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Tema 4 - Pesquisa em artes visuais_ linhas das áreas pedagógicas

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Prévia do material em texto

Pesquisa em artes visuais: linhas das áreas pedagógicas
Prof. Geisiel Ramos
Descrição
A construção do conhecimento e a pesquisa estruturada entre a pedagogia e a arte. As artes e seu legado histórico-pedagógico. O contexto didático
da arte na educação formal e não formal e seus desdobramentos.
Propósito
A arte na educação assume o papel formativo e simbólico na construção do aprendizado do educando, ao incorporá-lo ativamente como leitor em
um mundo repleto de elementos visuais. Por isso, adquirir tal conhecimento é fundamental para os profissionais de licenciatura em artes visuais,
bem como saber aplicar em sua atuação profissional a relação entre a pedagogia e a arte , em seu contexto formal e não formal.
Objetivos
Módulo 1
A relação entre artes e práticas pedagógicas
Reconhecer os conceitos básicos da relação entre arte e pedagogia.
Módulo 2
Práticas pedagógicas em artes no contexto da educação formal
Identificar as práticas pedagógicas de experiência artística na educação formal.
Módulo 3
Práticas pedagógicas em artes na educação não formal
Identificar as práticas pedagógicas de experiência artística na educação não formal.
Introdução
A arte consiste numa linguagem capaz de ser autônoma. Tal noção é fundamental para que você perceba como isso é importante na relação
intrínseca com as práticas pedagógicas Além disso, você será capaz de expressar melhor a sua visão sobre as ações que movem a pesquisa na
arte-educação. Diante do exposto, convidamos você para o desafio de colocar em prática o conhecimento aqui discutido entre sínteses,
observações, diálogos com autores e pensamentos que contribuirão para a sua formação.
Assim, você estabelecerá parâmetros para transformar a sua ação didática pedagógica com apoio nas artes. E, claro, será fundamental agregar as
abordagens que você já possui e adquiriu ao longo do curso, além de considerar, também, os aspectos regionais. É nesse sentido que abordaremos
a importância das artes e suas metodologias para as práticas pedagógicas. Veremos, do mesmo modo, os princípios básicos da prática artística,
suas relações e como foram se transformando em diferentes momentos da história, além de perceber todo o processo democrático da relação
pedagógica entre a arte formal e não formal. Contudo, iremos conferir como os recursos visuais ajudam na construção simbólica e no percurso
narrativo para uma pesquisa em artes. Assim, você poderá alçar voos para além do conteúdo abordado aqui, afinal, as artes dão asas à nossa
imaginação!
1 - A relação entre artes e práticas pedagógicas
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de reconhecer os conceitos básicos da relação entre arte e pedagogia.

Aproximações da arte na pedagogia
Vamos iniciar a nossa jornada! Será fundamental compor as nossas reflexões a partir das abordagens teóricas e conceituais, a fim de explicar como
se dá a relação entre pesquisa nas artes e as práticas pedagógicas.
Você já imaginou como seriam as várias teorias existentes acerca da arte e da pedagogia se todas estivessem erradas? Não estamos falando de
forma filosófica, ou melhor, parafraseando o “sei que nada sei da arte”, mas vamos, de fato, identificar alguns pontos e relacionar arte e pedagogia e,
a partir disso, construir esse conhecimento como uma teia de importantes significados. Sendo assim, este será o nosso objetivo: levá-lo a debater
as questões importantes para a sua formação, a fim de estabelecer conexões entre a arte e a pedagogia. Para dar início a esse nosso debate,
vamos explicar alguns conceitos-chave.
Primeiramente, vamos lembrar que as artes visuais partem do princípio de que a visão é um campo aberto para a criação estética, seja ela
retratando a realidade ou por meio da imaginação, com o intuito de construir narrativas no fazer artístico, o qual, muitas vezes, é pautado pelas
técnicas usadas na criação de formas e objetos estéticos. Na verdade, todas as coisas no mundo são formas!
O conhecimento do uso dos materiais no processo de produção será essencial no meio educativo. Assim, ser um profissional no campo da arte-
educação possibilita aprender sobre os efeitos dos materiais e seus limites. Nesse sentido, por exemplo, nas temáticas do universo artístico que
são trabalhadas em sala de aula, o conhecimento dos materiais será de fundamental importância.
Lembremos, especialmente, de que a arte pode ser representada por meio de outras linguagens, como teatro, dança e música. Além disso, a arte é
também um campo do conhecimento no qual você, estudante, poderá propor desafios do fazeres artísticos e pesquisas na arte e seus
desdobramentos histórico, social, estético, conceitual, cultural, além de desenvolver a autorreflexão e a reflexão dos seus futuros alunos. Já
consegue imaginar?
O Pensador, Auguste Rodin, 1904.
Eventualmente, você já deve ter percebido em seus estudos que o componente “artes” na educação necessita de elementos não apenas técnicos,
mais conceituais, para discutir algumas ideias, principalmente quando é abordado o universo artístico, a partir da década de 1960/70 até as artes
contemporâneas. De fato, a arte busca estimular a interação, imaginação, entre outros. Mas é claro que, ao abordar de forma conjunta às práticas
pedagógicas, a fim de pincelar a sistematização do conhecimento, o processo se torna mais leve.
A ideia central é também lhe encorajar cada vez mais a praticar essa fascinante linguagem que é a arte, e fazer com que os seus futuros alunos
transformem informações em conhecimentos. Não podemos esquecer de que a pesquisa no campo “científico” fará você construir narrativas
próprias para suas abordagens:
A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos,
técnicas e outros procedimentos cientí�cos. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo...
(GIL, 2002, p. 17)
As teorias da arte e legislação educacional
Nesse sentido, ao buscarmos compreender a arte e o seu processo transformador na interação com a pedagogia, perceberemos seu valor para a
aprendizagem. E isso se dá tanto pela pesquisa teórica que fundamenta tal relação, quanto pelo conhecimento nascido da própria ação educativa,
como lugar privilegiado de diversas experiências! Desafios, certamente, aparecerão a todo instante.
O caminho da pesquisa em artes pode representar algumas estratégias que são encontradas em diversas áreas do conhecimento e seus
respectivos obstáculos. Você sabia que o universo artístico das teorias das artes é apoiado em outros campos do conhecimento? Vamos nos
aprofundar mais sobre esses elementos? Vem comigo!
Escola de Atenas, Rafael, 1509.
Além de suas concepções estéticas da cultura regional, nacional e internacional, as teorias das artes também se apoiam em suas bases
construtivas, como:

Sociologia

Psicologia

Antropologia

Arqueologia
De fato, a ênfase está em alguma abordagem histórica, considerada nos estudos como: na história da arte, em grupos sociais, as questões internas
do indivíduo como criador e os registros históricos e seus desdobramentos. Ainda assim, não podemos esquecer de pontos como:
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9. 394/96).
A Metodologia da Abordagem Triangular que se baseia no fazer, fruir e pensar a arte e seus aspectos cognitivos.
O Parâmetro Curricular Nacional de Arte (PCN), Lei nº 5. 692/71 que trata do professor polivalente.
A partir dos pontos estabelecidos, podemos perceber que tanto a condução da pedagogia quanto a teoria da arte
lhe nortearão pelos momentos artísticos, além de ajudar a estabelecer conceitos construtivos sobre conhecimento
da arte.
Segundo Chamuleau, crítico de arte, podemos entender que:
O pensamento sobre a arte encontra-se dividido em cinco grandes famílias principais, mais complementares que
antagônicas, a saber: fenomenologia da arte, psicologia da arte, sociologia da arte, formalismo e análise estrutural.
Todas elas se enriqueceram consoante às épocas e os autores, comcontribuições metodológicas provenientes do
marxismo, da psicanálise e, de modo geral, das ciências humanas.
(CHALUMEAU, 1997, p. 15)
Nessa perspectiva, esse conjunto de linhas teóricas permite a propagação do conhecimento. Contribuições que vão além do conhecimento. Você
pode ter percebido que a arte ajuda a aprofundar o nosso entendimento e visão de mundo. Além disso, nos possibilita o aprimoramento ou
refinamento das nossas habilidades estéticas e cognitivas como, por exemplo, a percepção, o raciocínio e a imaginação. Diversas observações
podem contribuir para essa analogia entre a arte e a pedagogia. Vamos ver como se dá essa relação em outra dimensão?
A dimensão estética e social da arte e pedagogia
Arte, educação e sociedade
Confira agora elementos que marcam a importância do papel social da arte, especialmente quando mediada pela Educação. Vamos assistir!
As práticas artísticas em sala de aula contribuem muito para o desenvolvimento do aprendizado do aluno. O que parece ser provável, não acha?
Nesse sentido, devemos concordar que a arte tem seu lugar nos espaços escolares, podendo assim dar o seu devido reconhecimento,
principalmente pelas manifestações culturais, pela sua dimensão estética e pela transformação social.
I Mostra de Teatro-Educação da Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus/AM.

Em suma, a arte na escola e, mais amplamente, a legitimidade educativa das práticas artísticas e culturais, parecem ser objeto de um raro
consenso. Pelo menos no que se refere a ideias e discursos, pois, de fato, o acordo é muitas vezes mal gerido, as restrições orçamentais atingem
primeiro esta esfera e as hierarquias disciplinares não se desarmam facilmente.
Tais análises não podem, contudo, ser suficientes para desconsiderar uma linha de força persistente e resistente aos caprichos das políticas
educacionais: um princípio superior comum, de ordem artística e estética, e que hoje parece afirmar-se na definição do bem educativo de todos.
Podemos ver como as formas de justificação, responsáveis pela infiltração da arte no campo educacional, sinalizam uma via diferente do
tratamento dado às disciplinas, muitas vezes marginalizadas. Consegue imaginar a importância disso?
Muitas das reformas e inovações introduzidas na educação escolar, do ensino fundamental ao ensino médio,
mesmo na universidade, mesmo quando não afetam diretamente o campo das artes e das práticas culturais,
referem-se a práticas e valores relacionados mais particularmente a uma estética e modalidade de relação com o
mundo, ou seja, a dimensão da arte em relação à estética.
Atenção!
A aplicação de uma pedagogia diferenciada, a ajuda individualizada, o trabalho pessoal supervisionado, os cursos diversificados, o trabalho cruzado,
a temática de inteligência múltipla, e a inteligência sensível (entre outras inovações), destacam competências e valores mais próximos do domínio
estético do que do modelo científico. Podemos pensar em exemplos como o indivíduo e sua expressão, subjetividade, sensibilidade, imaginação, até
emoção.
Você sabia que as materialidades artísticas, como a pintura, escultura, gravura, entre outras, são as que mostram o valor estético de determinada
sociedade? As expressões podem ser diversas, como no exemplo da imagem a seguir.
Ainda assim, muitas expressões devem ser ampliadas. Como? Por meio da difusão e da penetração não só da arte e da cultura artística, mas
também como por meio dos valores estéticos no campo educacional. Não só a educação artística ascende à categoria de “grande”, ao lado da
educação intelectual e da educação cívica e moral, mas estes próprios campos educativos integram preocupações e valores de ordem estética.
Na verdade, a arte desempenha esse papel por meio da sensibilidade da transformação do sujeito. Mas, você deve estar se perguntando: como a
arte pode contribuir mais com a pedagogia?
A arte tende a ser uma forma de conectar os saberes e as manifestações artísticas, imprimindo suas linguagens na
“imaginação”.
Dessa forma, vamos construindo novos caminhos e outras abordagens tanto na estética quanto na arte:
Assim, a própria educação possui uma dimensão estética: levar o educando a criar os sentidos e valores que
fundamentem sua ação no seu ambiente cultural, de modo que haja coerência, harmonia, entre o sentir, o pensar e o
fazer.
(DUARTE JR., 1998, p. 18)
Perceba que as aproximações entre arte e pedagogia foram se diluindo ao longo do texto, dando foco à arte. No próximo tópico, nos
concentraremos em alguns recortes sobre os instrumentos pedagógicos, a fim de promover a construção da sua teia de conhecimento.
Recortes entre pedagogia e arte
Nunca pareceu intrigante a você pensar como a pedagogia “molda” uma pessoa, transformando-a de sujeito passivo para sujeito ativo na família e
na sociedade? Podemos pensar, então, que a pedagogia atua diretamente na raiz, ou melhor, em todo o contexto da formação do indivíduo. Vamos
pensar melhor sobre isso!
Atenção!
Lembremos que o ensinar e o aprender sobre artes são, sobretudo, considerados como uma arte, possibilitando a forma correta de lecionar,
pensando na profunda consideração sobre o outro e sua cultura. De fato, essa construção de conhecimento precisa estar apta a desenvolver as
aptidões estéticas e históricas nos estudantes. A arte torna-se um fator de prioridade para o desenvolvimento da criança. Nos manuais sobre a arte
de ensinar, são lançadas diversas ações sobre esse entendimento, historicamente consolidado dentro dos diversos contextos, os quais foram
compondo sua importância e sua devida sociedade.
Podemos encontrar muitas outras formas e tipos de pedagogia, como:

Pedagogia Tradicional

Pedagogia Nova

Pedagogia Tecnicista

Pedagogia Libertadora
Aqui estão alguns tipos de pedagogia ou tendências pedagógica, as quais você já ouviu ou, com certeza, ainda ouvirá falar! Por isso, nosso objetivo
aqui não é diferenciá-las, especificamente, mas ajudar você a lembrar de que o contexto pedagógico influenciará a prática da experiência artística.
De uma maneira geral, a criança e o jovem devem aprender a operar os “códigos” das artes. Muito provavelmente você ouviu sobretudo que a
pedagogia é a ciência da educação. No entanto, muitos elementos, entre a arte e a pedagogia se aproximam. Em outros casos, há diferenças em
sua natureza.
Destacamos os seguintes pontos: a pedagogia está voltada para a realidade do sujeito, enquanto a arte visa à produção de obras de arte, em seu
estado mais criativo, e seus desdobramentos estéticos e conceituais.
A pedagogia não dever ser vista como uma ciência dura, nem como uma obra de arte, mas sim como um exercício
de persuasão, que, de fato, tem a intenção de conquistar e transformar o estudante por meio do seu processo de
ensino e aprendizagem.
O compromisso com a formação de cidadãos coloca a pedagogia em pleno exercício da sua ação e atuação. Nesse sentido, a arte entra como uma
abordagem transformadora, possibilitando trocas expressivas. Concordamos, dessa maneira, que: “A arte é movimento na dialética da relação
homem-mundo” (FERRAZ e FUSARI, 2010, p. 21).
Essa relação, em constante experimentação, seja por meio do potencial criativo das crianças, adolescentes e jovens, permitirá conectar-se com o
desenvolvimento da criatividade para todos, em um determinado ambiente, a partir do direcionamento educativo, o que coloca a arte como
produtora de experiência notáveis de acontecimentos.
As relações múltiplas entre artes e pedagogia são consideradas como construtoras e plenas, no direcionamento, e contribuem para a formação
humana, na qual a expressão e a criatividade têm o seu papel de destaque.
Há muitas formas ou caminhos para buscar entender a relação entre arte e educação. Em uma delas, podemos perceber que tornar as relações
próximas entre a pedagogia e arte permanece semelhante à realidade entre os sujeitos educandos e educadores, que se encontram em experiências
autênticas, como ditopor Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia:
A partir dos diversos parâmetros inspirados por autores consagrados é que a pedagogia possibilita a totalidade da experiência da arte como lugar
de extrema partilha e valorização do ensino-aprendizagem. Portanto, isso está relacionado à atitude que você terá que enfrentar ao conviver com as
diversas situações, seja na prática da pesquisa ou nos procedimentos práticos do desenvolvimento de planejamento direcionado à integração das
práticas artísticas em sala de aula.
Construção e reconstrução do saber 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Conforme alguns pontos acerca da abordagem das relações entre a arte e a pedagogia, muitos avanços foram concretizados para propor uma
educação que fizesse sentido nas práticas da arte-educação. No entanto, a arte e seus critérios na educação obtiveram ganhos característicos
da própria disciplina.
Leia as afirmativas a seguir:
I. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) estabelece a inserção da arte como componente curricular obrigatório no
ensino básico.
II. A Abordagem Triangular é uma das metodologias de ensino escolar de arte que se baseia no fazer, fruir e pensar arte.
III. A matriz estética, que caracterizou o modelo de ensino de arte implantado no Brasil pela Missão Artística Francesa, está ligada ao
Neoclassicismo.
IV. A Abordagem Triangular propõe uma educação em arte para o público especial.
V. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (PCN) mantêm a concepção do professor de arte, presente na Lei nº 5.692/71, como um
professor polivalente nas diferentes linguagens artísticas.
Dos itens acima mencionados, estão corretos apenas:
A I, II e V.
B II, IV e V.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-paragraph'%3EA%20arte-
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Questão 2
No desenvolvimento simbólico da criança e jovem, é essencial o aprendizado nas artes, sendo este como fator de fundamental importância
para o desenvolvimento da imaginação. Diante disso, a escola coloca-se como ponto necessário a essa compreensão.
Leia as afirmativas abaixo:
I. A arte é um fator prioritário para o desenvolvimento da função simbólica na criança.
II. A escola deve priorizar o desenvolvimento do sistema da linguagem oral e escrita, além da expressão artística.
III. A arte da música é a linguagem mais apropriada para os estudantes desenvolverem o senso estético.
IV. As linguagens artísticas são necessárias apenas na aplicabilidade de poucas regiões do país.
V. Para uma criança ou um jovem se apropriarem das linguagens da arte e compreenderem seu sentido, é necessário aprender a operar com
seus códigos.
Dos itens acima mencionados, estão corretos apenas:
C I, II, III e IV
D II, III, IV e V.
E I, II, IV e V.
A I, II e IV.
B III, IV e V.
C I, IV e V
D I, II e V.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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2 - Práticas pedagógicas em artes no contexto da educação formal
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car as práticas pedagógicas de experiência artística na educação formal.
O sentido da arte na educação forma
Para nos aprofundar em alguns pontos característicos das práticas pedagógicas no contexto da educação formal e seus desdobramentos, é
necessário deter-nos sobre alguns conceitos norteadores e manifestações no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, compreender,
adquirir novos conhecimentos na arte e colocar em prática são desafios importantes para o profissional que está em sala de aula. Isso porque
muitas abordagens, conceitos e situações artísticas estão sendo transformadas a cada instante.
É aqui que questionamos: qual o sentido da arte na educação? Por que as pessoas precisam aprender sobre arte? Vamos nos aprofundar mais
sobre essas questões?
Primeiramente, devemos compreender que as práticas artísticas estão associadas às situações qualificadas como contextos formais da educação.
Sendo assim, pontuamos, por exemplo, aquilo que o aluno possivelmente deve levar em conta:
1.
Participar das aulas de forma ativa e respeitando o contexto cultural.
E II, III e IV.
2.
Compreender os percursos formativos.
3.
Estabelecer conexões com meios operatórios.
4.
Realizar propostas artísticas.
Lembremos, especialmente, que essas pontuações não são regras nem estanques. Na verdade, há uma diversidade ao relacionar esses contextos.
De fato, a arte, no contexto formal, muitas vezes, mistura-se com o contexto não formal em seu percurso criativo.
Ainda assim, é perceptível que a educação formal traduz as vertentes da aprendizagem, dado que a educação formal fornece a base, a
aprendizagem de conhecimentos e as habilidades, realizados por instituições como escolas, universidades, entre outras.
Por exemplo, o estudo da História da Arte, no contexto escolar, deve favorecer elementos da memorização, alguns fatos e estilos artísticos.
No Brasil, a arte passou a ser introduzida no currículo escolar em 1971, no âmbito das práticas de ensino. Portanto, essas práticas puderam ser
flexíveis em razão das diversas mudanças e influências no campo da cultura, da política e da economia e suas variáveis.
Assim, vamos entender a educação formal como um lugar técnico em que a arte se transforma no fazer criativo. É o transformar a matéria. Isso é
dado por meio da ação humana que maneja materiais a fim de um resultado plástico:
A arte é uma produção; logo, supõe trabalho. Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o ato da
potência, o cosmos do caos. Techné chamavam-na os gregos: modo exato de perfazer uma tarefa, antecedente de todas
as técnicas dos nossos dias.
(BOSI, 1986, p. 14)
echné
A palavra grega techné pode nos remeter à ideia de técnica, da forma como entendemos hoje. Porém, em seu sentido mais histórico (na forma como
aparece nas obras clássicas, como na Metafísica, de Aristóteles), deve ser traduzida como “arte/ofício” e compreende não somente o processo técnico
de produção, como também a sua capacidade de transmissão. Portanto, uma ligação clara entre arte e educação.
Ainda que se possa argumentar que a mera presença da educação artística na política educativa não é garantia de meios adequados ou de
qualidade na sala de aula, é significativo que, pelo menos em nível de legislação, reconheça-se que a arte contribui para a educação da criança. Uma
frase atribuída ao pintor espanhol Pablo Picasso pode nos ajudar: “Toda criatura nasce artista. A dificuldade é continuar artista enquanto se
cresce!”.
Se, por um lado, há um reconhecimento tácito da importância das crianças em terem a experiência artística e se envolverem na vida cultural de um
país; por outro, há sempre uma diferença considerável entre o que é obrigatório num país e a natureza e qualidade do currículo artístico, o qual as
crianças realmente recebem nas escolas. Parece haver um abismo entre a crença geral de que a arte é boa para as crianças e o saber fazer quando
se trata de controlar a qualidade da educação artística que as crianças, os jovens e os adultos recebem.
Formações e reconstrução de saberes
A pesquisa em artes no âmbito da educação formal
Confira exemplos de temas de pesquisa possíveis na área da arte e educação formal, oferecendo pistas para escolha de novos temas. Vamos
assistir!
Você sabia que a arte é também um campo de formação e construção de saberes? Com o ensino da arte, é possível que o aluno perceba outras
realidades, por meio da reconfiguração, da reconstrução, a partir do contato com o campodas artes e seus desdobramentos estéticos e
conceituais.
Na educação, a arte promove sentidos por meio da tradição e de seus movimentos contra o comum. Esse
movimento contrário é o que torna o sentido da arte na educação como meio operativo capaz de forjar o mundo
pela criatividade.
Não podemos nos esquecer das suas tradições e realizações históricas, que muito contribuíram para o processo de agenciamento da arte na
educação formal.
No campo das artes, temos as linguagens que são compostas por quatro formas de expressão, que visam desenvolver uma nova geração de
artistas com novas oportunidades no setor criativo:
Teatro

Dança
Música
Artes visuais
Com essa abordagem, objetiva-se a oferecer aos alunos a oportunidade de explorar os valores sociais e culturais.
A fim de desenvolver uma compreensão de como as artes refletem a história do país e contribuem para sua cultura e criatividade, percebemos que
elas estão internamente ligadas. As artes expressivas procuram estimular o interesse e o envolvimento ao longo da vida com uma variedade de
atividades criativas.
Agora, você poderia estar se perguntando: Afinal, as práticas artísticas são importantes na educação formal?
Vamos listar, a seguir, alguns pontos da educação formal que, de maneira eficiente, podem surtir efeito nas práticas das artes, mas, claro,
percebendo as suas diferenças de ambientes e estrutura social:
Abordagem técnica
Para alguns estilos, assuntos e mídias, um ambiente escolar formal é uma maneira eficiente e eficaz de aprender as técnicas
necessárias para se tornar proficiente na criação do trabalho.
Essas relações não estão isoladas nem são únicas! Num breve percurso, a situação geral da educação artística no mundo parece ter mudado pouco
ao longo dos anos: os objetivos culturais, sociais e estéticos continuam a ser a principal justificativa apresentada para a existência da educação
artística, no contexto da educação formal. Ao mesmo tempo, à medida que os professores de arte ganham reconhecimento em diversos países, há
o desejo de examinar mais detalhadamente os objetivos inerentes à educação artística que valorize o espaço do aprendiz.
Você deve perceber que, em muitos casos, as artes plásticas são geralmente vistas como a personificação do individualismo e da liberdade de
expressão. A educação formal, por outro lado, está ligada ao Estado e seus objetivos, especialmente durante um período, como o nosso, de
construção do Estado-nação e seus desdobramentos técnicos e conceituais.
No entanto, contra sua suposta divergência radical, duas características marcam a evolução da escola e das artes:
Homologias marcantes
Descontinuidades muito lentas
Atribuiremos isso aos efeitos do processo de construção do Estado-nação, em especial à percepção do passado histórico e sua gestão. De fato, não
estamos aqui ou ali estabelecendo princípios ideológicos, mas, desejamos que você perceba que as relações estabelecidas no processo educativo
se tornam também um palco de discussões críticas e políticas.
Ambiente de aprendizagem estruturado
Alguns artistas estão predispostos a aprender melhor no ambiente formal do que uma instituição de ensino irá proporcionar. A sala de
aula ou a sala específica (ou ateliê), juntamente às relações construídas com professores e colegas, podem nutrir o aprendizado e o
desenvolvimento dos alunos nas diversas linguagens.
Expansão dos horizontes
Além de aprender técnicas específicas à linguagem escolhida pelo estudante, durante uma educação formal, você provavelmente terá
a oportunidade de experimentar outras mídias, estilos e técnicas. Tal exploração ampliará os horizontes e enriquecerá a compreensão
do futuro ofício do aluno. Os estudantes de artes visuais, por exemplo, também passam tempo mergulhados na história da arte,
dando-lhes uma perspectiva de seu trabalho.
Credenciais
Um diploma em licenciatura em artes pode ajudá-lo em muitos níveis, especialmente se você deseja ensinar ou ocupar um cargo em
uma organização de artes.

Algumas gotas no contexto brasileiro
Gostaríamos, agora, que você conhecesse os primórdios da educação artística no Brasil, articulada a partir da Missão Artística Francesa, por volta
de 1816, e que influenciou a arte brasileira e implantou concepções mais amplas sobre, principalmente, a arte acadêmica e seus desdobramentos.
Podemos, assim, nos envolver com dimensão operativa que a Missão produziu no desenvolvimento da arte-educação no país. Para que você possa
perceber de maneira ampla a atuação da arte no contexto brasileiro, é importante observar a abordagem histórica.
Nesse sentido, convém destacar que o ensino da arte no Brasil ficou muito evidente a partir de alguns marcos e movimentos artísticos-culturais,
como a Semana de Arte Moderna de 1922, que trouxe um olhar diferente para a produção artística brasileira. Inclusive, no ano de 2022, esse evento
completou cem anos de muitas memórias e gerações que marcaram as artes no país.
Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928.
A partir desses e de outros eventos significativos no campo da arte, o ensino e a aprendizagem nas escolas brasileiras se permitem ter uma grande
bagagem cultural, dando assim maior valorização à concepção do desenvolvimento da arte no Brasil. Estamos, de fato, tratando sobre a educação
formal e a importância da arte como instrumento de transformação do indivíduo por meio da criatividade e imaginação.
Diversos teóricos de educação já chamavam atenção para essa forma de ensinar e aprender. Entre os expoentes, está o filósofo e o pedagogo norte-
americano John Dewey (1859-1952), que reforçava os princípios que hoje norteiam a educação baseada em projetos, quando abordadas as
Metodologias Ativas em sala de aula.
A educação, portanto, não deveria se restringir à transmissão de saberes, mas deveria valorizar as experiências dos alunos
e a conexão dos conhecimentos com situações cotidianas.
Não podemos esquecer de que o ensino da arte no Brasil teve a grande contribuição da pesquisadora em arte-educação Ana Mae Barbosa, que
favoreceu diversas propostas inéditas na década de 1980 na educação da arte brasileira. Algumas denominações dessa formalização puderam ser
apoiadas em aplicações com outras nomenclaturas como:
Educação artística
Ensino da arte
Trabalhos manuais
Ensino do desenho
Geometria
Desenho geométrico
No entanto, essas denominações encontraram-se apoiadas em suas práticas, contextos e expressões culturais. Com base nos estudos
desenvolvidos por Ana Mae, a arte na educação tem que se relacionar com a realidade e o contexto do estudante. Assim, ela desenvolveu uma
proposta chamada de “Proposta Triangular”, que possibilita as reais necessidades do estudante. Sendo assim, ela afirma que:
Em arte-educação, a Proposta Triangular, que até pode ser considerada elementar se comparada com os parâmetros
educacionais estéticos so�sticados das nações centrais, tem correspondido a realidade do professor que temos e a
necessidade de instrumentalizar o aluno para o momento em que vivemos, respondendo ao valor fundamental a ser
buscado em nossa educação: a leitura, a alfabetização.
(BARBOSA, 1988, p. 35)
Portanto, diversas metodologias puderam ser empregadas e, com suas respectivas relevâncias, puderam favorecer o ensino e aprendizado do
estudante. Ainda assim, podemos contemplar, em meados do século XX, o Projeto Construtivo Brasileiro, que foi uma exposição de grande
repercussão no país, com curadoria de Aracy Amaral e Lygia Pape.
É nesse contexto que a educação artística, no ambiente formal da educação, acontece, com seus inúmeros desdobramentos, que você, estudante,
pode se aprofundar.
Teia, Lygia Pape, 2000.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No processo de ensino-aprendizagem da educação formal nas artes, é possível diversificar a metodologia, colocando em questão a melhor
condução para o aluno, e assim, estabelecer conexões e fixar o aprendizado. Diante disso, algumas pesquisas indicam queo estudo da História
da Arte, no contexto escolar, deve enfatizar:
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENo%20processo%20de%20aprendizagem%2C%20no%20contexto%20formal%20das%20artes%2C%20o%20educador%20consegue%20
se%20enfatizar%20justamente%20alguns%20pontos%20como%20a%20mem%C3%B3ria%2C%20o%20estilo%20e%20o%20contexto%2C%20permitind
Questão 2
Ao oferecer uma visão panorâmica do movimento construtivo-concreto brasileiro, a exposição, com curadoria de Aracy Amaral e Lygia Pape,
fundou o processo de difusão e institucionalização dessa produção no Brasil e no exterior, tornando-se, assim, um tópico importante na história
das exposições no país.
Realizada em 1977, na Pinacoteca de São Paulo e, em seguida, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, trata-se da exposição:
A a integração de seu conteúdo com outras disciplinas.
B as obras clássicas da tradição universal.
C a memorização de períodos, elementos estilísticos e fatos marcantes.
D a abordagem do contexto social e político.
E a conexão com obras do mundo oriental.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOs%20desdobramentos%20ocorridos%20na%20arte%20brasileira%2C%20sob%20influ%C3%AAncia%20das%20correntes%20modernis
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3 - Práticas pedagógicas em artes na educação não formal
Ao �nal deste módulo, você deverá ser capaz de identi�car as práticas pedagógicas de experiência artística na educação não
formal.
Aberturas de caminho na educação não formal
A Nova Objetividade Brasileira.
B Vontade Construtiva Brasileira.
C Exposição Nacional de Arte Concreta.
D Projeto Construtivo Brasileiro na Arte.
E Formas Geométricas Brasileiras.
Iremos agora desvendar algumas práticas pedagógicas em artes no contexto da educação não formal e suas aplicações conceituais.
Atividade discursiva
Vamos começar com a seguinte questão: o que é a educação não formal? Você já ouviu falar sobre esse tipo de educação?
Digite sua resposta aqui
Exibir solução
Nesse primeiro momento, você deve compreender a educação não formal como uma educação que se distancia do sistema tradicional de
ensino. Apesar de ser distinta da educação formal, ela também tem seu sistema de educação organizado para a aprendizagem dos alunos. É
uma das formas de complementação do método formal de ensino.
De fato, nós aprendemos de diversas formas a partir de experiências formal ou não formal e isso pode, cada vez mais, fortalecer os vínculos entre
uma e outra.
Ampliando um pouco mais, um dos objetivos fundamentais da educação é a preservação e transmissão da tradição cultural às gerações mais
jovens. Nas sociedades sem escrita, porém, falta a ferramenta indispensável para transmitir uma concepção do mundo para além do aqui e agora. A
educação, portanto, deve ser assegurada pela passagem direta e pessoal de valores, pensamentos, modos de vida.
Essa transmissão direta e pessoal é obtida por meio da educação informal que é realizada pelo grupo familiar, pares e adultos da comunidade. Você
deve encarar como uma forma de educação baseada quase exclusivamente na observação e na experiência direta, que substitui em grande parte o
que é oferecido pela escola nas sociedades alfabetizadas.
Ainda assim, a educação não formal trata-se de um processo de aprendizagem diversificado, que tem em si os ambientes não escolares como lugar
de experiência singular. No setor artístico, existem diversos locais para aprendizagem artística não formal e suas práticas culturais. Analisando a
imagem a seguir, vamos perceber algumas diferenças entre a educação formal e a não formal:

A educação não formal propõe, principalmente, como foco, uma população com menor poder financeiro e, de fato, com todo o contexto social
desfavorável a uma educação de qualidade. Isso é muito comum nas diversas periferias das grandes cidades. Podemos assim, citar alguns
espaços, como: oficinas, cursos culturais e técnicos artísticos entre outros.
Atenção!
Não podemos esquecer de que as atividades artísticas não formais não têm que cumprir requisitos rigorosos e é o espaço onde crianças e jovens
têm liberdade para se expressarem quase sem quaisquer limitações, devido à ausência de um programa de educação formal. Este espaço cria boas
condições para compreender as reais necessidades do público. Entretanto, é no contexto da educação não formal que a cultura artística pode
contribuir para a união entre as esferas separadas da educação, cultura e das artes.
Os desa�os da educação não formal
A pesquisa em artes no âmbito da educação não formal
Confira agora exemplos de temas de pesquisas possíveis na arte e na educação não formal, oferecendo pistas para escolha de novos temas. Vamos
assistir!
É possível perceber a presença dos diversos setores da educação não formal nas cidades como, por exemplo, os museus e as instituições culturais,
que contribuem no processo de ensino e aprendizagem da arte de crianças e adolescentes carentes:
A educação não formal visa contribuir para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, e ainda tem como um de seus
objetivos erradicar o trabalho infantil.
(SOUZA, 2008, p. 2)
Não podemos esquecer de que a educação não formal favorece também o crescimento do terceiro setor, sendo este formado pelas organizações
não governamentais, como as ONGs.
No Brasil, esse processo de apoderamento das instituições não formais como espaço de experiências transformadoras para as crianças e
adolescentes aumenta as “descobertas de talentos”. Muitos pesquisadores se debruçaram sobre o assunto da educação da arte em espaços não
formais.
Atenção!
Lembremos, especialmente, de que esse processo de educação é também uma formação considerada como saber, em que se constituem novos e
diversos ambientes. E, claro, com todo o processo de sistematização.
Os desafios ao colocar as definições acerca da educação não formal são muitos e perpassam por diversas categorias de aprendizado. Vejamos o
que diz Gohn (2006) a esse respeito:

Um direcionamento pedagógico é capaz de transformar por meio da arte na educação não formal. O indivíduo pode ser capaz de elevar a sua
expressão aos mais diversos meios da sua capacidade. No entanto, você vai perceber que o modelo descentralizado da educação não formal pode
se destacar muito no cenário nacional e internacional. Alguns desses espaços podem acontecer em museus, espaços culturais, centros
comunitários, praças, parques, entre outros.
Entendemos que a educação não formal qualifica indivíduos para o meio comum de potencialidades estéticas, históricas e artísticas, por meio dos
seus espaços de aprendizado e experimentações. Esses espaços podem ser encontrados nos mais diversos meios de organização.
Algumas aplicações com a arte
Percebemos a importância da educação não formal e seus desdobramentos. Agora, vamos ampliar nosso olhar acerca do fazer artístico!
Primeiramente, acreditamos que a escola é um espaço de construção de significados na sua atuação profissional e, com o aporte das artes, é
possível conectar significados e construir narrativas, estimulando principalmente o fazer artístico na educação não formal. Pois bem, caro
estudante, aplicar os conceitos da arte na educação não formal para que os alunos possam interagir com os materiais pode ser um desafio muito
importante na sua atuação profissional.
Lembremos que os sistemas educacionais existem para promover a aprendizagem formal, que segue um programa de estudos e é intencional no
sentido de que a aprendizagem é o objetivo de todas as atividades em que os alunos se envolvem.
Se pensarmos em um contexto como o museu e instituições culturais, devemos estabelecer que o papel do educador deve em si fazer com que o
público visitante possa fazer suas próprias conexões com relação ao que estásendo exposto.
Diante disso, no contexto da educação não formal, a arte trabalha o fazer artístico, colocando assim uma diversidade de atividades, a fim de
expandir a participação social no ambiente diferente dos espaços institucionais.
Por exemplo, na educação artística e cultural ou educação popular: num momento em que o primeiro nomeado é novamente objeto de uma forte
vontade política e de um consenso quase total, deu para perceber suficientemente que as duas frases compartilham o mesmo substantivo:
educação?
Educação não formal 
Nessas condições, não é legítimo indagar sobre o lugar que poderia ocupar, no anunciado grande projeto de generalização da educação artística e
cultural, os movimentos e federações se dizem possuir uma educação popular.
Convém destacar que, em muitos casos, a educação não formal ainda passa por alguns ajustes quando se trata da inclusão no currículo dos cursos
de licenciatura, o estágio supervisionado em espaços da educação popular. Isso porque algumas normas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB - Lei nº 9.394/1996) ainda não estão bem definidas, mas acontecem.
Essa possibilidade de atuação profissional permite, na mediação pedagógica, uma maior contribuição, para assim favorecer o acesso à diversidade
de manifestações artísticas. Dessa forma, você estará com “a cabeça mais aberta” ao experimentar regras e culturas diferentes. E isso é
importante!
Intercâmbio de ideias, valores e concepções estética erudita e popular contribuem também para a sua formação
humanizada.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O sistema de aprendizado da educação não formal também pretende desenvolver a experiência que vai além da experiência dos conteúdos
formais. Diante disso, marque a alternativa correta sobre os contrastes da educação formal com a não formal.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOs%20contrates%20que%20s%C3%A3o%20poss%C3%ADveis%20identificar%20entre%20a%20educa%C3%A7%C3%A3o%20formal%20
Questão 2
Diversos são os espaços e as instituições artísticas e culturais que o estudante/profissional pode atuar no contexto da educação não formal.
Diante disso, em um museu, o papel do educador e mediador de arte é o de
A Institucionalização X Formalização; Individualismo X Competição; Abordagens metodológicas X Abordagens espontâneas.
B Escolas X Universidade; Cidade X Campo; Roteiros X Ritmo; Diversidade X Unicidade.
C Aparência X Liberdade; Gêneros X Política; União X Afeto; Ciência X Razão.
D Matutino X Vespertino; Padrão X Contraste; Certeza X Dúvida; Função X Forma.
E Nacional X Global; Ético X Imposição; Postura X Desorganizado; Imaginação X Concreto.
A explicar os detalhes da obra.
B aplicar a abordagem triangular.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EEm%20uma%20institui%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20formal%2C%20como%20um%20museu%2C%20o%20educador%20tem%2
Considerações �nais
Chegamos ao final dessa jornada! Ou, pelo menos, aos primeiros passos dela...
Esperamos que tenha percebido a importância das bases construtivas que a arte possibilita para o desenvolvimento do seu contexto entre a teoria e
a prática nas abordagens educacionais. E, ao mesmo tempo, percebido o quanto a arte e sua abordagem educativa promovem algumas
considerações no desenvolvimento da experiência que caracteriza a legitimação da educação no contexto escolar.
No âmbito da educação formal, não podemos deixar passar a importância do caráter multidisciplinar e como a arte pode ser importante nas
estruturas social e individual, além de discutir os desafios da arte na educação brasileira. Eis a razão pela qual a competência que envolve o
desenvolvimento, tanto técnico como filosófico, pode ser mediado por meio da arte na educação.
Por outro lado, de forma complementar, percebemos que, no âmbito da educação não formal, tal relação - Arte e Educação - deve ser entendida
como uma prática que se torna elemento de mediação. Diferentes modalidades e funcionamentos podem equacionar um grupo ou sociedade, que
vai além das formalidades. Exatamente por isso as propostas nos diversos setores descentralizadores desta possibilidade de educação rompem as
limitações do espaço e tempo e dão às crianças, aos jovens e aos adultos maior liberdade de ação e expressão. O que se espera é que, assim, tanto
as dimensões políticas como as sociais possam direcionar o aprendiz a uma compreensão mais global de sua própria formação.
Podcast
Ouça agora alguns tópicos importantes abordados em nosso estudo. Vamos ouvir!
C estabelecer conexões com obras clássicas.
D instigar o público a estabelecer sua própria relação com a exposição.
E determinar o percurso da visita.

Referências
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/acertos. São Paulo: Max Limonad, 1988.
BARBOSA, A. M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
BOSSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1986.
CHALUMEAU, J. L. As teorias da arte: filosofia, crítica e história da arte de Platão aos nossos dias. Lisboa: Piaget, 1997. p.15.
DELORS, J. (Coord.). Os quatro pilares da educação. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1985. p. 89-102.
DONDIS, D. A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
DUARTE JR, J. Fundamentos estéticos da educação. 2. ed. Campinas: Papirus, 1998.
FERRAZ, M. H. C. de T.; FUSARI, M. F. de R. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2010.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 49. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
GIL, A, C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GOHN, M. G. Educação não formal na pedagogia social. An. 1 Congr. Intern. Pedagogia Social Mar., 2006.
GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Rio de Janeiro: [s.ed.], 2006.
SOUZA, C.R.T de. A educação não formal e a escola aberta. EDUCERE, 2008.
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Confira as indicações que separamos especialmente para você!
Leia:
O livro Educação, escola e docência: novos tempos, novas atitudes e veja como o autor, Mário Sérgio Cortella, aborda a dinâmica do processo de
educação e seus desdobramentos filosóficos, políticos e conceituais.
A reportagem Lagos Andinos dão banho de beleza, de Paulo Naves, e perceba como, mesmo há tanto tempo (Jornal Folha de São Paulo, 28 de
Junho de 1999), a educação do olhar já aparece como sendo necessária à inspiração.
Assista:
Ao vídeo Bienal do Livro Rio 2019. A Importância da Arte-Educação nas Escolas e se debruce sobre os comentários da pesquisadora brasileira Ana
Mae Barbosa, e seus conceitos sobre a arte-educação e o seu processo de ensino aprendizado.
À entrevista Lygia Pape, gravadora, escultora e pintora, sobre seu trabalho, no canal “Arte é Investimento”, e conheça um pouco mais as ideias
dessa que é referência da arte nacional.
Ao vídeo Abordagem triangular é indicada para a educação de artes no ensino fundamental, no canal “Instituto Claro”, e conheça um pouco mais
sobre essa abordagem.

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