Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 1 Metabolização de fármacos Após o fármaco fazer o seu efeito, ele volta para a corrente sanguínea e vai até o local onde irá fazer outra metabolização (para ser excretado) – maioria é no fígado. - O objetivo da metabolização é tornar ele inativo, mas, alguns se tornam ativos (pró-fármaco), onde é reabsorvido pelo fígado e faz todo processo novamente até ser excretado. METABOLIZAÇÃO DE FÁRMACOS Ocorre devido uma série de reações químicas, para ser eliminada do organismo pelos rins. Objetivo da metabolização: facilita a excreção renal inativa o fármaco, aumento da ação terapêutica (quando se tem um metabólito ativo – promovem ação mesmo depois da sua meia vida – só é inibido quando for excretado), ativação de pró-fármacos. Paciente com problema renal: se opta por fármacos com metabólitos ativos. FASES DA METABOLIZAÇÃO/BIOTRANSFORMAÇÃO FASE I – fase de reação enzimática/catabólica: o fármaco sofre oxidação, hidrólise e redução, formando metabólitos que podem ser ativos ou inativos. - Expõe um ponto na molécula ou introduz um grupo funcional para as reações de fase II (OH, SH, NA2 ou COOH) – funcionalização – aumenta a hidrosolubilidade e inativação parcial do fármaco. Ativo: vai para a corrente sanguínea e pode repetir seu efeito – precisa ser excretado, indo para fase II. Inativo: vai direto para a fase II. FASE II – fase de conjugação/ligação a conjugados (anabólica): tem a formação de ligação covalente entre o grupo funcional do fármaco com um composto fisiológico do organismo (ácido glicourônico, sulfato, glutationa, aminoácidos e acetato) - tornando-o hidrossolúvel e facilitando a excreção (metabólito ativo, o inativo é excretado). Derivado: pode ser o metabólito ativo, inativo ou algo tóxico (depende do que está circulando). Xenobióticos: substâncias que o corpo não produz. REAÇÕES DA FASE II: tem 3 principais reações. I. Adição de conjugados aos pontos da molécula onde ocorreram as reações da fase I. II. Conjugados: produtos de diversos metabolismos III. Reações mediadas por enzimas transferases (transferem o grupo para o fármaco). Enzimas que permitem a passagem do fármaco da fase I para II: família de enzimas do citocromo P450 (cyp450) – permite que ocorra reação da fase I e da fase II, enzimas microssomais (reticulo endoplasmático dos hepatócitos) e não microssomais (mitocôndria, lisossomo, citoplasma e plasma sanguíneo). EX: quando ingere etanol, precisa das enzimas do citocromo P450 para formar o acetaldeído – precisa passar pelo fígado (microssomais), esse acetaldeído é toxico, mas as células do fígado transformam ele em acetato pelas enzimas que ficam nas mitocôndrias (não microssomais). Dissulfiram: bloqueia ação do acetaldeído desidrogenase – pessoa bebe, não tem a segunda reação – acetaldeído é tóxico e faz mal para quem bebeu. PARACETAMOL: passa por 2 fases (liga ao sulfato e se liga ao glicuronídio) – pode sofrer oxidação microssômica – metabólito hepatotóxico (não acontece, pois, a glutationa impede – porém quando ingere álcool, ele acaba com a glutationa, inibindo essa etapa – morte celular do fígado. Filipe Libano – Universidade Nove de Julho 2 Fatores que influenciam a metabolização: jovem metaboliza mais rápido (criança está em processo de amadurecimento enzimático e idoso no processo de envelhecimento enzimático), doenças (doença hepática e doença renal), genética, DM e ambiente (diabetes causa problema renal e hepático e a dieta pode alterar o fármaco) e indução e inibição do fármaco (alguns medicamentos inibem uma enzima que inibe o fármaco contrário). INDUÇÃO/INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Indução – enzima CYP3A4 - responsável pela metabolização de corticoides, Diazepam e digoxina – Com a rifampicina associada á fármacos (aumenta a produção de CYP3A4) e metabolização dos fármacos que ela metaboliza aumenta, diminuindo a biodisponibilidade do mesmo e diminuindo o efeito terapêutico. • Rifampicina só gera essa alteraçao quando o fármaco utiliza a enzima que ela estímula. RIFAMPICINA associada a codeína não muda nada, pois ele se associa a outra enzima. Inibição das enzimas hepáticas (Cyp450) – devido competiçao ou fármaco inibidor • Se aumenta a biodisponibilidade do fármaco, aumenta seu efeito, podendo causar toxicidade CICLOSPORINA A – nefrotóxica. Indução enzimática: aumenta sintese de enzimas microssomais, atividade de oxidaçao e conjugação (com administração repetitiva) e diminui a toxicidade do fármaco. Inibição enzimática: diminui sintese de enzimas microssomais, atividade de oxidaçao e conjugação (com administração repetitiva) e aumenta a permanencia do fármaco (ativo) no organismo, podendo causar toxicidade.
Compartilhar