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FARMACOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM PARTE I
HISTÓRICO
Faça sua análise do gráfico acima, conforme explicação em sala de aula
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
Na Antiguidade, as doenças eram usualmente consideradas como possessões demoníacas ou
resultantes da raiva dos deuses. Para tratá-las, os povos utilizavam produtos naturais e rituais
religiosos. A farmacologia, embora trate das ações das substâncias em situações fisiológicas, se
desenvolveu, principalmente, por causa das situações patológicas, ou seja, daquelas situações
fisiológicas às quais foi atribuído um valor biológico; Como ciência, a Farmacologia nasceu em
meados do século XIX. O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o Papiro de Smith,
datado de 1600 a.C.
A partir de uma melhor compreensão da natureza das enfermidades e o desenvolvimento da química
orgânica, com a identificação e isolamento das primeiras drogas, foi possível a evolução da antiga
disciplina de Matéria Médica para a farmacologia moderna. A morfina foi a primeira droga isolada,
em 1805 por Sertüner, que a extraiu do ópio. Em 1847, Rudolf Buchheim fundou o primeiro Instituto
de Farmacologia, na Universidade de Dorpat, na Estônia. É importante ressaltar que, embora seja
diretamente voltada para o estudo dos efeitos e mecanismos de ação das substâncias químicas, essa
disciplina tem contribuído bastante para o conhecimento do funcionamento dos seres vivos.
1. AÇÃO DOS MEDICAMENTOS
AÇÃO LOCAL
A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela corrente sanguínea; Ex:
pomadas e colírios.
AÇÃO SISTÉMICA
Significa que a medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente sanguínea
para atuar no local de ação desejada. Ex: Antibióticos.
2. NOÇÕES DE FARMACOLOGIA:
2.1-CONCEITOS GERAIS :
Farmacologia: estudo dos fármacos em todas as suas funções.
• Fármaco (pharmacon = remédio): estrutura química conhecida;propriedade demodificar 
uma função fisiológica já existente.
• Medicamento (medicamentum = remédio) : fármaco com propriedades benéficas,
comprovadas por meio cientifico. Todo medicamento é um fármaco(remédio), mas nem todo
fármaco(remédio) é um medicamento.
• Droga (drug = remédio, medicamento, droga): substância que modifica a função fisiológica
com ou sem intenção benéfica.
• Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal,vegetal, mineral ou sintética;
procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: utilizados
em benefício da saúde.
• Placebo (placeo = agradar): O que feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento:
fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua
ausência), a figura do médico (feiticeiro).
• MONTE SEU DICIONÁRIO FARMACOLÓGICO: 
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2.2-Conceitos importantes sobre dosagem
• Posologia: É o estudo das doses de administração dos medicamentos.
• Dose: é uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismo produz um
efeito terapêutico. Classificam-se em:
1. Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito
terapêutico.
2. Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito
terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente.
3. Dose tóxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando
pertubações, intoxicações ao organismo, até a morte.
4. Dose Letal; é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE.
3. CONCEITO DE FARMACODINÂMICA:
3.1-FARMACODINÂMICA:
É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que produzem alterações bioquímicas ou 
fisiológicas no organismo. A interação, a nível celular, entre um medicamento e certos componentes 
celulares – proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do fármaco. A resposta 
decorrente dessa ação é o efeito do medicamento.
3.2-TIPOS DE FÁRMACO:
• Fármaco Agonista - intensifica ou estimula um receptor;
• Fármaco Antagonistas – Interage com um receptor mas não estimula, impede as ações de 
um agonista.
• Podem ser competitivos (competem com o agonista pelos sítios receptores) ou não- 
competitivos( liga-se aos sítios receptores e bloqueia os efeitos do agonista).
• FARMACOTERAPIA:
Refere-se ao uso de medicamentos para o combate de doenças, prevenção e diagnóstico.
Deve - se levar observar além da escolha do fármaco adequado os fatores individuais de
cada paciente , tais como: idade, função cardiovascular, GI, hepática, renal, dieta, doença,
interação medicamentosa, entre outros.
4. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A responsabilidade em administrar medicamentos é um dos maiores pesos sobre a equipe de
enfermagem.
Deve-se conhecer:
• A ação do fármaco no organismo;
• A dosagem e os fatores que a modificam;
• As vias de administração;
• Absorção e eliminação 
( Farmacocinética) A REGRA MAIS 
IMPORTANTE:
• Regra do 5 C – via certa, medicamento certo, paciente certo, dose certa, hora certa.
5. FARMACOCINÉTICA:
Farmacocinética : é o caminho que o [[medicamento]] faz no organismo. Não se trata do
estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a [[droga]] sofre desde a administração até
a excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que uma
vez as a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão apenas
de caráter Didático.
As fases da farmacocinética são: 1- 
absorção
Absorção farmacológica;
A absorção é a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração até o
momento que a droga entra na corrente sanguínea. 
Vias de administração como intra-venosa e intra-arterial não passam por essa etapa, entram
direto na circulação sangüínea. Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos : o pH do
meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser administrada,
concentração da droga na circulação sistêmica,concentração da droga no local de ação, distribuição
da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação metabolizada ou
excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a característica química da droga pois esta
interfere no processo de absorção.
• Efeito de primeira passagem
É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes que o
fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas a esse efeito são:
via oral e via retal*(em proporções bem reduzidas).
2. Distribuição farmacológica
Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O processamento da
droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior vascularização (como SNC,
pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação (tecido adiposo por
exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer :
baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como
desnutrição, hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas
plasmáticas,reduzindo assim o nível destas no sangue.
3. Bio-transformação
Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a posterior
excreção. A Biotransformação dá em duas fases:
Fase 1: etapasde oxidação, redução e hidrólise;
Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico.
A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga é diferente da fase 2,
obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase
que prepara a droga para a excreção.
4. Excreção
Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo. Fármacos
hidrossolúveis, carregados ironicamente, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos
renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em atravessar membranas. Excretam-
se, portanto, na forma ativa do fármaco.
Os sítios de excreção além do rim, incluem:
• pulmões,
• fezes;
• secreção biliar,
• suor,
• MONTE SEU DICIONÁRIO FARMACOLÓGICO
1-PRESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS:
A prescrição de medicamentos é uma ordem escrita dada por profissional capacitado, e deve 
conter:
 ✔ Data; nome; Hospital; UBS ou centro médico.
 ✔ Nome do medicamento;
 ✔ dose do medicamento;
 ✔ horário e/ou intervalo das doses;
 ✔ Via de administração do medicamento;
 ✔ Assinatura e carimbo contendo o seu registro no conselho do médico; odontólogo, ou de 
outro profissional qualificado.
 ✔ O nome do medicamento deve estar em letra legível;
1.1-Tipos de Prescrição Médica(PM), ou Receita médica:
 ✔ Prescrição Padrão: Contém o quanto de medicamento o paciente deve receber e por quanto
tempo, permanece em efeito por tempo indefinido ou por período especificado.
 ✔ Prescrição Única: Deve conter a prescrição de um medicamento que o paciente deve usar apenas
uma vez.
 ✔ Prescrição Imediata: Deve conter a prescrição de um medicamento o qual o paciente deve
receber imediatamente, em geral usada em problema urgente.
 ✔ Prescrição Permanente: Contém a PM de forma permanente, essas prescrições são elaboradas e
executadas por equipes de uma determinada instituição de saúde, sendo nos dias atuais bem
difundidas como protocolos.
 ✔ Prescrição Verbal e Telefônica: Não é o tipo de prescrição médica ideal, deve ser evitada, pois
este tipo traz riscos iminentes de erros., pode ocorrer em situações de urgência e deve ser
transcrita pelo médico o quanto antes.
1.2 - No seu bulário deve conter, 2 tipos de medicação por classe;
1. indicação
2. posologia
1 Absorção
(entrada)
Fármaco no local da administração
Fármaco no plasma
Fármaco nos tecidos
Metabólito(s) nos tecidos
 4 Excreção
(saída)
Fármaco e/ou metabólito(s) na urina, bile, lágrima, leite, saliva, suor ou fezes
3 Biotransformação
2Distribuição
3. cuidados da enfermagem
I RESUMO
A farmacocinética estuda o que o organismo faz com o fármaco, ao passo
que a farmacodinâmica (ver Cap. 2) descreve o que o fármaco faz no orga-
nismo. Quatro propriedades farmacocinéticas determinam o início, a intensi-
dade e a duração da ação do fármaco (Fig. 1.1):
 Absorção: Primeiro, a absorção desde o local de administração per-
mite a entrada do fármaco (direta ou indiretamente) no plasma.
 Distribuição: Segundo, o fármaco pode, então, reversivelmente,
sair da circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial
e intracelular.
 Biotransformação: Terceiro, o fármaco pode ser biotransformado no
fígado ou em outros tecidos.
 Eliminação: Finalmente, o fármaco e seus metabólitos são elimina-
dos do organismo na urina, na bile ou nas fezes.
Usando o conhecimento das variáveis farmacocinéticas, os clínicos podem
eleger condutas terapêuticas ideais, incluindo via de administração, dosa-
gem, frequência e duração do tratamento.
II VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
A via de administração é determinada primariamente pelas propriedades do
fármaco (p. ex., hidro ou lipossolubilidade, ionização) e pelos objetivos tera-
pêuticos (p. ex., necessidade de um início rápido de ação, necessidade de
tratamento por longo tempo, ou restrição de acesso a um local específico).
As vias principais de administração de fármacos incluem a enteral, a paren-
teral e a tópica, entre outras.
Ótico
Ocular Parenteral: IV, IM, SC
Ora
Bucal
Adesivo transdermal Tópica
Epidural
Sublingual
Inalação
2 
Figura 1.2 Whalen, Finkel & 
Panavelil
Vias comumente usadas para a
administração de fármacos.
IV, intravenosa; IM, intramuscular; 
SC, subcutânea.
A Enteral
A administração enteral, ou administração pela boca, é o modo mais se-
guro, comum, conveniente e econômico de administrar os fármacos. O
fármaco pode ser deglutido, por via oral, ou pode ser colocado sob a
língua (sublingual) ou entre a bochecha e a gengiva (bucal), facilitando
a absorção direta na circulação sanguínea.
A.1 Oral: A administração oral oferece várias vantagens. Os fárma-
cos orais são facilmente autoadministrados, e a toxicidade e/ou a
dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos como
o carvão ativado. Porém, as vias envolvidas na absorção oral são
as mais complicadas, e o baixo pH do estômago inativa alguns
fármacos. Uma ampla variedade de preparações orais é disponi-
bilizada, incluindo preparações revestidas (entéricas) e de libera-
ção prolongada.
1.a Preparações revestidas (entéricas): O revestimento entérico
é um envoltório químico que protege o fármaco do ácido gástri-
co, liberando-o, porém, no intestino (menos ácido), onde o en-
voltório se dissolve e permite a liberação do fármaco. Tais re-
vestimentos são úteis para certos fármacos (p. ex., omeprazol)
que são instáveis em meio ácido. Fármacos que são irritantes
ao estômago, como o ácido acetilsalicílico, podem ser formula-
dos com revestimento que vai se dissolver no intestino delga-
do, preservando, assim, o estômago.
1.b Preparações de liberação prolongada: Medicamentos de li-
beração prolongada (abreviados como LA, longa ação, ou LL,
liberação lenta) têm revestimentos ou ingredientes especiais
que controlam a liberação do fármaco, permitindo, assim, uma
absorção mais lenta e uma duração de ação mais longa. As
formulações LA podem ser administradas com menor frequên-
cia e podem aumentar a aderência do paciente. Além disso, as
formas de LA podem manter as concentrações na faixa tera-
pêutica por um período longo de tempo, em contraste com as
formas de liberação imediata, que podem resultar em picos e
vales maiores nas concentrações plasmáticas. As formulações
LA são vantajosas para os fármacos que têm meia-vida curta.
Por exemplo, a meia-vida da morfina por via oral é de 2 a 4 ho-
ras, e ela precisa ser administrada seis vezes ao dia para pro-
porcionar alívio contínuo da dor. Entretanto, são necessárias
apenas duas doses ao usar comprimidos LA. Infelizmente, vá-
rias das formulações LA foram desenvolvidas somente para
obter uma vantagem comercial sobre os produtos de liberação
convencional, em vez de vantagens clínicas comprovadas.
A.2 Sublingual e bucal: A colocação do fármaco sob a língua permi-
te que ele se difunda na rede capilar e, assim, entre diretamente
na circulação sistêmica. A administração sublingual tem várias
vantagens, incluindo facilidade de administração, absorção rápi-
da, ultrapassagem do ambiente gastrintestinal (GI) hostil e capa-
cidade de evitar a biotransformação de primeira passagem (ver
discussão adiante). A via bucal (entre a bochecha e a gengiva) é
similar à via sublingual.
B Parenteral
A via parenteral introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica.
Ela é usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato GI (TGI)
A
Injeção subcutânea
Injeção intramuscular
Epiderme
Derme
Músculo Tecido subcutâneo
B
200
5 mg de midazolam
por via intravenosa
100
5 mg de
0midazolam intramuscular
0306090
Tempo (minutos)
Farmacologia Ilustrada 3
(p. ex., heparina) e para os que são instáveis no TGI (p. ex., insulina).
Essa administração também é usada no tratamento do paciente impos-
sibilitado de tomar a medicação oral (paciente inconsciente) ou quando
é necessário um início rápido de ação. Além disso, as vias parenterais
têm maior biodisponibilidade e não estão sujeitas à biotransformação de
primeira passagem ou ao meio GI agressivo. Elas tambémasseguram o
melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao
organismo. Contudo, as vias parenterais são irreversíveis e podem
causar dor, medo, lesões teciduais e infecções. As três principais vias
de administração pa- renteral são a intravascular (intravenosa ou intra-
arterial), a intramuscular e a subcutânea (Fig. 1.3).
B.1 Intravenosa (IV): A injeção IV é a via parenteral mais comum. Ela
é útil para fármacos que não são absorvidos por via oral, como o
bloqueador neuromuscular rocurônio. A via IV permite um efeito
rápido e um grau de controle máximo sobre a quantidade de
fárma- co administrada. Quando injetada em bólus, toda a dose de
fármaco é administrada na circulação sistêmica quase
imediatamente. Se for administrado como infusão IV, o fármaco é
infundido em um período de tempo maior, resultando em pico de
concentração plas- mática mais baixo e em aumento da duração
do nível do fármaco circulante. A administração IV é vantajosa
para fármacos que po- dem causar irritação quando administrados
por outras vias, porque o fármaco se dilui no sangue rapidamente.
Porém, diferentemente dos fármacos administrados por via oral,
os que são injetados não podem ser retirados por meio de
estratégias como a ligação a car- vão ativado. A administração IV
pode inadvertidamente causar in- fecção por meio de
contaminação no local da injeção. Ela também pode precipitar
constituintes do sangue, causar hemólise ou outras reações
adversas se for introduzida muito rapidamente ou se alcan- çar
concentrações elevadas. Por isso, os pacientes devem ser cui-
dadosamente monitorados quanto a reações desfavoráveis, e a
velocidade de infusão deve ser cuidadosamente controlada.
B.2 Intramuscular (IM): Fármacos administrados por via IM podem
estar em soluções aquosas, que são absorvidas rapidamente, ou
em preparações especializadas de depósito, que são absorvidas
lentamente. As preparações de depósito, com frequência, consis-
tem em uma suspensão do fármaco em um veículo não aquoso,
como o polietilenoglicol. À medida que o veículo se difunde para
fora do músculo, o fármaco precipita-se no local da injeção. O fár-
maco então se dissolve lentamente, fornecendo uma concentração
sustentada durante um período de tempo prolongado. Exemplos
de fármacos de liberação prolongada são o haloperidol (ver Cap.
11) e o depósito de medroxiprogesterona (ver Cap. 26).
B.3 Subcutânea (SC): Esta via de administração, como a IM, oferece
absorção por difusão simples e é mais lenta do que a via IV. A in-
jeção SC minimiza os riscos de hemólise ou trombose associados
à injeção IV e pode proporcionar efeitos lentos, constantes e pro-
longados. Esta via não deve ser usada com fármacos que cau-
sam irritação tissular, porque pode ocorrer dor intensa e necrose.
Fármacos administrados comumente por via SC incluem insulina
e heparina.
C Outras
C.1 Inalação oral: As vias inalatórias oral e nasal (ver adiante)
asseguram a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície
Figura 1.3
A Representação esquemática da 
injeção subcutânea e intramuscular.
B Concentração de midazolam no
plasma após injeção intravenosa 
e intramuscular.
Co
nc
en
tr
aç
ão
 n
o 
pl
as
m
a 
(n
g
/m
L)
B
Fármaco se difundindo do reservatório
AANN
Cobertura
Reservatório de fármaco
Membrana libera- dora de fármaco
Adesivo de contatoPele
A
Figura 1.4
A. Representação esquemática de 
um adesivo transcutâneo. B. Adesivo
transcutâneo de nicotina aplicado
no braço.
da membrana mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar.
Os efeitos dos fármacos são quase tão rápidos como os da injeção
IV em bólus. Fármacos que são gases (p. ex., alguns anestésicos)
e aqueles que podem ser dispersados em aerossol são administra-
dos por inalação. Esta via é particularmente eficaz e conveniente
para pacientes com problemas respiratórios (como asma ou
doença pulmonar obstrutiva crônica), pois o fármaco é administra-
do diretamente no local de ação, minimizando, assim, os efeitos
sistêmicos. Exemplos de fármacos administrados por inalação in-
cluem os broncodilatadores, como o salbutamol, e os corticosteroi-
des, como a fluticasona.
C.2 Inalação nasal: Esta via envolve a administração de fármacos di-
retamente dentro do nariz. Incluem-se os descongestionantes na-
sais, como a oximetazolina, e o corticosteroide anti-inflamatório
furoato de mometasona. A desmopressina é administrada por via
intranasal no tratamento do diabetes insípido.
C.3 Intratecal e intraventricular: A barreira hematencefálica retarda
ou impede a entrada dos fármacos no sistema nervoso central
(SNC). Quando se desejam efeitos locais e rápidos, é necessário
introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal. Por
exemplo, a anfotericina B intratecal é usada no tratamento da me-
ningite criptocócica (ver Cap. 42).
C.4 Tópica: A aplicação tópica é usada quando se deseja um efeito
local do fármaco. Por exemplo, o clotrimazol em pomada é
aplicado diretamente na pele para o tratamento de infecções por
fungos.
C.5 Transdérmica: Esta via de administração proporciona efeitos sis-
têmicos pela aplicação do fármaco na pele, em geral, por meio de
um adesivo cutâneo (Fig. 1.4). A velocidade de absorção pode va-
riar de modo acentuado, dependendo das características físicas da
pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Essa
via é usada com mais frequência para a oferta prolongada de fár-
macos, como o fármaco antianginoso nitroglicerina, o antiemético
escopolamina e os adesivos de nicotina usados para facilitar a in-
terrupção do hábito de fumar.
C.6 Retal: Como 50% da drenagem da região retal não passa pela
circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é
minimizada com o uso desta via. A vantagem adicional da via retal
é evitar a destruição do fármaco no ambiente GI. Ela também é útil
se o fármaco provoca êmese, quando administrado por via oral, ou
se o paciente já se encontra vomitando ou se está inconsciente.
(Nota: a via retal é usada comumente para a administração de an-
tieméticos.) Com frequência, a absorção retal é errática e incom-
pleta, e vários fármacos irritam a mucosa retal. A Figura 1.5 resu-
me as características das vias de administração comuns.
III ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração
para a corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção depen-
dem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas características quí-
micas e da via de administração (o que influencia sua biodisponibilidade).
Excetuando a via IV, as demais podem resultar em absorção parcial e me-
nor biodisponibilidade.
Farmacologia Ilustrada 5
VIA DE 
ADMINISTRAÇÃO PADRÃO DE ABSORÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS
Oral  Variável; afetada por
vários fatores
 Via de administração mais segu- 
ra e mais comum, conveniente
e econômica
 Absorção limitada de alguns fármacos
 Os alimentos podem interferir 
na absorção
 É necessária adesão do paciente
 Os fármacos podem ser biotransfor- 
mados antes de serem absorvidos 
sistemicamente
Intravenosa  A absorção não é necessária  Pode ter efeitos imediatos
 Ideal para dosagens de altos volumes
 Adequada para substâncias irritantes 
e misturas complexas
 Valiosa para situações de emergência
 Permite a titulação da dosagem
 Ideal para fármacos proteicos de alta 
massa molecular e peptídeos
 Imprópria para substâncias oleosas
 A injeção em bolus pode resultar em 
efeitos adversos
 A maioria das substâncias deve ser
injetada lentamente
 São necessárias técnicas de 
assepsia estritas
Subcutânea  Depende do diluente do 
fármaco:
–soluções aquosas: imediata;
–preparações de depósito: 
liberação lenta e prolongada
 Adequada para fármacos de 
liberação lenta
 Ideal para algumas suspensões pouco 
solúveis
 Dor e necrose se o fármaco é irritante
 Inadequada para fármacos adminis- 
trados em volumes elevados
Intramuscular  Depende dos diluentes do 
fármaco:
–soluções aquosas: imediata;–preparações de depósito: 
liberação lenta e prolongada
 Adequada se o volume é moderado
 Adequada para veículos oleosos e 
certas substâncias irritantes
 Preferível à via IV se o paciente deve 
se autoadministrar
 Afeta certos testes de laboratório
(creatinocinase)
 Pode ser dolorosa
 Pode causar hemorragia intramuscu-
lar (evitar durante o tratamento com
anticoagulante)
Transdérmica 
(adesivo)
 Lenta e prolongada  Evita o efeito de primeira passagem
 Conveniente e indolor
 Ideal para fármacos lipofílicos e que 
tem baixa biodisponibilidade oral
 Ideal para fármacos que são elimina- 
dos rapidamente do organismo
 Alguns pacientes são alérgicos aos 
adesivos, o que pode causar irritação
 O fármaco deve ser muito lipofílico
 Pode causar atraso no acesso ao local 
de ação farmacológica
 Limitado a fármacos que podem ser 
tomados em doses pequenas diárias
Retal  Errática e variável  Evita parcialmente o efeito de primei- 
ra passagem
 Evita a destruição pela acidez gástrica
 Ideal se o fármaco causa êmese
 Ideal para pacientes com êmese 
ou comatosos
 O fármaco pode irritar a mucosa retal
 Não é uma via “bem aceita”
Inalatória  Pode ocorrer absorção sis-
têmica, o que nem sempre
é desejado
 A absorção é rápida; pode ter
efeitos imediatos
 Ideal para gases
 É eficaz para pacientes com proble- 
mas respiratórios
 A dose pode ser titulada
 Se o alvo do efeito se localiza nos 
pulmões: são usadas doses menores 
comparando com as que se usariam 
por via oral ou parenteral
 Menos efeitos adversos sistêmicos
 Principal via de adictos (o fármaco 
pode acessar rapidamente o cérebro)
 Os pacientes podem ter dificuldade 
em regular a dose
 Alguns pacientes têm dificuldades no 
uso dos inaladores
Sublingual  Depende do fármaco:
–poucos fármacos (p. ex., 
nitroglicerina) têm absorção 
sistêmica direta e rápida
–a maioria dos fármacos tem
absorção incompleta
e errática
 Evita o efeito de primeira passagem
 Evita a destruição pela acidez gástrica
 Mantém a estabilidade do fár- 
maco, porque a saliva tem pH 
relativamente neutro
 Pode causar efeitos farmacológicos 
imediatos
 Limitada a certos tipos de fármacos
 Limitada a fármacos que podem ser 
tomados em pequenas doses
 Pode perder parte do fármaco 
se deglutido
Figura 1.5
Padrão de absorção, vantagens e desvantagens das vias de administração mais comuns.
DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
Distribuição de fármacos é o processo pelo qual um fármaco
reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício
(líquido extracelular) e, então, nas células dos tecidos. Para
fármacos administrados, onde não existe absorção, a fase
inicial (isto é, imediatamente após a administração até a rápida
queda na concentração) representa a fase de distribuição, na
qual o fármaco rapidamente sai da circulação e entra nos
tecidos. A passagem do fármaco do plasma ao interstício
depende do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo regional, da
permeabilidade capilar, do volume do tecido, do grau de
ligação do fármaco às proteínas plasmáticas relativa do
fármaco.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SILVA, Marcelo Tardelli da; SILVA,Sandra Regina L. P. 
ardelli . Cálculo e administração de medicamentos na 
enfermagem. São Paulo : Editora Martinari; 2008
WANNMACHER, L. FERREIRA M.B.C. Farmacologia
clínica para dentistas. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan; 3º
edição; 2007.
Farmacologia clínica – Dr. Walter Auza, 2019. 
	1. AÇÃO DOS MEDICAMENTOS
	AÇÃO SISTÉMICA
	2. NOÇÕES DE FARMACOLOGIA:
	Farmacologia: estudo dos fármacos em todas as suas funções.
	2.2-Conceitos importantes sobre dosagem
	3. CONCEITO DE FARMACODINÂMICA:
	3.2-TIPOS DE FÁRMACO:
	4. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
	Deve-se conhecer:
	A dosagem e os fatores que a modificam;
	Absorção e eliminação ( Farmacocinética) A REGRA MAIS IMPORTANTE:
	5. FARMACOCINÉTICA:
	As fases da farmacocinética são: 1- absorção
	Efeito de primeira passagem
	2. Distribuição farmacológica
	3. Bio-transformação
	4. Excreção
	Os sítios de excreção além do rim, incluem:
	MONTE SEU DICIONÁRIO FARMACOLÓGICO
	✔ Data; nome; Hospital; UBS ou centro médico.
	✔ dose do medicamento;
	✔ Via de administração do medicamento;
	✔ O nome do medicamento deve estar em letra legível;
	I RESUMO
	II VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
	Figura 1.2 Whalen, Finkel & Panavelil
	B Parenteral
	C Outras
	Figura 1.3
	Figura 1.4
	III ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
	Figura 1.5
	DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

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