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Rita ● Definição: Processo dinâmico consequente da penetração de microrganismos, promovendo reações locais como edema e dor, e/ou sistêmicas como febre e apatia. ● Infecções Nosocomiais: São aquelas ad- quiridas durante internação hospitalar. Pode ser cruzada (entre animais), autoinfecção (resultante do próprio animal, como lambedura), pessoal téc- nico (contato sem higiene), instrumental/ar (fômi- tes), e dependem do período de internação (tem- po de exposição). ➤ Espécies: Staphylococcus aureus, Strepto- coccus beta-haemoliticus, Klebsiella sp., Escheri- chia coli, Pseudomonas sp., Proteus sp., e outras anaeróbias. ● Supuração: São formações de pus, conteúdo espesso ou semissólido com aspecto turvo, resul- tante de migração leucocitária, lise de hemácias, restos celulares e o agente infeccioso. ➤ Causas: Microrganismos piogênicos ou as- séptica por contusões, alergias e agentes quími- cos. ● Biologia das Infecções Cirúrgicas: De- fesa com resposta imunológica e inflamatória de- terminada a partir dos seguinte fatores: ➤ Fatores Sistêmicos: Idade, estado nutricio- nal, doenças crônicas prévias, uso de corticoste- roides, situação de choque, malignidade, queima- duras e anestesias gerais consecutivas. ➤ Potencial Patogênico: Capacidade de inva- são, multiplicação e evasão da resposta imunoló- gica. ● Agentes Determinantes: São subdivididos em classes a partir da sua casualidade. ➤ Grupo Primário: Staphylococcus, Strepto- coccus e Corynebactérias. ➤ Grupo Específico: Streptococcus equi e Rho- dococcus equi. ➤ Grupo Acidental: Mycobacterium tubercu- losis e bovis. ➤ Grupo de Associação: Proteus vulgaris, Es- cherichia coli, Fusobacterium necrophorum. ➤ Grupo Fungi: Pythium. ● Formas Clínicas: ➤ Abcesso: Coleção purulenta, circunscrita por cápsula fibrosa, cujo conteúdo é coletado em uma cavidade neoformada. É de tamanho variável e pode afetar qualquer tecido. ☞ Etiologia: Traumática ou piogênica. ☞ Classificação: Evolução: Agudo (líquido) ou crônico (caseoso). Causa: Sintomático (enfermidade), idiopático (trauma, infecção), metastático (migração). Estágio de Desenvolvimento: Imaturo (prolife- ração tecido conjuntivo no centro e edema periférico), maturo (liquefação no centro e cápsula firme peri- férica). Profundidade: Superficial (subcutâneo), profun- do (músculos e vísceras). ☞ Cápsula: É formada por fibrina e membrana leucocitária. Afina com o tempo à medida que o pus se liquefaz em 4-6 dias. ☞ Diagnóstico: Histórico de traumas e brigas, existência de algum tratamento prévio, ultras- sonografia, tomografia (profundo) e citologia. Em equinos costuma afetar a região submandibular (garrotilho), cernelha (brucelose), membros, nuca, bursas sinoviais (traumas), casco (perfurações). Infecções Equinos Rita ☞ Diagnóstico Diferencial: Cistos, neoplasias, hematomas, hérnias com adesão. ☞ Sinais Clínicos: Hipertermia, dor, anorexia, inflamação, aumento de volume. Quando imaturo apresenta centro duro e periferia mole, enquanto o maturo é o inverso. ☞ Tratamento: Quando imaturo, deve ser esti- mulado a maturação, visto que não pode ser fistulado. Técnicas como aquecimento e pomadas hiperemiantes são utilizadas. Já quando maturo, o procedimento envolve uma punçoincisão, lava- gem inicial com OX 10vol. seguida por clorexidina, curetagem, e colocação de drenos. Quando frio deve ser feito a retirada do centro sólido. Antibióticos: Penicilina sódica potássica IV a cada 4-6 horas; penicilina procaína IM a cada 12h; penicilina benzatina IM a cada 48h; todas na dose de 20.000-40.000u/kg. Gentamicina 6,6mg/kg IV SID. En- rofloxacino 5-10mg/kg SID. Sulfametoxazol + Trimeto- prima 25-30mg/kg BID. Oxitetraciclina bovino 10-20mg /kg a cada 48h. Ceftiofur 2,2-4,4mg/kg SID. Metroni- dazol 20-25mg/kg IV ou VO TID. ☞ Prognóstico: Bom quando superficial e iso- lado; é reservado quando profundo e múltiplos. ➤ Flegmão: Infecção do tecido conjuntivo, sem cápsula, com pus e tecido necrótico. ☞ Etiologia: Agentes piogênicos, imunossu- pressões, traumas. ☞ Evolução: Período inflamatório com dor, e- dema, rubor, hiperemia e perda de função. Perío- do de supuração com destruição e descolamento de tecidos e pus. Período de esfacelo com difusão do pus, odor fétido e úlceras. Período de repara- ção com a cicatrização. ☞ Sinais Clínicos: São mais sistêmicos, com hi- pertermia, apatia, anorexia de dor. O local fica com a pele túrgida, edemaciada, hiperêmica e ul- cerada. ☞ Diagnóstico Diferencial: Gangrena, escara, necrose, osteomielite e celulite. ☞ Tratamento: Incisão, antissepsia, curetagem e antibioticoterapia sistêmica. ➤ Furúnculo: Processo infeccioso agudo que a- tinge o folículo piloso, sendo causado principal- mente pelo Staphylococcus aureus em casos de debilitação e falta de higiene. ☞ Fisiopatogenia: O agente lesiona o aparelho pilosebáceo em uma cavidade com conteúdo enclausurado. Suas toxinas destroem o tecido epitelial e causa leucotaxia e edema, supurando e eliminando o folículo mortificado (carnegão) em 2- 4 dias. ☞ Tratamento: Assim como em casos de abces- so, é importante deixar a ferida maturar, favore- cendo o processo com uso técnicas como aqueci- mento e pomadas hiperemiantes. Então, é possí- vel exercer pressão até a retirada do folículo car- negão. Antibióticos tópicos podem ser utilizados. Drenos São materiais inseridos em espaços ou cavidades para possibilitar a saída de conteúdos presentes. Pode ser para fins: terapêuticos (tratamento), paliativos (aliviar), diagnóstico (coleta de secre- ção), profilático (prévio ao procedimento), mo- nitoração (cor, quantidade), e acesso (lava- gem). O mecanismo de ação pode ser: passivo por gravidade e capilaridade; ou ativo por meio de pressão. O sistema se divide em: aberto com contato com o ambiente, ou fechado sem contato. Pode ser de plano: superficial em subcutâneo ou profundo em cavidades. A duração pode ser: curta quando 3-5 dias, geralmente passivo; ou prolongada quando a- cima de 5 dias, geralmente ativa. Rita ☞ Sinais Clínicos: Dor, inflamação, elevação da pele, pus, pelo no centro, orifício carnegão. ➤ Antraz: Conjunto de furúnculos em uma re- gião, é tratado com antibioticoterapia sistêmica. ➤ Celulite: Inflamação não supurativa do tecido subcutâneo que não apresenta limites precisos. ➤ Empiema: Coleção purulenta em cavidade serosa pré-existente. Bacteremia: Bactérias presentes na circulação de maneira transitória sem manifestação clínica Septicemia: Microrganismos presentes na cir- culação que causam manifestação clínica. Endotoxemia: Contaminação por toxinas libera- das pelos agentes ou pela destruição deles.
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