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MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS, HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL MICROBIOLOGIA, HIGIENE E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS. Dr. Bruno Morais Nutricionista CRN 5507 e Gastrólogo Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos Doutor em Ciência Animal EMENTA DA DISCIPLINA • Proteção e segurança dos alimentos. Contaminação dos alimentos. Tipos de Micro-organismos. Micro- organismos de importância e suas interações com os alimentos. Crescimento microbiano nos alimentos. Conservação dos alimentos. Doenças transmitidas pelos alimentos. Vigilância Sanitária. Prof. Dr. Bruno Morais CONCEITO: A microbiologia dos alimentos é a parte da microbiologia que trata dos processos em que os micro-organismos influenciam nas características dos produtos de consumo alimentício humano ou animal. A microbiologia dos alimentos, por consequência, engloba aspectos da ecologia microbiana e da biotecnologia. ASPECTOS HISTÓRICOS • No Inicio, a alimentação era baseada nos abundantes recursos da natureza. • O homem passou a plantar, criar animais e produzir seus alimentos. • Com o surgimento dos alimentos preparados surgem as doenças transmitidas devido a deterioração (conservação inadequada). IMPORTÂNCIA DOS MICROORGANISMOS NOS ALIMENTOS. Classificação: • Micro-organismos como agentes de deterioração dos alimentos. • Micro-organismos como agentes patogênicos transmitidos por alimentos. • Micro-organismos como produtores de alimentos. MICROORGANISMOS COMO AGENTES DE DETERIORAÇÃO DOS ALIMENTOS • São aqueles danificados por agentes microbiológicos, químicos ou físicos de modo que seja inaceitável para o consumo humano. Aproximadamente 20% das frutas e dos vegetais coletados são perdidos por deterioração microbiana. MICROORGANISMOS COMO AGENTES DE DETERIORAÇÃO DOS ALIMENTOS • Os agentes causadores de deterioração podem ser bactérias, vírus, fungos, bolores e leveduras; sendo as bactérias e os fungos os mais importantes. • Produtos de origem animal os alimentos mais facilmente deteriorados. https://www.youtube.com/watch?v=-qWj5eM-sA8 https://www.youtube.com/watch?v=-qWj5eM-sA8 MICRO-ORGANISMOS COMO AGENTES PATOGÊNICOS TRANSMITIDOS POR ALIMENTOS. • As patologias associadas à transmissão alimentar podem ser de dois tipos: • As infecções alimentares, produzidas pelo ingestão de micro- organismos. • Intoxicações alimentares, produzidas em consequência da ingestão de toxinas bacterianas produzidas por micro-organismos presentes nos alimentos. Em determinados casos, pode-se produzir alergias alimentares causadas pela presença de micro-organismos somente. MICROORGANISMOS COMO AGENTES PATOGÊNICOS TRANSMITIDOS POR ALIMENTOS. • Em qualquer caso, para que se instale uma toxinfecção é necessário que o micro-organismo produza: a) Número suficiente para colonizar o intestino b) Número suficiente para intoxicar o intestino. c) Quantidades significativas de toxina. Ingestão de micro-organismos e toxinas • Micro-organismos que podem causar infecção e intoxicações: • Bactérias gram positivas. • Bactérias gram negativas. • Fungos produtores de micotoxinas. • Vírus. • OBS: Além do mecanismos de defesa, os micro-organismos precisam encontrar condições ideais para sua multiplicação. MICRO-ORGANISMOS COMO PRODUTORES DE ALIMENTOS • Micro-organismos que auxiliam na elaboração de produtos: • Queijo roquefort • Leites fermentados • Cerveja • Pão • Vinho CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS ORIGEM: • Animal: carne, leite e derivados, banha, ovos e mel. • Vegetal: in natura ou produtos processados/derivados de: frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, tubérculos, raízes, nozes, castanhas, café e entre outros; • Mineral: sal; CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS BENEFICIAMENTO: • In natura: quando consumido na forma em que foi obtido; • Beneficiado: quando submetido a processos de limpeza ou padronizações, sem modificações das características físicas ou sensoriais; • Industrializado: quando submetido a processamento que modifique as características físico- químicas e sensoriais dos alimentos de origem; CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS GRAU DE PERECIBILIDADE: • Perecíveis: São os alimentos que se deterioram com facilidade, devido ao seu alto teor de água. • Neste grupo estão as carnes em geral, o leite in natura, legumes, verduras e outros; CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS GRAU DE PERECIBILIDADE: • Semi-perecíveis: Alimentos submetidos a métodos de conservação ou não que podem fazê-los conservar-se por longos períodos de tempo. • Principais cuidados: verificar o seu estado ou da embalagem e a data de limite de consumo aconselhada. Neste grupo estão incluídos: conservas, semiconservas, gorduras vegetais e animais em embalagens não herméticas, algumas hortaliças (batatas, raízes, cebola, cenoura) entre outros. CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS GRAU DE PERECIBILIDADE • Não-perecíveis: são alimentos que possuem um baixo teor em água, podendo ser armazenados em temperatura ambiente e com baixa facilidade de degradação. • Nesse grupo estão incluídos: grãos, farináceos, açúcar, arroz, feijão, massas secas, sal, leite em pó, entre outros; FONTES DE CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS CABELOS PELE BOCA NARIZ OUVIDOS GARGANTA OLHOS INTESTINOS MÃOS e UNHAS ROUPAS SAPATOS HOMEM AS PRINCIPAIS FONTES DE CONTAMINAÇÃO SÃO: ANIMAIS AMBIENTE UTENSÍLIOS TIPOS DE CONTAMINAÇÕES Objetos sólidos provenientes do próprio alimento ou introduzidos acidentalmente devido à práticas deficientes nos diversos pontos da cadeia produtiva, inclusive dentro de um estabelecimento de alimentos. FÍSICA Tabela 1: Exemplos de Perigos Físicos Madeira Metais Objetos Pessoais Partes dos Alimentos Outros Paus Farpas Clips Parafusos Arames Pregos Tachas Anéis Brincos Botões Dinheiro Ossos Espinhas Caroços Plástico Papel Pedra Areia Vidro Cabelo Insetos Pelos Unhas • Não permitir a entrada de engradados de madeira na área de preparo; • Substituir superfícies e utensílios de madeira por polipropileno ou similar; Medidas Preventivas Lascas de madeira Selecionar os fornecedores das matérias- primas; Eliminar as pedras através de peneiramento ou catação. Ex.: feijão, arroz - catação, peneiramento Medidas Preventivas Pedras Realizar manutenção dos equipamentos; Manipular adequadamente embalagens metálicas; Cuidado com: clipes, grampeadores, grampos de cabelo, cestas de fritadeiras, pregos, peças de equipamentos. Medidas Preventivas Fragmentos de Metais • Proteger lâmpadas contra queda e explosão; • Controlar rigorosamente produtos embalados em recipientes de vidro; • Não utilizar termômetro de vidro. Medidas Preventivas Fragmentos de Vidros Treinar os manipuladores; Inspecionar os filés (peixes e aves); Realizar inspeção durante o pré-preparo; Medidas Preventivas Espinhas, fragmentos de ossos e carapaças de crustáceos Estabelecer programas de controle integrado de pragas; Pode levar ao choque emocional e danos à integridade do consumidor; Pode ser também veículo de perigos biológicos. Medidas Preventivas Pragas Cuidado ao manipular as embalagens plásticas; Utilizar inspeção visual; Realizar a manutenção de placa de polipropileno, através de raspagens periódicas; Verificação periódica do estado de escovas (cerdas). Medidas Preventivas Fragmentos de plásticos Conter os cabelos com o uso de toucas ou rede; Fazer a barba diariamente; O perigo potencial de fios de cabelo para a segurança alimentar - choque emocional. Medidas Preventivas Cabelos e Pelos Resíduos de produtos químicos ou produtos de sua degradação, toxinas produzidas por micro- organismos ou algum componente tóxico ou alergênico natural do alimento, presentes em níveis aceitáveis nos alimentos. QUÍMICA Produtos de Higienização Produtos Químicos de Manutenção Metais Pesados Detergentes Desinfetantes Lubrificantes Óleos Massas Tintas Colas Chumbo Mercúrio CádmioResíduos de Pesticidas Toxinas Outros Herbicidas Fungicidas Inseticidas Histamina Aflatoxinas Verniz das unhas Aditivos alimentares TABELA 2: EXEMPLOS DE PERIGOS QUÍMICOS • Utilizar produtos aprovados e em concentração adequada; • Treinar os funcionários; • Armazenar separadamente os produtos. Medidas Preventivas • Detergentes • Desinfetantes Produtos de Limpeza • Utilizar produtos aprovados; • Selecionar fornecedores; • Armazenar adequadamente; • Controlar e acompanhar as aplicações; • Inseticidas • Herbicidas • Fungicidas • Raticidas • Repelentes Medidas PreventivasPesticidas AGROTÓXICOS Substâncias Químicas Prevenir Combater Controlar PRAGAS PRAGAS Insetos Carrapatos Aracnídeos Roedores Fungos Bactérias Ervas daninhas USO NOS SETORES DE PRODUÇÃO • Pastagens • Ecossistemas • Ambientes urbanos, hídricos e industriais • Florestas nativas ou plantadas • Armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas FINALIDADE Alterar a composição da fauna ou da flora Preservação - Evitando Seres vivos nocivos, agentes desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento USO DO AGROTÓXICO NO BRASIL • Insumos modernos da prática agrícola: • Adubos • Fertilizantes • Agrotóxicos • Transgênicos PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTÓXICOS USO DO AGROTÓXICO NO BRASIL Herbicidas - aumento de 88% nas importações. TIPOS DE INTOXICAÇÃO • Aguda • Sintomas surgem rapidamente • Algumas horas após a exposição excessiva • Sinais e sintomas são nítidos e objetivos • Ex: Vômitos, dermatites, tonturas TIPOS DE INTOXICAÇÃO • Subaguda • Exposição moderada ou pequena • Aparecimento mais lento • Sintomas são subjetivos e vagos: • Exemplo: dor de cabeça, fraqueza, mal-estar, dor de estômago e sonolência. TIPOS DE INTOXICAÇÃO • Crônica • Surgimento tardio • Após meses ou anos de exposição • Danos irreversíveis • Ex: Paralisias e neoplasias • Selecionar fornecedores • Controlar a evisceração • Controle da temperatura • Histamina • Tetrodotoxina (baiacu) Medidas PreventivasToxinas marinhas (peixes) • Controlar umidade relativa/tempo/temperatura • Selecionar fornecedores • Aflatoxina (A. flavus e A. parasiticus) - amendoim • Ocratoxina (A.alutaceus) – cereais / café • Patulina (P. expansum) - maçã Medidas PreventivasMicotoxinas • Entre os três tipos de perigos é o que representa maior risco à inocuidade dos alimentos; • Alguns destes podem causar a deterioração de alimentos, tornando-os impróprios ao consumo humano e outros são considerados patogênicos, ou seja, podem causar enfermidades ou danos aos seres vivos. MICROBIOLÓGICOS Parasitas Vírus Bolores e Leveduras Bactérias Giardia lamblia Entamoeba histolytica Ascaris lumbricoides Trichuris trichiura Hepatite A Hepatite E Rotavírus Adenovírus Aspergillus Penicilium Trichoderma Mucor Candida Salmonella spp. Clostridium botulinum Clostridium perfringens Staphylococcus aureus Campylobacter jejuni Listeria monocytogenes Vibrio cholerae Bacilus cereus Streptococcus TABELA 3: EXEMPLOS DE PERIGOS BIOLÓGICOS TIPOS DE MICRORGANISMOS - Se desenvolvem bem em ambientes úmidos, com alto teor de água, embora algumas espécies conseguem se desenvolver em alimentos mais secos; - Preferem alimentos que sejam ricos em proteínas (carnes, peixes, queijos, leite, aves); - Algumas bactérias produzem metabólitos tóxicos, chamados de Toxinas, um substrato que apresenta efeito tóxico para o homem. Bactérias - Formas encontradas: • Bacilos, cocos, espirilos, com tamanho médio de 3mc; - Multiplicação: • Binária a cada 15 minutos em pH entre 4,5 e 8,5, Aa acima de 0,82 e temperatura entre 28°C e 45°C; • São anaeróbicos facultativos; - Podem produzir toxinas gastrentéricas ou alergênicas. ESTRUTURA BACTERIANA Fonte Alimentos Sintomas Características Cabelo, nariz, boca e mãos e pele dos animais. Carne e frango cozidos, leite, batatas, queijo, presunto, tortas, cremes e chantilly. Sintomas aparecem de 1 a 6 horas após a ingestão do alimento, predominando vômitos e náuseas, raras diarréias, sem febre. Reprodução em concentrações aumentadas de sal e açúcar. Morre em 2 min. a 65º C. Multiplica-se entre 7º C a 48º C. Staphylococcus aureus (Intoxicação alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares S. aureus Fonte Alimentos Sintomas Características Solo (terra e água). Cereais e grãos. Hortaliças. Arroz cozido ou frito, feijão cozido, pudim contendo amido de milho ou baunilha, bolo de carne, sopa de vegetais e massas, arroz doce, canjica e cremes doces. Sintomas aparecem de 1 a 6 horas. Predominando vômitos e náuseas, raras diarréias e sem febre. Morre em 5 minutos a 100º C. Multiplica-se entre 5º C e 50º C. Bacillus cereus (Intoxicação alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares B. cereus Fonte Alimentos Sintomas Características Solo (terra e água), vegetais, frutas e peixes. Carne cozida, alho preparado comercialmente, pescados, carnes e verduras em conservas caseiras, escabeche. Sintomas aparecem de 12 a 72 horas. Ocorrência de visão dupla, vertigens, perda dos reflexos, dificuldade de deglutir e falar, paralisia respiratória e morte. Sem febre. Intoxicação botulínica. Sobrevive na cocção e reaquecimento. É anaeróbio. A cocção promove anaerobiose auxiliando a multiplicação. Clostridium botulinum (Intoxicação alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares C. botulinum Fonte Alimentos Sintomas Características Solo (terra e água), intestino do homem e animais hortaliças e temperos. Carnes e aves assados ou cozidos, feijão cozido, legumes cozidos. Sintomas aparecem de 8 a 22 horas, predominando diarréia e cólicas abdominais, sem febre. É anaeróbio. No interior do alimento em ebulição, sobrevive até 9 horas. Multiplica-se entre 15º C a 50º C. Clostridium perfringens (Infecção alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares Clostridium perfringens Fonte Alimentos Sintomas Características Intestino de animais e homem, gema de ovos, hortaliças plantadas em esterco animal ou humano. Aves, carnes, produtos de ovos (maionese, mousse), leite cru, melancia, cevada. Sintomas aparecem de 8 a 22 horas, com diarréia, mal estar e cólicas. Com ou sem febre. Morre em 1 minuto a 65º C. Multiplica-se entre 6º C a 46º C. Salmonella sp. (Infecção alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares COLORAÇÃO DE FLAGELOS MICROSCOPIA ELETRÔNICA Salmonella spp. Fonte Alimentos Sintomas Características Fezes de homem e animais de sangue quente, água de rios, lagos, nascentes e poços. Água, hortaliças, carnes, aves, pescados, maionese, massas frescas, sobremesas doces e compotas, leite, queijo. Sintomas aparecem de 12 a 72 horas, com diarréia, diarréia sanguinolenta, vômito, febre, cólica, mal estar e calafrios. É o indicador de contaminação fecal. Termo- resistentes. Tem a capacidade de se multiplicar em resíduos de alimentos e nas superfícies de equipamentos e utensílios Escherichia coli (Infecção alimentar) Principais bactérias causadoras das doenças alimentares MICROSCOPIA ELETRÔNICA COLORAÇÃO E. coli - São divididos em Bolores e Leveduras; - Conseguem se multiplicar em alimentos mais secos, frescos e que tenham quantidades maiores de açúcar, e.x.: frutas e doces em geral; - Alguns fungos conseguem produzir substâncias metabólicas, chamadas de micotoxinas. Fungos - Formas encontradas: • Bolores e Leveduras com tamanho de 60mc; - Multiplicação: • Leveduras – Gemulação • Bolores – Brotamento, gemulação; • Multiplicação a cada 20 minutos em temperatura entre 10 e 26°C em Aa acima de 0,65 e pH entre 2,5 e 9,5; - Podem produzir toxinas alergênicas ou cancerígenas. - Não possuem vida própria, já que só se multiplicam dentro da célulado organismo do homem e animais; - Podem ser adquiridos através da ingestão de água, leite ou outro alimento contaminado, e ainda pelo ar ou junto a pessoas doentes, através de contato direto, ou da manipulação dos alimentos (e.x: hepatite, sarampo, rubéola...) Vírus - Formas encontradas: • Cilíndricas tamanho de 0,125mc; - Replicação: • Dentro de células animais e vegetais; • Não se multiplicam em alimentos; - Não possuem vida própria e só se desenvolvem no organismo do homem ou do animal; - São encontrados no solo, na água, nos alimentos em geral e no intestino humano e animal; - São geralmente patogênicos ao homem ou cosmopolitas (que se adapta facilmente ao meio); Parasitas OS MICRORGANISMOS NOS ALIMENTOS - Os microrganismos quando colocados em determinados alimentos ou bebidas são classificados de acordo com o resultado de sua ação; a) Benignos (saprófitas) ou fermentadores: Ao serem colocados em determinado alimento ou bebida, transformam e modificam sua função sem causar doença; Esses tipos de m.o “fermentam” o alimento ou bebida, produzindo outro que também será próprio e bom para o nosso consumo. ALIMENTOS: Leite --------- Bactérias ------ Iogurte Iogurte ------ Bactérias ------ Queijo Massa ------- Leveduras ------ Pão BEBIDAS: Uva/Suco --------- Leveduras ------ Vinho Vinho -------------- Bactérias ------ Vinagre Arroz --------------- Leveduras ------ Saquê Malte -------------- Leveduras ------ Cerveja a) Patogênicos: São microrganismos que causam doenças ao homem, podendo levar a morte; Há 02 tipos de m.o patogênicos veiculados pelo alimentos, os quais irão causar: a) Infecções Intestinais: através da agressão ao epitélio b) Intoxicações Intestinais: através da produção de toxinas no alimentos ou no intestino. FATORES DE DESENVOLVIMENTO DOS MICRO-ORGANISMOS Atividade de água - Substâncias inibidoras ausência de gases 4,0 4,0 – 4,5 1 2 1 2 3 PRESENÇA OU AUSENCIA DE GASES a)Aeróbios b)Anaeróbios c)Facultativos d)Microaerófilos FASE LAG FASE LOG ESTACIONÁRIA DECLÍNIO DUPLICAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO CÉLULAS IDENTICAS CÉLULA MÃE INVAGINAÇÃO DA PAREDE CELULAR ALONGAMENTO CELULAR REPRODUÇÃO ASSEXUADA POR BIPARTIÇÃO AB • Metabolismo altíssimo, • Sem divisão celular • Duração depende do meio de cultura. BC • Rápida divisão celular • Inclinação vai depender da velocidade de divisão das bactérias. CURVA DE CRESCIMENTO DE M.O. CD • Carência de nutrientes •Número de mortes se iguala ao número de células novas produzidas • Situação de equilíbrio na população. DE •Decréscimo no n° de células viáveis •Número de catabólitos aumenta até provocar morte de todas células CURVA DE CRESCIMENTO DE M.O. CONSERVAÇÃO PELO FRIO sensoriais” CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO Quanto mais baixa a temperatura, maiores são os efeitos TIPOS DE CONSERVAÇÃO CONSERVAÇÃO PELO FRIO Proliferação bacteriana é suspensa ou inibida CONSERVAÇÃO PELO FRIO REFRIGERAÇÃO CONSERVAÇÃO PELO FRIO FUNÇÃO ENZIMÁTICA FUNÇÃO REGULADORA CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO X CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONTROLE DA T° CONSERVAÇÃO PELO FRIO • CAIXAS TÉRMICAS • EMBARCAÇÕES • REGIÕES POBRES PRINCIPAIS ERROS? CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO ARMAZENAMENTO INADEQUADO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO NECESSIDADE : RESPIRAÇÃO REGULADORA CONSERVAÇÃO PELO FRIO - Armazenamento prolongado -18ºC CONSERVAÇÃO PELO FRIO ÁGUA CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO LIQUIDOS REFRIGERANTES – SALMOURAS (BOM CONDUTOR TÉRMICO) PERDAS DE NUTRIENTES CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO CONSERVAÇÃO PELO FRIO LIOFILIZAÇÃO CONSERVAÇÃO PELO CALOR CONSERVAÇÃO PELO CALOR BRANQUEAMENTO BRANQUEAMENTO BRANQUEAMENTO BRANQUEAMENTO BRANQUEAMENTO TINDALIZAÇÃO TINDALIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO molho s PASTEURIZAÇÃO low temperature large time High temperature short time PASTEURIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO PASTEURIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO Injeção de vapor Placas de aquecimento Injeção de vapor Placas de aquecimento DEFUMAÇÃO Baixa temperatura ----- Elevado tempo (dias) DEFUMAÇÃO DEFUMAÇÃO Podemos adicionar ervas aromáticas e temperos Alimentos mais utilizados: Peixe Frango Linguiças, Bacon, chouriço e etc. DEFUMAÇÃO Extrato de madeira queimada Fumaça canalizada sob pressão com água - dissolução DEFUMAÇÃO SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM SECAGEM • SPRAY DRYER • Separação ultra-rápida dos sólidos e solúveis. • Mínima degradação do produto a secar • Resultado: produto já em pó SECAGEM • LEITO FLUIDIZADO • Injeção de gás • Produção de partículas sólidas • Sólidos suspensos no fluido gasoso • Trocas de calor CONTROLE DE DESENVOLVIMENTO MICROBIANO NOS ALIMENTOS Medidas Preventivas • A prevenção da contaminação depende da remoção das fontes, ou da implantação de barreiras entre elas e os alimentos. • Para prevenir a contaminação dos alimentos é essencial implementar boas práticas e utilizar tecnologias apropriadas nas diferentes fases: – Fornecedores; - Descongelamento; – Recepção; - Cocção; – Refrigeração; - Modificação da atmosfera; – Armazenamento de Congelados; - Manutenção a quente; – Confecção; - Reaquecimento. Medidas Preventivas Fornecedores • As matérias-primas utilizadas na fabricação de alimentos devem ser compradas em fornecedores aprovados, e é esperado que estes fornecedores utilizem estratégias eficazes de satisfação de serviços e apoio aos clientes. • A seleção inicial destes fornecedores pode estar baseada na avaliação de um determinado número de critérios : – reputação nacional e/ou internacional; – Capacidade para fornecer produtos de acordo com as especificações; – Disposição do fornecedor a ser auditado; – Certificado pelo ISO Medidas Preventivas Recepção A recepção deficiente pode introduzir problemas tais como insetos, roedores ou bolores nas áreas de produção. Para assegurar que os produtos respeitem as especificações acordadas, são aconselhados sistemas de verificação eficazes e documentados, os sistemas necessários irão depender do tipo de produto e das condições de entrega. As verificações devem incluir: quantidade, temperatura, código, data e qualidade, etc. Medidas Preventivas Refrigeração • Os alimentos refrigerados são aqueles armazenados ao frio, a escala de refrigeração varia normalmente entre 1 e 10ºC. • Alimentos perecíveis como carne, lacticínios ou alimentos confeccionados que não são imediatamente consumidos devem ser armazenados entre 1 e 4ºC. • Estes limites de temperatura são importantes para prevenir o crescimento microbiano. Medidas Preventivas •Se a refrigeração está atingindo limites críticos, isto pode ser resultado da quantidade de produtos estar acima da capacidade da câmara. •O ar nas câmaras de refrigeração deve circular livremente em torno dos produtos, motivo pelo qual devemos ter cuidado de armazenar bem os alimentos, a fim de prevenir o desenvolvimento de pontos quentes •A refrigeração não é um processo bactericida, o uso de matérias-primas de qualidade e boas práticas de fabricação são pontos-chave para a produção e manutenção de alimentos refrigerados seguros. Medidas Preventivas Armazenamento de produtos congelados •Os alimentoscongelados podem ser mantidos a temperaturas 0ºC.. •A refrigeração ou armazenamento de produtos congelados pode ser considerada um ponto crítico de controle uma vez que previne o crescimento, multiplicação e produção de toxinas por bactérias contaminantes. • O congelamento é uma técnica de sucesso pois consegue assegurar a manutenção das características iniciais do produto por um longo período de tempo, isto é sem que haja alteração física, química, biológica e nutricional do mesmo. • A temperatura geralmente recomendada no armazenamento de produtos congelados (carnes) é de -18ºC. Medidas Preventivas Preparo • É um método de confiança para garantir a segurança dos alimentos. • A literatura tem sugerido que o ponto central do alimento atinja uma temperatura de 70ºC durante pelo menos 2 minutos ou alcance pelo menos 75ºC, o que já é suficiente para destruir as bactérias. • A cocção em temperaturas mais baixas é permitida para pratos gastronômicos. • De qualquer modo a combinação tempo/temperatura usada deve ser validada para assegurar a destruição das bactérias patogênicas e estes pratos devem ser consumidos até 30 minutos após serem confeccionados, a não ser que sejam mantidos a 65ºC ou a uma temperatura superior. Medidas Preventivas Descongelamento • O descongelamento de alimentos é um processo mais lento que o congelamento. • Mesmo com alimentos de tamanho moderado a parte externa do alimento estará na sua fase de descongelamento muito antes do seu interior. • O descongelamento lenta em temperatura de refrigeração é geralmente o recomendado. • Os alimentos devem ser descongelados em equipamentos apropriados ou se necessário usando o ciclo de descongelamento de um microondas. • O descongelamento nunca deve ser feito em temperatura ambiente pois na sua superfície criam-se as condições favoráveis ao crescimento, multiplicação e produção de toxinas por bactérias patogênicas. Medidas Preventivas Modificação da Atmosfera •A atmosfera modificada tem efeito principalmente na inibição do crescimento de microrganismos aeróbios. Os microrganismos anaeróbios obrigatórios e facultativos são menos afetados. • Na prática três procedimentos diferentes são usados para modificar a atmosfera em torno do produto: – embalagem a vácuo; – embalagem em atmosfera modificada; – atmosfera controlada. Medidas Preventivas • Um fator essencial para as três técnicas é o material da embalagem que ajuda a excluir o oxigénio atmosférico e retêm a umidade. • O oxigénio residual na embalagem é absorvido através de reações químicas com componentes do produto e qualquer atividade residual do produto e da sua microflora. • Para alcançar melhores resultados, é importante que o material a ser embalado tenha uma forma que permita que o filme da embalagem colapse na superfície do produto. Medidas Preventivas •Na embalagem em atmosfera modificada, a composição dos gases que rodeiam o produto é alterada. Essa alteração é feita com uma mistura de gases normalmente contendo uma combinação de dióxido de carbono, oxigénio e azoto. •No armazenamento em atmosfera controlada, a atmosfera do produto é mantida constante enquanto é armazenado. Isto é usado no armazenamento e transporte de alimentos, particularmente frutas e vegetais. •Isto tem um efeito retardatário da danificação do produto com bolores através de uma combinação do efeito inibitório do CO2 e a sua capacidade como antagónico do etileno, atrasando o apodrecimento e mantendo a sua capacidade para resistir a infecções por fungos. Medidas Preventivas Manutenção a quente É uma medida temporária e deve ser aplicada por um curto período de tempo. Os alimentos devem ser colocados em banho-maria ou outros aparelhos de manutenção a quente a temperaturas mantidas acima de 65ºC o que retardará o crescimento e a produção de toxinas pelas bactérias. Reaquecimento Os alimentos pré-cozidos que não são servidos em temperaturas de refrigeração devem ser reaquecidos imediatamente após saírem das câmaras de refrigeração a uma temperatura superior a 70ºC. Não devem ser reaquecidos mais do que uma vez. O reaquecimento destruirá a maioria das células das bactérias, no entanto as toxinas já formadas se manterão. Doenças Transmitidas por Alimentos -DTA’s Doenças Transmitidas por Alimentos – DTA’s CONCEITO: • São todas as ocorrências clínicas decorrentes da ingestão de alimentos contendo perigos ou que contenham em sua constituição estruturas que não fazem parte da sua composição natural. JÁ ACONTECEU COM VOCÊ? ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS): • 1,5 bilhões de casos de toxi-infecções alimentares por ano; • Uma das causas mais comuns de mortalidade em países em desenvolvimento; • OMS – número real de doenças veiculadas por Alimentos pode ser 300 a 350 vezes maior do que notificado. INCIDÊNCIA DE DOENÇAS VEICULADAS POR ALIMENTOS SURTO Definição: • Quando 2 ou + pessoas consomem alimentos de mesma origem e apresentam sintomas clínicos semelhantes. Como ocorre um surto? • Por matérias-primas; pessoal; pragas, ambiente • Dose infectante e/ou produção de toxina • Relação Tempo x Temperatura; higiene alimentar • Resistência do consumidor ETAPAS PARA AVALIAÇÃO DE SURTOS • % de ocorrência (observação do número de refeições servidas e do número de doentes); • Entrevista com os doentes, segundo formulário específico; Determinação do horário das refeições Avaliação do período de incubação (horário dos primeiros sintomas) Avaliação do quadro clínico Relação sintomas x alimentos servidos • Análise microbiológica dos alimentos suspeitos; • Coprocultura, se o quadro for infeccioso; • Análise minuciosa dos fluxogramas de preparo (descrição). NOTIFICAÇÃO • Ocorrência de surtos é de notificação compulsória; • Dever de todo cidadão comunicar o surto à autoridade sanitária; • Notificação é obrigatória para: Profissionais de saúde (no exercício da profissão) Responsáveis por organizações, estabelecimentos públicos e particulares de saúde • Crescente aumento das populações; • Grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos; • Processo de urbanização desordenado; • Necessidade de produção de alimentos em grande escala; • Utilização de novas modalidades de produção; Fatores comumente associados às DTA • Exposição das populações a alimentos do tipo fast-food; • Consumo de alimentos em vias públicas; • Mudanças de hábitos alimentares; • Mudanças ambientais; • Controle deficiente dos órgãos públicos e privados para manter a qualidade (fiscalização) dos alimentos ofertados às populações. Fatores comumente associados às DTA • CONTAMINAÇÃO dos alimentos pelos microrganismos; • SOBREVIVÊNCIA dos microrganismos nos alimentos; • MULTIPLICAÇÃO dos microrganismos nos alimentos; Principais fatores que contribuem para a ocorrência de surtos de DTA • Matéria prima contaminada; • Manipulador com lesão ou doença passível de contaminação; • Manipulador com práticas de higiene inadequadas; • Falhas no processo de higienização de utensílios e equipamentos; • Uso de utensílios passíveis de liberação de resíduos tóxicos; • Saneamento deficiente; • Utilização de água cuja potabilidade não é controlada. Fatores que contribuem para a contaminação por agentes patogênicos • Aquecimento ou cocção insuficientes • Falhas no processo da cocção • Reaquecimento insuficiente Fatores que contribuem para a sobrevivência dos agentes patogênicos • Preparação com excessiva antecipação • Conservação de alimento à temperatura ambiente • Alimento resfriado em grandes quantidades • Falhas na refrigeração Fatores que contribuem para a proliferação dos agentes patogênicos • Conservação a quente inadequada • Descongelamento inadequado • Preparação de quantidade excessivas • Práticas inadequadas de armazenamento Fatores relacionados à contaminação microbiana Fatores de contribuição % Alimentos processados contaminados 43 Manipuladoresde alimentos 32 Contaminação cruzada 41 Alimentos crus contaminados 22 Limpeza inadequada dos equipamentos 12 Fontes duvidosas 5 Alimentos enlatados contaminados 4 Fatores relacionados à sobrevivência microbiana Fatores de contribuição % Aquecimento impróprio 17 Cozimento inadequado 13 Fonte: Forsythe, S. J. Microbiologia da Segurança Alimentar, 2002
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