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Fármacos antidislipidêmicos

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Maria Vitória Videira São João 
 
→ são alterações no metabolismo dos lipídios que 
vão promover uma desregulação na concentração 
plasmática – aumento de colesterol e triglicerídeos – 
tendo relação com a doença aterosclerótica 
→ a formação de trombos nas artérias se dá 
principalmente quando há placas ateroscleróticas 
→ a placa é formada por lipídeos (LDL) que migram 
para uma região abaixo da camada endotelial dos 
vasos sanguíneos se depositando ali, sofrendo uma 
série de reações, formando a placa aterosclerótica 
→ essa placa possui uma capa que a cobre e é 
composta por células endoteliais e por colágeno. Se 
só houver a placa aterosclerótica nos vasos não há 
prejuízos muito grandes, pois o organismo se 
acostuma com ela, o problema se dá quando a capa 
da placa se rompe, pois há a exposição do conteúdo 
(LDL – colesterol) e promove agregação plaquetária 
ocupando totalmente a luz do vaso causando uma 
doença isquêmica 
 
→ os lipídios chegam no enterócito (intestino), e vão 
ser metabolizados por ação dos ácidos graxos dos sais 
biliares 
→ esses sais biliares são produzidos no fígado, 
armazenados na vesícula biliar e excretados no 
intestino com função de emulsificar os lipídios da 
alimentação 
→ para que os lipídios estejam no sangue, tem que 
estar armazenados dentro das lipoproteínas 
→ os principais lipídios da alimentação (que são 
emulsificados pelos sais biliares) são colesterol e 
triglicerídeos que são armazenados pelos 
quilomícrons (lipoproteínas). Por ser uma molécula 
muito grande, não consegue ir para corrente 
sanguínea, dessa forma, ela atinge primeiro a 
circulação linfática e depois vai para corrente 
sanguínea 
→ na corrente sanguínea, os quilomícrons vão sofrer 
ação de uma enzima chamada lipase lipoproteica, 
sendo expressadas em tecidos específicos como 
miócitos, tecido adiposo, em glândulas mamarias etc. 
Essa enzima cliva os triglicerídeos em 2: em ácidos 
graxos (que são absorvidos pelos tecidos e vão ser 
usados em reações para obter energia) e glicerol (que 
fica livre no plasma e é eliminado) 
→ o que sobra no quilomícron é o colesterol 
(remanescente de quilomícron), que vai para o fígado 
sendo utilizado para várias ações como: sintetizar 
hormônios e sais biliares 
→ o fígado também sintetiza lipídios que junto com o 
colesterol que recebeu do remanescente de 
quilomícron vai ser disponibilizado para os tecidos e 
para isso precisam ser colocados em uma lipoproteína 
chamada VLDL (que vai ter mais triglicerídeos do que 
colesterol) 
→ na circulação vai sofrer ação da lipase proteica, 
fazendo com que os triglicerídeos sejam clivados em 
ácido graxo (que vai ser disponibilizados para os 
tecidos) e glicerol (que vai ser eliminado) sobrando 
colesterol 
→ quando o VLDL vai perdendo triglicerídeos vão 
formando alguns intermediários: IDL e LDL e mais 
densa vai ficando a lipoproteína 
→ o LDL vai dar colesterol para os tecidos ou pode 
voltar para o fígado 
→ é produzido pelo fígado, lançado na circulação e 
possui praticamente somente proteínas 
→ sua função é sair dos tecidos recapitando 
colesterol e trazendo de volta para o fígado e 
consegue também tirar colesterol que está embaixo 
da camada endotelial dos vasos sanguíneos 
→ são proteínas que transportam lipídios 
(triacilgliceróis e ésteres de colesterol) no plasma 
→ são compostas de uma monocamada fosfolipídica 
lipídica (exterior polar e interior apolar) e 
apoproteínas 
-> o que varia de uma lipoproteína da outra é sua 
densidade que é determinada pelo seu conteúdo 
Não farmacológicas 
→ prática de atividades físicas 
→ alimentação balanceada e saudável 
→ perda de peso 
→ adoção de estilo de vida saudável 
Farmacológicos 
→ estatinas 
→ sequestradores de ácidos biliares 
→ niacina 
“A escolha do Nogueira” 
Farmacologia 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ fibratos 
→ ezetimiba 
 
• Representantes 
→ sinvastatina, lovastatina, pravastatina (inibidores 
de curta duração) e atorvastatina, rosuvastatina 
(inibidores de longa duração) 
→ inibem de maneira competitiva, específica e 
reversível a enzima HMG-CoA redutase (que 
convertem HMG-CoA em levalonato) – diminuindo 
síntese hepática de colesterol 
→ absorção – administração oral, com absorção 
variável pelo TGI, sofrendo intenso efeito de primeira 
passagem (F = 5 à 30%) – administração à noite 
(exceção dos inibidores de ação longa) 
→ distribuição – variável, ligam-se extensamente à 
proteínas plasmáticas (95%) 
→ metabolização – hepática, gerando alguns 
metabólitos ativos 
→ excreção – hepatobiliar (t1/2 = 1 à 4 h para os 
inibidores de ação curta e 20 h para os de ação longa); 
Efeitos adversos: raros – hepatotoxicidade (1%), 
miopatia (1%, porém ↑ em associação à fibratos – 
administrar 25% da dose máxima) 
Interações medicamentosa 
→ fibratos, ciclosporina, digoxina, varfarina, 
macrolídeos – aumentando o risco de miopatia 
→ aumenta a expressão de receptores de LDL, o que 
eleva sua mobilização plasmática e diminui a sua 
concentração 
Outros efeitos farmacológicos não relacionados ao 
metabolismo lipídico 
→ melhora do tônus endotelial 
→ aumenta a estabilidade da placa aterosclerótica 
→ diminui a inflamação sistêmica e a oxidação da 
LDL 
→ diminui a agregação plaquetária (rosuvastatina) 
• Representantes 
→ colestiramina e colestipol 
→ se complexam aos sais biliares secretados no 
intestino, sendo excretados nas fezes 
→ ↓ reabsorção de sais biliares leva a um ↑ da sua 
síntese (a partir do colesterol) 
→ absorção – administração oral, não é absorvida 
pelo TGI 
→ distribuição – não se aplica 
→ metabolização – não se aplica 
→ excreção – hepatobiliar 
Efeitos adversos 
→ gastrintestinais (distensão abdominal, constipação 
e dispepsia), acidose hiperclorêmica, 
hipertrigliceridemia transitória 
Interações medicamentosas 
→ diuréticos tiazídicos, propranolol, levotiroxina, 
varfarina e estatinas – diminuindo absorção 
→ vitamina hidrossolúvel do complexo B – atua como 
vitamina após ser convertida em NAD ou NADP 
(ambas as formas tem funções vitamínicas, mas 
apenas a forma NAD tem efeito hipolipemiante) 
→ o efeito hipolipemiante ocorre com dose acima 
daquela em que ocorre o efeito vitamínico 
→ afeta favoravelmente todos os parâmetros 
lipídicos, porém o uso é restrito devido aos efeitos 
adversos associados ao seu uso 
→ o tecido adiposo é uma fonte rica de triglicerídeos, 
dessa forma na lipólise tem quebra deles e há o 
aumento de ácido graxo na circulação (através da 
lipase lipoproteica) 
→ quando há o uso da niacina tem o bloqueio dos 
receptores da enzima do tecido adiposo, diminuindo 
lipólise, diminuindo a quantidade de ácido graxo na 
circulação 
→ absorção – administração oral, quase 
completamente absorvida pelo TGI 
→ distribuição – boa para a maioria dos tecidos 
→ metabolização – hepática (em doses baixas) 
→ excreção – renal (t1/2 = 60 min) 
Efeitos adversos 
→ rubor facial (fator limitante do uso da niacina), 
acantose nigricans, ressecamento da pele, 
gastrintestinais (náuseas, dispepsia, recidiva de 
úlceras pépticas), hepatotoxicidade, entre outros 
Interações medicamentosas 
→ pouco relevantes 
• Representantes 
→genfibrozila, clofibrato, fenofibrato 
→ age sobre “receptores ativados pelos 
proliferadores de peroxisossomos α” (PPAR- α), 
localizados em hepatócitos, adipócitos, musculatura 
estriada esquelética e cardíaca e células renais, 
aumentando a expressão da enzima lipase 
lipoproteica, que leva ao aumento da oxidação de 
ácidos graxos, promovendo diminuição de TG. 
→ absorção – administração oral, ampla absorção 
pelo TGI (F = 90%) 
 
Maria Vitória Videira São João 
 
→ distribuição – boa para a maioria dos tecidos (taxa 
de ligação à proteínas plasmáticas ~ 95%) 
→ metabolização – hepática 
→ excreção – 60 a 90% renal, 10 a 40% hepatobiliar 
(t1/2 = 1,1 h genfibrozila, 20h fenofibrato) 
Efeitos adversos 
→ são bem tolerados 
→ gastrintestinais (náuseas e distensão abdominal), 
exantema difuso, urticária, queda de cabelo,fadiga, 
cefaleia impotência, anemia, cálculos biliares, 
miopatia (↑ risco quando utilizado em associação com 
estatinas) 
→ age sobre enterócitos, bloqueando a proteína de 
transporte NPC1L1, envolvida na absorção intestinal 
de colesterol 
→ logo, ocorre a diminuição da absorção de 
colesterol 
→ diminuem os quilomícrons, ↓ remanescentes de 
quilomícrons, ↑ expressão de receptores de LDL no 
fígado, ↓ captação de LDL hepático. 
→ absorção – administração oral, absorção variável 
pelo TGI (F = inconclusiva) – fármaco hidrossolúvel 
→ distribuição – (variável) sofre glicuronidação no 
intestino, onde sofre recicurlação entero-hepática, 
sendo direcionado ao hepatócito 
→ metabolização – hepatobiliar – a porção absorvida 
→ excreção – via renal 
Efeitos adversos 
→ reações de hipersensibilidade

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