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PANCREATITE CRÔNICA

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Geovana Sanches, TXXIV 
PANCREATITE CRÔNICA 
 
DEFINIÇÃO 
 A pancreatite crônica, como o próprio 
nome já infere, é uma doença crônica, evolutiva e 
sem cura, na qual o paciente pode apresentar dor 
significativa, insuficiência pancreática exócrina e 
insuficiência pancreática endócrina. 
 As alterações nesse caso são irreversíveis, 
mesmo com a eliminação da causa, tendo em vista 
que há fibrose pancreática e perda de tecido 
funcional. 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Episódios repetidos de processo 
inflamatório (como por etilismo 
prolongado) e de pancreatite subclínica 
com fibrose e necrose não reconhecida 
o Lesão aguda subclínica à fibrose 
à necrose 
• Alteração no Suco pancreático 
o É rico em enzimas e alcalino devido 
ao bicarbonato. Quando ele sofre 
alterações, formam-se rolhas 
proteicas, as quais se calcificam 
com o tempo 
• Reação ductal 
o Alteração do ducto pancreático, 
que passa a apresentar saculações 
em colar de pérolas ou em cadeia 
de lagos 
• Rolhas proteicas 
o Obstrução ductal segmentar 
o Surtos de agudização localizada 
o Dor significativa 
o Fibrose cicatricial 
• Agudizações de pancreatite crônica 
o Complicações 
§ Necrose 
§ Infecção 
§ Pseudocisto 
 
ETIOLOGIA 
• Etilismo 
o Uso contínuo e intenso de álcool 
por período prolongado 
o 150 a 175 g/ dia 
§ Homem: 18 ± 11 anos 
§ Mulher: 11 ± 8 anos 
• Dieta rica em proteínas 
• Rolhas intraductais 
 
 
Causas pouco frequentes de pancreatite crônica 
• Obstrução ductal 
• Lesões duodenais 
• Estenose pancreática (trauma) 
• Parasitas no ducto pancreático 
o Pâncreas divisum (anomalia 
congênita) 
• Idiopática (15%) 
• Autoimune 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Crises de agudização 
o Reação inflamatória aguda, que 
pode ser desencadeada após 12 a 
14 horas do consumo de álcool 
o Assemelham-se com a pancreatite 
aguda: dor intensa, náuseas e 
vômitos, inquietude, busca de 
posição antálgica (prece 
mamometana) 
• Dores intermitentes e constantes com 
irradiação para região dorsal 
• Insuficiência pancreática exócrina e 
endócrina (perda de mais de 90% da 
função) 
• Esteatorreia 
o Insuficiência pancreática exócrina 
à não absorção de gorduras à 
esteatorreia e desnutrição 
• Desnutrição importante 
• Limitações de estilo de vida 
• Hospitalizações frequentes 
Exame físico 
• Massa palpável: pseudocisto pancreático 
§ Cisto: cisto verdadeiro 
§ Pseudocisto: tecido fibroso 
• Vômitos: sangramento difuso 
o Podem ser minimizados com 
sondagem nasogástrica 
 
DIAGNÓSTICO 
Amilase sérica 
• Aumenta 2-12h após início dos sintomas 
com declínio entre 3º e 6º dias 
• Níveis aumentados persistentemente - 
complicação (?) 
o Pseudocisto, abscesso ou ascite 
pancreáticos 
Exames de imagem 
• RX 
Geovana Sanches, TXXIV 
• TC 
o Calcificações confirmam o 
diagnóstico 
• USG 
• CPRE tomográfica ou por RM 
 
TRATAMENTO 
Má absorção e da dor 
• Supressão de ácido 
• Dieta hipossódica 
• Enzimas pancreáticas VO 
o 90 a 150.000 UI/ refeição 
• Abstinência alcoólica 
• Tratar hiperlipidemia 
• Hormônio inibitório secreção 
(somatostatina) 
• Autoimune: corticóide 
• Analgésicos potentes 
• Neuroablação - bloqueio de nervos 
esplânicos 
Cirúrgico 
• Indicações 
o Dor significativa e persistente com 
limitações ao estilo de vida, apesar 
da abstinência alcoólica 
o Possibilidade de câncer 
• Planejamento operatório 
o Estudos de imagem para avaliar a 
anatomia pancreática e ductal 
• Procedimentos de drenagem 
o Ductos dilatados 
• Procedimentos de ressecção 
o Dor incapacitante, indicação 
cuidadosa, agrava insuficiência 
pancreática 
 
COMPLICAÇÕES TARDIAS 
Pseudocisto 
• Desenvolve-se de 4 a 6 semanas após 
episódio agudo 
• Formado por parede não epitelial, tecido 
de granulação e tecido fibroso 
• Líquido rico em enzimas pancreáticas 
• Evolui com dor, amilase alta e compressão 
de órgãos adjacentes 
• Derivações de pseudocistos pancreáticos 
o Estômago 
o Duodeno 
o Jejuno 
Cistos pancreáticos 
• Quando cistos verdadeiros, indica-se a 
ressecção

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