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Psiquiatria 1 Psiquiatria Transtornos neurocognitivos (mentais orgânicos) Delirium (Estado confusional agudo) Alteração aguda da função cognitiva e do nível de consciência; Prognóstico ruim (mortalidade em um ano de até 50%); Fatores de risco (fatores predisponentes) Idoso, sexo masculino, demência, paciente acamado; Causas (fatores precipitantes) Infecções, AVE, IAM, medicamentos (opióide, anticolinérgicos, BZD), dor, “invasão” (sonda nasogástrica, cateter profundo); Clínica Quadro agudo e flutuante de: Déficit de atenção; Redução no nível de consciência; Desorientação, amnésia; Ilusões (distorção senso-perceptiva, olho para uma cadeira e vejo um urso), alucinações (não tem um objeto concreto para definir a presença de algo, não olho para nada e digo que há um monstro na sala); Alterações do ciclo sono-vigília; Disautonomias, mioclonia; Tipos Hipoativo - Apatia, sonolência, lentidão - Mais comum; Hiperativo - Agitação, ilusão, disautonomias; Misto - Flutuação ao longo do dia - Hipoativo + Hiperativo; Diagnóstico Critérios CAM-ICU Psiquiatria 2 Tratamento Tratar fator desencadeante; Ações profiláticas - Evitar isolamento, ambiente tranquilo; manter paciente mais próximo da sua homeostase; Em caso de agitação - Antipsicótico em baixa dose (ex: Haloperidol); Muitos pacientes que recebem alta ainda com quadro de delirium irão apresentar esse quadro em casa, pelos próximos 12 meses; Transtornos Relacionados a Substâncias (Drogas) As drogas podem ser: Depressoras - Diminuem a atvd cerebral, causam sonolência; álcool, opióides, BZD, barbitúricos; Estimuladoras - Aumentam a atvd cerebral, “ligam” as pessoas; cocaína, anfetamina, nicotina; Psiquiatria 3 Perturbadoras - Alucinógenas, alteram a percepção e o pensamento; maconha, LSD; Paciente utiliza muita droga depressora —> Cérebro do usuário adapta e fica estimulado, tentando combater essa droga; Droga estimuladora —> Paciente fica deprimido; No momento de corte dessas drogas, paciente vai ter síndrome de abstinência. Em usuários de drogas depressoras o cérebro vai ficar hiperestimulado e em usuários de drogas estimuladoras, paciente vai ficar muito deprimido até ter a reorganização dos neurotransmissores; Abstinência é o oposto do efeito da droga; Drogas Depressoras Álcool Intoxicação Aguda Euforia; Perda da censura; Alteração do raciocínio; Álcool bloqueia o super ego, por isso é uma droga supressora; desligando outras partes cerebrais conforme ingesta de álcool; Da euforia passa para tontura, incoordenação, fala ebriosa (atinge o cerebelo); Depois passa para o comportamento emocional afetado; Por fim, confusão, estupor, coma; Álcool rebaixa aos poucos, em degraus; Intoxicação alcoólica idiossincrática ou patológica Grave alteração do comportamento com pouca quantidade de álcool; Pode ter alterações visuais, amnésia lacunar, crepuscularização de consciência (desorientado, paciente te olha e parece que está entendendo mas não está); Psiquiatria 4 Tratamento para pessoa embriagada Suporte; Alteração de comportamento - Benzodiazepínico ou antipsicótico; Se houver receio no uso de duas substâncias depressoras (álcool e BZD) utilizar antipsicótico, mesmo que a dose de BZD normalmente utilizada não afete tanto; Esperar álcool ser metabolizado; Dependência do Álcool Questionário CAGE (≥ 2 respostas positivas): Já tentou diminuir ou cortar (cut down) a bebida? Já se incomodou ou se irritou (annoyed) com os outros porque criticaram seu jeito de beber? Já se sentiu culpado (guilty) por causa do seu jeito de beber? Já teve que beber para aliviar a ressaca (eye opener)? Tto paciente dependente Abordagem familiar, grupo de ajuda, intervenção breve; Medicamentos: Naltrexona - 1° linha, antagonista opióide; Acamprosato - Não iniciar se ainda houver consumo de álcool; Dissulfiram - Aversão ao álcool; aumenta intensidade dos sintomas da ressaca; Síndromes de abstinência do álcool Leve Tremor (1° manifestação), insônia, agitação…; Início 6 a 36 horas de abstinência; Hiperatividade Simpática (luta ou fuga, parte estimuladora do organismo); Delirium Tremens Delírio, confusão, taquicardia, hipertensão, febre…; Psiquiatria 5 Taquicardia, hipertensão e febre indicam hiperatividade simpática; Alucinose Alcoólica Alucinações mas sinais vitais normais; 💡 Um dos sintomas que o paciente em abstinência pode ter é a crise convulsiva; durante o uso do álcool, por ser uma droga depressora ela impede descargas neuronais excessivas (crise epilética) contrário a hiper ativação neuronal durante o período de abstinência; Tratamento Suporte; Benzodiazepínico; Tiamina (B1); Transtorno Amnéstico Síndrome de Wernicke (SW) Alteração precoce da falta de Tiamina (Vit. B1); Reversível; Tríade clínica clássica - Ataxia, confusão mental e alterações da motilidade ocular; não precisa necessariamente dos 3 sintomas; Síndrome de Korsakoff (SK) Alteração crônica da falta de Tiamina (Vit. B1); Frequentemente irreversível; Pode ser evolução de Wernicke, se não houver tratamento; Clínica - Demência com perda da memória recente e confabulação (inventar história para a lacuna de memória do paciente, diferentemente do paciente demenciado que fala que não sabe); Tratamento de ambas Psiquiatria 6 Reposição de Tiamina; Opióide (Depressora) Exemplos: Morfina, Heroína, Metadona, Fentanil, Oxicodona; Intoxicação Aguda Euforia, relaxamento, retardo, sonolência, fala arrastada; (diferente do álcool que ocorre progressão desses sinais, com o opióide é uma alta ingesta no momento, ocorrendo rapidamente a aparência desses sinais); Overdose = Bradicardia, hipotensão, hipotermia, bradipneia; Depressão respiratória, Miose (pupila puntiforme), coma = Hiperreatividade parassimpática; Tratamento Intoxicação Aguda Suporte; Naloxone; Abstinência Hiperatividade simpática Midríase, hipertensão, sudorese, tremor, dor abdominal; Tratamento Abstinência Suporte + Metadona (desmame do opióide de meia vida curta e utiliza metadona que tem meia vida mais duradoura) ou Naltrexona (antagonista opióide); Benzodiazepínicos Agonistas GABAérgicos = Quando estimula O receptor GABA ocorre depressão do SNC. Representantes - Diazepam, Clonazepam, Clordiazepóxido…; Intoxicação Aguda Retardo, sonolência, ataxia, depressão dos sinais vitais…; Psiquiatria 7 Tratamento Suporte + Flumazenil (antídoto p/ BZD, muito usado em pacientes para retirada da anestesia); Abstinência Tremores, palpitações, cefaleias, insônia, pesadelos, náuseas, déficits de memória, delírio, alucinações, convulsões; Tratamento de abstinência = Redução gradativa da dose (suporte e depois desmame) Drogas Estimuladoras Cocaína/Crack Aumentam dopamina, noradrenalina e serotonina; Intoxicação Aguda Irritabilidade, agitação, confusão, mania, impulsividade sexual…; Hiperatividade Simpática (taquicardia, HAS, midríase, sudorese); Tratamento Intoxicação Aguda Suporte; Benzodiazepínico (acalmar o paciente); Fentolamina (bloqueio alfa-adrenérgico); NÃO fazer betabloqueador; (BB bloqueia a função beta-adrenérgica que está “competindo” com a alfa-adrenérgica para manter o vaso aberto, deixando apenas o funcionamento das substâncias alfa-adrenérgicas na periferia, essa responsável pela vasoconstrição, aumentando o risco do paciente ter oclusão de vasos, e consequentemente ter um AVEi ou IAM; Abstinência Clínica = Disforia, ansiedade, depressão, ideação suicida, sonolência, fadiga; Tratamento Abstinência Suporte psicoterápico, tentando manejar o paciente; Crack = Inalado, é absorvido no pulmão; Cocaína = Absorção, ao cheirar, pelos capilares nasais; Psiquiatria 8 Anfetamina Aumentam dopamina, noradrenalina e serotonina; Exemplos: Metanfetamina, ecstasy, “bola”, “rebite”, “ice”; Abstinência e Intoxicação aguda SIMILAR/IGUAL a COCAÍNA; Paciente intoxicado com anfetamina tem polidipsia, única diferença entre intoxicação por cocaína; Nicotina Agonista nicotínico dos receptores da acetilcolina; Sem a presençade intoxicação aguda; Abstinência Disforia, insônia, ansiedade, ganho de peso, depressão…; Tratamento TCC + Medicamento (em pacientes que utilizam ≥ 20 cigarros/dia, fagerstrom ≥5 ou falha terapêutica); Medicamentos: Nicotina (adesivo, goma, pastilha); (normalmente faz terapia de reposição de nicotina combinada, seja adesivo + goma ou adesivo + pastilha, fazendo o desmame aos poucos) Contraindicação para o uso de nicotina = Doença coronariana (IAM < 15 dias); Bupropiona (antidepressivo) - Contraindicado em história prévia de convulsão; - Pior resposta terapêutica; Vareniclina (agonista nicotínico) - Contraindicado em pacientes com insuficiência renal e grávidas; Alternativas (drogas de 2° linha) - Nortriptilina, Clonidina; Drogas Perturbadoras LSD, chá de cogumelo, cetamina, maconha; Psiquiatria 9 Distorção do pensamento; Intoxicação Aguda Alteração de comportamento e percepção (”cores melhores””respiro melhor”), ansiedade…; Tratamento Suporte; BZD (Ansiedade) ou Haloperidol(alucinações, delírios) se necessário; Abstinência Pouco risco de abstinência física; Transtornos Psicóticos Perda do juízo da realidade; Sem queda do nível de consciência; Esquizofrenia Grave, sem cura, adulto jovem, sem preferência de sexo e classe social; Clínica Sinais e sintomas pré-mórbidos (indicios que o paciente no futuro possa ser esquizofrenico ou já é) Passividade, introversão, sem interesse romântico social; Personalidades pré-mórbidas Esquizoide - Frio, isolado, introspectivo; Esquizotípica - Excêntrico (comportamentos alternativos/diferentes); Sintomas positivos (produção) Alucinação (distorção sensoperceptiva - visão, audição, olfato, paladar, sensório mais afetado é o auditivo, paciente começa a ouvir vozes); Delírio (distorção do pensamento - paranoide, grandiosidade… o mais comum é o paranoide, o persecutório/perseguição); Alteração da linguagem Psiquiatria 10 Neologismos (começa a criar o próprio idioma, inventa palavras); Ecolalia (você fala, paciente repete); Agitação, discurso desorganizado; Sintomas negativos (deficitários = depressivos) Isolamento; Perda do prazer; Diminuição do afeto; Avolia (não quer mais nada); Diagnóstico Mais de 6 meses do quadro clínico; ≥2 dos seguintes sintomas: Delírios; Alucinações; Discurso desorganizado; Comportamento desorganizado (não toma banho, não se cuida, se veste mal); Sintomas negativos; Excluir drogas ou outras doenças; Um dos 3 em negrito (delírios, alucinações, discurso desorganizado) é obrigatório para confirmar diagnóstico; Na prova normalmente descreverá um paciente com delírio e alucinações, mas esquizofrenia não necessariamente apresenta esses sintomas; Tipos (CID-10) Paranoide + Comum; Delírios (persecutórios, grandeza…) + Alucinações (vozes normalmente); Hebefrênica Prognóstico ruim; Comportamento pueril (infantil, se comportam como criança) + Sintomas negativos; Psiquiatria 11 Catatônica Predominam distúrbios motores (posturas bizarras, rigidez); Indiferenciada Não preenchem critérios anteriores ou sintomas mistos; Tratamento Antipsicótico (para sempre) Típicos ou 1° geração Ação - Bloqueio não seletivo do receptor D² da dopamina; bloqueia por efeito colateral a parte colinérgica (constipação, retenção urinária), bloqueio histamínico (sonolência) e alfa1-adrenérgico (hipotensão); Típicos de alta potência (- sedativo) = Haloperidol, Flufenazina; Típicos de baixa potência (+ sedativo) = Clorpromazina; Baixa potência precisa dar uma dose maior, ocasionando sonolência no paciente; Maior potência menos efeito sedativo, menos potência mais sedativo; Efeitos colaterais (LEMBRAR DE ALTERAÇÕES MOTORAS) Parkinsonismo (dopamina faz o movimento acontecer, com o bloqueio dela o movimento é limitado/bloqueado), acatisia (não consegue ficar parado, inquietação motora), discinesia (movimento errado, fora de propósito), distonia (alteração do tônus, posturas bizarras); Galactorreia (dopamina bloqueia prolactina, se há o bloqueio de dopamina tem a liberação da prolactina), amenorreia; Boca seca, constipação intestinal, retenção urinária; Antipsicóticos Atípicos ou 2° geração Bloqueadores mais seletivos da dopamina; antagonistas da serotonina; Outros bloqueios: Colinérgicos, histamínicos e alfa1-adrenérgico mas em intensidade menor quando comparado aos antipsicóticos típicos; Melhores para sintomas negativos; Psiquiatria 12 Menos efeitos colaterais motores; Menos hiperprolactinemia; Exemplos Clozapina = Pode ter agranulocitose (pega neutrofilo, macrofagos, basófilos e acabar com essas células, paciente fica imunodebilitado); diminui o limiar convulsivo; UTILIZADO EM PACIENTE COM CASOS REFRATÁRIOS; Olanzapina = Pode levar ao aumento de peso, dislipidemia, aumento da resistência a insulina; Quetiapina = Ação hipnótica e antidepressiva; Risperidona = Em altas doses tem efeito típico (pode ter efeito colateral motor), melhora irritabilidade; Lurasidona, ziprasidona, aripiprazol…..; Outros transtornos psicóticos Transtorno Delirante > 40 anos, delírio fixo pelo menos 1 mês (persecutório, ciúmes…); Transtorno Esquizoafetivo Transtorno psicótico + Transtorno do humor (esse domina); Transtorno Esquizofreniforme “Esquizofrenia limitada” por no máximo 6 meses; não preenche os critérios de diagnóstico; 1 mês até 6 meses de evolução; Transtorno Psicótico Breve Esquizofrenia limitada por no máximo 1 mês; Pode ocorrer após período de estresse; Transtornos do Humor Tônus afetivo = Humor; Pessoas normais vivem numa faixa endêmica entre alegria e tristeza, não ultrapassando essa faixa, reguladas principalmente pela autoestima e energia; Psiquiatria 13 Tristeza patológica = Depressão; Alegria patológica = Mania; Paciente que ultrapassa faixa de alegria e tristeza = Bipolar; Depressão Pacientes com episódios recorrentes, mulheres (2:1), 17% da população, sem preferência de classe social; Clínica Queda da autoestima e da energia; Tristeza, apatia, tédio, fadiga, culpa, “pseudodemência”, hipobulia (perda da vontade), pensamento suicida, distúrbio do sono, paciente lentificado; Diagnóstico (DSM-5) 2 ou mais semanas de sintomas; 5 ou mais dos seguintes sintomas: Queda do humor; Perda de interesse ou prazer; Perda ou ganho de peso (apetite); Insônia ou hipersonia; Agitação ou retardo psicomotor; Fadiga ou perda de energia; Culpa; Diminuição da concentração; Pensamentos suicidas; Pelo menos 1 dos sintomas em negrito é OBRIGATÓRIO; Classificação (DMS-5) Leve Não impede atividades diárias (pouco prejuízo); Moderada Intermediária; Psiquiatria 14 Grave Sofrimento grave, não manejável (muito prejuízo - perdeu emprego, terminou namoro…); Tratamento Forma leve Psicoterapia ou antidepressivo; psicoterapia na prova (+indicado) Forma moderada e grave Psicoterapia e antidepressivo; Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) 1° escolha (melhor perfil de tolerabilidade); Exemplos: Fluoxetina, Sertralina, Escitalopram (é o mais tolerado, aumentao intervalo QT dependendo da dose) 1° Escitalopram/Citalopram, depois Sertralina (PROVA); Efeitos Colaterais (tendem a diminuir com o tempo, duas semanas iniciais tem a presença forte dos efeitos colaterais) Tontura; Perda do apetite; Queda da libido; Náusea; Vômito; Inibidores Duplos da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (DUAIS) Exemplos: Venlafaxina, Duloxetina (atua na dor) Efeitos colaterais - Semelhantes aos ISRS, e também aumento da PA; Psiquiatria 15 Tricíclicos Bloqueio na recaptação de Serotonina e Noradrenalina; Muito efeito colateral, cuidar com idoso e comorbidades; Amitriptilina, Nortriptilina, Clomipramida (é a mais serotoninérgica, tem menos efeitos colaterais, se parece mais com ISRS) Efeitos colaterais Anticolinérgicos Boca seca, constipação, retenção urinária, visão turva, demência; Hipotensão; Sonolência; Alteração da condução cardíaca; Ganho de peso; Tetracíclicos Bloqueio na recaptação de serotonina e noradrenalina;Exemplo - Maprolitina Efeitos colaterais similares aos tricíclicos; Atípicos Bupropiona Inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina; Para dependência de nicotina, diminui limiar convulsivo, pouco risco de disfunção sexual; Agomelatina Agonista dos receptores da melatonina; Bem tolerada, boa para insônia concomitante; Mirtazapina Psiquiatria 16 Bloqueio adrenérgico e serotoninérgico; Dose baixa tem efeito sedativo, aumenta apetite, não causa disfunção sexual; Moduladores da Serotonina Ex: Trazodona Efeitos colaterais Bem tolerada; Priapismo; Sedativa; Boa para idoso; Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO) Quando uso esse tipo de medicação, inibo as enzimas que bloqueiam as monoaminas, essas são a serotonina, dopamina e noradrenalina fazendo com que elas aumentem; Ex: Tranilcipromina Efeitos colaterais Crise hipertensiva (é uma droga psicoestimuladora); Evitar tiramina (queijo, cerveja, vinho, leite) - Aumenta a noradrenalina; Mania/Hipomania Aumento da autoestima e da energia; Maior autoestima do planeta; Clínica (≥1 semana no ambu, se tiver necessidade de internação mesmo com tempo menor é quadro de mania) Logorreia (não para de falar); Insônia; Psiquiatria 17 Diminuição da atenção; Arrogância; Delírios de grandeza; Fuga de ideias (muitos pensamentos, não consegue completar uma linha de raciocínio); Hipersexualidade; Gastos excessivos; Impulsividade; Causa prejuízo social; Hipomania = Mania, mas não apresenta: Prejuízo social; Sem necessidade de internação; Sem sintomas psicóticos (delírio de grandeza); Tratamento Hipomania, mania leve e moderada Antipsicótico ou estabilizador do humor (lítio); Mania Grave Estabilizador do humor + Antipsicótico + Analisar necessidade de BZD (conforme agitação) Bipolar Definição CID-10 2 episódios de transtorno de humor, sendo um obrigatoriamente de mania (mania + mania ou mania + depressão) Definição DSM-V Pelo menos um episódio de mania = BIPOLAR Tipo 1; Um episódio de hipomania + depressão = BIPOLAR Tipo 2; Psiquiatria 18 Tratamento Manutenção Estabilizador do humor e/ou antipsicótico para sempre; Distimia Depressão leve crônica (mais de 2 anos de evolução) Ciclotimia Instabilidade persistente do humor (mais de 2 anos de sintomas) Sintomas hipomaníacos (sem critérios para hipomania) + sintomas depressivos (sem critérios para depressão); Transtornos de Ansiedade Preocupação e medo excessivos; Medo é fisiológico, o que não pode ser é algo desproporcional; Conceitos Amígdala cerebral (trabalha com diversos neurotransmissores - Serotonina, GABA, Noradrenalina) mostra para nós o que é para ter medo; possui ligação com o SN autônomo simpático (sistema de luta ou fuga) - que adrenaliza a gente, abre nossa pupila, aumenta nossa FC, abre nosso pulmão; Paciente com medo, preocupação exagerada vai ficar adrenalizado, vai ficar pálido, sudoreico, taquicárdico (tem alteração no exame físico); Amigdala cerebral se liga também ao hipocampo —> Memória do medo, tem que ficar marcado para evitar as situações; Alças corticoestriado talamocorticais (trabalham com diversos neurotransmissores - Serotonina, GABA, Noradrenalina e Dopamina) —> Quando estão com os neurotransmissores alterados ficam extremamente preocupados; Clínica Diarreia, sudorese, palpitação, midríase, taquicardia, síncope, tremores, nervosismo, insônia, diminuição da concentração, inquietação, dormências..; Tratamento Psicoterapia (TCC); Psiquiatria 19 Antidepressivos (ISRS, Dual, Tricíclicos); Benzodiazepínico por curto período ou situações de SOS (BZD por mais de 8 semanas contínua cria situações de tolerância e dependência; uso contínuo por mais de 8 semanas, 50% dos pacientes criará dependência); Transtorno do Pânico Vários episódios de ataques de ansiedade inesperados; não precisam ter fatores desencadeantes; Mais de um mês de evolução; Mais comum em mulheres, idade média de 25 anos; Clínica Ataques de pânico - Medo intenso que dura minutos a horas (normalmente de 20- 30min); sensação de morte iminente e medo de enlouquecer; Medo de novos ataques; Agorafobia - Medo de sair de casa, passar mal e não ter ninguém pra ajudar ou não conseguir fugir/sair do lugar; locais públicos; evita sair de casa (pode ser um sintoma do TP ou pode ser o próprio transtorno de ansiedade); Agorafobia Medo de lugares que não consiga fugir ou não consiga ajuda; Clínica Medo de - Transporte público; espaço aberto; locais fechados; fila, multidão; sair de casa sozinho; Procuram companhia para sair de casa; Tem que ter mais de 6 meses de evolução; Fobia Específica Medo de situações/objetos específicos (voar, animais, sangue…); Mais de 6 meses de duração, são comuns ataques de pânico; Psiquiatria 20 Fobia Social (transtorno de ansiedade social) Medo de se expor em público, medo de ser avaliado pelos outros; Mais de 6 meses de evolução, mais em mulheres, normalmente paciente tem pico entre 5-35 anos; Clínica Medo de falar em público, encontrar pessoas novas, falar com autoridades, ir a festas, entrevistas, provas; medo de exposição; Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Preocupação/medo excessiva e persistente; Mais de 6 meses de evolução, mais comum em mulheres, pico final da adolescência; Clínica Preocupação contínua e excessiva; Inquietação motora, tremor; Cefaleia, irritabilidade, insônia; Prejuízo social; Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) Pensamento obsessivo e/ou ato compulsivo; NÃO é transtorno de ansiedade; Idade média 20 anos; Conceitos Obsessão - Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes intrusivas (”invadiu”) e indesejáveis (pensamentos que não saem da cabeça); Exemplos: Morte de parente, pensamentos sexuais, simetria, vontade de gritar; Compulsão - Comportamentos ou atos mentais repetitivos; atos repetitivos tem o grande objetivo de aliviar as obsessões; Exemplos: Rezar, conferir se trancou a porta, lavar as mãos, contar, organizar; Psiquiatria 21 Exemplo de caso: “Será que fechei a porta?”, essa ideia fica intrusiva no pensamento e o paciente vai conferir se fechou a porta várias vezes; Tratamento Psicoterapia; ISRS (1° linha); Outras opções: Clomipramina (tricíclico), Venlafaxina (dual), Antipsicóticos; Transtornos Relacionados a Trauma Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) Ocorre após evento traumático (ter vivido ou ser testemunha); Exemplos: violência, estupro, assassinato, assalto; Adultos jovens, com mais de 1 mês de evolução (de 3 dias a 1 mês = Transtorno de Estresse Agudo); Clínica Lembranças intrusivas; Sonhos sobre o ocorrido; Flashbacks; Sintomas depressivos; Evitação de pensamentos e situações (normalmente lembram do incidente); Tratamento Psicoterapia; 1° linha - ISRS ou venlafaxina; Outras opções: Imipramina, Amitriptilina (ambos tricíclicos); Transtornos Alimentares Anorexia Psiquiatria 22 Baixo peso corporal com medo intenso de ganhar peso; Distorção da imagem corporal; Normalmente mulheres jovens; Clínica Restrição da ingesta calórica com peso muito baixo; Guarda segredos sobre o comportamento; Rituais alimentares (pesar comida, separa no prato, começa comendo de um lado específico do prato…); Pode ter episódios de compulsão alimentar e depois induzir vômito, usar diurético, laxantes; lembrando muito o paciente com bulimia (Anorexia nervosa do tipo bulímico); Amenorreia, osteopenia, perda da libido (alterações endocrinológicas por conta da ingesta alimentar); Tratamento Suporte nutricional, terapia, comorbidade psiquiátrica caso haja alguma em associação; Não existe tratamento específico; Bulimia Come, come, come e purga (vômito, laxante, diurético, correr…); Mulheres jovens; Clínica Compulsão alimentar (grande quantidade em pouco tempo); Perda de controle; Comportamentos compensatórios (vômitos, laxantes, diuréticos, exercícios estenuantes..); Peso normal ou acima do esperado; Preocupação excessiva com o peso; Tratamento Terapia; Avaliar possíveis comorbidades psiquiátricas; Psiquiatria23 Possiveis complicações da doença Distúrbios hidroeletrolíticos; Alcalose ou acidose metabólicas; Perda do esmalte dentário; Aumento das glândulas salivares; Esofagite; Conceitos nas questões Caquexia - Pessoa muito magra; perda de peso; Vigorexia - Preocupação intensa em ganhar massa muscular; Ortorexia - Paciente busca comer alimentos “perfeito” (sem agrotóxico, saudáveis, sem gordura); Transtornos da Personalidade Transtorno da Personalidade Borderline Instabilidade intensa das relações, da autoimagem, dos afetos e da impulsividade; Transtorno da Personalidade Histriônica Busca atenção em excesso (centro das atenções); Transtorno da Personalidade Dependente Necessidade de ser cuidado (não toma decisão); Dependente de alguém; Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsivo (Anancástica) Preocupação com regras, detalhes, perfeccionista, inflexível, excessivamente dedicado ao trabalho; Suicídio Fatores de Risco Psiquiatria 24 Tentativa anterior; Doença psiquiátrica (Depressão mais relacionada ao suicídio); Desempregado, viúvo, doença crônica incapacitante, não ter filhos, viver sozinho; Abordagem Avaliar, partindo do pressuposto que ele tem ideação suicida: Plano (como você vai realizar? forma que vai fazer?); Data; Tentativa prévia; Doença psiquiátrica; Suporte social, apoio familiar; Conduta Psicoterapia; Psiquiatria; Apoio familiar; Tratar doença de base; Internação ou Psiquiatra de Imediato se: Tentativa prévia; Plano e data; Ausência de apoio familiar; Doença psiquiátrica grave;
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