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FUNDAMENTOS PARA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM I TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA LEGISLAÇÃO NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS O Código de Ética dos profissionais de Enfermagem traz questões que visam a atuação frente à execução do preparo e da administração de medicamentos, segundo a resolução do COFEN n. 564/2017. O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com competência para promoção, proteção e recuperação do ser humano na sua integralidade. • DOS DEVERES Art. 6° - Aprimorar os conhecimentos técnico- científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional. Art. 22° - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade. Art. 36° - Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. Art. 39° - Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da assistência de Enfermagem. Art. 40° - Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante legal. Art. 42° - Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu representante legal na tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-estar, realizando ações necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais. Parágrafo único - Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e tratamentos que deseja ou não receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, suas vontades. Art. 45° - Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Imprudência: ação realizada de forma precipitada, sem o devido cuidado. Sabe o que deve ser feito, porém não o faz. Ex.: o profissional de enfermagem conhece a técnica de higiene das mãos, porém não realiza todas as etapas, causando contaminação durante a assistência. Negligência: deixar de fazer o que deveria ser feito. Omissão voluntária. Ex.: um enfermeiro que realiza a passagem de cateter venoso central no paciente, sem possuir conhecimento técnico pra isso. (função do médico). Imperícia: realização de procedimento técnico sem ter aptidão. Executar uma tarefa na qual não possui qualificação técnica. Ex.: um enfermeiro que realiza a passagem de cateter venoso central no paciente, sem possuir conhecimento técnico pra isso. (função do médico). Art. 46° - Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência. § 1° - O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário. § 2° - É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente. Art. 48° - Parágrafo único - Nos casos de doenças graves incuráveis e terminais com risco iminente de morte, em consonância com a equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico, psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal. Art. 51° - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independentemente de ter sido praticada individual ou em equipe, por imperícia, imprudência ou negligência, desde que tenha participação e/ou conhecimento prévio do fato. Art. 55° - Aprimorar os conhecimentos técnico- científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. • DAS PROIBIÇÕES Art. 62° - Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade. Art. 77° - Executar procedimentos ou participar da assistência à saúde sem o consentimento formal da pessoa ou de seu representante ou responsável legal, exceto em iminente risco de morte. Art. 78° - Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional. Art. 79° - Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência. Observação - O único membro da equipe de Enfermagem que pode prescrever medicamentos, estabelecidos pela instituição, é o Enfermeiro. Art. 80° - Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que comprometam a segurança da pessoa. Art. 87° - Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade. Art. 88° - Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. • INFRAÇÕES E PENALIDADES O Art. 45° e o Art. 80° podem levar a cassação. Art. 108 - § 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem por um período de até 30 anos e será divulgada nas publicações do Sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação. IMPORTANTE O profissional de Enfermagem que prepara e administra qualquer tipo de medicação, deve ter amplo conhecimento sobre a legislação vigente que regula o exercício da sua profissão. O profissional de Enfermagem deve conhecer a normalização da instituição onde atua, preparando e administrando as medicações conforme a prescrição médica ou de enfermagem garantindo a segurança e o bem-estar dos pacientes. ANEXO II – BOAS PRÁTICAS DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES PARENTERAIS 3.1.1 - A responsabilidade pelo preparo das SP pode ser uma atividade individual ou conjunta do enfermeiro e do farmacêutico. 3.2.2. O enfermeiro é o responsável pela administração das SP e prescrição dos cuidados de enfermagem em âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar. 3.2.15. O paciente, sua família ou responsável legal devem ser orientados quanto à terapia que será implementada, objetivos, riscos, vias de administração e possíveis intercorrências que possam advir. 3.2.30. É da responsabilidade do enfermeiro assegurar que todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e seu tratamento sejam registrados de forma correta, garantindo a disponibilidade de informações necessárias à avaliação do paciente, eficácia do tratamento e rastreamento em caso de eventos adversos. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 1. Recuse administrar o medicamento quando a prescrição está ilegível, confusa ou de maneira incerta. 2. Pergunte ao médico ou a outra pessoa aprovada pela instituição para esclarecer uma prescrição confusa. 3. Saiba quais alergias medicamentosas o seu paciente experimentou. 4. Saiba que outros medicamentos o paciente está tomando, de modo evitar interações. 5. Saiba os limites de dosagem de segurança do medicamento, indicações, contraindicações, risco de toxicidadee possíveis efeitos adversos. 6. Armazene adequadamente as substâncias controladas e mantenha os registros exatos sobre elas. RECUSA DO PACIENTE AO MEDICAMENTO ✓ Fale com o paciente sobre os riscos decorrentes do não recebimento do tratamento. ✓ Se o mesmo assim se recusa, notifique o fato ao médico que prescreveu o tratamento. ✓ Registre a recusa e peça ao paciente para assinar. ✓ Em algumas instituições é solicitado a um parente para assinar o documento. PRESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS ✓ É uma ordem escrita ou digitada por profissional capacitado, para ser preparada por um farmacêutico ou profissional da Enfermagem. COMPONENTES DA PRESCRIÇÃ DE MEDICAMENTOS ✓ Data, nome do paciente, hospital, UBS ou centro médico; ✓ Nome do medicamento; ✓ Dose do medicamento e horários que deve ser ingerido e ou intervalos entre as doses; ✓ Via de administração do medicamento; COMPONENTES DA PRESRIÇÃO DE MEDICAMENTOS ✓ Via de administração do medicamento; ✓ O nome do medicamento deve ser legível e em alguns hospitais, UBS ou centro médico pode ser encontrado informatizado; TIPOS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS Prescrição padrão: Contém o quanto de medicamento o paciente deve receber e por quanto tempo; permanece em efeito por tempo indefinido ou por período especificado. Prescrição imediata: Contém a prescrição de um medicamento que o paciente deve receber imediatamente, em geral, para um problema urgente. Prescrição única: Contém a prescrição do medicamento a ser administrado apenas uma vez. Prescrição permanente: Contém a PM de forma permanente. Essas prescrições são elaboradas e executadas por equipes de uma determinada instituição de saúde, sendo nos dias atuais bem difundidas como protocolos de prescrição de medicamentos para tratamento de determinadas patologias. ▪ Prescrição verbal ou via telefônica: Não é o tipo de PM ideal. Deve ser evitada sempre que possível, pois esse tipo traz riscos iminentes de erros. Pode ocorrer em situações de urgência e deve ser transcrita pelo médico o quanto antes. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS • Cuidados gerais ▪ Indagar alergia; ▪ Permanecer junto aos medicamentos; ▪ Avaliar a condição fisiológica e psicológica do paciente antes da administração; ▪ Permanecer com o paciente até que ele tome todo o medicamento; ▪ Não deixar doses de medicamentos ao lado do leito do paciente; ▪ Administrar somente os medicamentos que você preparou; ▪ Abrir medicamentos de dose única na hora da administração; ▪ Registrar a medicação e ocorrências. ▪ Identificar corretamente os medicamentos preparados com as seguintes informações: Leito, Nome do paciente, Nome do medicamento, Dose, Via de administração, Horário, Velocidade de infusão, responsável pelo preparo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 1. Boa iluminação no local de preparo; 2. Realizar a higiene das mãos; 3. Manter a concentração e atenção durante o preparo da medicação; 4. Não interromper a tarefa antes de finalizada; 5. Manter a prescrição médica sempre à frente enquanto é preparada; 6. Realizar as três leituras do rótulo: ▪ Antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos; ▪ Antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; ▪ Antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola. 7. Nunca administrar o medicamento sem rótulo, tendo como parâmetro apenas a cor; 8. Checar somente após aplicação ou ingestão do medicamento; 9. Caso não seja administrado o medicamento, checar motivo e justificar no relatório; 10. Nunca ultrapassar a dose prescrita; 11. Fique junto ao paciente até que ele tome o medicamento; 12. Anotar e comunicar as alterações que o paciente apresentar; 13. Não deixe bolhas de ar no interior da seringa quando for administrado o medicamento; 14. Sempre identifique a medicação através de rótulos. 15. Não administre medicamentos em casos de letras ilegíveis; 16. Verifique se o paciente possui alguma alergia antes de administrar o medicamento; 17. Verifique se o cateter para administração do medicamento está adequado. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Cápsula: possui um invólucro de gelatina com o medicamento na parte interna em forma sólida, semissólida ou líquida. Facilita a deglutição e a absorção na cavidade gástrica. Comprimido: possui um formato próprio, com sua forma redonda ou ovalada, alguns possuem uma marca, como sulcos, que facilita sua divisão; Drágea: possui um revestimento de solução de queratina, feita de açúcar e corante, proporcionando uma liberação entérica melhor, além de facilitar a deglutição e evitar sabor e odor do medicamento; Elixir: solução que, além do soluto, contém 20% de açúcar e 20% de álcool; Emulsão: é composta por dois tipos de líquidos imiscíveis, sendo o óleo e a água; Gel: sua forma é semissólida, colóide, que proporciona pouca penetração na pele; Loção: podem ser encontradas em forma de líquido ou semilíquido, com princípio ativo ou não. Geralmente são usados para uso externo. Creme: sua forma é semissólida, com uma textura mais macia e aquosa, com boa absorção pela pele; Pomada: sua apresentação é semissólida, com uma textura macia e oleosa, possui pouca absorção na pele; Pó: necessita de diluição e dosagem exata em colher ou em envelope; Suspensão: possui uma substância sólida e uma líquida, em que a parte sólida se encontra suspensa no líquido; Xarope: uma solução que contém um soluto, um solvente e 2/3 de açúcar. UNIDADES DE MEDIDAS 1 ML = 20 GOTAS; 1 GOTA = 3 MICROGOTAS. 1 COLHER DE SOPA = 15ML; 1 COLHER DE SOBREMESA = 10 ML; 1 COLHER DE CHÁ = 5 ML; 1 COLHER DE CAFÉ = 2,5 ML; 1 COPO = 240 ML; VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS A via de administração compreende a maneira como o medicamento é administrado, que pode ser por via: 1. VIA ORAL (VO) É a administração de medicamentos pela cavidade oral. Os medicamentos são deglutidos com o auxílio de líquidos. Via de escolha pelos pacientes. Início de ação lento. Efeito mais prolongado. Nem todos os medicamentos podem ser macerados. É determinada por fatores: • Área disponível para absorção; • Fluxo Sanguíneo na superfície absortiva; • Forma farmacêutica: sólida ou liquida (comprimido, solução, suspensão, etc.); • Hidrossolubilidade do fármaco e sua concentração no local da absorção. ▪ Absorção é no estomago, mas absorção maior é no intestino (sofre efeito primeiro passagem pelo fígado) ▪ Vantagens: Seguro, conveniente e econômica. ▪ Desvantagens: - Vômitos, Irregularidades na absorção ▪ Os medicamentos de via oral são fáceis de administrar, não necessitando de técnica estéril para a sua manipulação. ▪ Contraindicação: Pacientes que apresentam: náuseas, vômitos, diarreias, algum tipo de dificuldade para deglutir, pois correm o risco de aspiração. Cuidados de enfermagem ao paciente em uso de medicamento por VO. ▪ Tomar a medicação com um copo cheio de água para facilitar a dissolução e ação mais rápida. ▪ Nunca combinar medicamento com álcool. ▪ Não tomar medicamentos com bebidas quentes, pois a alta temperatura pode destruir alguns princípios ativos. ▪ Observar a dose do medicamento. ▪ Atentar para saber qual medicamento pode ser administrado junto com alimentos. ▪ Evitar tocar os comprimidos, drágeas ou cápsulas ▪ Ao administrar mais de um medicamento: primeiro os comprimidos, drágeas ou cápsulas seguidas de água; medicamentos para tosse são administrados sem diluição e não ser seguidos de líquidos. ▪ MATERIAL: – Bandeja S/N – Medicamento– Copo descartável – Água – Luva de procedimento S/N ▪ PROCEDIMENTO: – Higiene das mãos; – Colocar o(s) medicamento(s) embalado(s) em um copo descartável; – Oferecer um pouco de água ao paciente; – Colocar o comprimido na boca do paciente sem contaminar os comprimidos ou xarope; – Oferecer água ao paciente; – Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixando-o sobre a mesa de cabeceira, – Recolher o material; – Higienizar as mãos; – Checar o horário; – Fazer anotações. 2. SUBLINGUAL (SL) É a administração de medicamentos sob a língua. Os medicamentos são rapidamente absorvidos após serem dissolvidos. Não devem ser deglutidos. Não deve ser ingerido líquidos até que a medicação esteja totalmente dissolvida. Administração sublingual Vantagens: - Medicamento passa diretamente para a circulação sistêmica sem entrar no sistema porta, escapando do metabolismo de 1ª passagem; - Efeito rápido, emergência; - Fácil acesso e aplicação. Desvantagens: - Não pode ser usado em pacientes inconscientes, - Pode provocar irritação da mucosa. Cuidados de enfermagem ao paciente em uso de medicamento por via SL Medicamento SL e pastilhas são ingeridos por último, caso necessite administrar no mesmo horário algum comprimido. A medicação sublingual não é engolida devendo permanecer sob a língua até que seja totalmente dissolvida. MATERIAL: – Bandeja S/N – Medicamento – Copo descartável – Espátula de madeira – Água – Luva de procedimento S/N PROCEDIMENTO: – Higienizar as mãos; – Colocar o(s) medicamento(s) embalado(s) em um copo descartável; – Oferecer um pouco de água ao paciente; – Elevar a língua com auxílio da espátula e administrar o medicamento abaixo da língua; – Orientar o paciente para que aguarde a absorção sem conversar e advertir para não deglutir o comprimido, deixá-lo dissolver sozinho; – Recolher o material; – Higienizar as mãos; – Checar o horário; – Fazer anotações. ▪ OBSERVAÇÃO: – Oferecer os medicamentos em separado quando forem mais que um; – Registrar o motivo pelo qual determinado medicamento foi suspenso. 3. VIA RETAL (VR) É a administração de medicamentos no reto, em forma de supositório ou clister medicamentoso. É utilizada em pacientes com alterações gástricas ou dificuldades de deglutição. A mucosa retal é altamente vascularizada e favorece a absorção do medicamento. Verificar previamente a integridade da via em razão ao desconforto e lesões. ADMINISTRAÇÃO DA VIA RETAL Vantagens: - Útil quando via oral não é possível paciente vomitando, desacordado, deficiente mental ou criança; - Efeito local ou sistêmico; - Menor potencial para metabolismo de 1ª passagem. - Usado em forma de supositórios ou enemas. Desvantagens: - Absorção irregular ou incompleta (absorção não confiável), - Provoca irritação local e efeito laxativo. MATERIAL: – Bandeja; – Supositório; – Luva de procedimento; – Gaze. PROCEDIMENTO: – Higiene das mãos; – Colocar luvas e explicar o procedimento ao paciente; – Oferecer um pouco de água ao paciente; – Posicionar o paciente na posição Sims (Decúbito lateral esquerdo); – Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze; – Introduzir o supositório, pelo ânus até o esfíncter interno e contra a parede do reto, 10cm no adulto e 5 cm na criança e bebê, solicitando ao paciente que não tente fazer força de evacuar; – Aplicar uma pressão para segurar as nádegas para manter a medicação no lugar; – O paciente deverá permanecer na mesma posição por 5 minutos se conseguir; – Higienizar as mãos. 4. VIA OCULAR/OFTÁLMICA É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular. Não administra o colírio diretamente na córnea, pois é rica em fibras da sensação de dor. O risco de contaminação de um olho para o outro é alto. MATERIAL: – Bandeja S/N; – Medicamento; – Luva de procedimento S/N; – Gaze estéril; – SF 0,9% 10 ml. PROCEDIMENTO: GOTAS – Higienizar as mãos; – Colocar luvas de procedimento se necessário; – Peça para o paciente deitar em decúbito dorsal ou sentar-se em uma cadeira com a cabeça ligeiramente hiperestendida; – Limpar as pálpebras do paciente com gaze embebida em SF0,9%; – Limpar do canto interno para o externo; – Descartar a gaze e usar uma para cada limpeza; – Com a mão dominante repousando sobre a fronte do paciente, segure o frasco da solução oftalmológica aproximadamente 1 a 2 cm acima do saco conjuntival; – Expor o saco conjuntival inferior e segurar a pálpebra superior bem aberta com a mão não dominante, solicitar ao paciente para olhar para o teto; – Instilar a medicação; – Higienizar as mãos; – Registrar o procedimento – Higienizar as mãos. PROCEDIMENTO: POMADA – Cuidados descritos na aplicação de colírios; – Segure o aplicador acima da pálpebra inferior, aplique uma camada fina de pomada de maneira uniforme ao longo da borda interna da pálpebra inferior sobre a conjuntiva, desde o canto interno para o externo; – Peça ao paciente para que feche os olhos e esfregue ligeiramente a pálpebra em movimentos circulares com a gaze, quando o atrito não for contraindicado; – Deixar o paciente confortável; – Desprezar materiais utilizados, observando especificidade de cada um; – Lavar as mãos; – Fazer registros de enfermagem necessários em prontuário. 5. VIA OTOLÓGICA/AURICULAR É a introdução de medicamento no canal auditivo. Objetivos: - Prevenir ou tratar processos inflamatórios e infecciosos. - Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho. Utilizar solução estéril devido alto risco de infecção do ouvido médio. As estruturas internas são muito sensíveis às temperaturas extremas. A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente. Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário MATERIAL: – Bandeja S/N; – Medicamento; – Luva de procedimento S/N; – Gaze estéril; – SF 0,9% 10 ml PROCEDIMENTO: – Higienize das mãos; – Explicar o procedimento ao paciente: sensações esperadas como ouvir bolhas ou sentir água no ouvido à medida que o medicamento entra no ouvido; – Colocar luvas de procedimento (se houver secreção); – Limpar a orelha externa com gaze embebida com SF 0,9%; – Colocar o paciente deitado sobre o lado não afetado ou sentado com a cabeça bem inclinada para o lado para que a orelha afetada fique em posição superior; – Deixar reto o canal auditivo, tracionando delicadamente a porção cartilaginosa do pavilhão auditivo para cima e para trás, no adulto, e para trás no caso de crianças em idade escolar. Puxar para baixo e para trás no caso de bebes e crianças menores de 3 anos; – Instilar o medicamento conforme prescrição com uma distância de 1 cm; – Aguardar de dois a três minutos na posição para após realizar o procedimento na outra orelha, se prescrito; – Se prescrito inserir um chumaço de algodão no conduto auditivo externo com folga deixar 15 minutos e após retirá-lo; – Higienizar as mãos; – Registrar o procedimento. – OBSERVAÇÃO: - Após a instilação de gotas, nunca se deve tapar o ouvido com algodão seco, pois o mesmo poderia absorver parte da medicação, sendo apenas necessário manter-se o ouvido tapado, caso o médico assim o indique, o que se pode fazer com um algodão e embebido na solução do medicamento. - Irrigação auditiva (lavagem de ouvido) é procedimento médico. 6. VIA NASAL – Solicitar que assue suavemente o nariz com papel higiênicoou papel toalha; – Colocar o cliente em decúbito dorsal, elevado 45° com cabeça ligeiramente inclinada para trás; – Apoiar a mão não dominante na testa do cliente, enquanto levanta a narina; – Segurar o frasco de medicação próximo ao nariz em direção ao septo nasal com a mão dominante; – Instilar o número de gotas indicado. 7. VIA TÓPICA – Medicamentos tópicos são aplicados na pele ou na mucosa. – Em forma de loções, pó, pastas ou pomadas (fina camada). – Efeito local ou sistêmico. – Aplicar sobre a pele limpa, utilizando luva de procedimento ou aplicadores. – Se ferimento aplicar técnica estéril. 8. VIA VAGINAL É a introdução de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: creme ou gel, comprimido ou óvulos. MATERIAL: – Bandeja S/N; – Medicamento via vaginal; – Luva de procedimento; – Aplicador vaginal (S/N) PROCEDIMENTO: – Explicar o procedimento ao cliente; – Organizar o material e levar ao leito da paciente; – Lavar as mãos e calçar luvas; – Cercar o leito com biombo; – Colocar o paciente em posição ginecológica; – Colocar o medicamento no aplicador próprio; – Com auxílio de gaze, afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar; – Introduzir delicadamente o aplicador aproximadamente 5 cm em direção ao sacro, para que haja na parede posterior da vagina; – Pressionar o êmbolo; – Retirar o aplicador e pedir ao paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 minutos; – Colocar um absorvente s/n; – Providenciar a limpeza e ordem do material; – Retirar as luvas e lavar as mãos; – Anotar o cuidado prestado. 9. VIA INALATÓRIA É a administração de medicamentos por vias respiratórias superiores (inalação), utilizando inalador ou nebulizador. Para o auxílio no tratamento do trato respiratório, produzindo efeitos locais ou sistêmicos ou para fluidificar secreções. Administrado na cavidade oral, nasal, tubo endotraqueal e traqueostomia. Inclui os métodos de: • nebulização (aerossolterapia); • umidificação (vaporização); • oxigenoterapia. O medicamento é aspirado pelas fossas nasais até os brônquios, podem desenvolver ação local ou sistêmica. NEBULIZAÇÃO E VAPORIZAÇÃO – Utiliza-se aparelho nebulizador para administrar medicamentos, inspirar pelo nariz e aspirar através da boca. (ex: Solução fisiológica, Atrovent, Berotec, Óxido nitroso). APLICAÇÕES NA GARGANTE – Abrir bem a boca e apertar o spray, procurando atingir toda a parede da garganta, fechar a boca e procurar não engolir a saliva durante 1 a 2 min, e beber água ou outro liquido somente após 30 min. Ex: Salbutamol. Nebulização (inalação) • Processo que distribui suspensão de partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação associada nas vias aéreas. Indicações: - Como mucolítico e expectorante: doenças inflamatórias agudas ou crônicas das vias aéreas. - Como mucolítico e broncodilatador: afecções alérgicas e inflamatórias das vias aéreas Dispositivos usados: - Nebulizador - Inaladores pressurizados dosimetrados UMIDIFICADOR OU VAPORIZADOR Processo terapêutico que distribui água na forma molecular de vapor no ambiente. Processo que distribui suspensão de partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação associada nas vias aéreas. Indicação: Quando a patologia ou condições do paciente requerem maior umidade do ar ou ainda umidade e aquecimento do ar inspirado (traqueostomia, respiração bucal em pacientes comatosos ou debilitados, pacientes com secreção brônquica espessa). Vantagens: Absorção rápida (área de superfície de absorção) e imediata Evita metabolismo de 1ª passagem Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos Desvantagens: Não se pode usar substâncias irritantes MEDICAÇÕES PARENTERAIS O termo parenteral refere-se à todas as vias de administração de medicamentos, exceto as enterais. Ele é empregado com maior frequência nos medicamentos injetáveis, ou seja, usando-se seringas e agulhas. ▪ SC – Subcutânea; ▪ IM – Intramuscular; ▪ EV ou IV – Endovenosa ou Intravenosa; ▪ ID – Intradérmica. Na camada da pele não tem capilares sanguíneos, mas quando entra na via subcutânea e via muscular já é existente esses capilares e vasos. A: 10º; 15º; B: 45º; C: 90º; D: 25º. A via parenteral é muito utilizada, principalmente em hospitais ou postos de saúde. Preste muita atenção: você poderá encontrar seringas graduadas ou prescrições em cm3, o que é a mesma coisa que: 1mL = 1cm3 = 1cc. VIA INTRAMUSCULAR Injeções Intramusculares profundamente no tecido muscular, o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta via de administração fornece uma ação sistêmica de rápida absorção. Locais de aplicação (IM): ✓ DELTÓIDE (Músculo Deltóide); ✓ DORSOGLÚTEO-DG (Músculo Glúteo Maximo); ✓ VENTROGLUTEO-VG ou HOCHESTETTER (Músculo Glúteo Médio e Mínimo); ✓ FALC – Face anterior lateral da coxa (Músculo Vasto Lateral Coxa); ✓ RECTOS FEMORIS (Músculo Reto Femural). – EM RECÉM NASCIDO • Absorção rápida ✓ QUANTIDADE: ✓ Aproximadamente 2 a 5ml ✓ Acima de 5ml de solução administrada IM, dividir a dose. Pode ocorrer complicações como necrose, abscesso, dor tardia e outras. O local escolhido depende de alguns fatores: ✓ As condições da musculatura; ✓ O volume a ser administrado; ✓ O tipo de medicação; ✓ A preferência do paciente. São contraindicadas em: ✓ pacientes com mecanismo de coagulação prejudicado; ✓ pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque estas moléstias prejudicam a absorção periférica; ✓ em locais inflamados, edemaciados ou irritados; com manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões. Regiões de aplicação IM: ✓ DELTÓIDE (Músculo Deltóide) Localização Anatômica: Encontre a borda inferior do processo acromial, verifique a inserção do músculo insira a agulha de dois a três cm abaixo do processo acromial, em um ângulo de 90°; O braço deve ser colocado em baixo da região mamária. Essa via é a última via utilizada em IM, só deve ser utilizada em vacinação. Limite: 2 ml, mas deve ser aplicado até 1 ml. ✓ DORSOGLÚTEO-DG (Músculo Glúteo Maximo) O músculo glúteo Máximo é grande, um bom local, mas é próximo do nervo isquiático e de grandes vasos e ossos; Localização Anatômica: Trace uma linha imaginária com álcool 70% partindo horizontalmente da prega interglútea e uma linha verticalmente medial a ela, fazendo uma cruz, dividindo assim em 4 quadrantes, e injete no quadrante superior externo. Cerca de 5cm da crista ilíaca. Ângulo de 90°; Limite até 5ml, mas é recomendado até 4ml. ✓ HOCHESTETTER ou VENTROGLUTEO- VG (Músculo Glúteo Médio e Mínimo) Não há grandes nervos ou vasos sanguíneos nesta área; Existe menos tecido adiposo do que no glúteo Máximo; essa área é a mais limpa, visto que a contaminação fecal é rara. Ângulo 90° Limite: 3ml Localização Anatômica: Colocar a mão esquerda no quadril direito do cliente, ou vise e versa, localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha Ilíaca ântero-superior direita, estender o dedo médio ao longo da crista Ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador um triângulo; Localizar a punção neste triângulo; ✓ FALC – FACE ANTERIOR LATERAL DA COXA (MÚSCULO VASTO LATERAL COXA) É um músculo fino e existe pouco ou nenhum perigo de lesão séria; Não há grandes vasos nas suas proximidades, e ele não cobre nenhuma articulação; O músculo cobrea parte anterolateral da coxa. É usado em lactentes, crianças e adultos. Essa região é contraindicada para recém-nascidos de 0 a 28 dias; É aplicada no terço médio inferior da coxa. Limite: 4 ml. ✓ RECTOS FEMORIS (Músculo Reto Femural) Este músculo, localiza-se na parte anterior da coxa, somente é utilizado em RN; O local da injeção situa-se no terço médio da coxa, com paciente sentado ou deitado; Ângulo 60°, direção podálica. TECNICA EM Z • Usada para injetar drogas que são irritantes para os tecidos superficiais: ✓ Deslocar o tecido lateralmente antes da aplicação; ✓ Retrair a pele lateralmente (cerca de 2 a 3cm) para longe do local escolhido; ✓ Injetar lentamente, mantendo a retração por 10 segundos afim de impedir que a medicação extravase dentro do tecido; ✓ Puxar a seringa, e liberar a pele. • Possíveis Complicações: Embolia – fragmento circulante na rede venosa/lesão em vasos sanguíneos (ruptura dos capilares – forma um pequeno coágulo); Abscessos – elevação da pele com presença de pus. Contaminação ao preparar ou administrar o medicamento; Fenômeno de Arthus – formação de nódulos e necrose no ponto de inoculação, acomete com pessoas que possui recorrentes aplicações de injeções. Úlceras ou necrose nos tecidos (devido drogas não indicadas para a via); Formação de tecido fibrótico (administração de um volume excessivo, introdução de líquidos em velocidade rápida) VIA SUBCUTÂNEA Injeções Subcutâneas são indicadas para: ✓ Administrar drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas; ✓ Assegurar dosagem eficiente; ✓ Assegurar absorção contínua e segura do medicamento. A subcutânea deve ser feita cerca de 3cm da região umbilical, ou seja, utilize o umbigo como referência para a aplicação. Na região das nádegas não é muito comum a aplicação da SC. No braço é aplicada lateralizada. Quadro para aplicação Subcutânea: ✓ Bisel da agulha tanto na SC/IM é para baixo; ✓ Orientar o paciente aos limites da SC: até 1,5ml; ✓ Orientar o paciente ao rodízio dos locais de aplicação. VIA INTRADÉRMICA • É a aplicação de medicamentos na derme ou córion (outro nome dado a derme). Utilizado o braço e antebraço. • Finalidade: Testes de hipersensibilidade a alergias; Processos de dessensibilização; Imunização – BCG (Bacillus Calmette e Guerin); Auto vacinas. Intradérmica e Vacinas não utiliza álcool 70% para desinfecção, pois ele pode causar efeitos adversos. • Características do local para aplicação: Pouca pigmentação (coloração); Pobre em pelos; Pouca vascularização superficial; Fácil acesso para a leitura. • Materiais Específicos: Seringa para insulina ou vacinas (frações de 0,1 ml); Agulhas 10x5; 13x3,8; 13x 4,5; Bizel Curto = Prevenção da absorção sistêmica do alérgeno (para não introduzir além da derme). • Especificidade da Técnica: Com a mão dominante, segurar a seringa num ângulo de 15° (quase paralela à pele), com bisel voltado para CIMA e introduzir cerca de 2mm na pele; Injetar lentamente a solução, formando uma pápula; Retirar a agulha e NÃO friccionar o local; Observar o paciente; Na ID, não se aspira. • Locais de aplicação ID: De fácil visualização ex. :anterior do antebraço. • Possíveis Complicações: Lesão na derme pela injeção rápida da solução (deve-se fazer de forma lenta); Local apresentar: dor, prurido e desconforto: orientar o paciente para não coçar; Formação de úlceras com necrose, pelo uso de drogas contra indicadas para a via. SERINGAS Todas as seringas possuem um bico ou extremidade, um corpo e um êmbolo. As seringas possuem medidas em ml (mililitros); cm³ (cc); ou em unidades internacionais (UI), 1ml = 100UI. Na hora de manusear a seringa, deve destacar a embalagem pelo embolo, após, pegue com a mão limpa, na parte do corpo, em seguida deve puxar o embolo pela base para evitar a contaminação a parte do corpo. Em seguida colocar a agulha no bico e colocar a parte estérea no saco para evitar contaminação. A capa da agulha deve ser retirada pela extremidade puxando para cima. Veja que os 20 ml foram divididos em 5,10,15,20ml. Em quantas escalas a seringa de 20ml foi dividida? Isso mesmo, em 20. Portanto 20÷20 = 1 ou 1ml. Então, cada espaço da seringa de 20 ml equivale a 1ml. Podemos concluir que a seringa de 20ml é dívida em números inteiros. E a seringa de 10ml? É dividida em subunidades de 0,1 mL. É graduada de 1,0 em 1,0 ml e cada 1 ml contem 5 traços menores que correspondem a 0,1mL cada. E a seringa de 5ml? É dividida em subunidades de 0,2 ml. É graduada de 1,0 em 1,0 ml e cada 1 ml contem 5 traços menores que correspondem a 0,2mL cada. E a seringa de 3ml? É dividida em subunidades de 0,1 ml. É graduada de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml contem 5 traços menores que correspondem a 0,1mL cada. E a seringa de 1ml? Vamos observar primeiro em ml. Em quantos ela está dividida? 1ml foi dividido em 50 partes iguais, 1÷50 = 0,02ml. Isto significa que esta seringa é centesimal, ou seja, a sua graduação chega à casa dos centésimos. AGULHAS São encontradas em vários comprimentos e calibres. O comprimento, ou haste da agulha depende da profundidade em que o medicamento será instilado. A extremidade da agulha que é inclinada e/ou obliqua é onde encontramos o bisel. E a outra extremidade onde se acopla a seringa é chamado de canhão. O calibre de uma agulha refere-se ao seu diâmetro ou largura, quanto maior o diâmetro, maior o lúmen ou orifício bisel da agulha; O bisel só é colocado para cima quando a via for EV e ID. • Agulha 40/12 e 40/10 – Utilizada pela aspiração e preparo de medicamentos. • Agulha 30/7 e 25/7 – Utilizadas para aplicação intravenosa em adultos. • Agulha 30/8 e 25/8 – Utilizadas para aplicação intramuscular no paciente adulto. • Agulha 13/4,5 ou 13/4 – Utilizada para aplicação das vias intradérmica e subcutânea. São vários fatores ao selecionar a seringa e a agulha adequada. - O tipo de medicamento; - Profundidade do tecido; - Volume da droga prescrita; - Viscosidade da droga; - Físico do paciente. FRASCO AMPOLA O frasco ampola é um recipiente com uma tampa de borracha auto selante. Usa-se agulha ou adaptador. A quantidade de medicamento em frasco ampola pode ser suficiente para uma ou várias doses. Frasco Ampola pode ser guardado, e escreva: Data, hora, quantidade diluída e quem diluiu. PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS Anatomia e Fisiologia: Os medicamentos de uso parenteral são introduzidos no organismo por meio de agulhas que podem ser inseridos nos músculos, nos vasos, na camada subcutânea, na derme, dependendo do medicamento, forma e efeito pretendidos. Cuidados de Enfermagem: Escolher a agulha correta, e o ângulo correto, a dose de acordo com a via; Os músculos e o tecido subcutâneo possuem vasos sanguíneos. Antes de administrar o medicamento deve-se aspirar a medicação; A identificação do local apropriado para administração de medicamento. Pela via parenteral tem base em determinados pontos anatômicos com características específicas; Para injeção intra dérmica injetar no local que tiver poucos pelos, pouca vascularização e de fácil acesso; Utilizar para injeção subcutânea locais de fácil acesso; Para injeção IM utilizar os músculos grandes; Cada tipo de tecido permite diferente volume de medicamento. Microbiologia: Toda superfície do corpo hospeda microrganismos; Qualquer falha na integridade cutâneo-mucosa possibilitaa penetração de microrganismos; A boca e o nariz eliminam microrganismos; Todo material estéril molhado, rasgado, sem validade contém microrganismos. Cuidados de Enfermagem: Lavar as mãos antes e após a administração de medicamentos; Fazer antissepsia da região antes de aplicar o medicamento por via parenteral; Evitar falar, tossir ou espirrar durante o preparo do medicamento; Não colocar material estéril em locais úmidos. Farmacologia: A dose terapêutica é influenciada pela idade, peso, sexo; Alguns medicamentos são instáveis quando em solução: sendo fornecidos em frasco-ampola com droga liofilizada. Cuidados de Enfermagem: Administrar medicamentos às crianças e aos idosos considerando as características próprias da idade; Verificar a homogeneidade da solução após diluição dos medicamentos contidos em frasco ampola; Verificar a estabilidade dos medicamentos diluídos. Física: Os líquidos fluem dos recipientes invertidos devido a força da gravidade. Os cuidados são inverter o frasco ampola, para a passagem do liquido melhor. Psicologia: Procedimentos com seringa e agulha podem assustar o paciente. A orientação sobre o tratamento e a não exposição da agulha possibilita colaboração do paciente e reduz a ansiedade. Alguns requisitos básicos: As drogas devem ser líquidas, esterilizadas, homogêneas; Utilizar materiais descartáveis; Não administrar muito rápido, mas também não tão lento; Como a via parenteral é mais rápido a absorção que as outras vias, seus efeitos podem ser rápidos e fatais; Algumas complicações podem ocorrer durante e após administração de medicamento por via parenteral, sendo a mais comum: INFECÇÃO LOCAL: A área apresenta-se com sinais flogísticos (dor, calor, rubor, tumor) e algumas vezes com possibilidade de pus (abcesso); INFECÇÃO GENERALIZADA: É a invasão de microrganismos na corrente sanguínea, são casos mais graves. Podem ocorrer a sepse; MÁ ABSORÇÃO DA DROGA: Droga de difícil absorção ou injetadas em locais inadequados podem provocar a formação de uma massa palpável, elevada, sólida de 0,5 à 2cm (nódulo); FENÔMENOS ALÉRGICOS: Devido à susceptibilidade da pessoa ao produto usado na antissepsia ou a droga injetável: ex. choque anafilático ESTRESSE EMOCIONAL; TRAUMA TISSULAR; LOCAL IMPRÓPRIO; VOLUME EXCESSIVO; MUSCULATURA HIPOTRÓFICA. ✓ Reação geral: choque anafilático que caracteriza por palidez, dilatação vascular, agitação, vertigem, tremor, cianose, ansiedade, edema de glote podendo levar a pessoa a morte. ✓ Reação local: o fenômeno de “Arthus” é uma reação provocada por injeção repetidas no mesmo local, caracterizado pela não absorção do antígeno ocasionando edema, hemorragia e necrose no ponto de inoculação; Caso o medicamento seja usado e tenha que ser guardado coloque um rótulo com data, hora e nome; As ampolas podem ser de vidro ou de plástico e não são guardadas após abertas. Se ocorrer um acidente com o profissional ou aluno com o material perfuro cortante: - Relatar a situação ao supervisor; - Documentar a lesão por escrito; - Acionar a enfermeira do CCIH. • OBSERVAÇÕES BÁSICAS: O uso correto desta técnica evitará complicações ao paciente. Vamos recordá-la? Pegue uma seringa, uma agulha, uma ampola ou um frasco ampola e siga os seguintes passos: ✓ Lave muito bem as mãos antes do procedimento; ✓ Abra a seringa utilizando o local correto de abertura da embalagem (ATENÇÃO: sempre pelo lado do êmbolo da seringa, pois se a abertura foi feita ao contrário, corre-se o risco de contaminá-la); ✓ Ao pegar a seringa certifique-se de que o invólucro esteja íntegro. Invólucros molhados, úmidos ou danificados são considerados contaminados; ✓ Reserve a seringa já aberta (apenas na parte do êmbolo), mas com o corpo protegido dentro da embalagem; ✓ Abra a agulha utilizando a técnica de abertura de seringa; ✓ Lembre-se que o bisel tem invólucro protetor, devendo a abertura ser por este lado; ✓ Acople o canhão da agulha ao bico da seringa. Não esqueça de utilizar a agulha correta para a aspiração. Você verá que, utilizando uma agulha de calibre maior, facilitará a aspiração do medicamento; ✓ Empurre o êmbolo no sentido do bico da seringa, para facilitar o manejo com o êmbolo; ✓ Proteja a seringa na sua embalagem, antes de continuar o procedimento; ✓ Fazer a desinfecção do gargalo da ampola ou do frasco ampola, com bastante vigor, utilizando uma bola de algodão com álcool; ✓ Para fazer a abertura da ampola, envolva o gargalo no invólucro da agulha; ✓ Lembre-se: Prevenir acidentes é dever de todos! ✓ Abertura da ampola; ✓ Retire o protetor e o deixe sobre a embalagem; ✓ Faça a aspiração do medicamento; ✓ Caso o medicamento seja usado e tenha que ser guardado coloque um rótulo com data, hora e nome; ✓ Para diluir corretamente o pó liofilizado contido em um frasco ampola, aspire a água destilada ou diluente próprio. ✓ Retire a agulha e proteja-a com o invólucro próprio. Agite o frasco utilizando movimentos de vai e vem com as mãos; ✓ Após o término da aspiração, aspire o conteúdo do medicamento contido na agulha e troque pela agulha correta de aplicação; ✓ Independentemente de ser adulto ou criança. Procure conversar e solicitar o auxílio de alguém para contenção, principalmente com crianças; ✓ É comum ouvirmos a seguinte frase. “Se você não se comportar, vou lhe dar uma injeção”. Quando trocar agulha? Algumas soluções são irritantes para o tecido subcutâneo como por exemplo as vacinas antitetânicas e a tríplice. O frasco ampola deve trocar a agulha, somente não troca quando for de insulina. Já a ampola não precisa trocar a agulha, porém o Voltaren deve trocar a agulha pois é irritante para a pele. Não se esqueça de trocar de agulha; Para fazer o procedimento, sempre utilize seringas e agulhas apropriadas à via de administração. O uso de materiais incorretos pode trazer complicações aos pacientes; Deixe o paciente participar do procedimento escolhendo o local, quando houver alternativas. Se o local escolhido por ele for inviável, explique. Privacidade é importante! Não se esqueça! VOLTAREN – Anti inflamatório não esteroide 1. INDICAÇÕES Este medicamento está indicado para o tratamento de: • Exacerbação de formas degenerativas e inflamatórias de reumatismo: artrite reumatoide, espondilite anquilosante, osteoartrite, espondilartrite; síndromes dolorosas da coluna vertebral; reumatismo não articular; • Crises agudas de gota; • Cólica renal e biliar; • Dor pós-operatória e pós-traumática, inflamação e edema. MANUSEIO DE MATÉRIAL ESTÉRIL Antes de pensar em material estéril, devemos pensar no potencial de contaminação do material, onde quando maior potencial de contaminação, maior o processamento, seja ele o nível de limpeza, desinfecção e/ou esterilização. A limpeza é o processo inicial de qualquer higienização. MICROBIOTA Microbiota indígena (flora comensal). “É a coleção de microrganismo que habita o corpo do ser humano.” As microbiotas são encontradas no ecossistema de forma em auxiliar o corpo para diversas funções para manter a homeostase. E estão presente na: Cavidade oral, trato respiratório superior, pele, trato gastrointestinal, trato genital. Os microrganismos podem estar situados nas superfícies, de forma aderida ou transitória. Os biofilmes são um aglomerado de microrganismos que se associam e formam multicolonias, onde secretam polissacarídeos formando uma camada protetora nessa colônia, evitando que instrumentos de limpeza atinjam e eliminem facilmente essesmicrorganismos. Eles têm a capacidade de se formar em até 24 horas, mas podem ser utilizados antissépticos que quebram essa camada protetora para facilitar a entrada de substancias, mas deve ser utilizada de forma continua. Os biofilmes se “comunicam” modificando seu RNA e translocando se tornando multirresistente. O uso de medicamentos de forma descontrolada pode ocasionar a instalação desses microrganismos multirresistente. UNIDADE HOSPITALARES Considerado um local insalubre por conta da concentração de microrganismo elevados e resistentes em hospedeiros susceptíveis. Os microrganismos em artigos hospitalares levam a colonização em pacientes graves levando a infecção. Então o ambiente hospitalar tem o número e virulência grande dos microrganismos, levando a maior resistência deles. Então a atuação profissional leva maior propagação desses microrganismos, pois a equipe de enfermagem necessita do toque para os procedimentos e cuidados, e a maior taxa de propagação é pelo contato, seja indireto ou direto. Os microrganismos são grandes causadores do desequilíbrio homeostático, assim justificando um maior cuidado, necessitando de uma técnica estéril para prevenir infecção assim gerando um ambiente, material, paciente e profissionais atuantes seguros. PRINCIPIO CIENTIFICO Os microrganismos estão presentes em todos os locais, exceto em materiais esterilizados. Para ser considerada infecção é necessário 105 ou 106 Unidades de colônia. PREVENÇÃO DE INFECÇÕES • Assepsia: é um conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismo num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patológicos no organismo. • Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-lo de um determinado ambiente, podendo ou não os destruir e para tal fim utilizarmos antissépticos ou desinfetantes. Consiste na utilização de produtos sobre a pele ou mucosa com o intuito de reduzir os MO em sua superfície. Antisséptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de MO patogênicos, em tecidos vivos. Ex: Clorexidina, PHNB. Bacteriostática: substancia utilizada para neutralizar o desenvolvimento das bactérias. Ex: Sufadiazina de prata. Bactericida: substancia utilizada para matar as bactérias. Ex: Sufadiazina de prata. Carga microbiana: quantidade e tipos de MO presentes no artigo, antes da esterilização. Biofilme: conjunto de MO aderidos em superfícies biótica e abiótica, e revestidos por uma matriz extracelular. Clorexidina é somente utilizado em pele e mucosa integra, pois ele é citotóxico para a pele. Hoje a nomenclatura de infecção crônica foi mudada para a infecção de difícil cicatrização. Fixação – Microrganismo presente na microbi6ta. Processo de formação – 24hras e ocorre troca de informações, e secretam micro proteínas protetoras. Maturação – processo de formadoras de colônias. Dispersão – translocação para outro local. Degermação: diminuição do número de MO patogênicos ou não, após a escovação da pele com sabão, detergente ou substancia antisséptica. Detergente: substância ou preparação química que produz limpeza, possui propriedades tensoativas, dispersão, emulsificação e umectação. O detergente enzimático tem como função diminuir matéria orgânica, como resto celulares, sangue, secreções e pele. Desinfetante: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de MO em ambientes e superfícies. Desinfecção: processos físico ou químico para reduzir o número de MO viáveis para um nível menos prejudicial. Esporos: forma mais resistente de microrganismo. Esterilização: processo físico ou químico que destrói todos os tipos de MO. LAVAGEM DAS MÃOS Redução mecânica da sujidade e redução da microbiota transitória. Essa técnica reduz os microrganismos que não estão aderidos a receptores específicos. ANTISSEPSIA DAS MÃOS Redução da microbiota residente e eliminação da microbiota transitória, utilizando produtos antissépticos. PROCESSAMENTO DE ARTIGOS MÉDICOS HOSPITALARES Spaulding – 1968: o tipo de processamento dos artigos depende de seu potencial de contaminação; ARTIGOS CRÍTICOS São aqueles que entram em contato com tecido estéril ou sistema vascular e penetram em órgãos e tecidos, que têm alto risco de causar infecção se contaminados com qualquer tipo de microrganismo inclusive esporo bacteriano. Ex: Materiais cirúrgicos, agulhas, escalpes, cateter, intravasculares, próteses/cateteres cardíacos, laparoscópicos/artroscopias e materiais de implante, soluções infetáveis. ARTIGOS SEMI CRITICOS São os que entram em contato com membranas mucosas e pele não integras ou com mucosas integras, sendo recomendada a desinfecção de médio ou alto nível. Ex: equipamentos respiratórios, endoscópio, espéculo vaginal, circuito de anestesia/circuito de terapia respiratória. ARTIGOS NÃO CRITICOS São aqueles que entram em contato com a pele íntegra e superfícies. Exigem apenas limpeza ou desinfecção de baixo nível. Ex: Comadre, papagaio, material de higiene no leito, roupas, estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro. PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS Pré limpeza – recepção – limpeza – secagem – avaliação da integridade – preparo – desinfecção – esterilização. LIMPEZA Definição: remoção de sujidade visível orgânica e inorgânica de um artigo, e, por conseguinte, a redução de sua carga microbiana. Deve-se utilizar água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ou automatizada). Atuando em superfícies integras (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção e ou esterilização. Recomendação: deve preceder obrigatoriamente a desinfecção e a esterilização. A presença de matéria orgânica protege os microrganismos, tornando as etapas subsequentes ineficientes por impedir que o agente esterilizante ou desinfetante entre em contato com o instrumental. Interferências: carga microbiana, tipo de matéria (orgânica ou inorgânica), diversidade e tipo de material (borracha, plástico, alumínio, aço), qualidade da água, endotoxinas. MANUAL – remoção de sujidades por meio de fricção aplicada sobre uma superfície utilizando detergente, escova e água. Escovas cerdas macias – desincrustantes. AUTOMATIZADA – remoção de sujidades por meio de ação física (jato d’agua) e química (detergente) Utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, atuando em superfície internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização. Lavadora ultra sônica – mecânica (vibração sonora), térmica (50-55ºC), química-detergente. Lavadora termodesinfetado – Jatos de água e Turbilhonamento com ação de detergentes. A desinfecção se dá por meio de ação térmica ou termoquímica. Lavadora de descarga - Limpeza e desinfecção de comadres, papagaio e vidro c/ secreção. Lavadora de endoscópio - Circular fluído por todo o canal com pressão igual sem reter ar. Não permanecer H2O nos canais. Recomendações para limpeza automatizada Tratamento da água antes da instalação de máquina de limpeza automatizada. A dureza da água é um fator que pode alterar a vida útil dos equipamentos; Uso de detergentes sob recomendações do fabricante. Carregar corretamente a lavadora automatizada: materiais de inox (cuba, comadres) não podem ser lavados em conjuntocom instrumentais porque dificultam o contato da solução de detergente com os instrumentos; O enxague deve ser abundante para remover a sujidade e os resíduos de detergente; Realizar o último enxague com água deionizada ou osmose reversa. O detergente enzimático tem a função de quebra de enzimas proveniente da matéria orgânica que são fonte de proliferação de microrganismo, as vezes somente a submersão dos objetos não é suficiente, então deve-se fazer a fricção do objeto para a retirada desse material encrostado. A limpeza por pressão é realizada em matérias que possuem um lúmen, onde a limpeza manual não é efetiva ou não é possível ser realizada. EFICACIA DA LIMPEZA Microbiológico - Colocação de bioindicadores em pontos estratégicos e expostos ao processo de lavagem e desinfecção térmica. Após a exposição são retirados, semeados em meio de cultura e incubados a 36ºC, por 7 dias. Espera-se que não haja crescimento de microrganismos. Químico - a) Analisar por meio de produto químico a permanência de resíduos de sangue nos instrumentais; b) Uso de tiras plásticas com reativo químico que simula o sangue, colocadas em 4 pontos da lavadora; c) Indicador químico para termolavadoras que altera a cor. Visual - Após a limpeza, inspecionar todos os artigos. O controle pode ser feito a olho nu ou com o uso de lupas, observando: cremalheiras, ranhuras, articulações, encaixes de dentes e sistema de trava das peças. DESINFECÇÃO É um processo físico ou químico de destruição de microrganismo na forma vegetativa, porém com menos poder letal que a esterilização, pois não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente esporos, aplicando a superfícies inertes (produtos, equipamentos e superfícies fixas) previamente limpas. Classificada em alto nível, nível intermediário e baixo nível, levando em consideração o espectro de ações dos agentes químicos germicidas. BAIXO NÍVEL Classificado não critico, objetivo de reduzir bactérias, alguns vírus e fungos. E são utilizados o hipoclorito de sódio a 0,01%, álcool 70%, fenólico e iodóforo, quaternário de amônio, solução desinfetante. MÉDIO NIVEL Classificado semicrítico, onde o processo físico ou químico destrói microrganismo patogênicos, na forma vegetativa, microbactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies. Hipoclorito de sódio a 0,1%, álcool 70%, fenólico e iodóforo ALTO NÍVEL Artigos semicríticos e críticos. O processo físico ou químico destrói a maioria dos microrganismos inclusive microbactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos. Dióxido de cloro, peróxido de hidrogênio, hipoclorito a 0,1%, glutaraldeído, Ácido paracético MÉTODOS DE DESINFECÇÃO FISICOS - realizados por equipamentos automatizados que agem por ação térmica como pasteurização ou termodesinfecção. Feita pelo calor. O calor úmido entre 70ºC e 100ºC por mais de 5 min. incluindo hepatite B, HIV e microbactéria. QUIMICO - Uso de desinfetantes químicos. Como aldeídos, ácido peracéticos, soluções cloradas e álcool; Características necessárias que incluem ampla faixa antimicrobiana, atividade rápida, falta de toxicidade ao ser humano e ao meio ambiente, ser econômico, solúvel em água com efeito residual em superfície e anticorrosivo PRINCIPAIS DESINFETANTES • Álcool; • Hipoclorito de sódio; • Glutaraldeído; • Fenólicos; • Quartanários de amônio. Álcool Indicado para: desinfecção de mobiliários e equipamentos, mas ele não penetra em matéria orgânica. Hipoclorito de sódio Ação esporicida, bactericida, virucida e fungicida, indicado em desinfecção de artigos plásticos, borracha, máscara de inalação e banheiras infantis. Porém ele é corrosivo em superfícies metálicas e perde sua ação em presença de matéria orgânica. Glutaraldeído Indicado para desinfecção de estetoscópios, lâminas de laringoscópio. Fenóis Indicado para desinfecção de artigos não críticos e superfícies e tem ação bactericida, virucida e fungicida. Quaternário de amônia Indicado para desinfecção de superfícies em berçários e unidades de manipulação de alimentos. ESTERILIZAÇÃO Processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detecta-los no meio de cultura padrão. A autoclave utiliza três processos importantes para a eliminação dos MO, são o calor, umidade e pressão. Etapas do processo de esterilização • Conferência do material; • Classificação; • Limpeza física e descontaminação; • Enxague; • Secagem; • Embalagem; • Identificação; • Estocagem e armazenagem; • Registro; • Validação do processo de esterilização; • Distribuição. Tipos de embalagem • Tambores e containers; • Papel grau cirúrgico; • Campo de algodão cru. Campo de algodão É permeável ao vapor; Trama de 140 fios/polegada = 56 fios/cm2 = 200g/m2. Deve ser lavado antes de cada esterilização. 65 reprocessamentos. Norma reguladora: RDC Nº 15, de 15 de março de 2012. Papel grau cirúrgico É um laminado com duas faces de papel ou uma face de papel e outra com filme transparente. É permeável ao vapor sob pressão e ao óxido de etileno. Resistente a temperatura de até 160ºC. Impermeável a microrganismos. Norma Regulamentadora: NBR 12946/93, NBR 13386/95 e NBR 13387/95. Permite visualização do conteúdo interno quando associado ao filme plástico, evitando excesso de manuseio; Estar disponível em várias apresentações e formatos comercialmente; Ter impresso na embalagem setas com indicação de direção de abertura, garantindo menor desprendimento de fibras. Ter impregnado na embalagem indicador químico classe 1, com indicação de mudança de cor quando esterilizado (indicador de exposição). Apresentar boa relação custo-benefício. Garantir barreira microbiana; Possui fechamento hermético através de selagem térmica É biodegradável. Caixas metálicas Poder ser usadas para esterilização em autoclave. Manter abertas para penetração do vapor e fechá- las após secagem e resfriamento do material. Identificação do pacote O pacote deve conter uma etiqueta contendo: 1. Nome do produto; 2. Número do lote; 3. Data da esterilização; 4. Data limite de uso; 5. Método de esterilização; 6. Nome do responsável pelo preparo. Mantê-lo em ambiente limpo, seco e com acesso restrito à sala de armazenamento. Tempo de armazenagem: depende do tipo de embalagem e do tipo de esterilização. AUTOCLAVE Vapor saturado sob pressão – condensação e liberação do calor latente – termocoagulação das ptns – morte celular – H2O retorna ao estado gasoso – secagem do material já esterilização. Material esterilizado em autoclave: -Campos de algodão: 7 dias -Papel grau cirúrgico: indeterminado Material esterilizado em estufa: - Caixa: 7 dias Temperatura varia de 121°C a 132°C. Material a ser esterilizado deve ser acondicionado em: campos cirúrgicos, papel grau cirúrgico, caixas metálicas, filme poliamida ou tubos de vidro. 1- Carregar a autoclave com o mesmo tipo de material, dispondo-os de modo a facilitar a penetração e circulação do vapor e a eliminação do ar. 2- Utilizar 80% da capacidade do aparelho. 3- Não colocar os pacotes ainda quentes sobre superfície fria - umidade Instrumentos com juntas e cremalheiras devem ser deixados abertos 4- Datar os pacotes e encaminhá-los ao armazenamento. 5- Materiais danificados jamais devem ser autoclavados (enferrujados). Os matérias da autoclave podem ser diversos, porém o tempo, a temperatura e a secagem diferem dependendo do material. Aldeídos Glutaraldeído a 2%Período de exposição: 8 a 12 horas Materiais que podem ser esterilizados: termossensíveis (acrílicos, PVC, drenos, nylon, silicone). Óxido de etileno Gás inflamável, explosivo e carcinogênico. Requer estrutura física com instalações especiais. Indicado para materiais termossensíveis. CENTRAL DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO Conceito Unidade de apoio técnico que tem como finalidade o fornecimento de produtos para a saúde adequadamente processados, proporcionando, assim, condições para o atendimento direto e a assistência à saúde dos indivíduos enfermos e sadios. Área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares (o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares). Expurgo Expurgo: área que se destina à recepção, limpeza, descontaminação e separação de todo material. O funcionário deve usar EPI: gorro, luvas de borracha de cano longo, avental, óculos de acrílico e botas. Preparo de materiais e empacotamento Local onde são feitos: -Revisão e controle da limpeza dos materiais realizada na etapa anterior. -Seleção quanto à integridade e funcionalidade do material. -Preparo e acondicionamento do material -Identificação do material. MANUSEIO DE MATERIAL ESTERELIZADO Ao manusear o material esterilizado com técnica asséptica, deve-se obedecer a algumas normas a fim de mantê-lo estéril: É fundamental lavar as mãos com água e sabão antes de manusear o material esterilizado; Utilizar material com: EMBALAGEM INTEGRA, SECA, SEM MANCHAS COM IDENTIFICAÇÃO: tipo de material, data de esterilização e validade Normas de manuseio ➢ Trabalhar de frente para o material; ➢ Manipular o material ao nível da cintura para cima; ➢ Evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto; ➢ Não fazer movimentos sobre a área esterilizada; ➢ Certificar-se da validade e adequação da embalagem; ➢ Trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar; ➢ Manter certa distância entre o corpo e o material a ser manipulado; ASSEGURAR OS PRINCÍPIOS DE ASSEPSIA. 1. A esterilidade é preservada, tocando-se os itens esterilizados com outro item esterilizado. 2. Quando um item esterilizado toca algo que não está esterilizado, é considerado contaminado. 3. Todo lote esterilizado parcialmente descoberto é considerado contaminado. 4. Quanto maior o tempo desde a esterilização, maior é a probabilidade de um item não estar mais esterilizado. 5. Um item esterilizado após o vencimento da data de validade não é considerado esterilizado. 6. Uma vez aberto ou descoberto um item esterilizado, precisa-se de pouco tempo para que seja contaminado. 7. A área externa de 2,54cm de uma área esterilizada é considerada zona de contaminação. 8. Um pacote esterilizado se molhado ou empoeirado deve ser considerado contaminado. 10. Todo item esterilizado aberto é considerado contaminado se deixado sem atenção ou uso. 11. A tosse, o espirro ou a conversação exagerada sobre um campo esterilizado causa contaminação do mesmo. 12.Ir a uma área que contenha equipamento esterilizado apresenta elevado potencial para contaminá-la LUVAS ESTÉREIS São consideradas estéreis: proporcionam uma barreira que evita a transmissão de microrganismos presentes na superfície das mãos. Também é EPI Exemplos de uso: cateterismo vesical, cirurgias, curativos e etc. Colocação de luvas estéreis MATERIAIS: -Pacote de luvas esterilizadas do tamanho correto. (6 a 9) -Mesa ou superfície limpa para colocar o pacote aberto. PASSOS: 1. Realizar a higienização das mãos; 2. Posicionar o pacote de luva perto da área de trabalho. 3. Abrir o pacote de luvas estéreis com cuidado,separando os lados aderidos. 4. Segurar a embalagem interna e colocá-la em uma superfície limpa, seca, plana e no nível da cintura. 5. Abrir a embalagem, mantendo as luvas no seu interior voltados para si. 6. Abra o invólucro interno e, tocando apenas a face externa, abra ambas as dobras. 7. Identificar a luva direita e a esquerda. Cada luva possui um punho dobrado de cerca de 5 cm de largura. Colocar primeiramente a luva na mão dominante. 8. Com o polegar e os dois primeiros dedos da mão não dominante, segurar a borda do punho da luva da mão dominante. Tocar apenas a superfície interna da luva. 9. Levante-a, mantendo-a longe do corpo, acima da cintura, os dedos da luva para baixo. 10. Puxe cuidadosamente a luva calçando-a sobre a mão dominante, soltando o punho e assegurando que não arregace. Ter cuidado em trabalhar o polegar e os dedos nos espaços corretos. 11. Com a mão dominante enluvada, deslizar os dedos por baixo do punho dobrado da segunda luva; 12. Levante a luva longe do corpo, acima do nível da cintura. Coloque a segunda luva, tocando apenas o interior da luva com a segunda mão. 13. Puxe a luva sobre o punho com a primeira mão que está enluvada, sem tocar no braço. 14. Com os braços estendidos e os cotovelos ligeiramente flexionados, puxar cuidadosamente a segunda luva sobre os dedos da mão não dominante, e a puxa sobre o punho. 15. Entrelaçar os dedos das mãos com as luvas e manter longe do corpo, acima do nível da cintura até o início do procedimento. Remoção de luvas estéreis 1. Segurar o lado externo do punho de uma luva com a outra mão enluvada; evitar tocar no pulso. 2. Puxar a luva, virando-a de dentro para fora. A parte externa da luva não deve tocar a superfície da pele. 3. Introduzir os dedos da mão desencapada no lado interno do punho da luva restante. 4. Retirar a luva virando-a de dentro para fora. Descartar em recipiente de lixo. MONTAGEM DE PACORES Procedimento abertura de pacotes estéreis 1. Selecionar uma superfície de trabalho limpa, plana, seca e acima do nível da cintura. Um objeto estéril abaixo da cintura de uma pessoa é considerado contaminado. 2. Verificar as datas de validade de esterilização em todos os kits, embalagens e insumos, para ter certeza de que estão estéreis. 3. Higienizar as mãos. 4. Colocar o kit estéril ou pacote contendo itens estéreis na superfície de trabalho. 5. Posicione o pacote de modo que as abas fiquem opostas ao seu corpo. 6. Segurar a borda externa da ponta da aba externa. 7. Abra a aba externa distante do corpo, mantendo o braço estendido e longe do campo estéril. Com uma mão, levante a aba distal para cima e para fora do pacote. 8. Abrir a aba lateral, puxando-a para o lado e permitindo que ela se deite na superfície da mesa. Manter o braço para o lado e não estendido sobre a superfície estéril. 9. Segurar a borda externa da segunda aba lateral. 10. Segurar a borda externa, a última e mais interna do retalho. 11. Manter-se distante do pacote estéril e puxar o retalho para trás, permitindo que ele se estenda sobre a superfície de trabalho. Procedimento inclusão de artigos aos pacotes estéreis 1. Abrir o item esterilizado enquanto mantém o invólucro externo na mão não dominante. 2. Retirar cuidadosamente o invólucro sobre a mão não dominante. 3. Para assegurar-se de que o invólucro não cairá no campo estéril, devem ser segurados de 20 a 30 cm acima do campo e permitir que eles caiam para o meio do campo estéril 4. Verificar o conteúdo e a data de vencimento da solução. Certificar-se de que o receptáculo para a solução está localizado perto ou na borda estéril da superfície de trabalho. 5. Kits estéreis têm copos ou plásticos com seções moldadas em que os fluidos podem ser derramados. 6. Remover a vedação estéril e a tampa da garrafa em um movimento ascendente. 7. Com o frasco de solução mantido fora do campo estéril, com a etiqueta viradapara cima e a boca da garrafa de 1 a 2 polegadas (2,5 a 5 cm) acima do interior do receptáculo estéril, lentamente despejar a solução do recipiente. Evitar espirrar. SERINGAS DESCARTÁVEIS 1. Verificar as datas de validade de esterilização embalagens e viabilidade e para ter certeza de que estão estéreis. 2. Higienizar as mãos. 3. Rasgar os invólucros no local onde se encontra a parte terminal do êmbolo; 4. Manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e a ponta da seringa. AGULHAS DESCARTÁVEIS 1. Verificar as datas de validade de esterilização embalagens e viabilidade e para ter certeza de que estão estéreis. 2. Higienizar as mãos. 3. Abrir o invólucro no sentido canhão- bizel ou rasgar lateralmente próximo ao canhão; 4. Fixá-la à ponta da seringa através do canhão; 5. Manter a agulha protegida até o momento do seu uso.
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