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SEMIOLOGIA GERAL THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA SEMIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PÂNCREAS Órgão de exame e avaliação difícil: Importância da boa anamnese. Manifestações clínicas evidentes nas condições avançadas das patologias. Início silencioso. Imponte relacionar casos agudos e crônicos. Pancreatite aguda e crônica os sintomas não são parecidos. Principais afecções: o Exócrinas. o Endócrinas. Anatomia Glândula macia, alongada e achatada. Mede 15 a 23cm. Peso: 70 a 150g. Divide-se em cabeça, istmo, corpo e cauda. Constituída: o Ácinos: Produtores de enzimas digestiva. Ducto pancreático – colédoco – duodeno. o Ilhotas: Produtoras de hormônios. Localização retroperitoneal, orientação obliqua e sua parte cefálica envolvida pela segunda e terceira porção do duodeno. Fisiologia Função endócrina: o Secreção – células das ilhotas de Langerhans. Insulina. Glucagon. Polipeptídeo pancreático. Somatostatina. Função exócrina: o Células acinares – produção e armazenamento das enzimas digestivas. Anamnese Identificação. o Sexo: Pancreatite aguda – sexo feminino. Pancreatite crônica – sexo masculino. o Idade: Insuficiência pancreática na infância e adolescência – mucoviscosidose ou doença fibrocistica do pâncreas. Alterações genéticas. Sintomas. o Dor. Sintoma mais frequente. Descrição clássica: Dor em faixa ou cinturão. Só acontece em pequeno percentual dos pacientes. Forma aguda pancreatite: Presente em todos os casos. Branda a intensa. Aumento gradual ou agravando rapidamente. Contínua e duração prolongada. Localização: Região epigástrica Hipocôndrio esquerdo. Retrosternal. Irradiação para o dorso. Piora com alimentação. Melhora ao inclinar-se para frente ou comprimir o tórax com o joelho. Pancreatite crônica: SEMIOLOGIA GERAL THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Pode não ocorrer. Pode ser substituída leve mal-estar epigástrico. Estreita relação com a ingestão de bebidas alcoólicas. Câncer de pâncreas: Leve na fase inicial. Dor está presente em 80% dos casos. o Náuseas e vômitos. 75% dos casos dos processos inflamatórios. Vômitos de difícil controle. Comumente evolui para desequilíbrio hidroeletrolítico. o Emagrecimento. Pancreatite crônica – insuficiência exócrina e endócrina. Pancreatite aguda – jejum prolongado e aumento do catabolismo. o Anorexia. Mais frequente nos processos neoplásicos. o Astenia. Presente em todas as doenças crônicas. EMAGRECIMENTO + ANOREXIA + ASTENIA = NEOPLASIA . o Icterícia. Comum em diversas doenças pancreáticas. Predomínio da fração direta – colestase extra- hepática. Pancreatite aguda: Pode ser discreta e fugaz, principalmente na forma edematosa. Obstrução do colédoco terminal. Edema do tecido pancreático comprimindo o colédoco intrapancreático. Neoplasias, cistos – porção cefálica – obstrução do colédoco terminal. Pode ser grande intensidade. Associada a prurido, colúria e acolia (fezes claras). Pancreatite crônica. Causada por fibrose da porção cefálica do pâncreas. o Diarreia. Insuficiência pancreática Esteatorreia: Fezes volumosas, pastosas, brilhantes, odor rançoso, coloração pálida, traços ou camada oleosa sobre a água do vaso sanitário. o Má absorção. Esteatorreia: Ocorre quando 70% de glândula está destruída. Deficiência de lipase. Creatorreia: Perda de proteína nas fezes. Deficiência das enzimas proteolíticas, especialmente da tripsina e quimiotripsina. Deficiência de absorção de vitaminas lipossolúveis, oligoelementos e hipoalbuminemia. Alterações sistêmicas: Osteoporose, lesões dermatológicas (ex: pelagra), manifestações neurológicas, discrasia e edema. o Diabetes. Variar de branda até a forma franca. Raramente surge no início da evolução, mais comum após vários anos de evolução. Instável – hiper e hipoglicemias. o Hemorragias. Na pancreatite aguda ou agudização da pancreatite crônica. Ruptura de vasos sanguíneos devido a digestão das paredes destes pelas enzimas pancreáticas. Sangue extravasado fica restrito à glândula ou as cavidades retro e peritoneais. SEMIOLOGIA GERAL THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Pode haver hemorragia digestiva – comunicação do vaso sangrante com o canal pancreático ou com fístula pancreatodigestiva. Antecedentes pessoais. o Podem estar associadas com afecções de outros órgãos. Afecções de vias biliares. Associação de litíase biliar com pancreatite aguda. Traumatismos abdominais. Abertos ou fechados. Afecções respiratórias crônicas. Mucoviscosidose. Hipertrigliciridemia. Hiperparatiroidismo. Úlcera péptica. Penetrante no pâncreas. Desnutrição. Atrofia pancreática – Kwashiorkor (desnutrição grave da criança). Medicamentos. Furosemida, azatioprina, sulfassalazina, ácido volproico. o Afecções de base genética. Mucoviscosidose. Síndrome de Schawachman. Pancreatite crônica em crianças, adolescentes ou adultos jovens. Hábitos e condições de vida. o Alcoolismo. Exame físico Órgão de difícil acesso ao exame físico. o Cistos e neoplasias quando em grande volume podem chegar a ser palpados. o Dor a palpação. o Sensação dolorosa intensa, porém, o abdômen flácido, exceto se houver comprometimento peritoneal inflamatório. o Pancreatite aguda grave – necrohemorrágica. Sinais de Cullen – equimoses periumbilicais. Sinais de Grey Turner – equimoses em flancos. o Alterações secundárias a desnutrição nas formas avançadas associadas a má absorção. Emagrecimento. Alterações de pele tipo pelagra. Cabelos secos e quebradiços. Glossite e queilite. Edema de MMII e até anasarca. o Hepatomegalia. Quando a pancreatite crônica está associada a hepatopatia alcoólica. Quando apresenta metástases hepáticas de neoplasia de pâncreas. o Esplenomegalia. Pancreatite crônica associada a trombose de veia esplênica ou da veia porta. o Ascite. Alta concentração de amilase. Aspecto serosanguinolento – ruptura de cisto necro-hemorrágico para cavidade. Aspecto citrino – ruptura de cisto de retenção das pancreatites crônicas. o Derrame pleural. Pancreatites agudas – alto teor de amilase. o Sinal de Courvoisier. (IMPORNTATE) Vesícula biliar palpável no ponto cístico em paciente ictérico, e não sente dor à palpação. Obstrução prolongada do colédoco terminal. Neoplasia de cabeça de pâncreas é a principal causa. SEMIOLOGIA GERAL THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Doenças do pâncreas SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA Resultado de qualquer afecção que cursam de forma crônica, pancreatite, tumor, cisto. Apresentam: o Dor. o Perda de peso. o Icterícia. o Má absorção. o Finalmente diabetes. PANCREATITE AGUDA Processo inflamatório agudo. Etiologia variada: o Colelitíase. Sintomas: o Dor. o Náuseas. o Vômitos inicialmente alimentares e depois aquoso – desidratação. o Parada de eliminação de gases e distensão abdominal – íleo paralítico. Exame físico: o Fáscies de sofrimento. o Hipotensão. o Taquicardia. o Sudorese. o Palidez cutâneo mucosa (principalmente nas formas hemorrágicas). o Abdome flácido, sem sinais de comprometimento peritoneal. o Sinais de Cullen e Grey Turner – representam gravidade da doença. o Pode ocorrer derrame pleural e ascite. o Complicações tardias: Massas palpáveis (correspondem a cistos ou necrose infectada). PANCREATITE CRÔNICA Processoinflamatório crônico – persistência e evolução das lesões culminando em insuficiência endócrina. Principal causa: etanol. Formas: o Pancreatite crônica calcificante. Leva a calcificação da glândula. o Pancreatite crônica obstrutiva. Ocorre pela obstrução dos canais primários e secundários. Processo inflamatório desenvolvido a montante. Sintomas: o Dor. 90% dos casos. Intensidade. Crises intensas nos episódios de agudização. De leve intensidade como um desconforto geralmente pós-prandial. Localização: Região epigástrica. Irradiação: Hipocôndrios direito e/ou esquerdo. Região lombar no nível de D10-D12. Região interescapular. Caráter: Transfixante. Duração: Variável, geralmente 1 a 3h após as refeições ou ingestão de bebida alcoólica. o Emagrecimento. Paciente evita alimentar-se pois associa alimentação a dor. Diarreia tipo má absorção. Desenvolvimento de diabetes. o Icterícia. Ocorre após as crises dolorosas. Duração fugaz. Fisiopatologia: SEMIOLOGIA GERAL THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Edema da porção cefálica do pâncreas, ou, Surgimento de pseudocisto que comprima o colédoco intrapancreático. Estenose do colédoco por fibrose do tecido pancreático – nas formas avançadas. I NS UFI C I Ê NC I A PA NC R E ÁTI C A EX Ó C R I NA FO R M AS I NS UFI C I Ê NC I A PA NC R E ÁTI C A E ND Ó C R I NA AV ANÇ AD AS . NEOPLASIA DO PÂNCREAS Neoplasias endócrinas: Sintomas próprios da função exacerbada de seus produtos hormonais. o Insulinoma. o Gastrinoma. o Vipoma. o Glucagoma. Neoplasias benignas: Sintomas associados a compreensão. o Adenomas. Neoplasias malignas não endócrina. o Primárias. Adenocarcinomas de células ductais – 75% casos. Localização mais frequente: Cabeça do pâncreas. Faixa etária: 60 a 70 anos. Predomina no sexo masculino. o Secundárias. Adenocarcinomas. o Sintomas: Surgem de forma tardia retarda o diagnóstico. Dor. Manifestação mais precoce. Devido comprometimento dos ramos sensoriais dos nervos ou da invasão de órgãos vizinho. Raramente por crises de pancreatite aguda. Cólica biliar por compressão do colédoco. Anorexia. Astenia. Perda de peso. Dispepsia. Tromboflebite (pequenos vasos). Tromboembolismo. o Exame físico: Icterícia. Sinal mais característico. Caráter progressivo. Colestase provoca prurido. Sinal Curvoisier.
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