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Nutrição clínica e dietoterapia no sistema digestório Profa. Ms. Luana Romão Objetivos da disciplina □ Determinar o estado nutricional e a conduta dietoterápica do paciente, com base na avaliação nutricional e na patologia apresentada, visando manutenção ou recuperação do estado nutricional; □ Elaborar o planejamento dietético, analisando a aceitação da dieta, para identificar a necessidade de mudança nas características físicas e químicas e de terapia nutricional; □ Diferenciar os transtornos alimentares, com base no quadro clínico e na anamnese nutricional, visando definição de estratégias específicas na elaboração do planejamento dietético; 2 Objetivos da disciplina □ Identificar aversões, alergias e intolerâncias alimentares, com base nos sinais e sintomas e na anamnese nutricional, para substituição desses alimentos no planejamento dietético; □ Definir estratégias para mudança do estilo de vida, com base na etiologia e na fisiopatologia das doenças gastrointestinais, visando melhora do quadro clínico e prevenção de comorbidades. 3 Bibliografia básica □ CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 4a edição. São Paulo: Manole, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520464106/cfi/4!/4/4@0.00:22.1 □ WAITZBERG, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5a edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/169002/pdf/0? code=+tx1AYD1LwmW6Kbq7q9pYsBjEbl8MMFGjlQTuBDRv01o80cMptUEJ7Kgw □ YONAMINE, G.H. Alergia alimentar: alimentação, nutrição e terapia nutricional. 1a edição. São Paulo: Manole, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555761818/cfi/6/8!/4/2/4@0:0 4 https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/169002/pdf/0 Bibliografia complementar □ ALVARENGA, M.; SCAGLIUSI, F.B.; PHILIPPI, S.T. Nutrição e transtornos alimentares. 1ª edição. São Paulo: Manole, 2011. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520442647/cfi/3!/4/4@0.00:0.00 □ ALVAREZ LEITE, J.I.; DINIZ, M.T.C. Nutrição e metabolismo em cirurgia bariátrica. 1a. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192906/pdf/0? code=tdogpWOoyLI/5Au53s2icLkxr5FKo1TW8GS9GMdCzktdyoqOrHi1R+Wrn □ AQUINO, R.C.; PHILIPPI, S.T. Nutrição clínica: estudos de casos comentados. 2a edição. São Paulo: Manole, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520445143/cfi/1!/4/4@0.00:0.00 □ BARRETT, E.K. Fisiologia gastrointestinal. 2a edição. Porto Alegre: AMGH, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554182/cfi/1!/4/4@0.00:58.0 □ ROSSI, L; POLTRONIERI, F. Tratado de nutrição e dietoterapia. 1a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735476/cfi/6/10!/4/12@0:23.15 https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/192906/pdf/0 Combinados da disciplina □ Gravações podem falhar – priorize a aula ao vivo; □ Atenção para o número de faltas; □ As provas não vão contemplar apenas os conteúdos dados na revisão; □ Grupos de trabalho: 6 integrantes (5 grupos); □ 23/03 – apresentação do artigo: escolher um ou dois integrantes para apresentar; □ 18/05 – um integrante do grupo deve enviar o arquivo da resenha do segundo artigo (até 23h59). Seguir o modelo disponibilizado; □ Trabalhos enviados após data e horário combinados não serão aceitos – nota será zerada; □ Trabalhos – peso 3; AV1 e AV2 – peso 7; □ As aula são disponibilizadas em pdf e em preto e branco; □ Prova é por meio de questionário no Teams. 6 Nutrição clínica e dietoterapia no sistema digestório Avaliação nutricional do paciente hospitalizado e em atendimento ambulatorial Profa. Ms. Luana Romão Estrutura da aula 8 1 2 TRIAGEM NUTRICIONAL CÁLCULOS DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS 1 CONSISTÊNCIA DA DIETA 3 1. Triagem nutricional 9 Araújo et al, 2010. 10 Por que a preocupação com a desnutrição? Brasil, 2016; Arruda, Oliveira e Garcia, 2019. 11 Triagem nutricional – quando e em quem usar? A triagem nutricional deve ser por meio de um instrumento de fácil/rápida aplicação: □ Avaliação Subjetiva Global (ASG) □ Índice de Risco Nutricional (NRI) □ Score de Risco Nutricional (NRS) □ Mini Avaliação Nutricional (MAN) □ Instrumento de Triagem de Desnutrição (MST) □ Instrumento Universal de Triagem de Desnutrição (MUST) □ Triagem de Risco Nutricional (NRS 2002) □ Nutric Score □ Ferramentas de triagem para risco nutricional e de crescimento (Strong Kids) 12 ASG □ Inicialmente para pacientes cirúrgicos (pré e pós); atualmente em diversas condições clínicas; □ Três categorias: História: peso, ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais, capacidade funcional, doença Exame Físico: semiologia Alteração subjetiva global: conclusão da triagem 13 Barbosa Silva e Barros, 2002. 14 MAN □ Idosos que estão domiciliados, internados ou acompanhamento ambulatorial; □ Método foi desenvolvido em parceria entre o Hospital Universitário de Toulouse (França), a Universidade do Novo México (EUA) e o Nestlé Research Center (Suíça); □ Duas versões: completa e reduzida. 15 16 17 18 19 MUST □ Para adultos hospitalizados, domiciliados ou em atendimento ambulatorial; □ Rápido e simples; □ Contempla 3 fatores: perda de peso, IMC, doença x ingestão alimentar. 20 21 NRS- 2002 □ Utilizado em hospitais; □ Dividido e m 2 partes: Pesquisa inicial (IMC, perda de peso e ingestão alimentar) e pesquisa final (alteração do EN e gravidade da doença). 22 2. Cálculo das necessidades energéticas 23 □ NET – GEB x FA x FI x FT; □ GEB: representa 50 a 70% do gasto energético diário do indivíduo (peso, idade, gênero, estatura); □ FA: Fator atividade leve, moderada ou pesada; □ FI: Fator injúria, patologias apresentadas; □ FT: Fator térmico temperatura corporal. 24 25 3. Consistência da dieta 26 LÍQUIDA LEVE PASTOSA BRANDA GERAL Dieta líquida □ Objetivo: excluir a função mastigatória, facilitar a deglutição, digestão e absorção dos alimentos; □ Indicação: Anorexia, dificuldade de mastigação, disfagia, lesões obstrutivas do trato gastrointestinal, pré e pós cirúrgicos, preparo de determinados exames; □ Características: composta de alimentos líquidos e de substâncias que em contato com o líquido se dissolvem, conservando as características da dieta normoglicídica normoproteica e normolipídica. 27 Dieta líquida □ Composta por alimentos de aspecto e consistência líquida ou que se liquefazem a temperatura corporal; □ Restrita em fibras alimentares e tecido conectivo; □ Leite, mingau, iogurte, gelatina, pudim, sorvete, chá, achocolatados, suco de frutas e vegetais (geralmente coados); □ Sopas (liquidificadas e coadas) e caldo de feijão ou outras leguminosas. 28 Dieta leve □ Composta por alimentos de consistência líquida, semilíquida e pastosa, de fácil mastigação, deglutição e digestão; □ Fibras alimentares e tecido conectivo abrandados por cocção e subdivisão, evitando-se cascas; □ Todas as preparações da dieta líquida; □ Bisnaga, torrada, pão de forma, biscoitos “simples” e queijos cremosos; □ Legumes e carne bem cozida e picada, canja; 29 Dieta leve □ Alguns hospitais adotam: carne bem cozida (moída, desfiada), purê de legumes (ou legumes bem cozidos, sem casca), arroz (“papa”) ou massas bem cozidas e caldo de feijão; □ Fruta cozida e algumas cruas, maduras e sem casca (mamão, melão, pera, banana maçã). 30 Dieta pastosa □ Objetivo: minimizar o esforço da mastigação, deglutição e digestão dos alimentos; □ Indicação: pacientes com dificuldade de mastigação e/ ou deglutição devido à inflamação, danos neurológicos, distúrbios neuromotores alterações anatômicas da boca ou esôfago e uso de próteses dentárias evolução pós cirúrgica e para proporcionar certo repousogastrointestinal; □ Características: dieta de transição entre a líquida e a branda Contém preparações cremosas, líquidas, papas, purês e alimentos bem macios. 31 Dieta pastosa □ Composta por alimentos de consistência líquida, semilíquida e pastosa; □ Geralmente cozidos para atingirem a consistência pastosa; □ Todas as preparações da dieta leve na textura cremosa ou purê. 32 Dieta branda □ Objetivo: oferecer alimentos de mais fácil mastigação, macios ou abrandados pela cocção, pouco condimentados, subdivididos, porém não necessariamente moídos ou triturados; □ Indicação: nos casos de correção de alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do trato gastrointestinal e como intermediária na progressão para dieta livre; □ Características: normoglicídica, normoproteica e normolipídica em consistência branda/macia, modificados por cocção e/ou subdivisão. 33 Dieta branda □ Todas da dieta leve e pastosa; □ As preparações da dieta branda são preferivelmente cozidas; □ Preparações excluídas: frituras, embutidos, enlatados, conservas, pão francês, hortaliças cruas (exceto folhas tenras e picadas, com alface), leguminosas (exceto o caldo) doces concentrados e frutas ácidas e com bagaço (avaliar a tolerância individual). 34 Dieta geral □ Objetivo: fornecer proporções adequadas dos diversos grupos de alimentos e garantir uma oferta equilibrada de nutrientes sem modificações na consistência dos alimentos □ Indicação: é indicada para os pacientes com mastigação e funções gastrointestinais preservadas, que não necessitam de modificações significativas na consistência dos alimentos □ Características: normoglicídica, normoprotéica e normolipídica em consistência normal, fracionada em 6 refeições diárias, contendo 25 a 30 g de fibras. 35 Avaliar a aceitação Realizar adequação se necessário 36 37 Outras modificações □ Temperatura: pode variar segundo a aceitação do paciente, condições da cavidade oral ou adaptação a cirurgia realizada; quente, morna, ambiente, fria, gelada; □ Valor energético total: hipercalórica (valor energético acima das necessidades do paciente), hipocalórica (abaixo das necessidades do pacientes); □ Quantidade e proporção de macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos); □ Hipossódica: dieta restrita em sódio total (intrínseco e/ou extrínseco), indicadas em casos de edema, ascite e hipertensão arterial. 38
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