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Recomendações Nutricionais e Planejamento Dietético

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Recomendações nutricionais e planejamento dietético
Adriana Ribeiro
Descrição
A utilização das recomendações nutricionais na avaliação da qualidade e elaboração de dietas.
Propósito
Saber empregar os valores de referência de ingestão dietética é essencial para os profissionais de Nutrição elaborarem planejamentos alimentares adequados às diferentes fases dos ciclos da vida.
Objetivos
Módulo 1
O que é uma recomendação nutricional?
Definir o conceito das recomendações nutricionais.
Recomendações de nutrientes
As recomendações nutricionais vêm sendo desenvolvidas há diversos anos e são utilizadas nos diferentes estágios de vida como base da orientação da alimentação a ser consumida para satisfazer às necessidades de diversas populações sem eventuais manifestações de carência ou de efeitos adversos.
As recomendações nutricionais mais conhecidas e em uso há mais tempo são aquelas desenvolvidas pelo Food and Nutrition Board do National Research Council, publicadas desde 1941. Em 1989, a 10ª edição da Recommended Dietary Allowances (RDAs) para a população saudável dos Estados Unidos sofreu a última atualização. No ano de 1990, a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) ajustou essas recomendações nutricionais para a população brasileira. Hoje, no mundo inteiro, órgãos estatais e privados divulgam uma série de recomendações nutricionais diferentes.
As DRIs são constituídas por quatro valores de recomendação de ingestão dietética para o mesmo nutriente que deverão ser utilizados para planejamento e avaliação de dietas de indivíduos saudáveis, além de definir rotulagem e programas de orientação nutricional:
1. list_alt
Necessidade média estimada (EAR)
2. list_alt
Ingestão dietética recomendada (RDA)
3. list_alt
Ingestão adequada (AI)
4. list_alt
Nível máximo de ingestão tolerável (UL)
Destacamos que as recomendações nutricionais aqui discutidas não são elaboradas para o planejamento de planos alimentares destinados a indivíduos com patologias específicas.
Ingestão diária de referência (DRI)
Veja abaixo:
Necessidade média estimada (EAR, Estimated Average Requirement)
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Refere-se à quantidade estimada do nutriente para suprir as necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo.
· É o princípio para o cálculo da RDA.
· Aplicação: avaliar a adequação e planejar a dieta de indivíduos ou grupos populacionais.
Ingestão dietética recomendada (RDA, Recommended Dietary Allowance)
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É o valor de recomendação que corresponde à ingestão adequada de um nutriente para cobrir as necessidades de praticamente todos os indivíduos saudáveis (97 a 98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo.
· Aplicação: meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis.
· Não deve ser utilizada para avaliar a adequação da dieta e nem para planejar cardápios de grupos populacionais.
Ingestão adequada (AI, Adequate Intake)
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Para os nutrientes em que ainda não é possível determinar a RDA, o FNB e o IOM, divulgaram a ingestão adequada (AI), derivada de estudos experimentais ou observacionais que demonstram o consumo recomendável do nutriente que mantém um indicador de saúde desejável para grupo ou grupos de indivíduos considerados saudáveis.
· Aplicação: meta de ingestão na prescrição da dieta para indivíduos saudáveis.
Nível máximo de ingestão tolerável (UL, Tolerable Upper Intake Level)
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Nível mais alto de ingestão continuada de um nutriente, isento de risco de efeitos adversos à saúde para quase todos os indivíduos de uma população. É difícil ingerir superdosagens de vitaminas e minerais por meio das fontes alimentares naturais, mas fica muito mais fácil se esses elementos estiverem disponibilizados sob a forma de alimentos fortificados e suplementos, com doses ingeridas cada vez maiores.
Ainda não foi possível determinar valores de UL para todos os nutrientes. Isso não significa dizer que não há riscos de manifestação de efeitos colaterais devido ao consumo excessivo. Logo, cuidados extras são necessários.
· À medida que os valores de ingestão exceder o UL, o risco de efeito adverso aumenta.
· A UL não é um nível de ingestão recomendável.
· Aplicação: verificar a possibilidade de consumo excessivo.
· Veja a tabela abaixo:
	Tipo de uso
	Individual
	Grupo
	Planejamento
	RDA - meta de ingestão.
	EAR - utilizado em conjunto com a medida de variabilidade da ingestão do grupo para estabelecer metas para o consumo médio de uma população específica.
	
	AI - meta de ingestão.
	
	
	UL - utilizado como um guia para limitar o consumo de nutrientes, uma vez que a ingestão crônica de quantidades elevadas pode aumentar o risco de efeitos adversos.
	
	Avaliação
	EAR - utilizado para verificar a possibilidade de inadequação do consumo; no entanto, a avaliação mais precisa do estado nutricional requer o uso de indicadores bioquímicos, clínicos e/ou antropométricos.
	EAR - utilizado para estimar a prevalência de inadequação em determinado grupo.
	
	AI - uma ingestão nesse nível tem baixa probabilidade de inadequação.
	AI - uma ingestão média nesse nível implica baixa frequência de inadequação.
	
	UL - utilizado para verificar a possibilidade de consumo excessivo; uma ingestão acima desse nível tem risco de efeitos adversos; no entanto, a avaliação mais precisa do estado nutricional requer o uso de indicadores bioquímicos, clínicos e/ou antropométricos.
	UL - usado para estimar a frequência de níveis de ingestões sujeitos a risco de efeitos adversos.
· Tabela: Aplicação das ingestões diárias de referência (DRIs).
Adaptado de: CUPPARI; 2005, p. 6.
· Portanto, para a avaliação de dietas de indivíduos, os valores de EAR e UL são as referências mais adequadas, enquanto RDA ou AI devem ser utilizadas como metas de ingestão. Valores habituais de ingestão abaixo do EAR apresentam grandes chances de inadequação; e acima do UL, risco de toxicidade. Porém, se a ingestão habitual estiver acima dos valores da RDA, haverá maiores chances de que as necessidades nutricionais, tanto de indivíduos quanto de populações, sejam atendidas. Quando apenas o valor de AI se encontrar disponível, haverá maior incerteza para avaliar se um determinado nutriente é fornecido pela dieta em quantidades adequadas e não será possível chegar a uma conclusão sobre inadequação quando os valores de ingestão forem menores do que o valor de referência.
· É preciso considerar que as DRIs se baseiam nas necessidades dos indivíduos americanos e canadenses, assim, elas devem ser aplicadas com bastante cautela. Além disso, não contamos com dados atualizados de pesquisas específicas sobre a dieta da população brasileira, portanto não conhecemos a variabilidade intrapessoal na ingestão dos vários nutrientes. Logo, outros parâmetros biológicos, que se relacionam aos nutrientes analisados, devem ser considerados na avaliação nutricional.
· Necessidade estimada de energia (Estimated Energy Requirement, EER)
· [14:50] Maiara Accacio Machado O comitê da DRI de energia criou o conceito da necessidade estimada de energia para calcular as necessidades energéticas de indivíduos saudáveis, de forma a manter o peso corpóreo compatível com boa saúde. É definida como a quantidade de energia proveniente da dieta para manutenção do balanço energético estável em um indivíduo com determinada idade, gênero, peso, estatura e nível de atividade física.
· Veja a seguir as equações para o cálculo da necessidade estimada de energia (EER) para adultos com 19 anos ou mais (Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005).
· Homens
· expand_more
· 
· Mulheres
· expand_more
· 
· Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR)
· Além dos micronutrientes, os diversos tipos de carboidratos (simples, complexos, glicêmicos, fibras), gorduras (saturadas, monoinsaturadas, poli-insaturadas) e proteínas (animais ou vegetais) têm sido associados de diversas formas com relação ao risco de doenças crônicas não transmissíveis. Ao contrário dos micronutrientes, os macronutrientes contribuempara a ingestão de calorias pela dieta.
· O IOM propôs, então, adequar a ingestão energética em macronutrientes utilizando o conceito faixa de distribuição aceitável de macronutrientes (AMDR, Acceptable Macronutrients of Distribution Ranges), que é expressa em porcentagem e inclui intervalos com limite inferior e superior de ingestão de macronutrientes baseados na ingestão energética total.
	Macronutriente
	Proporção de energia (%)
	Proteínas
	10 a 35
	Lipídeos
	20 a 25
	Ácido linoleico
	5 a 10
	Ácido linolênico
	0,6 a 1,2
	Carboidratos
	45 a 65
· Tabela: Valores de ingestão diária de referência para adultos - macronutrientes (AMDR).
Adaptado de: Institute of Medicine/Food and Nutrition Board, 2005.
· Quando a ingestão de macronutrientes fica dentro da AMDR, significa que a alimentação está associada à redução de doenças crônicas e ao fornecimento de quantidades adequadas de nutrientes essenciais.
Classificação dos alimentos
Os alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao trato gastrointestinal, são degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular processos orgânicos, fornecer nutrientes e energia, além de transmitirem satisfação emocional, estímulos hormonais e convívio social.
A classificação dos alimentos é uma ferramenta útil para tornar didáticas as orientações nutricionais. Esse tipo de recurso vem sendo amplamente utilizado em vários países, a fim de aconselhar e orientar consumidores, além da população em geral. Uma das primeiras classificações, utilizadas em todo o mundo, foi a clássica divisão dos alimentos conforme a função no organismo:
Fontes de proteínas: carnes, ovos, laticínios e derivados, leguminosas.
Energéticos
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Fontes de carboidratos e gorduras: cereais, raízes e tubérculos, açúcares e doces, óleos e gorduras.
Reguladores
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Fontes de vitaminas e minerais: frutas, legumes e verduras.
Conceitos sobre alimentos, fonte e escolhas alimentares inteligentes permitirão aproximar a prática dietética aos princípios básicos da Nutrição em busca de uma alimentação saudável. A proposta de apresentar nutrientes a partir de grupos de alimentos permite um melhor entendimento do papel e da importância de que cada alimento tem para a composição de uma refeição.
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Módulo 2
Alimentos e suas funções
Identificar os grupos de alimentos e seus principais efeitos.
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Módulo 3
O Guia Alimentar
Reconhecer o conceito e os objetivos do Guia Alimentar.
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Módulo 4
O planejamento dietético na prática
Aplicar os valores de referência no planejamento dietético.
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Introdução
Será que a alimentação de um indivíduo supre as suas necessidades por nutrientes?
Essa pergunta é fundamental para a educação e para o aconselhamento nutricional e, na prática, não é muito fácil de responder.
A adequação da ingestão de nutrientes é realizada a partir de valores de referência que se constituem em estimativas das necessidades fisiológicas desses nutrientes, sendo denominadas de recomendações nutricionais.
É preciso ter atenção para que se estabeleça o conceito de forma adequada, evitando confusões entre os conceitos de necessidade nutricional e recomendação nutricional. A necessidade nutricional é a quantidade mínima de nutriente que um indivíduo precisa ingerir para manter o seu estado nutricional adequado. Já as recomendações nutricionais indicam a quantidade de energia e de nutrientes presentes na dieta que atendem às necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis de uma determinada população. Vamos conhecê-las?
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Introdução
Alimentos construtores
Esse grupo é constituído por alimentos de origem animal e vegetal que contribuem principalmente com fontes de proteínas. Essas são formadas por cadeias lineares de aminoácidos, sem ramificações. Cada proteína apresenta uma composição e sequência de aminoácidos.
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Comentário
As proteínas são consideradas o segundo maior constituinte do organismo humano, onde desempenham diversas funções biológicas, como: estrutural, transporte, catalítica, contração, defesa, reguladora e ainda podendo exercer a função energética. Sobre o ponto de vista dietético e nutricional, as proteínas são necessárias para o crescimento, a renovação e a construção de tecidos, além de serem responsáveis pelo fornecimento de aminoácidos essenciais.
Os alimentos construtores podem apresentar valores nutricionais para proteínas distintos. A qualidade nutricional de uma proteína pode ser determinada por diferentes métodos que avaliam sua quantidade em alimentos, composição química em aminoácidos essenciais, digestibilidade e biodisponibilidade para o organismo humano.
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Atenção!
As proteínas de origem animal são consideradas de alta qualidade nutricional por serem completas em aminoácidos essenciais e apresentarem uma alta disponibilidade. Também encontramos alimentos de origem vegetal como boas fontes de proteínas, porém, não são completos em todos os aminoácidos essenciais e tendem a apresentar uma digestibilidade menor quando comparados às fontes animais.
Grupo das carnes e ovos
Dentre os alimentos considerados como fonte de proteína, podemos destacar o grupo das carnes e ovos, o qual inclui as carnes e vísceras de todos os animais e os ovos de galinha e de outras aves.
O grupo das carnes é uma importante fonte de proteínas de alta qualidade, ferro, zinco e vitaminas tiamina, riboflavina, niacina, vitamina A e B12.
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Atenção!
Hoje, diversos estudos apontam que deve haver moderação no consumo de carne vermelha e carnes processadas, caso contrário, pode-se colocar em risco a saúde. A carne vermelha apresenta alto teor de gordura saturada, a qual está associada ao aumento dos níveis plasmáticos de colesterol e à resistência à insulina. O consumo de carnes processadas pode ainda estar relacionado ao aumento do risco de câncer.
A orientação é dar preferência a outras classes de carnes, como, por exemplo, de aves e peixes. Grande parte da gordura das aves está localizada abaixo da pele e pode ser facilmente removida. O consumo de peixes apresenta benefícios para a saúde devido ao seu conteúdo de ácidos graxos poli-insaturados W3, contribuindo para reduzir o risco de doença cardíaca.
Os ovos possuem alta qualidade nutricional para proteínas, além de contribuírem com fontes de vitaminas, minerais e os antioxidantes luteína e zeaxantina, essenciais para a saúde dos olhos. O consumo de ovos foi encorajado diante dos vários nutrientes presentes e devido a estudos recentes não demonstrarem alterações significativas no colesterol plasmático.
Grupo do leite, queijos e iogurtes
O leite e seus derivados também são excelentes fontes de proteína de alta qualidade nutricional, pois são completos em todos os aminoácidos essenciais. O carboidrato presente no leite é a lactose, a qual é digerida no intestino pela enzima lactase.
O leite integral, o semidesnatado e o desnatado contêm 3,8, 1,4 e < 0,1% de gordura, respectivamente. 25% desse conteúdo é gordura monoinsaturada e cerca de dois terços são de gorduras saturadas. É preciso sempre estar atento aos teores de gordura saturada desses alimentos e analisar de acordo com a população a consumir.
O leite contribui com fontes de vitamina B12, riboflavina, folato e vitamina A, e representa a fonte mais rica em cálcio nas dietas ocidentais, além de fornecer outros minerais, como fósforo, magnésio, potássio, zinco, sódio, e baixo teor de ferro.
Uma porção de 200g de iogurte ou 40g de queijo é equivalente a um copo de 250mL de leite, com a mesma quantidade de energia e cálcio.
Grupo das leguminosas
Esse grupo de alimentos inclui vários tipos de feijões, soja, ervilhas, lentilhas, amendoim e grão-de-bico. São alimentos de alta qualidade nutricional, sendo ricos em carboidratos e fibras solúveis e insolúveis, a maioria apresenta baixo conteúdo de lipídeos. São uma boa fonte de vitaminas do complexo B e minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio.
As leguminosas fornecem quantidadesadequadas de proteínas, porém não são completas em todos os aminoácidos essenciais. O seu aminoácido limitante é a metionina, porém, como são ricas em lisina, as proteínas das leguminosas são bem complementadas pelos cereais. Corresponde ao valor nutricional, do ponto de vista proteico, equivalente àquele apresentado pelas proteínas de origem animal.
Não podemos esquecer que as leguminosas cruas apresentam em sua composição química várias substâncias tóxicas que podem interferir na sua qualidade nutricional. A maioria dessas substâncias são inativadas pelo processamento ou cozimento da leguminosa.
Grupo das oleaginosas
Os tipos mais comuns incluem as castanhas, nozes, amêndoas, avelãs e macadâmias. O teor de proteínas varia de 2 a 25% e a lisina é o aminoácido limitante. Os alimentos que integram esse grupo apresentam baixo teor de água e alto teor gordura (ácidos graxos mono e poli-insaturados), além de serem boas fontes de fibras, vitaminas do complexo B e vitamina E, minerais como ferro, zinco, potássio, selênio. Contêm compostos antioxidantes que ajudam a prevenir várias doenças.
Alimentos energéticos
Esse grupo é composto por alimentos encarregados pelo fornecimento de carboidratos e lipídeos, os principais nutrientes responsáveis pelo fornecimento de energia no organismo humano.
O grupo dos cereais, raízes e tubérculos
Os cereais abrangem trigo, arroz, milho (incluindo grãos e farinha), aveia, cevada e centeio. De maneira geral, o valor nutricional dos diferentes grãos de cereais é semelhante. Todos os cereais são fontes importantes de energia devido à sua composição química em amido, o principal tipo de carboidrato presente na alimentação humana. As proteínas representam 6 a 15% do grão e o aminoácido limitante é a lisina. Apresentam baixos níveis de gordura. Os cereais integrais são boa fonte de tiamina, vitamina E, minerais, fibras e compostos bioativos.
O consumo de cereais integrais deve ser estimulado devido ao maior conteúdo de nutrientes (fibras, vitaminas do complexo, vitaminas lipossolúveis e minerais), mas também por apresentar efeitos de proteção contra doenças crônicas não transmissíveis.
Os tubérculos e as raízes incluem a mandioca, batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa ou mandioquinha, cará e inhame. Todos apresentam quantidades mínimas de lipídeos e predominância de amido, principalmente a amilopectina. São fontes de fibras, solúvel e insolúvel, minerais, como potássio, e vitamina C.
O grupo dos açúcares e doces
O grupo dos açúcares e doces é composto por açúcar, mel, doces e produtos açucarados, como achocolatados, por exemplo. Os açúcares são compostos por carboidratos simples, de fácil absorção e não têm fibras. O excesso de açúcares e doces está associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes mellitus, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer. São bem utilizados para aumentar palatabilidade e a vida de prateleira dos alimentos e bebidas.
O grupo de óleos e gorduras
Esse grupo é responsável por fornecer o nutriente lipídeo. Esses alimentos não apenas apresentam a função energética, mas também são importantes carreadores de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), fornecem ácido graxos essenciais, participam da resposta inflamatória e aumentam a palatabilidade dos alimentos.
As gorduras e os óleos derivados de fontes animais contêm colesterol e apresentam alto conteúdo de gordura saturada. Já os óleos e gorduras vegetais irão apresentar conteúdo de ácidos graxos monoinsaturados ou poli-insaturados.
O consumo de gorduras saturadas, encontradas, principalmente, em alimentos de origem animal, e de gordura trans, encontrada em margarinas vegetais e grande variedade de alimentos ultraprocessados, tem sido fortemente associado ao risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Por essa razão, deve ser realizado com moderação, pois pode causar elevação dos níveis de glicemia, colesterol e triglicérides. As gorduras monoinsaturadas, presentes no azeite de oliva, canola, girassol ou amendoim, e as poli-insaturadas, encontradas em peixes, semente de linhaça e óleo de soja, são importantes componentes alimentares que também auxiliam na manutenção de um adequado perfil lipídico sanguíneo.
Azeite de oliva.
Existem várias evidências de uma relação entre o tipo de gordura consumida e as características qualitativas do LDL-c. O consumo de gordura saturada além do recomendado está relacionado à alteração do perfil lipídico (aumento do LDL-c e HDL-c), necessitando de especial atenção por induzir DCNT. Por outro lado, as gorduras monoinsaturadas melhoram o perfil lipídico por reduzir os níveis de LDL-c, sendo associadas à melhora da sensibilidade à insulina e ao controle da pressão arterial.
Alimentos reguladores
Os alimentos reguladores são aqueles que irão contribuir principalmente com vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. As frutas, os legumes e as verduras são o grupo que mais contêm esses micronutrientes.
Grupo dos legumes e verduras
O Brasil, por ser um país tropical, tem grandes variedade de legumes e verduras como: cebola, chicória, couve, chuchu, abóbora ou jerimum, abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, berinjela, beterraba, brócolis, cenoura, espinafre, jiló, maxixe, mostarda, repolho, tomate ora-pro-nóbis, pepino, pimentão, quiabo, entre outros.
São alimentos com elevada qualidade nutricional, gostosos e com baixa densidade calórica. Contribuem com grande variedade de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, sendo necessários para a prevenção de múltiplas carências nutricionais por micronutrientes, modulação das funções intestinais e prevenção de DCNT.
Grupo das frutas
O Brasil possui enorme variedade de frutas: goiaba, jabuticaba, pitanga, cacau, abacate, abacaxi, açaí, acerola, ameixa, amora, atemoia, banana, laranja, cajá, caqui, carambola, jambo, ciriguela, cupuaçu, figo, fruta-pão, graviola, figo, jaca, jenipapo, limão, maçã, mamão, manga, maracujá, tangerina, uva, entre outras.
Assim como legumes e verduras, as frutas são alimentos ricos em nutrientes. São excelentes fontes de fibras, vitaminas e minerais, além de antioxidantes que contribuem para a prevenção de muitas patologias.
Dê preferência para a fruta inteira, pois, com o processo de manipulação, há redução de fibras e perda de nutrientes. Apesar de suas qualidades nutricionais, as pessoas não podem consumir apenas frutas, pois apresentam teor inadequado de proteínas, sódio, cálcio, ferro e zinco.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão diária de cerca de 400g de frutas, legumes e/ou verduras (FLV). O consumo diário desses alimentos é apontado como um importante fator de proteção e de prevenção das DCNT. Além disso, contribuem com o controle do peso corporal devido à baixa carga glicêmica e ao alto teor de fibras que proporcionam maior saciedade e menor volume calórico ingerido.
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A importância dos grupos de alimentos na prescrição dietoterápica
O especialista Aline Monteiro fala sobre a importância dos grupos de alimentos na prescrição dietoterápica.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Paciente D.K.L., 30 anos, gênero masculino, relatou em consulta com nutricionista dificuldade em substituir alimentos. Informou ter realizado a substituição do grão-de-bico por macarrão. Quais são os grupos de alimentos envolvidos, respectivamente?
A
Alimento construtor e regulador
B
Alimento regulador e construtor
C
Alimento energético e construtor
D
Alimento construtor e energético
check_circle
E
Alimento regulador e energético
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Alimentos que contribuem principalmente com fontes de proteínas são classificados como construtores. Os alimentos que contribuem com fontes de carboidratos são classificados como energéticos.
Questão 2
Para garantia de uma alimentação saudável, deve-se controlar o consumo de alimentos fontes de gorduras saturadas, tais como:
A
Ovos, carnes, manteiga sem sal
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B
Abacate, óleo de soja, castanha-de-cajuC
Castanha-de-caju, salmão, azeite de oliva
D
Peito de frango sem pele, linhaça, óleo de milho
E
Óleo de soja, sardinha, gergelim
check_circle
Parabéns! A alternativa A está correta.
Os lipídeos podem ser encontrados em uma grande variedade de alimentos. Porém, de acordo com o grupo de alimentos, há predominância de diferentes classes de ácidos graxos. Nos alimentos de origem animal, por exemplo, predominam ácidos graxos saturados, enquanto em alimentos de origem vegetal há predominância de ácidos graxos insaturados.
Guias alimentares
A alimentação dos seres humanos, por muitos anos, foi vista como algo exato e predefinido. Porém, após longas observações de consumo e análise em relação à saúde, foi detectado que é fundamental atribuir-lhe as necessidades gerais além das quantitativas. Diante disso, é importante avaliar os princípios básicos da alimentação visando à saúde e diminuição nos casos de doenças. Sabe-se que os alimentos não são apenas fonte de nutrientes, mas também um conjunto de percepções e cultura advindo dos anos de convivência familiar e localidade. Portanto, uma abordagem mais ampla é necessária para promoção de saúde.
Os Guias Alimentares foram formulados por meio de políticas de alimentação e nutrição com a missão de promover saúde e um melhor estado nutricional das populações de cada país.
As formas como os países planejaram a melhor maneira de promover saúde da população foram através de ícones com imagens, incluindo uma pirâmide, uma casa, uma escadaria ou uma palmeira: Canadá apresenta arco-íris; a Guatemala, um pote de cerâmica; México, a roda de alimentos; Argentina, forma helicoidal; Chile, Alemanha, Tailândia e Estados Unidos apresentam a pirâmide.
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Curiosidade
A OMS recomenda que os governos disponibilizem às suas populações informações sobre adesão a comportamentos alimentares mais adequados. Por isso, enfatiza linguagem como forma acessível e a menção a questões culturais, sociais, econômicas e ambientais para a elaboração desses materiais. Assim, são elaborados, em todo o mundo, os Guias Alimentares.
A roda de alimentos foi utilizada por muitos anos no Brasil, trazendo a classificação dos alimentos segundo a função exercida no organismo em: construtores (proteínas), energéticos (carboidrato e lipídeos) e reguladores (vitaminas e minerais). Em 1974, se recomendavam a divisão em seis grupos: do leite, queijos, coalhadas, iogurte; das carnes, ovos, leguminosas; das hortaliças; dos cereais; das frutas; dos óleos e açúcares, proporcionando maior flexibilidade na dinâmica de orientação dietética.
Roda de alimentos.
Em 1992, a USDA adotou o modelo de pirâmide, que facilitava a visualização dos alimentos e suas porções. Diante das variações em relação à população brasileira, Philippi et al. (1999) realizaram uma adaptação que incluiu a permanência da pirâmide com três diferentes valores energéticos: 1600kcal, 2200kcal e 2800kcal, divididos em oito grupos organizados em medidas caseiras usuais (fatias, copo de requeijão, unidades) e o respectivo peso em grama.
Os alimentos in natura são facilmente identificados e classificados na pirâmide dos alimentos, porém a forma de preparação não demonstra quais alimentos foram utilizados. A partir disso, em 2005/2006, o Ministério da Saúde apresentou o novo Guia Alimentar para População Brasileira, sendo inseridas as preocupações com as políticas de segurança alimentar, como prevenção de agravos à saúde advindos de uma alimentação insuficiente e inadequada. Os padrões dietéticos e a atividade física seriam enfatizadas para promoção de saúde.
Em 2013, Philippi propôs o redesenho da pirâmide dos alimentos com a inclusão e o destaque de alimentos importantes na dieta do brasileiro. As alterações foram relacionadas ao consumo de cereais integrais, à inclusão de quinoa e ao realce às frutas regionais. No grupo do leite, destacava-se o mineral cálcio e a vitamina B2; no grupo das carnes, a atenção maior foi para peixes e cortes mais magros. No grupo das gorduras, houve uma ênfase ao azeite de oliva, enquanto no grupo das leguminosas o foco foi em feijão e soja como preparação culinária. No grupo dos doces e açúcares, foi acrescentado o chocolate.
O Brasil passou por várias transições, como a demográfica, epidemiológica e nutricional, as quais levaram a modificações no estilo de vida populacional. Com a demanda alta na área de políticas sociais e concretização de algumas leis, houve diminuição nas desigualdades sociais, fazendo com que o país evoluísse. Portanto, com as transições já mencionadas, a expectativa de vida aumentou e as alterações alimentícias evoluíram junto, mostrando grandes alterações no consumo alimentar.
Em virtude das mudanças sociais, alterando o cenário das condições de saúde e de nutrição no Brasil e para dar seguimento à orientação da OMS de atualizar, periodicamente, as diretrizes do guia, o Ministério da Saúde iniciou o processo de elaboração de uma nova edição do Guia em 2011.
Outros países também tiveram mudanças nas ferramentas de educação nutricional. Em 2011, os Estados Unidos, após publicações de vários ícones para representação alimentar, deixaram de expor a pirâmide e criaram o MyPlate. A pirâmide coloca em uma mesma caixa alimentos muito diferentes, sendo difícil distinguir a diferença entre nutrientes presentes em alimentos que estariam em mesmo grupo.
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Comentário
A ferramenta educacional MyPlate foi elaborada para auxiliar a população a escolher alimentos mais adequados para a saúde. Para ilustrar, observa-se um prato subdividido em 4 partes não iguais, nas quais insere 4 grupos de alimentos, um talher e um copo.
Os grupos representados no prato são: frutas, grãos, vegetais e proteínas. O grupo dos laticínios é representado no copo. O MyPlate avalia muito mais a qualidade da dieta sem associá-la à quantidade que deve ser consumida.
Contudo, o MyPlate, por ter sido desenvolvido para a população americana, necessitou de uma adaptação para os brasileiros. Assim, as informações e as orientações destinadas a esse público teriam mais aceitabilidade e estariam mais adequadas para a real situação. Diante disso, a utilização do Guia Alimentar para População Brasileira, 2014, é de extrema importância para adequar aos hábitos desta nação.
De acordo com estudos realizados no Brasil, observou-se o aumento contínuo do consumo de alimentos industrializados. Esse dado corroborou com todas as evidências científicas em relação à saúde. Depois de algumas adaptações, uma classificação inicial definiu quatro grupos:
1. looks_one
Alimentos não processados ou minimamente processados.
2. looks_two
Ingredientes culinários processados.
3. looks_3
Alimentos processados.
4. looks_4
Alimentos ultraprocessados.
Essa classificação gerou muitos estudos que demonstraram o impacto dos alimentos processados na saúde do brasileiro. Devido a esse resultado, houve uma análise com o público brasileiro dando seguimento a discussões sobre a construção ideal do Guia, e assim elaborando a versão final.
A segunda edição do Guia Alimentar, antes de trazer orientações expressas à população, explica quais são os cinco princípios norteadores do Guia Alimentar para a População Brasileira no primeiro capítulo:
 escolha dos alimentos
Agora que já conhece os princípios norteadores, você irá estudar as orientações sobre a escolha dos alimentos. O Guia Alimentar traz uma nova classificação e explica os fatores metabólicos, econômicos, socioculturais e ambientais para que se evite o consumo de alimentos ultraprocessados.
A forma como o alimento é processado condiciona o perfil de nutrientes presente. As características sensoriais influenciam as escolhas alimentares, levando ao impacto social e ambiental da produção.
Quatro categorias de alimentos, definidas de acordo com o tipo de processamento empregado na sua produção, estão listadas no item referente às tabelas.
1. apple
Os alimentos in natura, como o próprio nome diz, são naturais. Não sofreram processamento térmico e nem químico, mantendo as propriedades dos nutrientes intactas.2. apple
Os alimentos minimamente processados são aqueles in natura que foram submetidos a processos de higiene, físico, cocção, refrigeração, congelamento e processos similares que não integram a agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original.
3. apple
Nas preparações culinárias, o ideal é utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades. Quando utilizados em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, as gorduras, o sal, o óleo e o açúcar auxiliam para que os alimentos fiquem mais palatáveis e acabam gerando, pelo excesso, calorias adicionais as necessidades.
4. apple
Alimentos processados recebem adição de açúcar, sal ou outro componente de uso alimentício, aumentando o tempo de prateleira e os tornando mais agradáveis ao paladar. São produtos obtidos a partir de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos originais. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente processados.
5. apple
Alimentos ultraprocessados são alimentos in natura alterados pela indústria ou sintetizadas em laboratório com base rica em aromatizantes, corantes, realçadores de sabor e outros aditivos usados para dotar os produtos de propriedades organolépticas interessantes. Algumas técnicas utilizadas são extrusão, pré-processamento por fritura ou cozimento e moldagem.
Orienta-se basear a alimentação com os alimentos in natura ou minimamente processados justamente por terem características biológicas, culturais e ambientais. A combinação desses alimentos fornece nutrientes importantes para manutenção do organismo.
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados, pois alteram desfavoravelmente a composição nutricional.
É recomendado que se evite o consumo de alimentos ultraprocessados porque os nutrientes e aditivos em excesso nesses alimentos estão relacionadas a risco de agravos à saúde.
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Atenção!
A regra de ouro que facilita a observação das quatro recomendações gerais é: prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.
Características dos alimentos com base no Guia Alimentar para População Brasileira (2014)
Veja a tabela a seguir:
	Tipo de processamento
	Definição
	Exemplos
	Alimentos in natura ou minimamente processados
	Não têm alterações na composição, desde que deixaram a natureza ou passaram por algum processo mínimo para o consumo.
	Legumes, verduras, frutas, raízes e tubérculos in natura. Ovos. Arroz; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; oleaginosas sem sal ou açúcar; feijão de todas as cores e outras leguminosas; cogumelos frescos ou secos; frutas secas, sucos de frutas e sucos de frutas pasteurizados e sem adição de açúcar ou outras substâncias; ervas frescas ou secas; farinhas, macarrão; carnes de gado, de porco e de aves e pescados. Leite pasteurizado, ultrapasteurizado ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar); água potável, chá e café.
	Ingredientes culinários
	São adquiridos in natura ou passam por um processamento mínimo. Não são utilizados puros, e sim em preparações culinárias.
	Óleos, gordura, sal e açúcar.
	Processados
	Adição, na maior parte das vezes, de sal e de açúcar em alimentos das primeiras categorias para torná-los mais duráveis e palatáveis.
	Cebola, palmito, cenoura, pepino, ervilhas, couve-flor preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre; frutas em calda e frutas cristalizadas; extrato ou concentrados de tomate (com sal e ou açúcar); carne seca e bacon; sardinha e atum enlatados; queijos; e pães feitos de farinha de trigo, leveduras, água e sal.
	Ultraprocessados
	São formulações industriais baseadas em substâncias extraídas de alimentos e suas derivações industriais (gordura hidrogenada, amido modificado) somadas a compostos artificiais para criação de textura e sabor.
	Vários tipos de biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, cereais açucarados para o desjejum matinal, refrescos e refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados; bolos e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos instantâneos, molhos, salgadinhos embalados, bebidas energéticas, produtos congelados e prontos para aquecimento, como pratos de massas, pizzas, pães de forma, pães para hambúrguer ou cachorro-quente, pães doces e produtos panificados cujos ingredientes incluem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos, hambúrgueres e extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos.
Tabela: Características dos alimentos.
Adaptada de: BRASIL, 2014.
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Módulo3
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Conceito2 / 3
A comensalidade
Ao se alimentar, identifica-se muitas associações e percepções, como, por exemplo, o prazer em comer, sem ser apenas o consumo de nutrientes. Basicamente, existem três pontos importantes, que são: comer com frequência e atenção, em ambientes apropriados e em companhia. Pode-se observar que existem muitos benefícios relacionados com esses pontos, incluindo maior biodisponibilidade, controle efetivo da quantidade, mais momentos junto à família e a amigos, maior sociabilidade e, de modo geral, mais estímulo à alimentação.
O compartilhamento das refeições realizadas em domicílio são momentos importantes para o vínculo familiar. Para os casais, esses momentos são de união; para crianças e adolescentes, agregam hábitos saudáveis, ensinam a valorizar a comida e que a alimentação seja realizada em locais que facilitem o comer com atenção. Em todas as idades, esses momentos levam ao impacto da relevância da união.
A compreensão e superação dos obstáculos
Conhecer e priorizar a compra de alimentos in natura ou minimamente processados, dando ênfase aos orgânicos e à variedade de alimentos. Dê sempre preferência ao grupo de legumes, verduras e frutas que estejam na safra e produzidos localmente e, quando não comer em casa, escolha locais que sirvam comida fresca.
Coloque em prática as habilidades culinárias e convide o cônjuge e/ou filhos para participarem do momento de preparo dos alimentos. Para melhor utilidade do tempo, planeje as compras, organize o armário de estoque alimentício e defina com antecedência o cardápio da semana.
Envolver crianças e adolescentes nas atividades lúdicas facilita o entendimento que a publicidade é realizada para aumentar a venda e não para informar ou educar as pessoas.
Veja a seguir as recomendações do Guia Alimentar, dispostas em dez passos para uma alimentação saudável e adequada:
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
3. Limitar o consumo de alimentos processados.
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.
6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que sirvam refeições feitas na hora.
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(AMEOSC/Prefeitura de Anchieta - SC, 2019) - Os alimentos desta categoria são aqueles que, conforme a suas características, são submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, pasteurização, resfriamento ou congelamento. Sobre qual categoria do Guia Alimentar para aPopulação Brasileira (2014) se refere essa descrição?
A
“Alimentos in natura ou minimamente processados”
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B
“Alimentos processados”
C
“Óleos, gorduras, sal e açúcar”
D
“Alimentos ultraprocessados”
E
“Alimentos energéticos”
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O tipo de processamento sofrido pelo alimento interfere em seu sabor e em sua qualidade nutricional. Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria, como moagem, secagem, pasteurização etc.
Questão 2
(FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre - RS - 2021) - De acordo com a classificação dos alimentos do Guia Alimentar para a População Brasileira, relacione a coluna 1 à coluna 2.
Coluna 1
1. In natura ou minimamente processados
2. Processados
3. Ultraprocessados
 
 
 
Coluna 2
(   ) Queijo tipo Petit Suisse
(   ) Suco natural de maçã
(   ) Amendoim
(   ) Pizza pré-preparada
(   ) Pão integral
(   ) Fruta cristalizada
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A
2 - 1 - 2 - 3 - 3 - 1
B
1 - 2 - 3 - 1 - 2 - 3
C
3 - 1 - 1 - 3 - 2 - 2
check_circle
D
2 - 3 - 1 - 2 - 3 - 3
E
3 - 2 - 1 - 2 - 1 - 1
check_circle
Parabéns! A alternativa C está correta.
Alimentos in natura são obtidos de plantas ou animais e adquiridos para consumo sem terem sofrido processamento. Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria, como moagem, secagem, pasteurização etc. Alimentos processados são produtos fabricados com a adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre, o que os torna desequilibrados nutricionalmente. Alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas tipicamente com cinco ou mais ingredientes.
Planejamento dietético
O planejamento adequado da alimentação a ser oferecida aos indivíduos ou grupos populacionais é um fator importante para a manutenção da saúde. O planejamento dietético deve cobrir as recomendações de nutrientes e assegurar que o paciente receba uma dieta com baixo risco de deficiência e de efeitos adversos associados à ingestão excessiva.
Para o profissional nutricionista realizar o planejamento alimentar de seus pacientes, é necessário o conhecimento previamente estabelecido das recomendações nutricionais. Esse conhecimento deverá direcionar o planejamento e as orientações individuais que serão estabelecidos, fundamentando a conduta nutricional.
Como estimar a necessidade de energia?
Para indivíduos adultos, com 19 anos ou mais, e índice de massa corpórea (IMC) dentro da faixa de eutrofia, pode-se utilizar equações do EER disponíveis para o cálculo da necessidade estimada de energia, como no exemplo a seguir (as equações estão disponíveis no item referente às tabelas.
Exemplo: indivíduo do sexo masculino, 25 anos, nível de atividade física leve (1,11), 1,75m de altura e 70kg.
���=662−[9,53x�����( anos )]+���x[15,91x����( kg)]+[539,6x estatura (m)]
EER = 662 - 9,53 x 25 + 1,11 x [15,91 x 70 + 539,6 x 1,75]
EER = 662 - 238,25 + 1,11 x [1113,7 + 944,3]
EER = 662 - 238,25 + 2284,38
EER = 2.708kcal/dia
Como distribuir o valor energético total (VET) da dieta pelas refeições?
Ao elaborar um plano alimentar, deve-se planejar o número de refeições que o indivíduo irá ingerir durante o dia. Destacamos a importância do fracionamento (4 a 6 refeições), permitindo refeições de pequeno volume, mas que sempre devem ser adaptadas à disponibilidade do indivíduo, em função de suas atividades profissionais.
	Refeição
	% VET
	
	4 refeições
	6 refeições
	Desjejum
	20%
	20 a 25%
	Colação e lanche
	-
	5%
	Almoço
	30 a 40%
	35 a 40%
	Lanche
	10%
	10 a 15%
	Jantar
	30 a 40%
	15 a 25%
	Ceia
	-
	5%
Qual é a recomendação de macronutrientes?
Carboidratos
Os carboidratos são as fontes mais abundantes e econômicas de energia nos alimentos que compõem a dieta dos seres humanos.
A recomendação de ingestão de carboidrato na faixa de 45% a 65% da energia total da dieta segue a AMDR, que orientou um consumo de açúcares de adição inferior a 25% da energia total da dieta. A EAR para carboidrato foi estabelecida em 100g/dia para homens e mulheres acima de 19 anos, sendo considerada a quantidade necessária para suprir as células do sistema nervoso central. A RDA foi fixada em 130g/dia para adultos e idosos.
Lipídeos
Os lipídeos são a fonte nutricional mais densa de energia. Além da função calórica, exercem inúmeras outras funções, como: fonte de ácidos graxos essenciais, carreadores de vitaminas lipossolúveis. Possuem efeitos fisiológicos nas reações inflamatórias e imunológicas, além de aumentarem o paladar de alguns alimentos ou preparações.
Não há valores de EAR, RDA, AI e UL para os lipídios, devido à insuficiência de dados.
Veja abaixo:
Gordura total
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Ácidos graxos poli-insaturados
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Ácidos graxos monoinsaturados
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Não existem valores de AI, RDA e UL para os ácidos graxos saturados e os trans e recomenda-se que o consumo seja o menor possível.
Proteínas
A recomendação de proteína é de 10-35% do VET da dieta para indivíduos saudáveis. A EAR corresponde a 0,66g de proteína/kg/dia, enquanto a RDA corresponde a 0,80g de proteína/kg/dia. Desse modo, com base nos pesos corporais de referência para homens com 70kg e para mulheres com 57kg, a RDA para proteína é de 56g/dia para homens e 46g/dia para mulheres. Não há dados suficientes para estabelecer a UL para proteína.
	Nutriente
	AMDR (%)
	% energia selecionada
	Energia (kcal) 1900kcal
	Quantidade (g) 1900kcal
	Lipídeos Totais
	20 a 35
	35
	665
	74
	Ácido linoleico
	5 a 10
	7
	133
	15
	Ácido linolênico
	0,6 a 1,2
	0,8
	15
	1,7
	Proteínas
	10 a 35
	15
	285
	71
	Carboidratos
	45 a 65
	50
	950
	238
Tabela – Exemplo de planejamento de macronutrientes na dieta: mulher; 30 anos; 1,65m; 63kg; sedentária; 1900kcal.
Adaptado de: CUPPARI, 2005, p. 54.
	VET = 1900kcal
	Distribuição dos nutrientes:
	Lipídeos totais =35% de 1900kcal ÷9 =74g
	Ácido linoleico =7% de 1900kcal =133 kcal ÷9 =15g
	Ácido linolênico=0,8% de 1900kcal =15kcal ÷9 =1,7g
	Proteínas =15% de 1900kcal =285kcal ÷4 =71g
	Carboidratos =50% de 1900kcal =950kcal ÷4 =238g
	A dieta deve conter 74g de lipídeos totais, 15g de ácido linoleico (parte do lipídeo total), 1,7g de ácido linolênico (parte do lipídeo total), 71g de proteínas e 238g de carboidratos
Tabela: Distribuição do VET (AMDR).
Adaptada por: Adriana Schlecht Ribeiro
Qual a necessidade de micronutrientes?
As recomendações das DRIs de cada micronutriente servem de referência para o estabelecimento de metas no planejamento de dietas para indivíduos adultos. As recomendações nutricionais para as vitaminas e minerais são apresentadas nas Tabelas 4, 5 e 6.
Qual a recomendação de fibras?
Como não há parâmetros bioquímicos que possam ser utilizados para estabelecer o estado nutricional de um indivíduo em relação à fibra alimentar, a EAR não pode ser determinada. O IOM estabeleceu a ingestão adequada de fibra total:
man
HOMENS
AI é de 38g/dia e 30g/dia para na faixa etária de 19 a 50 anos e 51 ou mais anos, respectivamente.
woman
MULHERES
AI é de 25g/dia e 21g/dia, nas respectivas faixas etárias. Não foi estabelecido UL para fibra dietética.
Qual a recomendação de ingestão hídrica?
O organismo humano não possui condição de armazenamento de água pela inexistência de um compartimento específico capaz de garantir o seu adequado e imprescindível suprimento diário. Logo, a ingestão de água é necessária para que ocorra a reposição hídrica requerida pela perda e eliminação nas últimas 24 horas.
A quantidade de água necessária para o bom funcionamento do organismo é variável, pois pode ser afetada por fatores como clima, dieta, roupas, atividades físicas, entre outros. Isso dificulta a criação de recomendações específicas para o total de água que deve ser ingerida diariamente. A água ingerida deve vir predominantemente do consumo de água pura e daquela contida nos alimentos e nas preparações culinárias.
Devido à ausência de evidência, não foram definidos valores de EAR e RDA para a ingestão de água. Porém, foi propostoo valor da ingestão adequada (AI) para a água total, com o objetivo de prevenir os efeitos deletérios da desidratação. O valor de AI para ingestão de água de homens e mulheres é de 3,7L e 2,7L, respectivamente. A UL não foi determinada por causa da capacidade de o indivíduo sadio excretar o excesso de água e manter o equilíbrio hídrico.
Além da referência da Ingestão Adequada (AI), há a recomendação para ingestão de água baseada no consumo calórico (1mL/kcal) que se traduz em 35mL/kg de peso atual/dia.
Exemplo: Mulher; 30 anos; 1,65 m; 63kg; sedentária:
35mL x 63 =2.205mL de água
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Apresenta-se para consulta de nutrição a paciente R.V.M.P., sexo feminino, 42 anos, 57kg, pouco ativa, com LDL = 100mg/dL e colesterol = 180mg/dL, triglicerídeos = 120mg/dL, IMC = 21kg/m2, necessidade energética de 1.600Kcal. Paciente relata não conseguir fazer várias refeições ao longo do dia. Podemos afirmar que seu plano alimentar deve:
I. Conter 21g de fibras.
II. Ter 12g de ácido linoleico e 1,1g de ácido linolênico.
III. Ter no mínimo 4 refeições.
IV. Oferecer no mínimo 2.000mL de água.
V. Ofertar no mínimo 0,6gPTN/kg peso.
Assim, verifica-se que somente:
A
I e II são verdadeiras.
B
II e III são verdadeiras.
C
I e III são verdadeiras.
D
II, III e IV são verdadeiras.
check_circle
E
I, II e III são verdadeiras.
check_circle
Parabéns! A alternativa D está correta.
No planejamento de dietas, a recomendação de ingestão de proteínas é 0,8g/kg e nessa faixa etária a paciente deve receber no mínimo 25g/dia de fibra.
5% de 1600kcal = 80kcal ÷ 9 = 9g
10% de 1600kcal = 160kcal ÷ 9 = 18g
35mL x 57 = 2000mL de água
Questão 2
(PUC - PR / COPEL - 2010) A tabela abaixo retrata o total de nutrientes ingeridos ao longo de 1 dia por uma mulher adulta com peso atual de 70kg e IMC = 22kg/m2. As fontes proteicas consumidas foram mistas (de origem vegetal e de origem animal) e, a partir de uma análise de nutrientes em um dia, foram observados os seguintes valores de consumo para macronutrientes.
	Nutriente
	Quantidade (g)
	Carboidratos
	300
	Proteínas
	90
	Lipídeos
	60
Podemos AFIRMAR em relação a esse dia avaliado que:
I. O percentual proteico foi superior a 15%.
II. O consumo energético foi 2100kcal.
III. O consumo de carboidratos ficou inadequado.
IV. O percentual de lipídios atingiu uma faixa adequada.
V. Os percentuais de micronutrientes ficaram adequados.
Estão CORRETAS as afirmativas:
A
I, II e III
B
I, III e V
C
II, IV e V
D
I, II e IV
check_circle
E
II, III e V
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Parabéns! A alternativa D está correta.
A questão pede apenas o cálculo matemático, porém, é necessário saber que: 1g de carboidratos fornece 4kcal; 1g de proteínas fornece 4kcal e 1g de lipídios fornece 9kcal. O consumo energético é 2100kcal e a distribuição calórica dentro da faixa do AMDR ficou: 17% para proteínas (10-35%), 57% para carboidratos (45 -65%) e 26% para lipídeos (20 a 35%). Não há informações a respeito da ingestão de micronutrientes.
2100kcal ------- 100%
1200kcal ------- X = 57% carboidrato
Coluna 1
Carboidrato = 300 x 4 = 1200kcal
Proteína = 90 x 4 = 360kcal
Lipídeos = 60 x 9 = 540kcal
Total = 2100kcal
2100kcal ------- 100%
360kcal ------- X = 17% de proteína
2100kcal ------- 100%
540kcal ------- X = 26% de lipídeo
Considerações finais
A alimentação é a responsável por fornecer os nutrientes necessários para se manter um estado nutricional adequado. O consumo adequado de nutrientes em todas as fases da vida é necessário para a manutenção das diversas funções metabólicas do organismo. Assim, a ingestão inadequada de nutrientes pode levar a estados de carência ou efeitos adversos, estando associada a diversas manifestações patológicas por ela produzidas.
Como vimos, para realizar a elaboração de dietas e a análise da qualidade nutricional da alimentação, você precisa considerar no atendimento as necessidades de nutrientes e energia, que são determinadas de acordo com as características de sexo, estágio de vida, atividade física e medidas corporais de indivíduos saudáveis.
No planejamento e na orientação nutricional, a classificação dos alimentos é uma ferramenta útil para tornar didáticas as escolhas alimentares e as orientações nutricionais. Assim, o Guia Alimentar é um importante instrumento que ajudará a ampliar as escolhas alimentares, melhorando a alimentação e, consequentemente, a saúde das pessoas, famílias e comunidades.
Não esqueça a Regra de Ouro: prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados!

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