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Fundamentos dos Sistemas de Informação
Unidade 1
Sistemas de 
Informações 
Gerenciais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
TATIANA SOUTO MAIOR DE OLIVEIRA
AUTORIA
Tatiana Souto Maior de Oliveira
Olá! Meu nome é Tatiana Souto Maior de Oliveira. Sou doutora em 
Administração com ênfase em tecnologia, possuo Mestrado em Gestão 
Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e especializações 
na área de Tecnologia da Comunicação e Informação. Atualmente sou 
professora universitária, profissão que exerço há 15 anos, trabalhando com 
pesquisa e consultoria na área de administração e atuando principalmente 
no elo dos seguintes temas: informação, tecnologia e negócio.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
O que são sistemas de informação? ....................................................12
Conceito ................................................................................................................................................ 12
Por que os sistemas de informação são necessários? ................16
Componentes de um sistema de informação ........................................................... 17
Componentes da informação .................................................................19
Tipos de sistemas de informação .......................................................................................22
Sistemas de informação e estrutura organizacional .............................................33
Estrutura necessária para a implementação de sistemas de 
informação ........................................................................................................................34
Gestão da tecnologia da informação e os tipos de sistemas de 
informação ..................................................................................................... 38
Papel da tecnologia da informação nas empresas ............................................... 39
Benefícios da tecnologia nas empresas ..................................................... 41
7
UNIDADE
01
Sistemas de Informações Gerenciais
8
INTRODUÇÃO
A tecnologia da informação está presente em nossa sociedade. 
Isso é fácil de se perceber ao analisarmos o uso e até a dependência das 
pessoas no uso de celulares, redes sociais e computadores. O mesmo 
fato ocorre com as empresas onde a maioria dos processos acontece 
por meio de sistemas tecnológicos. Você está achando exagero? Ouso 
dizer que isso não é nada. Já ouviu falar de Big Data, Indústria 4.0, Internet 
das Coisas? Com o crescimento do uso e do volume de dados que estão 
sendo gerados todo dia, é provável que a tecnologia esteja cada vez mais 
no nosso dia a dia.
A partir deste contexto, em que informação e tecnologia começam 
a ter um papel fundamental em nossa sociedade, podemos entender a 
importância do entendimento dessa área para todos os profissionais de 
hoje e de amanhã.
Assim, nesta unidade estaremos nos aproximando da lógica por 
trás da tecnologia da informação, a qual permitirá que nós, profissionais, 
consigamos fazer um melhor uso dos recursos tecnológicos de nossas 
empresas.
Agora é o momento! Vamos lá!
Sistemas de Informações Gerenciais
9
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Entender o que é e para que servem os sistemas de informação 
nas empresas;
2. Discernir sobre a importância de se implantar, manter e gerenciar 
sistemas de informação em uma empresa;
3. Entender, de forma crítica, o conceito de informação e seus 
componentes;
4. Definir o conceito de gestão da tecnologia da informação e os 
diferentes tipos de sistemas de informação.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Sistemas de Informações Gerenciais
10
O que são sistemas de informação?
INTRODUÇÃO:
Em época de Indústria 4.0, e-social e outras ferramentas 
baseadas em tecnologia, dominar os conceitos de sistemas 
de informações é hoje uma competência essencial para 
todo profissional. Assim, ao término deste capítulo você 
será capaz de entender os conceitos de sistemas de 
informação, seus componentes e importância, bem como 
os principais sistemas existentes nas organizações. 
Conceito 
O primeiro passo para compreendermos a era da informação é 
entendermos alguns conceitos que são essenciais para compreender o 
funcionamento dos sistemas de informação. Vamos começar a analisar o 
termo tecnologia, você já parou para pensar no que vem a ser tecnologia?
A maioria das pessoas associam o conceito de tecnologia com 
cenários de filmes com efeitos especiais, mas na realidade o conceito de 
tecnologia é simples, nada mais é do que uma técnica, uma forma de 
se realizar algo. Desse modo, quando utilizamos alguma ferramenta para 
abrir um refrigerante, um abridor de latas, estamos na realidade usando 
tecnologia.
Quando relacionamos tecnologia com informação, o mesmo 
acontece, podemos ter técnicas extremamente simples até as mais 
rebuscadas. Segundo Cruz (2014, p. 6), tecnologia “é todo e qualquer 
dispositivo que tenha capacidade para tratar e/ou processar dados e/
ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, quer esteja 
aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo”. 
Vamos imaginar uma simples calculadora, onde inserimos uma série 
de comandos numéricos que nos retorna um determinado resultado. A 
calculadora em questão é uma tecnologia, da mesma forma que o ábaco 
também era.
Sistemas de Informações Gerenciais
11
A grande questão aqui é desmistificar que a tecnologia é só algo 
extremamente inovativo. Por isso, essa compreensão é importante, pois 
serve para identificarmos a tecnologia correta para cada necessidade. 
Essa simples reflexão permite otimizarmos recursos e termos projetos 
tecnológicos mais efetivos.
REFLITA:
No caso da calculadora, será que todos na organização 
necessitam de uma calculadora HP?
Entendido o conceito de tecnologia, vamos refletir sobre o 
conceito de sistemas, mas o que vem a ser um sistema? Do ponto de 
vista conceitual, um sistema “é um conjunto de partes interagentes e 
interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com 
determinado objetivo e efetuam determinada função” (OLIVEIRA, 2002, p. 
35). Sendo assim, vamos analisar esse conceito a partir da figura 1.
Figura 1: Funcionamento de um sistema
ENTRADAS SAÍDAS
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA
SUBSISTEMA
SISTEMA
FEEDBACK
Fonte: Gonçalves, 2017, p. 32.
O conceito de sistema é aplicado a todos os contextos possíveis e 
foi definido na década de 1920 por Ludwig von Bertalanfy.
Sistemas de Informações Gerenciais
12
SAIBA MAIS:
A Teoria Geral dos Sistemasapareceu nos trabalhos do 
biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy, publicado entre 
1950 e 1968, apresentando um modelo que pode analisar 
os grupos sociais e o sistema geral, no qual a comunicação 
é uma interação de elementos, com propósito, equilíbrio, 
organização, regulação, diferenciação e complexidade.
Um sistema é definido como um conjunto de componentes inter-
relacionados que trabalham em conjunto para alcançar objetivos comuns, 
aceitando dados de entrada (entrada) e produzindo resultados (saída) em 
processos de transformação organizados.
Na figura 1 pudemos ver como funciona um sistema, tudo se inicia 
a partir de uma entrada que alimenta o sistema e seus subsistemas. Os 
subsistemas processam as entradas gerando resultados, ou seja, as saídas. 
Agora vamos detalhar cada um dos componentes de um sistema 
conceitualmente.
 • Entradas: são todos os recursos necessários para a realização 
(processamento) de alguma tarefa, não se refere somente à 
informação, mas a todo um conjunto de recursos. Segundo 
Gonçalves (2017, p. 32), “por exemplo, para realizar a digitação de 
informações para alimentar algum banco de dados, será preciso 
um operador, uma máquina para digitação e coleta dos dados”.
 • Processamento: essa etapa se refere a todas as atividades 
necessárias para a geração dos resultados almejados pelo sistema.
Nesse item serão feitas as atividades de produção do bem 
ou serviço, aqui, os recursos transformadores processaram 
os recursos a serem transformados, dando vida ao produto. 
Por exemplo, para fazer um relatório de dados, o recurso 
transformador (digitador) utiliza o equipamento disponível 
(computador) por intermédio da digitação dos dados coletados 
(recursos a serem transformados). O término do trabalho é o 
Sistemas de Informações Gerenciais
13
próprio relatório contendo os dados, ou seja, a informação 
copilada. (GONÇALVES, 2017, p. 32)
 • Saídas: as saídas são chamadas de outputs dos sistemas, ou seja, 
são os resultados dos sistemas. 
Também conhecida como output, aqui encontramos o produ-
to pronto, com os atributos demandados pelo seu consumi-
dor. No nosso exemplo será o relatório digitado com a maior 
brevidade possível, as melhores qualidade e segurança possí-
veis, auxiliando a gestão para a tomada de decisão. (GONÇAL-
VES, 2017, p. 32)
Vamos agora imaginar o conceito de sistemas na área de produção 
de uma empresa. As entradas seriam as matérias-primas, mão de obra, 
água, energia; o processamento é a confecção do produto e a saída é o 
próprio produto.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Compreendemos 
os conceitos de sistemas de informações gerenciais, 
analisando o que é tecnologia. Aprendemos como se dá 
o funcionamento de um sistema e sobre a Teoria Geral dos 
Sistemas.
Sistemas de Informações Gerenciais
14
Por que os sistemas de informação são 
necessários?
INTRODUÇÃO:
Seguindo a lógica conceitual de sistemas, fica fácil entender 
o conceito de sistema de informação. Neles as saídas são 
as informações e as entradas se referem a tudo que é 
necessário para a geração dessa informação, como dados, 
computadores, sistemas de redes etc. E o processamento 
seria a lógica do sistema, a programação que realiza as 
combinações corretas para gerar a informação correta. 
Sendo assim, neste capítulo, vamos conhecer os 
componentes dos sistemas de informação.
Segundo Gonçalves (2017, p. 110), 
Os sistemas de informação são os conjuntos organizados 
de elementos, podendo ser pessoas, dados, atividades ou 
recursos em geral. Esses elementos interagem entre si para 
o processamento de informações para depois, de alguma 
forma, divulgar essas informações processadas.
Ainda nesse sentido, segundo O’brien e Marakas (2013, p. 2), 
Um sistema de informação (SI) pode ser qualquer combinação 
organizada de pessoas, hardware, software, redes de comu-
nicação, recursos de dados e políticas e procedimentos que 
armazenam, restauram, transformam e disseminam informa-
ções em uma organização.
De maneira simples, Kroenke (2012, p. 28) explica que “um sistema 
é um grupo de componentes que interagem para alcançar o mesmo 
objetivo e produzir informações”.
Sistemas de Informações Gerenciais
15
Componentes de um sistema de informação
Para que um sistema de informação funcione de forma correta, são 
necessários alguns componentes básicos. Na figura 2 podemos ver esses 
componentes.
Figura 2: Componentes dos sistemas de informação
Hardware
Peopleware
Software
Rede
Banco de dados
Processos
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
Para melhor entendermos o funcionamento dos sistemas de 
informação, vamos agora detalhar cada um dos componentes da figura 2.
 • Hardware: trata-se de um equipamento necessário ao processa-
mento das informações, é fisicamente nele que ocorre o proces-
samento.
Segundo Gonçalves (2017, p. 38),
É o equipamento físico, o que você consegue tocar, é tangí-
vel, nele você tem a opção de realizar a entrada dos dados, 
o processamento e a saída dos sistemas de informação, ele 
tem necessariamente três partes, uma unidade de processa-
mento chamada de Unidade Central de Processamento (CPU), 
dispositivos de entradas e saídas e os dispositivos de armaze-
namento (memórias e o disco rígido), eles variam de modelo, 
tamanho e função, de acordo com a utilização dentro das or-
ganizações, porém mantendo sempre essas funções.
Sistemas de Informações Gerenciais
16
 • Software: podemos entender que são o cérebro dos sistemas, 
são eles que determinam como deve ser o processamento. 
Trata-se do conjunto de regras que determinam como deve ser o 
processamento
Segundo Gonçalves (2017, p. 38),
consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que 
controlam e coordenam os componentes (hardware). Também 
pode ser definido como uma sequência de instruções escritas 
para serem interpretadas por um computador, com o objetivo 
de executar tarefas específicas.
 • Processos: os processos são a base para o processamento, é o 
que determina como deverá ser, eles são a base para o software. 
Segundo Gonçalves (2017, p. 31), “podem ser definidos como a 
maneira pela qual se realiza uma operação”. 
 • Peopleware: todo sistema de informação necessita de pessoas 
para o seu funcionamento. Segundo Gonçalves (2017, p. 38), “são 
pessoas que trabalham diretamente, ou indiretamente, com a área 
de TI, ou mesmo com sistema de informação”.
 • Netware (Rede): os sistemas necessitam do cruzamento de 
diversos recursos, as redes permitem o estabelecimento dessas 
conexões. Segundo Gonçalves (2017, p. 38), “aqui temos as ligações 
e as interligações dos diversos equipamentos de computação, 
realizando a transferência de dados de uma localização física para 
outras. Esses equipamentos têm conexões de voz, dados, imagens, 
sons e vídeos”.
 • Banco de dados: o banco de dados é um software que tem a 
capacidade de armazenar e cruzar dados, assim ele é peça 
fundamental para a geração de informações. Segundo Gonçalves 
(2017, p. 36) “é uma coleção de dados organizados para atender a 
aplicações, tem a função de centralizar os dados organizando e 
evitando duplicidades”.
Sistemas de Informações Gerenciais
17
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Conhecemos os 
componentes dos sistemas de informações, bem como os 
detalhes de cada um deles.
Componentes da informação
INTRODUÇÃO:
Como vimos no conceito de sistemas de informação, o 
output desejado desses sistemas são informações, e o 
inputs essenciais para a geração de informação são os 
dados. Neste capítulo, vamos compreender a diferença 
entre dado e informação. Vamos estudar quais são as 
características das informações, bem com os tipos de 
sistemas de informação e suaestrutura organizacional. 
Estudaremos ainda a Indústria 4.0 e a Internet das coisas.
Mas qual diferença entre dado e informação? A diferença é simples, 
um dado sozinho não serve de nada, já um conjunto de dados se 
transforma em informação. Vamos ver essa diferença conceitualmente.
Segundo Gonçalves (2017, p. 18), dados 
São um conjunto de valores ou ocorrências em um estado 
bruto, ou seja, podem ser inúmeros e não relacionados entre 
si, portanto precisam de tratamento para que virem uma 
informação e, então, descrevam as características de um 
evento aleatório.
Ainda de acordo com Gonçalves (2017, p. 18), informação
Sistemas de Informações Gerenciais
18
Pode ser definida como um conjunto de dados organizados, 
que nos trazem uma mensagem sobre um evento ou fenômeno. 
Ela vai ser a base do conhecimento, pois acaba por trazer as 
possibilidades necessárias para a solução de problemas ou 
tomada de decisões. Outra definição indica que a informação 
é um fenômeno que confere significado ou sentido às coisas, 
já que, por meio de códigos e de conjuntos de dados, forma 
os modelos do pensamento humano, convertendo os dados 
em contexto significativo e útil.
EXEMPLIFICANDO: Imagine que você precisa realizar o paga-
mento dos funcionários de uma empresa e, para isso, saber o total a ser 
pago para fazer o planejamento financeiro. Nesse contexto, precisamos 
dos seguintes dados:
 • Nome do empregado.
 • Número de horas trabalhadas.
 • Valor da hora trabalha.
 • Função de cada funcionário.
Esses dados isolados, do ponto de vista empresarial, não servem 
para nada, mas quando cruzados nos dá exatamente o que precisamos 
para o devido planejamento, a informação do montante necessária para 
o pagamento.
Ainda no em relação às informações, é importante analisarmos 
algumas características que devem ser consideradas e preservadas. 
Essas características são:
Sistemas de Informações Gerenciais
19
Figura 3: Características das informações
Tempo
Prontidão
Aceitação
Frequência
Período
Conteúdo
Precisão
Relevância
Integridade
Concisão
Amplitude
Desempenho
Forma
Clareza
Detalhe
Ordem
Apresentação
Mídia
Fonte: O’brien e Marakas, 2013, p. 376.
Agora, vamos detalhar cada uma delas, pois elas são realmente 
importantes para a eficácia do sistema, pois se essas características não 
forem atendidas, os sistemas não atingirão os objetivos almejados. Vamos 
analisar as dimensões isoladamente.
Dimensão: tempo 
 • Prontidão: fornecida quando necessária.
 • Atualização: atualizada quando fornecida.
 • Frequência: número de vezes necessárias.
 • Período: fornecida em períodos desejados. 
Dimensão: conteúdo
 • Precisão: isenta de erros.
 • Relevância: atender às necessidades do receptor.
 • Integridade: fornecida de forma completa.
 • Concisão: apenas a informação necessária.
 • Amplitude: alcance e foco de acordo com a demanda.
 • Desempenho: mensuração de atividades concluídas, progresso 
realizado. 
Dimensão: forma 
Sistemas de Informações Gerenciais
20
 • Clareza: fácil de compreender.
 • Detalhe: no grau de detalhe desejado.
 • Ordem: na sequência desejada.
 • Apresentação: narrativa, numérica, gráfica etc.
 • Mídia: impressa, eletrônica, vídeo etc.
Vale ressaltar que a informação obtida a partir do cruzamento 
de informações já não é mais suficiente, as empresas precisam de 
conhecimento.
Segundo Gonçalves, (2017, p. 19), 
Pode ser considerado como um conjunto de informações ar-
mazenadas por intermédio da experiência ou da aprendizagem 
(a posteriori) ou através da introspecção (a priori). No sentido 
mais lato do termo, trata-se da posse de múltiplos dados in-
ter-relacionados que, por si só, têm um menor valor qualitativo.
Quando fazemos cenários financeiros ou de previsão de vendas 
com base histórica, estamos cruzando uma série de informações distintas, 
que nos gera como resultado um conhecimento específico. Na figura 4 
podemos ver o relacionamento entre dados, informação e conhecimento.
Figura 4: Relacionamento entre dados, informação e conhecimento
Dados Informação Conhecimento
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
A partir do cruzamento de dados geramos informações e a partir do 
cruzamento de informações geramos conhecimento.
Tipos de sistemas de informação
Em uma organização, é possível a existência de sistemas de infor-
mação diferentes conforme os outputs desejados. Na figura 3 podemos 
ver uma série de tipos de sistemas conforme o tipo de informação que 
cada sistema fornece.
Sistemas de Informações Gerenciais
21
Figura 5: Classificações gerenciais e operacionais dos sistemas de informação
Sistemas de 
suporte às 
operações
Sistemas de 
Informações
Apoio de 
operações de 
negócios
Suporte à 
tomada de 
decisões
Sistemas 
de suporte 
gerencial
Sistemas de 
processamento 
especializado
Sistemas 
especializados
Sistemas de 
informações 
gerenciais
Sistemas de 
processamento 
de transações
Sistemas 
de gestão do 
conhecimento
Sistemas de 
apoio à decisão
Sistemas de 
controle de 
processos
Sistemas de 
informação 
estratégicos
Sistemas de 
informação 
executiva
Sistemas de 
colaboração 
empresarial
Sistemas 
funcionais de 
negócios
Sistemas de 
processamento 
especializado
1
7
4
2
8
5
3
9
10
6
1. Processamento de transações de negócios 7. Apoio especializado para a tomada de decisão
2. Controle de processos industriais 8. Gerenciar conhecimento organizacional
3. Colaboração de equipe de trabalho 9. Apoiar a vantagem competitiva
4. Relatórios pré-especificados para gerentes 10. Apoiar as funções básicas do negócio
5. Apoio interativo à decisão
6. Informações adaptadas para executivos
Fonte: O’brien e Marakas, 2013, p. 39.
Sistemas de Informações Gerenciais
22
Na figura 5, vemos duas grande divisões entre os sistemas: os 
sistemas de suporte às operações e os sistemas de suporte gerencial, 
vamos começar analisando esses dois tipos.
Os sistemas de suporte às operações são sistemas que apoiam as 
empresas em suas atividades operacionais cotidianas, como um sistema 
de gestão de custos, que permite o registro diário dos gastos e das 
despesas de uma empresa, ou um sistema de atendimento ao cliente, 
que permite o cadastramento das reclamações dos clientes. Segundo 
O’brien e Marakas (2013, p. 39),
Esses sistemas de suporte às operações produzem uma 
variedade de resultados de informac ̧ão para uso interno e 
externo. Entretanto, sua ênfase não recai nos produtos de 
informac ̧ão que possam a ser mais bem usados pelos gerentes. 
Geralmente é necessário o processamento adicional pelos 
sistemas de informação gerencial. O papel dos sistemas de 
apoio operacional de uma empresa é processar eficientemente 
as transac ̧ões de negócios, controlar os processos industriais, 
apoiar as comunicac ̧ões e a colaborac ̧ão e atualizar bancos de 
dados corporativos.
Já os sistemas que dão suporte gerencial, são sistemas que 
fornecem informações de cunho gerencial e estratégias para as empresas. 
Nesse caso, podemos pensar em um sistemas de controladoria que 
permite uma análise dos gastos gerais da empresa ou um sistemas que 
mede a satisfação dos cliente com base nas reclamações dos clientes. 
Segundo O’brien e Marakas (2013, p. 40), esses sistemas “se 
concentram em fornecer informac ̧ões e dar suporte para a tomada de 
decisão eficaz por parte da gerência”.
Agora, vamos analisar rapidamente cada um dos sistemas que 
aparecem na figura 5, correlacionando-os com o nosso dia a dia, ou seja, 
operacionais.
Sistemas de Informações Gerenciais
23
Sistemas de processamento de transações 
Os sistemas de processamento de transações existem praticamente 
em todas as empresas, são eles que efetuam na maioria das atividades 
rotineiras e controlam essas atividades. Segundo Gonçalves (2017, 
p. 110), esses sistemas “têm a função de supervisionar as atividades 
elementares e todas as transações da organização, realizando o registro 
das informações necessárias para o bom funcionamento da organização”. 
Umbom exemplo desses sistemas são
Os sistemas de ponto de venda (PDV) de muitas lojas de varejo 
usam terminais de registro de caixas eletrônicos, para capturar 
e transmitir eletronicamente dados comerciais por meio 
de links de telecomunicação com centros de computação 
regionais para processamento imediato (tempo real) ou à noite 
(lote). (O’BRIEN; MARAKAS, 2013, p. 40)
Sistemas de controle de processo
Segundo O’brien e Marakas (2013, p. 39), “os sistemas de controle 
de processo monitoram e controlam processos físicos”. São sistemas 
que possibilitam o acompanhamento de alguns processos por meio de 
sensores, permitindo um controle remoto, como é o caso do fornecimento 
de energia.
Atualmente, estamos vivendo uma grande mudança quando 
falamos de sistemas de controle de processos, com a possibilidade de 
integrarmos máquinas e equipamentos a sistemas de informações que 
prometem, e já vem acontecendo, um upgrade no nosso cenário atual. 
Estamos falando do advento da Internet das Coisas e da Indústria 4.0. 
Sistemas de Informações Gerenciais
24
Figura 6: Internet das coisas e Indústria 4.0
Fonte: Pixabay
A Internet das Coisas, de maneira simples, está relacionada à 
possibilidade de máquinas e equipamentos poderem acessar e se 
conectar por meio de redes, principalmente a internet, e realizarem desde 
consultas até input de dados. Segundo Santos (2018, p. 21),
A frase “internet of things” é amplamente creditada a Kevin 
Ashton [...], ele indicou que cunhou o termo em 1999, enquanto 
na Procter & Gamble, mas não decolou até 2009 com um artigo 
no RFID Journal. Em nível muito básico, “Internet das Coisas” 
significa dispositivos que podem detectar aspectos do mundo 
real – como temperatura, iluminação, presença ou ausência de 
pessoas ou objetos, etc. – e relatar dados do mundo real, ou 
agir sobre isso. Em vez de a maioria dos dados ser produzida 
e consumida pelas pessoas (texto, áudio, vídeo), mais e mais 
informações seriam produzidas e consumidas pelas máquinas, 
comunicando-se entre si para (esperançosamente) melhorar a 
qualidade de nossas vidas.
Com esses dois conceitos, teremos uma total mudança de 
paradigma na gestão das operações organizacionais, e a base de tudo 
isso são os sistemas de processamento de transações e os sistemas de 
controle de projetos.
Sistemas de Informações Gerenciais
25
O é a Indústria 4.0?
Foi na edição de 2011 da Feira de Hannover que o conceito da 
Indústria 4.0 começou a ser revelado ao público em geral. A iniciativa, 
fortemente patrocinada e incentivada pelo governo alemão em associação 
com empresas de tecnologia, universidades e centros de pesquisa do 
país, propõe uma importante  mudança de paradigma em relação à 
maneira como as fábricas operam nos dias de hoje.
Nessa visão de futuro, ocorre uma completa descentralização do 
controle dos processos produtivos e uma proliferação de dispositivos 
inteligentes interconectados, ao longo de toda a cadeia de produção e 
logística. O impacto esperado na produtividade da indústria é comparável 
ao que foi proporcionado pela internet em diversos outros campos, como 
no comércio eletrônico, nas comunicações pessoais e nas transações 
bancárias.
Tornar a Indústria 4.0 uma realidade implicará a adoção gradual de 
um conjunto de tecnologias emergentes de TI e automação industrial, 
na formação de um sistema de produção físico-cibernético, com intensa 
digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, 
máquinas, produtos e pessoas; ou seja, a tão famosa Internet das Coisas 
(IoT). Esse processo promete gerar ambientes de manufatura altamente 
flexíveis e autoajustáveis à demanda crescente por produtos cada vez 
mais customizados. É importante frisar que boa parte dessas novas 
tecnologias já está disponível, mas que a transição para a Indústria 4.0 
não ocorrerá de forma repentina, e sim gradual, com uma velocidade de 
implantação que dependerá de fatores econômicos e estratégicos e da 
capacitação tecnológica da indústria presente em cada país.
SAIBA MAIS:
Quer saber mais ainda? Acesse o vídeo “Papo de 
especialistas” do SEBRAE, sobre Indústria 4.0, disponível no 
link: https://youtu.be/JFsYo8Q1dSQ.
Sistemas de Informações Gerenciais
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/inovacao-e-tecnologia-internet-das-coisas,05d99e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/inovacao-e-tecnologia-internet-das-coisas,05d99e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD
https://youtu.be/JFsYo8Q1dSQ
26
Aplicação da Internet das Coisas em nosso dia a dia. É possível que, 
pelo menos atualmente, você não tenha muito interesse em ter uma casa 
amplamente conectada. Sob esse ponto de vista, a Internet das Coisas 
pode não parecer lá muito relevante, mas é um erro pensar que o conceito 
serve apenas para o lar: há aplicações não ligadas ao ambiente doméstico 
em que o conceito pode trazer ganho de produtividade ou diminuir 
custos de produção, só para dar alguns exemplos. Vamos a outros mais 
detalhados conforme publicado no site infowester por Emerson Alecrim:
 • Hospitais e clínicas - pacientes podem utilizar dispositivos 
conectados que medem batimentos cardíacos ou pressão 
sanguínea, por exemplo, e os dados coletados serem enviados 
em tempo real para o sistema que controla os exames.
 • Agropecuária - sensores espalhados em plantações podem dar 
informações bastante precisas sobre temperatura, umidade do 
solo, probabilidade de chuvas, velocidade do vento e outras 
informações essenciais para o bom rendimento do plantio. De 
igual forma, sensores conectados aos animais conseguem ajudar 
no controle do gado: um chip colocado na orelha do boi pode 
fazer o rastreamento do animal, informar seu histórico de vacinas 
e assim por diante.
 • Fábricas - a Internet das Coisas pode ajudar a medir em tempo real 
a produtividade de máquinas ou indicar quais setores da planta 
precisam de mais equipamentos ou suprimentos.
 • Lojas - prateleiras inteligentes podem informar em tempo real 
quando determinado item está começando a faltar, qual produto 
está tendo menos saída (exigindo medidas como reposicionamento 
ou criação de promoções) ou em quais horários determinados 
itens vendem mais (ajudando na elaboração de estratégias de 
vendas).
Sistemas de Colaboração Empresarial
Esses sistemas estão relacionados com o processo de 
comunicação interna e externa das organizações. Eles permitem não 
somente a comunicação, mas realmente a colaboração entre membros 
Sistemas de Informações Gerenciais
27
da empresa e seus possíveis parceiros. Até recentemente o que víamos 
nas organizações eram sistemas como e-mail, chat e videoconferência, 
hoje temos todo um aparato que permite a comunicação, e as empresas 
começam a utilizar cada vez mais esses canais em seu dia a dia, são 
reuniões, entrevistas, treinamentos, todos eles por meio desses sistemas. 
Você já utilizou esses sistemas para realizar suas reuniões? Dentre os 
principais, podemos destacar: o Google Hangout Meet, Skype e o próprio 
WhatsApp.
Dentre os sistemas de apoio à decisão podemos destacar:
Sistema de Informação Gerencial (SIG) 
Segundo Gonçalves (2017, p. 110), 
Os sistemas de informações gerenciais são utilizados para 
desenvolver relatórios sobre desempenho, permitindo 
a monitoração e o controle empresarial com foco no 
crescimento sustentável. Suporta o trabalho que lida com 
dados e informações formadoras de conhecimento, também 
atuam no controle e na integração dos processos.
No mesmo sentido, Kroenke (2012, p. 29) afirma que os SIGs 
consistem no desenvolvimento e uso de Sistemas de Informação que 
ajudam as empresas a alcançarem suas metas e seus objetivos. Essa 
definição contém três elementos-chave: desenvolvimento e uso, sistemas 
de informação e metas e objetivos de negócios.
Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)
Esses sistemas têm como característica básica fornecer informação 
relevante para o setor gerencial e estratégico da organização que permite 
que eles tomem uma decisãoestratégica. Segundo Gonçalves (2017, p. 
110), 
Eles são utilizados para auxiliar a gestão da empresa na tomada 
de decisões estratégicas ou operacionais, ele utiliza as mais 
diversas fontes de informações (obtidas pelo SPT, sistema de 
processamento de transações e SIG), além de informações 
externas para a análise e resolução de problemas.
Sistemas de Informações Gerenciais
28
Sistemas de Informação Executiva (SIE) 
Esses sistemas são utilizados para o auxílio à gerência com a 
exposição de gráficos e dados com uma linguagem de fácil entendimento. 
Ele se vale de dados externos e internos (SIG, sistema de informação 
gerencial e SAD, sistema de apoio à decisão), condensando esses 
dados e mostrando ao profissional que tomará a decisão os dados mais 
importantes.
Diferentemente dos sistemas de apoio à decisão e do SIG, esses 
sistemas têm como característica fundamental o formato em que é 
entregue essas informações, normalmente em dashboard (como se fosse 
um painel gráfico com informações consolidadas), personalizado para 
cada executivo. 
Por exemplo, um executivo de vendas receberia um relatório 
sobre o andamento de suas vendas no trimestre, bem como a previsão 
de vendas para o próximo trimestre com base nos leads cadastradas. Da 
mesma maneira um executivo da área financeira receberia um resumo da 
situação financeira da empresa, todos os dias ao ligar o seu computador, 
de maneira intuitiva e prática para a tomada de decisão.
Figura 7: Exemplo de dashboard
Fonte: Freepik
Sistemas de Informações Gerenciais
29
Segundo O’brien e Marakas (2013, p. 40), 
Os sistemas de informac ̧ão executiva (executive information 
systems – EIS) fornecem aos executivos e gerentes informações 
fundamentais a partir de uma ampla variedade de fontes 
internas e externas em exibições em tela de fácil utilizac ̧ão. 
Por exemplo: os altos executivos podem usar terminais com 
tela sensível ao toque para examinar instantaneamente 
textos e gráficos destacando áreas-chave do desempenho 
organizacional e competitivo
Ainda pensando em sistema de suporte à decisão, se pensarmos 
em sistemas que fornecem não só informações ao usuário, mas 
sobretudo conhecimento, podemos destacar o último nível de 
sistemas apresentado na figura 5. Esses sistemas estão relacionados ao 
fornecimento de inteligência organizacional, tema que iremos detalhar 
na unidade 4, entretanto, aproveitaremos para descrevê-lo brevemente 
neste momento. Estamos falando dos sistemas especialistas, sistemas de 
gestão do conheciemento, sistemas de informação estratégico e sistemas 
funcionais de negócio.
Sistemas especialistas
São aqueles que baseados no conhecimento, fornecem conselho 
especializado. Segundo Kroenke (2012, p. 206), os sistemas especialistas 
sintetizam o conhecimento humano específico em forma de regras “se/então”.
Sistemas de gestão do conhecimento
São sistemas que fornecem suporte aos negócios para integrar 
novos conhecimentos e auxiliar a organização a controlar o fluxo de 
papéis, dentre os principais sistemas podemos destacar: KWA (Sistemas 
de Conhecimento do Trabalho - Knowledge Work Systems); OAS (Sistemas 
de Automação de Escritório - Office Automation Systems); Data Warehouse 
(organizar dados corporativos); Data Mining (Mineração de dados) e o 
workflow é definido como uma coleção de tarefas organizadas.
Sistemas de Informações Gerenciais
30
Sistemas de informação estratégico 
São sistemas que fornecem informações de cunho estratégico 
para o alto escalão das empresas, esses sistemas normalmente realizam 
um cruzamento de todas as informações da empresa e as cuzam com 
as variáveis pré-definidas do planejamento estratégico da organização. 
Nesses sistemas é possível se trabalhar também com dados externos 
que permitem a realização de análise contextuais. Um bom exemplo de 
sistema de informação estratégico seriam os Balanced Scorecard, que 
utilizam uma série de indicadores operacionais e gerenciais para a análise 
da situação da organização.
Sistemas Funcionais de Negócio
São sistemas específicos em determinadas áreas funcionais. Esses 
sistemas abordam normalmente a especificidade informacional de cada 
uma das áreas, por exemplo, a área de recursos humanos que tem 
sistemas especializados em trâmites trabalhistas e operacionais da área e 
integrações com os sistemas governamentais como o e-social. A grande 
características é que são sistemas que cujas informações, principalmente 
as operacionais, têm detalhes específicos. Outro exemplo é a área de 
contabilidade, que tem normalmente sistemas especializados para 
realizar os processo contábeis, como é o caso do sistema cordilheira.
O que é o e-social?
O e-social é uma iniciativa do governo federal por meio da ação 
conjunta da Caixa Econômica Federal, do Instituto Nacional do Seguro 
Social, do Ministério da Previdência, do Ministério do Trabalho e da Receita 
Federal do Brasil, com o intuito de facilitar o processo de transmissão 
de informações relativas à relação trabalhista entre empregador e 
empregado.
O e-social é lei e foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro 
de 2007, e é regulado pelo Ato Declaratório nº 5, de 17 de julho de 2013.
O e-social concentra todas as informações relativas às obrigações 
trabalhistas, garantindo o controle dos direitos dos trabalhadores. Assim, 
a finalidade principal do e-social pode ser entendida como acabar 
Sistemas de Informações Gerenciais
31
com as divergências nos registros relacionados aos empregados e nos 
números de identificação fiscal — como CPF e NIS (NIT/PIS/PASEP) —, 
impossibilitando a ocorrência de informações incorretas nos registros de 
admissões e demissões.
A partir da eliminação das divergências de informações é possível:
 • Assegurar que os direitos previdenciários e trabalhistas sejam 
garantidos para todos os trabalhadores.
 • Simplificar o cumprimento das obrigações trabalhistas e previden-
ciárias.
 • Melhorar a qualidade das informações sobre o trabalho, a segu-
rança social e as relações fiscais.
 • Diminuir a sonegação.
 • Possibilitar o cruzamento das informações, facilitando a fiscalização.
Sistemas de informação e estrutura 
organizacional
Atualmente os sistemas de informação permeiam toda a organiza-
ção, e todos os níveis organizacionais demandam de informações para 
que suas operações sejam realizadas. Na figura a seguir podemos ver o 
relacionamento entre os diferentes níveis organizacionais.
Figura 8: Sistemas de informação e níveis organizacionais
Operacional
Sistemas de 
processamento 
de transações
Informações para 
o dia a dia da 
organização 
Tático/gerencial
Sistemas de 
informações 
gerenciais
Informações 
que amparam a 
continuidade das 
operações
Estratégicos
Sistemas de 
apoio à decisão
Informações 
que amparam 
decisões 
estratégicas 
Fonte: Elaborado pela a autora, 2021.
Sistemas de Informações Gerenciais
32
Dessa maneira, temos as seguintes premissas:
 • Os sistemas de apoio à decisão subsidiam o nível estratégico para 
a tomada de decisão e apoio ao planejamento estratégico da 
organização. Um exemplo desses sistemas é um sistema que crie 
cenários a partir de variáveis financeiras, como juros e taxa de dólar 
com base nos dados organizacionais, permitindo que um diretor 
financeiro tome algumas decisões estratégicas. Outro exemplo 
seria um sistema que permita um comparativo de investimentos 
em projetos que dê a sinalização de qual seria o melhor projeto 
com base em variáveis pré-determinadas pelo usuário do sistema.
 • Os sistemas de informação gerencial têm como função alimentar 
o gerenciamento das organizações, fornecendo informações 
aos gerentes e supervisores de áreas, por exemplo, na área de 
produção podemos citar os sistemas de PCP (planejamento de 
controle de produção), que realizam todo o planejamento da 
produção cruzando dados oriundos da área de vendas.
 • Os sistemas operacionais têm como função atender às demandas 
operacionais, isto é, fornecer informações que permitam a 
operacionalizaçãodiária da empresa. Por exemplo, um sistema de 
call center que gera lista de pessoas a serem contactadas para 
que os atendentes possam realizar o contato.
Dessa forma, as informações fornecidas pelos diferentes tipos de 
sistemas têm muito valor para cada um dos níveis organizacionais.
Estrutura necessária para a implementação de 
sistemas de informação
Quando pensamos em sistemas de informação, é normal 
imaginarmos que para implementá-los precisamos resolver questões 
técnicas, como disponibilidade de hardware, infraestrutura de rede e 
outros itens técnicos, mas na realidade são necessários mais do que 
questões técnicas. Segundo O’brien e Marakas (2013) são necessários 
desenvolvimento e ajuste de conhecimentos de diversas áreas da 
organização no momento de se implementar um projeto de sistemas 
Sistemas de Informações Gerenciais
33
de informações. Essas áreas podem ser vistas na figura a seguir. Vamos 
analisar rapidamente cada uma dessas áreas.
Figura 9: Sistemas de informação e aplicações organizacionais
Aplicações de negócios
Tecnologias da informação
Processos de desenvolvimento
Conceitos fundamentais
Desafios gerenciais
Sistemas de 
Informação
Fonte: O’brien e Marakas, 2013, p. 5-6 (Adaptado).
 • Conceitos fundamentais: antes de mais nada, para o pleno 
desenvolvimento de sistemas de informação é necessário 
compreendermos conceitos fundamentais que permitem 
a compreensão do contexto em que esses sistemas serão 
implementados. Trata-se de conhecimentos organizacionais, 
técnicos, negociais, comportamentais e sobre estruturas 
organizacionais.
 • Tecnologias da informação: apesar de termos deixado claro que 
sistemas de informação não envolvem somente questões técnicas, 
é importante destacar que os conceitos da área de tecnologia 
da informação são muito importantes e devem ser analisados e 
estruturados organizacionalmente.
 • Aplicações de negócios: podemos dizer que os sistemas de 
informações têm como principal função aumentar a vantagem 
competitiva das organizações e isso se dá a partir do conhecimento 
dos processos organizacionais. O conhecimento dos processos 
organizacionais permite que a empresa e equipe tenha uma 
dimensão das aplicações que podem ser necessárias, bem como 
a viabilidade delas.
Sistemas de Informações Gerenciais
34
 • Processos de desenvolvimento: outro ponto importante para o 
entendimento dos sistemas de informação é o próprio processo 
de desenvolvimento que, segundo O’brien e Marakas (2013, p. 
5-6), se refere a “como os profissionais de negócios e especialistas 
de informação planejam, desenvolvem e implementam sistemas 
de informação para encontrar oportunidades de negócios”.
 • Desafios gerenciais: no momento de se pensar em sistemas de 
informação, há que se considerar também os desafios gerenciais 
como questões éticas, de segurança, entre outros. Na opinião de 
O’brien e Marakas (2013, p. 5-6) devem ser considerados “os desafios 
de gerenciamento eficaz e ético da tecnologia da informação nos 
âmbitos de usuário final, na empresa e nos negócios globais”.
A partir desse breve relato dos pontos que devem ser estudados 
no momento da implementação de um sistema de informação, podemos 
perceber que esses projetos devem ter um caráter multidisciplinar, e não 
ter como ponto de avaliação somente as questões técnicas. Por isso, 
existe uma série de variáveis que deve ser considerada.
Conforme O’brien e Marakas (2013, p. 5-6),
Neste ponto, você deve ser capaz de perceber que o êxito de 
um sistema de informação não deveria ser medido apenas por 
sua eficiência em termos de minimização de custos, tempo 
e uso de recursos da informação, mas também pela eficácia 
da tecnologia da informação em dar suporte a estratégias 
de negócio de uma organização, tornando possíveis os 
seus processos, aprimorando suas estruturas e sua cultura 
organizacionais, e aumentando o valor do cliente e do negócio 
da empresa.
Sistemas de Informações Gerenciais
35
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Estudamos aqui o que 
é informação, dado e conhecimento e como eles se 
relacionam. Vimos os tipos de sistemas de informação, 
sua estrutura organizacional e como ela se aplica na 
organização. Além disso, compreendemos o que é a 
Indústria 4.0 e Internet das Coisas, analisando um exemplo 
de dashboard.
Sistemas de Informações Gerenciais
36
Gestão da tecnologia da informação e os 
tipos de sistemas de informação
INTRODUÇÃO:
O modo de gerir os investimentos deve partir de modelos 
de negócios diferenciados, normalmente baseados em 
tecnologia, já que os antigos modelos não funcionam mais. 
Para entendermos como a tecnologia da informação deve 
ser gerida, é importante retomarmos o processo evolutivo 
da tecnologia nas organizações, assim, neste capítulo, 
discutiremos primeiramente sobre o papel da tecnologia 
nas organizações, na sequência, veremos o processo de 
gestão e planejamento de tecnologia da informação e 
finalmente analisaremos o perfil profissional necessário 
para gerir a tecnologia no novo contexto organizacional.
Da mesma forma que a tecnologia vem evoluindo tecnicamente, 
a forma como ela atua nas organizações também vem sendo alterada. 
Assim, paralelo ao fato de que a tecnologia tem se espalhado por todos 
os segmentos de mercado e por todas as áreas das empresas, a forma 
como ela vem sendo abordada pelas organizações vem sendo mudando.
O grande impacto da mudança se reflete na migração do uso da 
tecnologia da informação (TI) inicialmente somente para fins operacionais 
e agora para fins estratégicos. Essa alteração não ocorreu somente 
quanto ao tipo de tecnologia a ser utilizada, mas sobretudo com relação 
aos investimentos que hoje são muito mais altos que antigamente.
De acordo com IDG (2016),
Os gastos globais com TI devem crescer 2,9% em 2017 em 
relação a 2016, totalizando US$ 3,4 trilhões, após uma 
pequena retração prevista para este ano, segundo estimativa 
feita pelo Gartner Group. Segundo o instituto de pesquisa, a 
área de software e serviços de TI são o principal responsável 
pela expansão dos investimentos.
Sistemas de Informações Gerenciais
37
Papel da tecnologia da informação nas 
empresas
A tecnologia da informação entra nas organizações na década 
de 50 com o advento dos computadores e, com eles, os sistemas de 
informação que começam a ser utilizados pontual e operacionalmente 
até chegar ao cenário de hoje, onde praticamente todas as organizações 
dependem da tecnologia.
O desenvolvimento, o crescimento e a função da tecnologia da 
informação nas organizações mudou à medida que os sistemas de 
informação foram evoluindo. Podemos perceber que inicialmente os 
sistemas de informação tinham um caráter extremamente operacional, 
ou seja, suas funcionalidades estavam concentradas em automatizar 
atividades que antes eram realizadas pelas pessoas, sem a realização 
de críticas ou melhorias. Podemos verificar esse cenário nos sistemas 
de processamentos eletrônicos de dados e os de informação gerencial.
Com os sistemas de apoio à decisão, sistemas de informações 
executivas e estratégicas e sistemas inteligentes, começamos a perceber 
que estes começam a exercer uma função estratégica, já que começam 
a deixar de simplesmente trabalhar e fornecer dados e informações e 
começam a dar a seus usuários – as empresas – conhecimento.
De acordo com Laudon e Laudon (2004, p. 16),
Enquanto os primeiros sistemas produziam, em grande parte, 
mudanças técnicas que afetavam poucas pessoas da empresa, 
os atuais vêm provocando mudanças administrativas (que têm 
tal informação sobre quem, quando e com que frequência) 
e mudanças institucionais ‘centrais’ (que produtos e serviços 
produzidos, sob que condições e por quem).
Fazendo um paralelo com a estrutura organizacional das empresas, 
a área de tecnologia da informação como função organizacionalinicialmente estava posicionada na estrutura organizacional como uma 
das atividades do setor de administração, em alguns casos ela estava 
dentro do setor de manutenção da empresa, como podemos ver na 
Sistemas de Informações Gerenciais
38
figura a seguir. Ou seja, era simplesmente uma atividade administrativa e 
operacional sem grande importância para a organização.
Figura 10: Estrutura organizacional I
Diretoria
RH Produção ADM
Informática 
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
Com o desenvolvimento dos sistemas de informação mais 
inteligentes, o setor de informática assume uma função organizacional 
dissociada da área operacional que era fortemente ligada ao hardware e 
software e passa a estar correlacionada à informação, assumindo dessa 
forma uma posição de staff dentro das organizações como podemos ver 
na figura a seguir.
Figura 11: Estrutura organizacional II
Diretoria
RH Finanças Produção
Tecnologia da 
Informação
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.
Sistemas de Informações Gerenciais
39
Ao assumir a função de staff, a área de tecnologia da informação tem 
agora uma função estratégica, já que a informação é hoje um dos maiores 
recursos que a organização tem e muitas vezes ela pode determinar a 
sobrevivência da empresa. Desse modo, percebemos que a forma como a 
empresa gerenciava e investia na tecnologia da informação anteriormente 
concentrada na área técnica, não podia ser continuada, portanto, urge a 
necessidade de uma postura diferenciada que permita que a empresa possa 
aproveitar os benefícios que a tecnologia da informação pode oferecer.
Benefícios da tecnologia nas empresas
Eficiência operacional e redução de custos 
Desde o início do uso da tecnologia da informação nas empresas, 
ela sempre teve como objetivo a redução dos custos, principalmente 
pela otimização de recursos. Inicialmente, com a informatização dos 
processos, a TI gerou benefícios de tempo, já que com os sistemas de 
informação os processos acontecem de maneira muito mais rápida, 
ou seja, melhoria nos processos. Na sequência, a automatização gerou 
uma diminuição da necessidade de mão de obra, o que representou a 
primeira redução de custos.
A automatização de processos, principalmente na área de 
produção, possibilita a redução do consumo de matéria-prima, visto que 
os sistemas de informação associados à robótica consegue uma precisão 
que gera otimização de recursos materiais e redução de tempo.
Outro exemplo de tecnologia da informação que proporciona uma 
redução de custos são as tecnologias de VoIP (Voice Over Internet), que 
possibilitam o uso das redes para a realização de ligações, sobretudo 
internacionais, facilitando os contatos comerciais internacionais das 
empresas.
VoIP, ou Voz sobre Protocolo de Internet, é uma tecnologia que 
permite a transmissão de voz por IP (Protocolos de Internet), ou seja, 
transforma sinais de áudio analógicos, como em uma chamada, em 
dados digitais que podem ser transferidos pela internet. (Disponível em: 
https://glo.bo/2PVnBpz. Acesso em: 6 abr. 2021)
Sistemas de Informações Gerenciais
40
Esses benefícios refletem diretamente na eficiência e lucratividade 
das organizações, já que com uma diminuição de custos existe uma grande 
probabilidade de aumento de margens e participação do mercado e isso 
é proporcionado pela tecnologia da informação (LAUDON; LAUDON, 
2014).
Comunicação 
Com o avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação 
(TICs) e o advento da internet, smartphones e outras tecnologias 
modernas, o processo de comunicação interna e externa das empresas 
foi radicalmente alterado. Hoje, com o amparo da TI, as empresas 
conseguem a velocidade comunicacional necessária ao andamento dos 
negócios.
Na comunicação interna, a possibilidade de acessos remotos e 
de processos colaborativos proporciona às empresas a agilidade que 
é necessária para que as organizações se mantenham no mercado. 
Um exemplo simples é o uso de sistemas de mensagens instantâneas 
e videoconferência. Muitas empresas multinacionais utilizam esses 
sistemas para trocar mensagens entre filiais, resolvendo pendências e 
agilizando processos.
Na comunicação interna por meio da internet e da criação de 
intranets ou portais, é possível a transmissão e o compartilhamento de 
informações necessárias com os colaboradores, onde quer que estejam.
Ainda pensando em comunicação, segundo Laudon e Laudon 
(2014, p. 6) “os gerentes usam costumeiramente a colaboração on-line 
e tecnologias sociais para tomar melhores decisões e de maneira mais 
rápida”.
Tomada de decisões
O avanço tecnológico dos sitemas de informação e banco de 
dados possibilitou por meio do cruzamento de informações a sinalização 
de tendências servindo como apoio para uma tomada de decisão mais 
assertiva. Na opinião de Laudon e Laudon (2014, p. 362), “uma das 
Sistemas de Informações Gerenciais
41
principais contribuições dos sistemas de informação é a melhoria na 
tomada de decisão, tanto para os indivíduos quanto para grupos”. 
A importância do embasamento informacional para a tomada de 
decisão é determinante para o direcionamento organizacional, já que 
uma decisão bem feita pode mudar o rumo da empresa.
Competitividade 
De acordo com Porter (1989), as principais estratégias competitivas 
são baseadas no custo e na diferenciação. Com relação ao custo, 
a partir do momento que a TI aumenta a eficiência organizacional e 
consequentemente otimiza os custos, ela potencializa a competitividade 
das empresas. Se analisarmos a redução de custos com materiais na 
produção, o custo do produto fica menor e, dessa maneira, é possível 
uma melhor barganha comercial, aumentando a participação de mercado 
sem comprometer margem.
A TI fornece informações que conduzem as diferenciações, como é 
o caso das soluções de Customer Relationship Mangament (CRM), que a 
partir do delineamento do perfil do cliente direciona as ações da empresa 
conforme as expectativas dos clientes. Na área de produção, soluções 
tecnológicas aprimoram a produção gerando também diferenciação ao 
produto, isso sem falar no processo de inovação tecnológica.
Novos modelos de negócios
As TICs abrem inúmeras possibilidades que sem ela não seriam 
possíveis. “Novos negócios e setores aparecem enquanto os antigos 
desaparecem, e empresas bem sucedidas são aquelas que aprendem a 
usar as novas tecnologias” (LAUDON; LAUDON, 2014, p. 4).
De acordo com Osterwalder e Pigneur (2011, p. 14), “um modelo 
de negócios descreve a lógica de como uma organização cria, 
entrega e captura valor”. Com o uso das TICs, começam a sugir várias 
empresas baseadas totalmente na internet, apoiando a possibilidade de 
customização e personalizações. Um bom exemplo são as plataformas 
negociais, como o da Blank Label (www.blanklabel.com) que é uma 
empresa on-line que vende camisas totalmente personalizadas, e o Get 
Sistemas de Informações Gerenciais
42
Around (www.getaround.com) que é um ambiente virtual onde as pessoas 
simplesmente compartilham seus carros.
Relacionamento com cliente e fornecedores
O grande benefício da TI para o relacionamento com o 
público externo concentra-se na possibilidade de uma integração 
interorganizacional que permite uma agilidade nos processos. A partir 
dessa integração é possível personalizar as ações com os parceiros 
como forma de melhorar o relacionamento e atender seus interesses. 
Alguns fabricantes já possuem sistemas de informação que 
automatizam a entrada de pedidos com os grandes atacadistas. Dessa 
forma, ambos atacadistas e fabricante conseguem criar estratégias 
conjuntas, o que perante ao mercado é sem dúvida uma estratégia 
competitiva.
Com clientes, principalmente os grandes, é possível estabelecer 
um elo que se bem explorado pode concretizar e manter clientes. Nesse 
caso, a tecnologia possibilita também a integração produtiva diferenciada 
baseada no just in time (JIT), que é mais difícil de ser rompida.
O conceito do JIT é bastante simples: produzir e entregar os 
produtosa tempo (just in time) de serem vendidos. Peças a tempo de 
serem montadas e materiais a tempo de serem transformados em peças. 
A ideia dos japoneses é produzir pequenas quantidades para corresponder 
à procura, enquanto que os ocidentais produzem grandes quantidades 
de produtos variados para o caso serem necessários.  (Disponível em: 
https://bit.ly/3en2fe8. Acesso em: 6 abr. 2021.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Aprendemos o papel da tecnolo-
gia da informação nas empresas. Vimos o processo de ges-
tão e planejamento da tecnologia e compreendemos os 
benefícios dos sistemas de informações nas organizações.
Sistemas de Informações Gerenciais
http://www.getaround.com
43
REFERÊNCIAS
ALECRIM, E. O que é Internet das Coisas (IoT). 2016. Infowester. 
Disponível em: https://www.infowester.com/iot.php. Acesso em: 6 abr. 
2021.
CRUZ, T. Sistemas de informações gerenciais: tecnologias da 
informação e as organizações do século XXI & Introdução ao BPM & 
BPMS Introdução ao CMM-I. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
GONÇALVES, G. R. B. Sistemas de informação [recurso eletrônico] 
/ Glauber. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
KROENKE, D. Sistemas de informaçaões gerenciais. São Paulo: 
Saraiva, 2012.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informações gerenciais: 
administrando a empresa digital. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informações gerenciais: 
administrando a empresa digital. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil 2014.
O’BRIEN, J. A., MARAKAS, G. M. Administração de sistemas de 
informação. 15. ed. Dados eletrônicos. Porto Alegre: AMGH, 2013.
OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas de informação gerenciais: estratégias, 
táticas, operacionais. São Paulo: Atlas, 2002.
OSTEWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation – 
Inovação em Modelos de negócios: um manual para visionários, 
inovadores, inovadores e revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 
2011.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de 
indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
SANTOS, S. Introdução à IoT: Desvendando a Internet das Coisas. 
SS Trader Editora, 2018.
Sistemas de Informações Gerenciais
Sistemas de Informação na Cadeia Produtiva 
Unidade 2 
Sistemas de 
Informações 
Gerenciais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
TATIANA SOUTO MAIOR DE OLIVEIRA
AUTORIA
Tatiana Souto Maior de Oliveira
Olá! Meu nome é Tatiana Souto Maior de Oliveira. Sou doutora em 
Administração com ênfase em tecnologia, possuo Mestrado em Gestão 
Urbana pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e especializações 
na área de Tecnologia da Comunicação e Informação. Atualmente sou 
professora universitária, profissão que exerço há 15 anos, trabalhando com 
pesquisa e consultoria na área de administração e atuando principalmente 
no elo dos seguintes temas: informação, tecnologia e negócio.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Sistemas de gestão empresarial (ERP) ...............................................10
ERP .............................................................................................................................................................10
Vantagens de um ERP .............................................................................................. 13
Fatores críticos de sucesso .................................................................................. 15
Sistemas de tomada de decisão (SIG, DSS e EIS) ..........................19
Modelo de banco de dados para sistemas de apoio à decisão................... 21
Dificuldades na criação de sistemas de tomada de decisão .........................24
Customer Relationship Management (CRM) ..................................... 26
Vantagens do CRM ........................................................................................................................28
Estrutura do CRM ............................................................................................................................ 31
CRM como ferramenta de accountability ..................................................... 37
Supply Chain Management ..................................................................... 39
Vantagens do SCM ......................................................................................................................... 41
Soluções correlatas ao SCM ...................................................................................................42
E-procurement ...............................................................................................................42
 Partner Relationship Management (PRM) .................................................44
7
UNIDADE
02
Sistemas de Informações Gerenciais
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INTRODUÇÃO
No passado, as empresas adotavam estratégias de controles 
manuais, por meio de livros, fichários e cadernos. Muitos empresários 
tinham de cor o nome e contato de seus principais clientes. O avanço 
tecnológico nos apresenta formas bem mais eficientes de guardarmos e 
manipularmos os dados importantes para o sucesso dos empreendimentos. 
Manter clientes satisfeitos envolve uma série de estratégias que 
demandam o controle de todos os dados relacionados a eles; desde suas 
preferências, escolhas e contatos, até suas experiências após consumir os 
produtos e/ou serviços que foram adquiridos. 
Poder gerenciar essas informações de forma integrada corresponde 
às aplicações empresariais dos Sistemas de Informações Gerenciais, e 
temos muito a estudar sobre isso. Ao longo desta unidade letiva iremos 
mergulhar neste universo!
Sistemas de Informações Gerenciais
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OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 2 da disciplina de Sistemas de 
Informações Gerenciais. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento 
das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de 
estudos:
1. Entender a finalidade e a arquitetura dos sistemas de gestão 
empresarial ou Enterprise Resource Planning  (ERP), identificando 
as principais segmentações e fornecedores nacionais e mundiais 
desses sistemas;
2. Compreender o conceito e a finalidade dos sistemas de apoio 
às tomadas de decisão (SIG, DSS E EIS), discernindo sobre suas 
características;
3. Discernir sobre as peculiaridades dos Sistemas de Relacionamento 
com Clientes, ou Customer Relationship Management (CRM), suas 
aplicações e perfis de empresas usuárias;
4. Entender o conceito e a finalidade dos Sistemas de Gerenciamento 
da Cadeia de Suprimentos, ou Supply Chain Management (SCM), 
identificando perfis de empresas usuárias e outraspeculiaridades. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Sistemas de Informações Gerenciais
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Sistemas de gestão empresarial (ERP)
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
a utilização dos sistemas de informação pelas empresas. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
Os profissionais que utilizaram sistemas de informações 
gerenciais sem a devida instrução tiveram problemas nos 
fluxos de controle de dados e de processos. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Vamos lá. 
Avante!
ERP
A partir do momento em que as empresas perceberam os 
benefícios dos sistemas de informação dentro da empresa, notamos 
um vertiginoso crescimento dos investimentos em sistemas. De fato, 
podemos dizer que a partir da década de 70 a área de tecnologia, também 
chamada simplesmente informática, vem movimentando o dia a dia das 
organizações.
Os Sistemas de Informações Gerenciais começam a ser desenvolvi-
dos primeiramente de forma isolada, ou seja, foram sendo desenvolvidos 
sistemas específicos para cada área organizacional (O’BRIEN, 2004). Des-
se modo, era normal em uma instituição, até a década de 90, encontrar a 
cada setor um sistema diferente que não conversavam entre si.
Sistemas de Informações Gerenciais
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Na figura 1 podemos ver de forma exemplificada o cenário acima, 
onde cada setor desenvolvia seu sistema de forma isolada. Na grande 
maioria das empresas, os sistemas dessa época eram sistema de cunho 
operacional e atendiam as necessidades diárias do setor.
Figura 1: Estrutura de informação sistemas isolados
Marketing
Marketing 
de produtos
Vendas
Telemarketing
Vendedores
Operações
Processamento 
de ordens
Finanças
Cotas a 
receber
Sistema de Pedidos 
de Clientes (Grupo)
Sistema de Análise 
de Vendas (Pessoal)
Sistema de Geração de 
Receita (Institucional)
Fonte: Elaborada pela autora, 2021.
 A grande questão que começa a aparecer é que a tendência geral, 
quando falamos em uso da tecnologia, é que a partir do momento em que 
temos acesso a informações que nos ajudam a gerir as empresas, sempre 
queremos mais dessa tecnologia. A premissa é simples: informação é a 
chave da gestão de hoje. Quando os gerentes descobrem que podem ter 
acesso às informações, nova demandas começam a surgir e o modelo de 
sistemas departamentalizado não consegue suprir. 
De fato, apesar das vantagens que eles representavam operacio-
nalmente e em alguns casos até gerencialmente, muitas das necessida-
des informacionais em nível de gestão envolviam informações de mais de 
um setor. Mas quais os principais problemas desse modelo?
Primeiramente podemos destacar o fato de que quando temos 
um cenário descentralizado temos uma fragmentação da informação, ou 
Sistemas de Informações Gerenciais
12
seja, para compormos uma determinada informação ou conhecimento 
precisamos de uma série de dados, lembram? Agora, imagine em um 
ambiente onde os sistemas são isolados, como conseguiremos cruzar 
informações financeiras e comerciais? Como vou saber qual seria meu 
produto mais lucrativo? Nesse caso, teríamos duas possibilidades:
 • Extrair informações dos sistemas financeiro e comercial e cruzá-
las manualmente ou por meio de planilhas de análise (ainda hoje 
muitas empresas fazem isso).
 • Outras opções é criar inputs (entradas) de dados financeiros nos 
sistemas comerciais e inputs comerciais nos sistemas financeiros.
Nos dois casos acima chegaríamos ao conhecimento desejado, 
mas em ambos os casos já imaginou o tempo que perderíamos para 
fazer isso? Desse modo, percebemos que quando temos uma série de 
sistemas isolados é muito mais difícil e custoso obter informações.
No segundo caso, se tivermos que duplicar os dados em 
vários sistemas, temos ainda outro problema, a possibilidade de uma 
inconsistência de dados. Toda vez que redigitamos determinado dado 
temos a possibilidade de erros de digitação, o que pode comprometer 
toda a informação gerada e consequentemente a tomada de decisão.
Os sistemas de informação quando utilizados isoladamente tiveram 
as seguintes características:
 • Fragmentação da informação.
 • Dificuldade de obter informações consolidadas.
 • Inconsistência de dados.
Agora você deve estar pensando: como posso resolver essa 
situação? A solução é simples, precisamos integrar os dados dos vários 
sistemas, preferencialmente em uma mesma plataforma, assim será 
possível a consolidação dos dados e, consequentemente, geração de 
relatórios de cunho gerencial e estratégico.
Assim surgem os ERPs (Enterprise Resourse Planing) ou comumente 
chamados de sistemas de gestão, que têm como objetivo principal 
Sistemas de Informações Gerenciais
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possibilitar a integração entre as diversas áreas funcionais de uma 
empresa, gerando informações que possibilitem seu planejamento 
(RAINER; CEGLESKI, 2012).
Segundo O’ Brien e Marakas (2013, p. 290),
O ERP é a espinha dorsal dos negócios eletrônicos, uma 
arquitetura de transações que liga todas as funções de uma 
empresa, como processamento de pedido de vendas, controle 
e gerenciamento de estoque, planejamento de produção e 
distribuição e finanças.
A partir da implementação dos ERPs, as empresas conseguem 
controlar seus processos e suas atividades de uma maneira mais precisa, 
proporcionando principalmente uma melhoria operacional.
Os sistemas de gestão em sua maioria atendem no mínimo as 
necessidades básicas de gestão, ou seja, possuem módulos para os 
setores de recursos humanos, financeiro, comercial, produção e áreas 
correlatas. Na figura 2 podemos ver um exemplo de ERP básico.
 Figura 2: Principais componentes de um ERP
ERP
Inventário Financeiro Recursos humanos Produção Serviço Compras MRP
 
Fonte: Elaborada pela autora, 2021.
Agora imagine a quantidade de descobertas que podemos fazer 
integrando todas essas áreas? Vamos dar uma olhadinha em algumas 
vantagens que os ERPs conseguem gerar para a organização.
Vantagens de um ERP
 • Integração dos processos (informações atualizadas): as empresas 
são estruturadas a partir de processos e a grande maioria destes 
Sistemas de Informações Gerenciais
14
permeiam todos os setores das organizações. Com os sistemas 
isolados ficava difícil se perceber o todo de um processo e 
consequentemente não era possível manter sua continuidade. Já 
com o ERP é possível uma visão geral e atualizada por parte dos 
gestores da empresa. 
 • Acesso à informação, (permissão de acesso): a lógica da base do 
ERP é a unificação dos sistemas em uma única plataforma, o que 
possibilita um controle maior no acesso, garantindo segurança a 
informação.
 • Padronização dos processos: a grande maioria das empresas tem 
problemas com processos segmentados que geram uma série de 
formatos diferente. A padronização de procedimentos, além de 
permitir uma melhoria operacional, possibilita um melhor controle 
da organização como um todo.
 • Velocidade da informação (tempo real): como já falamos 
anteriormente, o processo de integração de processos em 
ambiente não integrado é muito custoso e demorado, e hoje o 
mercado demanda informações em tempo real. Por meio do ERP 
é possível integrar dados de todos os setores. Assim, a integração 
e o acesso a essas informações ocorrem quando o usuário as 
solicita.
 • Redução de custos: quando integramos os sistemas, eliminamos 
processos redundantes, diminuindo processos duplicados, e 
agilizamos a organização como um todo.
 • Agilidade empresarial: a integração de sistemas em uma única 
plataforma permite que a empresa tenha acesso às informações 
de forma mais rápida, aumentando a agilidade mercadológica da 
empresa.
 • Eficácia empresarial: os conceitos de eficácia estão relacionados 
à capacidade de as empresas atingirem seus objetivos. Quanto 
mais munidos de informações são os gestores, podemos imaginar 
que melhores serão suas ações e consequentemente maior a 
probabilidade do atingimento dos objetivos.
Sistemas de Informações Gerenciais15
Como dito anteriormente, o ERP tem um papel de extrema 
importância para o alinhamento dos processos organizacionais, já que se 
tem acesso o processo da organização. Esse acompanhamento é feito de 
maneira integrada por todos os setores, permitindo um melhor controle 
e consequentemente resultado. Na figura 3, podemos ver a abrangência 
de atuação do ERP.
Figura 3: Funções e processos empresariais auxiliados pelo sistema ERP
Fo
rn
e
ce
d
o
re
s
Planejamento 
de demandas
Planejamento 
de produção
Planejamento 
logístico
Planejamento 
de distribuição
Inserção do 
pedido
C
lie
n
te
s
 ERP 
Compras e 
contas a pagar
Planejamento 
de materiais
Entradas 
estoque
Gerência da 
fábrica
Programação 
da produção
Controle de 
estoque e 
armazenagem
Distribuição 
e contas a 
receber
Finanças e contabilidade
Recursos humanos
Fonte: O’Brien e Marakas, 2013, p. 296.
Com base nessas vantagens, podemos chegar à conclusão de que a 
maioria das empresas buscam implantar um ERP pelos seguintes motivos: 
integração de informações, necessidade de informações gerenciais, 
busca de vantagem competitiva e redesenho de processos. Entretanto, 
percebemos que muitas empresas ainda não utilizam essa tecnologia, 
mas cada vez mais as pressões mercadológicas vêm pressionando as 
empresas a melhorar a sua gestão com base em informação e isso só 
é possível a partir da existência de informações integradas, ou seja, por 
meio da implementação de um ERP.
Fatores críticos de sucesso
É fato que os ERPs fazem muita diferença nas organizações, mas 
implementar essa ferramenta não é algo simples, já que ele envolve toda 
a organização. Normalmente, para a implementação, é necessário que a 
empresa se estruture com foco no projeto.
Sistemas de Informações Gerenciais
16
Segundo O’Brien e Marakas (2013, p. 297),
A implementação do ERP é comparável a um transplante 
de cérebro. Desativamos todos os aplicativos da companhia 
e passamos a utilizar o software da Peoplesoft. O risco, 
evidentemente, seria a interrupção das atividades da empresa, 
porque se o ERP não for implementado corretamente, com 
certeza você acabará matando a empresa. 
Segundo Valentin et al. (2001), para que as empresas tenham 
sucesso na implementação de um projeto de ERP, é necessário que elas 
tenham:
 • Missões claras e definidas.
 • Apoio da alta administração.
 • Usuários capazes e envolvidos.
 • Planejamento detalhado do projeto.
 • Gerente de projetos com habilidades necessárias.
 • Presença de consultoria externa.
 • Mudança nos processos de negócios.
Segundo Côrtes e Lemos (2009, p. 98),
 • A resistência a mudanças pelo usuário é o maior risco na 
implantação do ERP.
 • Treinar somente alguns usuários para serem multiplicadores de 
informação é um risco de insucesso do projeto ERP.
 • É importante o comprometimento e a dedicação em tempo 
integral da ..... equipe designada na implantação para o sucesso do 
projeto ERP.
 • É importante o comprometimento de todos, principalmente do(s) 
executivo(s) responsável(eis) da empresa, a fim de garantir o 
sucesso do projeto.
Sistemas de Informações Gerenciais
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 • Deve haver um acompanhamento do projeto com reuniões 
periódicas.
 • A motivação é fator decisivo em cada fase do projeto ERP.
 • Usuários envolvidos somente na fase final do projeto têm uma 
resistência natural à utilização do ERP.
 • Treinamento insuficiente dos usuários é uma falha que repercute 
negativamente na implantação do ERP.
 • Os objetivos e as fases do projeto ERP devem ser claramente 
definidos para todos na empresa.
Existem várias soluções de ERP atualmente no mercado, sendo 
que é possível encontrarmos para pequenas empresas até soluções mais 
robustas. Dentre os principais players do mercado podemos destacar:
 • TOTVs - https://www.totvs.com
 • Oracle - http://www.oracle.com/applications
 • SAP - http://www.sap.com
Pensando no cenário de pequenas empresas, podemos destacar 
o ERP Hábil empresarial (https://www.habil.com.br//), que tem versões 
escalonadas a partir de uma solução mais simples e gratuita até soluções 
com mais funcionalidades.
Com a evolução da tecnologia da informação e a tendência de 
estruturas descentralizadas e/ou sistemas distribuídos, cada vez mais 
percebemos a tendência de as empresas utilizarem soluções localizadas 
fora da empresa, ou seja, na nuvem.
Segundo Coulouris e Dollimore (2013, p. 18),
Definimos um sistema distribuído como aquele no qual os 
componentes de hardware ou software, localizados em com-
putadores interligados em rede, comunicam-se e coordenam 
suas ações apenas enviando mensagens entre si. Essa de-
finição simples abrange toda a gama de sistemas nos quais 
Sistemas de Informações Gerenciais
https://www.totvs.com
http://www.oracle.com/applications
http://www.sap.com
https://www.habil.com.br//
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computadores interligados em rede podem ser distribuídos 
de maneira útil. 
Segundo Veras (2012, p. 32),
É um conjunto de recursos virtuais facilmente utilizáveis e 
acessíveis, tais como hardware, software, plataformas de 
desenvolvimento e serviços. Esses recursos podem ser 
dinamicamente reconfigurados para se ajustarem a uma carga 
de trabalho (WORKLOAD) variável, permitindo a otimização do 
seu uso. 
Existe hoje uma infinidade de sistemas de ERP que funcionam na 
nuvem e a maioria deles permite um teste gratuito. Aqui vale ressaltar 
que a grande vantagem do uso de sistemas na nuvem é que minimiza a 
necessidade de infraestrutura, mas essas soluções não são ideais para 
todos os cenários.
Assim antes de optar por uma solução ou outra, é importante um 
diagnóstico das necessidades da empresa. A organização deve ter clara 
as suas necessidades processuais e informacionais e verificar se a solução 
escolhida atende as necessidades identificadas.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Compreendemos o que 
é como se aplica o sistema de gestão empresarial ERP. 
Vimos sua estrutura em sistemas isolados, as vantagens de 
um ERP e os fatores críticos de sucesso na implementação 
dessa ferramenta.
Sistemas de Informações Gerenciais
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Sistemas de tomada de decisão (SIG, DSS 
e EIS)
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender os 
sistemas de tomada de decisão, como o SIG, DSS e EIS. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Vamos lá. Avante!
A partir da década de 70, as empresas começaram administrativa-
mente a demandar por informações que permitissem tomar decisões que 
normalmente resultam do cruzamento de dados de setores distintos da 
organização e surgem assim os sistemas de apoio à decisão (SAD), que 
além de relatórios operacionais, começaram a dar informações que per-
mitiam uma tomada de decisão, ou seja, o gestor agora não precisa mais 
ficar cruzando dados para ter informações que sinalizasse erros frequen-
tes ou estratégica malsucedidas (O’BRIEN, 2004).
Nesse contexto, começamos a falar de sistemas de apoio à tomada 
de decisão que possibilitam uma integração de informações de diferentes 
áreas funcionais para que fosse possível uma análise decisória.
À medida que as empresas começam a buscar por soluções que 
deem mais que dados e informações, começamos a perceber sistemas 
de cunho estratégico, que permitam a criação de cenários que subsidiem 
a tomada de decisão. Esses sistemas têm se destacado principalmente 
pelo fato de que a assertividade da tomada de decisão nunca foi tão 
importante. 
Hoje, no mercado, as empresas não podem perder possíveis 
oportunidades, muito menos tomar uma decisão errada, se isso ocorrer, 
dependendo do caso, não há tempo para se reverter e toda a operação 
pode ser comprometida. 
Sistemas de Informações Gerenciais
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Como a empresa atua cada vez mais interligada interna e 
externamente, é necessário que essas decisões sejam tomadas com base 
em todos os dados possíveis.

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