas online com as presenciais o 
que possibiliza ganhos para educação. Aos poucos esse movimento digital já 
vinha avançado, entretanto, era direcionado aos anos finais do ensino básico e 
ao ensino superior, agora com a pandemia esses mesmos benefícios podem ser 
direcionados a educação infantil. Em função disto os professores devem contar 
com o poder público para se capacitarem é o mesmo deve priorizar esse plano 
para a educação. 
Se levarmos em consideração que após um ano e meio de aulas online 
as crianças da educação infantil não vão mais querer ficar condicionados apenas 
a caderno e quadro negro, e que essa é uma geração que antes mesmo de 
26 
 
aprender a falar já sabe manusear diversos aparelhos tecnológicos, contudo, é 
necessário celeridade diante um futuro próximo para que os profissionais da 
educação infantil se sintam mais preparados para as novidades do mundo 
educacional e tecnológico. 
A falta de preparo levou muitos professores da educação infantil sofrerem 
com estresse, ansiedade, insônia, mal estar entre outros sintomas que indicam 
problemas de saúde mental, exatamente por não se sentirem capacitados para 
atuar na rede pública de ensino nas condições atuais, a gestão pública e a escola 
terão que trabalhar muitos aspectos com a volta das aulas presenciais. Contudo, 
mesmo diante tantas dificuldades, podemos dizer que o professor conseguiu 
desempenhar suas atribuições, mesmo com todas as adversidades por causa 
da pandemia da COVID-19, é visível o esforço, a união e participação assídua 
de todos os envolvidos no processo educacional das crianças, então deve-se 
pensar num momento pós pandemia e dar continuidade ao bom relacionamento 
nas aulas presenciais. A parceria família e escola deve ter como base a 
sinceridade e o diálogo, demonstrar a urgência que a escola tem de uma 
participação assídua dos responsáveis pelos alunos, e continuar o trabalho 
realizado até aqui, conciliando o objetivo de ambas as partes, que é o sucesso 
educacional e social dos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
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