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Fenomenologia Surgida a partir do grego “phainesthai”, que significa “aquilo que se apresenta ou se mostra” e “logos” (logia) é um sufixo que quer dizer “explicação/estudo”. Em outras palavras, a Fenomenologia é o estudo dos fenômenos. A principal ideia dos pensadores da área é de voltarem-se para as coisas de forma direta, sem intervenção ou influência de explicações científicas ou metodológicas. EDMUND HUSSERL Alemão, filósofo e matemático, fundador da escola de fenomenologia.; Acreditava que a estrutura e os conteúdos da consciência são profundamente distorcidos conforme o contexto que o indivíduo está inserido. Então, Husserl propôs a epoché, que significa “suspensão de a priori”, suspensão momentânea da atitude natural, do pré-julgamento e do pré-conceito. Ou seja, cabe ao filósofo interpretar os fenômenos tal qual eles aparecem. Para Husserl, não podemos inferir uma lei geral a partir da observação de casos particulares e da constatação da sua regularidade. O filósofo afirma que não há ciência que não comece por estabelecer um quadro de essências obtidas pela técnica de variação imaginária dos objetos. Ou seja, antes de se fazer física, é necessário refletir o que é o “fato físico” em sua essência. Essa era a maior crítica de Husserl sobre a ciência positivista/ciência de rigor, que defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro. INTENCIONALIDADE Para Husserl, intencionalidade significa apenas a característica geral da consciência de ser consciência de alguma coisa. A intenção definida como um conteúdo significativo de algo, a maneira como a consciência apreende o fenômeno que se mostra, o que eu percebo ao meu redor. Quando eu olho o objeto e atribuo função à ele. ATITUDE NATURAL A atitude natural é o modo irrefletido como nos relacionamos com o mundo em nossa volta. Cremos na realidade exterior e confiamos que nosso olhar capta uma realidade que existe por si mesma. ATITUDE FENOMENOLÓGICA A atitude fenomenológica é o movimento de suspender conceitos prévios (epoché; suspensão de a priori; olhar ingênuo), sobre o que busco compreender para que esses conceitos prévios não sobreponham características ao que se manifestar do que estamos investigando. REDUÇÃO TRANSCEDENTAL Segundo Husserl, na “consciência pura” ou “transcendental”, as vivências perdem inteiramente o seu caráter psicológico e existencial, para conservarem apenas a relação pura do sujeito plenamente purificado ao objeto enquanto consciente. Nesse nível de redução, chega-se ao que chamamos de “Atitude Fenomenológica”. Fenomenologia MARTIN HEIDEGGER Discípulo de Husserl, Heidegger afirma que o homem é sempre um ser-no-mundo, um ser-em- situação. Porém, que ele não está preso à situação em que se encontra, mas sim, sempre aberto para tornar-se algo novo. Heidegger buscava o sentido do ser através da Fenomenologia. SER E TEMPO (1927) Obra escrita por Heidegger, onde o autor propõe tratar o problema da história a partir da ontologia fenomenológica. Isto é, a pergunta sobre o modo de ser da história por meio da explicitação da constituição do Dasein como ente que compreende a si e ao mundo por ser constituído pela compreensão de ser. Pergunta sobre o “ser” – aquilo que é, aquilo que existe, o que é existência. Isso já era feito por filósofos anteriores, mas Heidegger afirma que acabavam vinculando o “ser” à uma coisa no mundo, à um objeto. Então, eles estavam perguntando pelo “ente”. Quem é o ser? – O “ser” é o DASEIN, que significa “ser-ai”; “ser-no-mundo”; ser que se faz, se constrói. EXISTÊNCIA AUTÊNTICA É aquele que conhece suas possibilidades e se reconhece no mundo, ele se reconhece como um ser-ai, se reconhece como Dasein. ANGÚSTIA DA MORTE O modo como o indivíduo encara a angústia da morte pode ser determinante para que ele tenha uma vida autêntica ou não. Então, reconhecer a finitude, mas explorar as possibilidades da vida é o que vai fazer sua existência ser autêntica ou não. EXISTÊNCIA INAUTÊNTICA De acordo com Heidegger, a existência inautêntica é a vida cotidiana, que leva à angústia e que se deixa levar pela situação. FENOMENOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA CLÍNICA Por clínica fenomenológica define-se a influência do método de Husserl nos tratamentos psicológicos. A clínica psicológica é historicamente associada à psicoterapia, que pode ser definida como a arte e ciência que se dedica ao alívio do sofrimento humano, decorrente de conflitos e desordens emocionais. A psicoterapia existencial investiga a história de vida de um paciente, mas não busca explicar a história de vida em patologias. Mas, compreende a história de vida como modificações da estrutura total do ser-no-mundo dos pacientes. Essa modalidade de terapia não mostra apenas onde, quando e até que ponto o paciente falhou em realizar a totalidade de sua humanidade, mas tenta fazê-lo experienciar isso o mais radicalmente (raiz) possível. O objetivo será alcançado o quanto mais rápido o terapeuta Fenomenologia explorar as estruturas espaciais no mundo de significação de um paciente. O lugar de um terapeuta no setting é o plano de uma existência em comum, sendo o paciente um parceiro existencial. A psicoterapia será um encontro, um ser-com.. A análise existencial não pode dispensar os métodos tradicionais terapêuticos, mas deve usá-los apenas com o propósito de favorecer a abertura ao paciente para compreensão da estrutura existencial humana. O uso de métodos deve permitir, em última instância, o exercício da liberdade para que o indivíduo utilize suas próprias capacidades existenciais. CAP IV – A EXISTÊNCIA Em Husserl, E. Existir tem relação com objetos observáveis diretamente, ou seja, FATO. Não importa tal existência, e sim o fenômeno. ≠ Em Heidegger, M. Existência e Existir Ex > EK > Fora Stir > Sistire > Sustentado/Lançado para; ENTE ≠ SER Ente > Ôntico > Específico Ser > Ontológico > Universal. DASEIN DA > Aí SEIN > Ser = Ser-Ai. O Ente que somos nós enquanto vamos sendo. É o Ente que se pergunta sobre a questão do SER, o seu próprio e os demais entes. SIGNIFICADOS Ser-ai – ser no mundo se relacionando consigo, com as coisas e com os outros. Vivendo. Ser-com-os-outros – ser se relacionando com os outros. Ser-para-morte – ser em contato com a morte. Ôntico: diz respeito ao ente, ao imanente, ao fenomênico, àquilo que os sentidos nos mostram. O ôntico é o superficial que fundamenta o senso comum. É o que todo mundo vê. Ontológico: diz respeito ao ser, ao que está por trás e além do fenomênico. O ontológico pressupõe sair do comum e buscar enxergar o que nem todo mundo vê. Flora Pradel Seixas Psicologia UNIP
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