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Exames Complementares em Cardiologia – Parte 1 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Baseada em dados da: ● História clínica ● Exame físico ● Exames complementares HISTÓRIA CLÍNICA ● Idade/Sexo ● Dados epidemiológicos ● Sintomas relatados ● Saber identificar a relevância dos sintomas (dor) EXAME FÍSICO ● Ausculta cardíaca ● Dispnéia ● Edemas ● Turgência de jugular EXAMES COMPLEMENTARES Auxiliam o diagnóstico, podendo ratificar ou mesmo afastar. Os exames são solicitados após a história clínica e o exame físico – coerência. Análise crítica dos resultados. ● RX de tórax ● Ecodopplercardiograma ● MAPA ● Teste Ergométrico ● Cintilografia do miocárdio ● RNM cardíaca ● TILT-Teste ● Exames laboratoriais ● Eletrocardiograma ● Ecoestresse ● Holter ● Ergoespirometria ● Angio TC de coronárias ● Cineangiocoronáriografia ● Estudo eletrofisiológico Radiografia do tórax (Raio-x) ● Exame de fácil execução ● Importante na avaliação e diagnóstico de cardiopatias ● Avalia a silhueta cardíaca e contorno da aorta ● Identificação à direita ● Bolha gástrica à esquerda ● 3 arcos à esquerda 1 - Arco aórtico 2 - Tronco da pulmonar 3 - Ventrículo esquerdo Avaliar técnica: ● Inspirado ● Penetração ● Centrado ● Incidência ● Ortostase? ● Deitado? Área cardíaca aumentada Derrame pleural Eletrocardiograma É o registro da atividade elétrica do coração. Possui a finalidade de identificar: ● Arritmias ● Aumento ou sobrecarga das câmaras ● Distúrbios de condução do estímulo ● Isquemia do miocárdio ● Distúrbios eletrolíticos Despolarização atrial Despolarização ventricular Repolarização ventricular Eletrocardiograma – Isquemia Eletrocardiograma – Arritmias Eletrocardiograma – Bloqueios átrio-ventriculares Exames Complementares em Cardiologia - Parte 2 Os exames complementares na cardiologia são imprescindíveis para auxiliar no diagnóstico, prognóstico e condutas terapêuticas. ● Eletrocardiograma: exame básico na cardiologia, porém de alta relevância no auxílio ao diagnóstico das cardiopatias. ● RX de tórax: importante no diagnóstico e controle das doenças cardíacas, auxiliando no diagnóstico diferencial das pneumopatias. RX DE TÓRAX O índice cardiotorácico é a razão entre o diâmetro transversal do coração (segmento A-B) e o maior diâmetro do tórax (segmento C-D), em uma radiografia de tórax em projeção posteroanterior. Valores maiores do que 0,5 indicam acuradamente cardiomegalia. ● Avalia área cardíaca ● Avaliar congestão pulmonar ● Derrame pleural ● Sinais indiretos: aumento atrial, hipertensão pulmonar, TEP ● Pneumopatias ELETROCARDIOGRAMA Baixo custo Boa reprodutibilidade É o método diagnóstico mais utilizado na avaliação inicial das dores precordiais: Isquemia. ● Avaliar sobrecarga de câmaras ● Alterações nos distúrbios eletrolíticos ● Arritmias Como medir ST Infradesnível do segmento ST Supradesnível do segmento ST Taquiarritmia Bradiarritmias TESTE ERGOMÉTRICO Método diagnóstico utilizado na cardiologia, onde se submete o indivíduo a um esforço físico programado e individualizado. É de fácil acesso, baixo custo e de fácil reprodutibilidade, o que o torna um grande aliado na tomada de decisão de condutas ou mesmo na elucidação de alguns casos duvidosos. Indicações gerais do Teste Ergométrico (TE) ● Detectar isquemia ● Avaliar os resultados das intervenções (terapêutica ou cirúrgica) ● Reconhecer arritmia induzidas pelo esforço ● Prescrição de exercício ● Avaliar capacidade funcional e condição aeróbica ● Fornecer dados para perícia médica ● Diagnosticar e estabelecer o prognóstico de doenças cardiovasculares ERGOESPIROMETRIA Ergoespirometria ou teste cardiopulmonar é um exame que alia o teste ergométrico com a análise dos gases expirados durante o exercício físico. O objetivo é fornecer variáveis como, por exemplo, consumo direto de oxigênio. É uma importante ferramenta para otimizar e individualizar treinamentos além de detectar doenças cardiovasculares, pulmonares e/ou musculares. ECODOPPLERCARDIOGRAMA Busca por etiologia e prognóstico das cardiopatias. Pesquisar o tipo de disfunção (sistólica e/ou diastólica) Averiguar as câmaras acometidas. Pesquisa de lesões valvares, alterações de contratilidade segmentar e pericárdio. CINTILOGRAFIA DO MIOCÁRDIO A cintilografia de perfusão miocárdica avalia indiretamente o fluxo sanguíneo e a reserva de fluxo do miocárdio de forma não-invasiva, após a injeção de uma substância que contém um isótopo radioativo. A perfusão miocárdica no estado basal e após estresse são comparadas com a finalidade de avaliar possíveis áreas com alterações sugestivas de isquemia. TOMOGRAFIA CARDÍACA A angiotomografia coronária (CTA) é um método diagnóstico não-invasivo com elevada acurácia na detecção da doença arterial coronária (DAC). Realiza a quantificação da calcificação coronária pelo Escore de Cálcio (EC). Vários trabalhos com grande número de pacientes demonstraram que o EC tem fortes correlações com riscos de eventos cardiovasculares futuros, de maneira independente dos fatores de risco tradicionais e da presença de isquemia miocárdica. Há utilização de contraste e radiação ionizante. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA A RM é um excelente método diagnóstico, por não utilizar radiação ionizante e nem meio de contraste com maior potencial de nefrotoxicidade, pois usa um campo magnético para captar imagens. A ressonância magnética cardíaca (RMC) é um método estabelecido na investigação das cardiopatias isquêmicas e não isquêmicas, podendo em um único exame obter informações precisas sobre a anatomia cardíaca, os volumes e funções de ambos os ventrículos, perfusão miocárdica de repouso e de estresse se necessário, análise de fluxos e da função valvar, sobrecarga miocárdica de ferro, infiltração gordurosa dos ventrículos, edema miocárdico, avaliação de fibrose intersticial. CINEANGIOCORONARIOGRAFIA A doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morte no mundo e o tratamento com revascularização percutânea com implante de stents ou cirúrgica por meio de enxertos vasculares são as opções de escolha. A angiocoronariografia invasiva (CATE) é o método padrão-ouro para avaliar a DAC e a patência dos stents e enxertos coronarianos. É um método de alto custo e que expõe os pacientes a alguns riscos inerentes ao procedimento tais como: sangramentos, infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e arritmias, como mortalidade relacionada ao procedimento estimada em até 2%.