Prévia do material em texto
Obturaçã� d� SCR - Após abertura, instrumentação e irrigação chega o momento da obturação ETAPAS DO TRATAMENTO Diagnóstico → Acesso coronário → preparo biomecânico (instrumentação) → Desinfecção → Obturação → Proservação → Sucesso OBTURAÇÃO DO SCR - Eliminação dos espaços vazios, originalmente ocupados pela polpa dental, que podem servir de nichos para proliferação de microrganismos que resistiram ao preparo do canal (infecção persistente) ou que em momento posterior possa ganhar acesso a esses espaços (infecção secundária) - Obturação hermética = preencher esses espaços para que as bactérias não colonizam novamente - Caso elas colonizem novamente é chamada de “infecção persistente” ou “infecção secundaria”. - Infecção persistente = Permanece mesmo após instrumentação e ainda consegue proliferar - Infecção secundária = É introduzida no interior do canal, contudo não estava anteriormente (geralmente relacionada a quebra de cadeia asséptica) MATERIAIS USADOS - Cones de guta percha - Cimentos endodonticos CONES DE GUTA PERCHA ● Material borrachóide ● Polímero de metil butadieno e isopreno (borracha) ● Propriedades = Mais dura, quebradiça, menos elástica que borracha ● Não pode ser esterilizável ● Duas formas cristalinas distintas ○ Alfa → é a naturalmente extraída da árvore ○ Beta → Guta-perchas disponíveis comercialmente se encontra na forma beta COMPOSIÇÃO DOS BASTÕES DE GUTA PERCHA ● Guta percha - 19 a 20% ● Óxido de zinco - 60 a 75% (Contribuir para n proliferação de bactérias) ● Radiopacificadores - 1,5 a 17% (Melhorar a visualização na radiografia) ● Outras substâncias - 1 a 4% - Pequenas irregularidades na estrutura Pode ser apresentada em cone em bastão - O uso do cone é geralmente de um central (cone principal) e outros ao redor (cones acessórios) CONES AUXILIARES - Não padronizados recebem nomenclatura específica de tamanho - Conicidades e diâmetros variáveis - Pontas mais afiladas - São disponíveis nos tamanhos : XF,FF,MF,F,FM,M,ML,L e XL - São cônicos → não padronizados CONE PRINCIPAL - Cones padronizados (calibrados) - numeração de acordo com as limas endodônticas - Diâmetros e conicidades determinados - Diâmetro da ponta D0 (15 a 140) semelhante das limas endodônticas - Aumento Diâmetro : 0,05mm= 60, 60-140= 0,10mm - Padronizados pois são cilíndricos TAMANHO D3 (CALIBRE A 3mm DA PONTA) CONICIDADE (mm/mm) XF 0,2 0,019 FF 0,24 0,025 MF 0,27 0,032 F 0,31 0,038 FM 0,35 0,041 M 0,40 0,054 ML 0,43 0,063 L 0,49 0,082 XL 0,52 0,083 Conicidade variada diferente das limas (o quanto de aumento tem de um mm para outro) Mais usados com cone principal Mais usados em cone acessório DESVANTAGENS ● Pequena resistência mecânica à flexo compressão (rigidez), o que dificulta o seu uso em canais curvos e atresiados (se comprime muito, ela deforma) ● Pouca adesividade, o que exige a complementação da obturação com cimentos endodônticos ● Podem ser deslocados pela pressão, provocando sobreobturação durante os processos de compactação VANTAGENS ● Adaptam-se facilmente as irregularidades do canal quando utilizados em várias técnicas de obturação (borrachoide) ● São bem tolerados pelos tecidos perirradiculares (biocompatíveis) ● São radiopacos ● Podem ser facilmente plastificados por meios físicos e químicos, de acordo com variações de técnicas (por exemplo em caso de esquentá-la ela plastifica na conformação colocada) ● Possuem estabilidade dimensional nas condições de uso ● Não alteram a cor da coroa do dente quando usados no limite coronário adequado da obturação do canal ● Podem ser facilmente removidos do canal radicular (brocas específicas, calor, solventes) PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DOS MATERIAIS OBTURADORES Cimentos biocerâmicos = bons mas viram pedras após serem colocados dentro do canal CIMENTOS ENDODÔNTICOS ➔ Propriedades ideais ◆ Ser de fácil inserção e remoção no canal radicular ◆ Ter bom tempo de trabalho ◆ Promover o selamento tridimensional do sistema de canais radiculares ◆ Apresentar estabilidade dimensional nas condições de uso ◆ Ter bom escoamento (para escoar para interior dos túbulos e canais acessórios) ◆ Ser radiopaco ◆ Não manchar a estrutura dentária ◆ Apresentar adesividade às paredes do canal ◆ Apresentar força coesiva ◆ Ser insolúvel nos fluidos teciduais e na saliva ◆ Ser solúvel ou reabsorvível nos tecidos perirradiculares (fluido periapical pode solubilizar o cimento ou os macrofagos podem fagocitar essas particulas quando soluveis) ◆ Ser impermeável no canal ◆ Apresentar biocompatibilidade ◆ Ter atividade antimicrobiana Endo fill = A base de OZE Fill Canal = A base de OZE ➔ Classificações ◆ Cimentos a base de óxido de zinco - eugenol (OZE) (solúveis - característica negativa mas são biocompatíveis e tem propriedades microbianas) ◆ Cimentos contendo hidróxido de cálcio (muito solúveis dos fluidos periapicais) ◆ Cimentos resinosos (devido a contração não são muito desejáveis) ◆ Cimentos de ionômero de vidro (um pouco solúveis) ◆ Cimentos a base de silicone ◆ Cimentos biocerâmicos CIMENTOS A BASE DE ÓXIDO DE ZINCO-EUGENOL (OZE) ➔ Composição ◆ PÓ = óxido de zinco ◆ LÍQUIDO = Eugenol ◆ Óxido de zinco : é a base para a reação iônica com eugenol ◆ Eugenol : é a base para reação iônica com óxido de zinco ◆ Sulfato de Bário : Radiopacidade ◆ Tetraborato de sódio : retarda o tempo de endurecimento do cimento ◆ Breu (colofônia) : Adesividade ao cimento e diminui sua solubilidade ➔ Características ◆ Atividade antimicrobiana ◆ Antiinflamatório ◆ Citotoxicidade - Quando em contato com tecidos periapicais, principalmente por causa do Eugenol ● Manipulação (Quanto mais incorpora o pó no líquido mais vai ficar homogênea → menos eugenol live → menos reações da imunidade serão despertadas → Menos desconforto para o paciente) OBJETIVO - Obturação satisfatória em que seja possível escoamento para o canal acessório - OZE vai escoar bem mas não pode entrar em contato com superfície molhada OBJETIVO - Selar toda a extensão da cavidade endodôntica, desde a sua abertura coronária até o seu término apical. Em outras palavras o material obturador deve ocupar todo o espaço outrora ocupado pelo tecido pulpar promovendo o selamento tridimensional - Guta percha e cimento PRINCÍPIOS DA OBTURAÇÃO - Selamento apical (capaz de selar região do forame) - selamento lateral do canal - Selamento coronário da entrada do canal - Selamento dado pelo material restaurador final SÓ OBTURAR UM DENTE APÓS FINALIZAR LIMPEZA → DESINFECÇÃO → MODELAGEM OU SEJA A INSTRUMENTAÇÃO E IRRIGAÇÃO DE UM DENTE MOMENTO DA OBTURAÇÃO - Preparo químico-mecânico completo : - Limpeza + Desinfecção + Modelagem - Ausência de exsudação persistente (purulento ou seroso, espécie de “agua” - neste caso colocar medicação) - Ausência de sintomatologia (nenhum tipo de dor) - Ausência de odor DESCONTAMINAÇÃO DOS CONES DE GUTA PERCHA - Deixar os cones imersos no hipoclorito de sódio em torno de 3 a 5 minutos com uma cuba metálica ou pote de patê Existem vários tipos de técnicas na endo sendo a técnica de condensação lateral a mais usada TÉCNICA DE CONDENSAÇÃO LATERAL - Cone principal de diâmetro maior a região apical e cones acessórios ao redor de diâmetros menores - Cimentados pelos cimentos endodônticos Colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um cone principal bem adaptado e cimentado no canal. O espaço para os cones auxiliares é comumente criado pela ação de espaçadores Instrumentos : Espaçadores digitais (cores correspondem às mesmas relacionadas as limas) + instrumento de lucas (duaspontas) - Contudo tem-se outros condensadores pois os diâmetros das pontas são diferentes ➔ SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL ◆ O que guia a escolha é a última lima (X2 - Cone compatível é FM , X3 - Cone compatível é o M) ◆ É pautada na lima M2, é a última lima e mais calibrosa que chegou na região apical ◆ Inspeção visual : O cone é escolhido em função do diâmetro do instrumento empregado no preparo apical do canal radicular ◆ Critério tátil : avaliado de forma visual, deve oferecer uma certa resistência ao deslocamento coronário ◆ Critério radiográfico : Aprovado no teste visual e tátil, o cone é posicionado no canal e o dente radiografado para confirmar a exatidão da seleção ◆ Selecionar cone → colocar no hipoclorito (faz desinfecção)→ levar esse cone na medida do CT → Radiografia de prova de cone ◆ Levar em consideração diâmetro (Lima M2) e comprimento (CT) ◆ Marca o cone e faz radiografia de prova do cone ➔ COMPACTAÇÃO DO CANAL PROPRIAMENTE DITA ◆ Fundamental, para se alcançar a impermeabilidade a fluidos, impedindo a infiltração, microbiana advinda da cavidade bucal e para a eliminação do espaço vazio propício a proliferação de microrganismos remanescentes ➔ SECAGEM DO CANAL ◆ Utilizando para isso pontas aspiradoras seguidas de cones de papel absorvente de diâmetro compatíveis com o do preparo apical ➔ PREPARO DO CIMENTO OBTURADOR ◆ Manipulação do cimento é feita utilizando-se placa de vidro e espátula metálica flexível, estéreis, de acordo com as características e instruções próprias do produto comercial selecionado para obturação do canal radicular ➔ COLOCAÇÃO DO CONE PRINCIPAL ◆ O cimento poderá ser levado ao interior do canal PREPARO PARA OBTURAÇÃO 1. Prova do cone 2. Secar bem o canal com cone de papel absorvente ESTÉRIL 3. Manipulação de cimento endodontico. OZE não tem medidas bem definidas, ele está na proporção ideal quando há a formação de um fio de aproximadamente de 2 cm se tiver menor que 2 cm (faltam pó), se o fio não se forma (falta líquido). Manipulação com espatula flexivel OBTURAÇÃO 1. Passar cone principal na espátula ou placa de vidro 2. Levar cone no interior do canal e dar leves batidas para espalhar no interior do canal 3. Na técnica de condensação lateral será colocado vários cones acessórios ao redor 4. Na região do terço médio e cervical os cones vão ficar mais localizados no terço apical nem tanto (NÃO É NECESSÁRIO MEDIR CONES ACESSÓRIOS) Cimento → cone principal → Usar os espaçadores digitais (mesma lógica das limas de primeira série) Espaçadores servem para abrir espaço para colocar o cone acessório - Após colocação dos cones (acessórios e principais) → Radiografia (radiografia de condensação lateral para ver se todos os espaços foram obturados de maneira hermética) → Depois usar o instrumento de Lucas, aquecê-lo com maçarico até que ele fique rubro e corta todo excesso que esteja para fora na embocadura dos canais - Quando deixa guta percha ou cimento endodôntico acima do nível das embocaduras provoca escurecimento do dente - Com a outra ponta do instrumento de Lucas realizar compressão, ajeitando a guta percha dentro do canal - Tomar cuidado para não extravasar - A obturação fica somente no canal radicular ➔ RADIOGRAFIA FINAL - Paciente radiografado com isolamento - No máximo 0,5 a 1mm de distância na radiografia - Aquem não chegou - Além passou - Caso seja necessário fazer ajuste recortar com uma lâmina de bisturi - n 15 - Depois de fazer a prova do cone secar com cone de papel absorvente ESTÉRIL - Medida do cone de papel CPC https://www.youtube.com/results?search_query=tecnica+de+condensa%C3%A7%C3%A3o+ lateral DOCUMENTAÇÃO RADIOGRÁFICA DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO Radiografia inicial → Anestesia → Acesso coronário → Isolamento absoluto → Irrigação → Instrumentação → Radiografia de odontometria → Prova do cone radiografia → Inserir cone principal e lateral → radiografia de condensação lateral → remoção de isolamento → radiografia final https://www.youtube.com/results?search_query=tecnica+de+condensa%C3%A7%C3%A3o+lateral https://www.youtube.com/results?search_query=tecnica+de+condensa%C3%A7%C3%A3o+lateral