Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Asma 1 Asma Prof. Amilcare Definição: doença inflamatória da via aérea caracterizada por limitação aguda ao fluxo aéreo e hiperrreatividade bronquial, de causa multifatorial 📊 Doença crônica + frequente na inflância com uma prevalência de ~10-15% 📊 60% começam na infância precoce mais pronunciada em <5 anos de idade � Evidência de que a intervenção terapêutica nos estágios inicais da doença podem ser mais efetivas que as tardias Fatores de risco: Ambientais: poluição Atopias e alergias Genéticos Processos virais Casos emocionais Etiopatogenia: Seleção clonal de linfócitos: toda vez que um antígeno encontra o nosso sistema imune, o Linfócito T helper vai se diferenciar em: Th1 (produtor de IF-gamma, que protege da infecção) Th2 que produz interleucina e IgE (proinflamatórias) A resposta "escolhida" por cada organismo determina se ocorrerá resolução ou perpetuação do processo → Essa resposta é individual de cada organismo Os antígenos estimulam os linfócitos que atraem macrófagos, matócitos, neutrófilos e eosinófilos Ruptura epitelial → estimulação nervos sensitivos e eferentes → broncoconstrição Tampão mucoso → atelectasia → extravasamento de plasma → edema Regeneração do epitélio → fibrose subepitelial → remodelamento da via aérea → dificuldade na respiração Processo inflamatório crônico → infiltrado celular de eosinófilos, hiperplasia da mucosa, hiperplasia da camada glandular, espessameno da membrana basal e descamação epitelial → expõe aos antígenos de superfície → HIPERRESPOSIVIDADE BRÔNQUICA A lesão da mucosa facilita novas agressões por agentes externos (antígenos) → perpetuam este processo inflamatório Asma 2 Diagnóstico ➯ CLÍNICO, possível comprovação com espirometria em >6 anos Identificar sintomas sugestivos da doença Apoiar a suspeita de asma Avaliar gravidade Identificar os fatores precipitantes ➯ Períodos fora de crise o EF pode se apresentar normal ➯ Atenção com: rinite, dertmatite atópica e outros sintomas que aparecem fora da crise Índice clínico para diagnóstico no lactante Critérios Maiores: Um dos pais com asma; Diagnóstico de dermatite atópica; Critérios Menores: Diagnóstico médico de rinite alérgica; Sibilância não associada a resfriado; Eosinofilia maior ou igual a 4% ➯ Ao menos 1 maior ou 2 menores: valor preditivo positivo 77%; � Dermatite atópica: Geralmente presente em locais de extensão, como na fossa poplítea, cotovelo, face... Simbilância recorrente + dermatite atópica = grande indicativo de asma; Rinossinusite alérgica: Também comum na asma, criança esfrega o nariz com frequência Exame físico: Asma 3 Tirar roupa da criança para poder verificar de forma adequada Afundamento do esterno → associado a processos restritivos e dificuldade respiratória Sintomatologia: ➯ Os sintomas da asma são apenas manifestações clínicas de um processo inflamatório nas vias aéreas Ausculta: SIBILÂNCIA Anamnese: História de tosse que piora à noite e epsódio de dispneia, sibilância ou opressão torácica Limitação do fluxo aéreo reversível medida por PEF Sintomas pioram como: exercício, infeções virais, contato com animais, ácaros de poeira, fungos, fumo/Fumaça, pólen, mudanças de temperatura, riso, choro, durante a noite � Todas as alterações que geram esforço na musculatura brônquica podem ser respondidas com tosse, por isso crianças com asma tem tosse persistente Radiografia Atelectasia pode estar presente, causa tampões de muco Quadro de asma persistente, com borramento da silhueta cardíaca que pode ser confundida com pneumonia Diagnóstico diferencial a. Patologias de vias aéreas superiores: Rinites e sinusites b. Obstrução de grande via aérea: Corpo estranho; Disfunção de cordas vocais; Anéis vasculares, membrana laríngea; Laringotraqueomalácia, estenose traqueal ou bronquial; Compressão por adenopatias ou tumores; c. Obstrução de pequenas vias aéreas: Bronquiolite viral, bronquiolite obliterante; Fibrose Cística; Displasia broncopulmonar; Cardiopatias; d. Outras causas: Tosse recorrente não asmática; Atelectasia Asma persistente Asma 4 Asma Aspiração por defeito na deglutição ou por refluxo gastroesofágico Classificação da Asma Leve e Intermitente: Correspondem de 60 a 70% Atendidas na atenção primária Persistente: Leve Moderada: 25 a 30% Grave: 5 a 10% Tratamento ➯ Objetivo primordial é reduzir a inflamação, melhorando: 1. Função pulmonar 2. Sintomatologia 3. Reduzindo a frequência de exacerbações 4. Melhorando a qualidade de vida O tratamento ideal é aquele que consegue atingir todos os objetivos propostos, com o mínimo de efeitos colaterais. Três pilares: a. tratamento educacional b. medidas de higiene e controle ambiental c. farmacológico; Tratamento pelo GINA 2022 Crianças < 6 anos: Etapa 1: apenas uso de SABA como resgate Etapa 2: baixa dose de CSI continuamente (normalmente menor que 400mcg) e SABA como resgate nas Crianças 6-11 anos Etapa 1: SABA e baixa dose de CSI como terapia de resgate Etapa 2: baixa dose de CSI continuamente e SABA como resgate Classificação segundo a gravidade: Asma 5 exarcebações Etapa 3: dobrar a dose de CSI continuamente e SABA como resgate nas exarcebações Etapa 4: manter a terapia da etapa 3 e encaminhar para especialista ➯ O uso de LABA nessa população NÃO é recomendado de acordo com as novas diretrizes � LABA: agonista β2 de ação longa SABA: agonista β2 de ação curta LAMA: medicamentos inibidores da acetilcolina Etapa 3: 1º opção: baixa dose de CSI-LABA continuamente e SABA como resgate 2º opção: dose média de CSI continuamente e SABA como resgate 3º opção: dose muito baixa de CSI-formoterol como tratamento de manutenção e resgate Etapa 4: 1º opção: baixa dose de CSI-LABA continuamente e SABA como resgate 2º opção: dose baixa de CSI-formoterol como tratamento de manutenção e resgate Encaminhar para especialista Etapa 5: dose maior de CSI-formoterol ou terpaia adicional com anti-IgE, corticoesteroides orais... Encaminhar para especialista Farmacoterapia 1. Drogas para controle a longo prazo: Corticosteróides → Bclometasona, Budesonida, Fluticasona, Ciclisonida, Fluroato de mometasona Inalatórios: mantém estabilizado o processo inflamatório e reduzem a frequência de recaídas ß2-agonistas de ação prolongada → salmeretol, formoterol Tratamento de exacerbações, desde que seja o formoterol, que tem ação a partir de 3 minutos; Utilizados sempre juntamente com fármacos anti-inflamatórios para lograr um controle prolongado dos sintomas: Usado por pacientes com asma moderada e grave; A partir de 4 anos de idade; Metilxantinas → Teofilina, teobromina, cafeína e Xaminofilina Antileucotrienos → Zafirlucaste, Montelucaste Melhoram a função pulmonar; Diminuem os sintomas e as necessidades de ß2. GINA: "Primeira linha em asma leve- moderado em vez de corticoides inalados a baixas doses.” 2. Drogas para alívio rápido dos sintomas: ß2-agonistas de curta ação → salbutamol, fenoterol, terbutalina, levossalbutamol Tratamento mais eficaz da crise asmática e dos sintomas intermitentes Utilizar doses suficiente e com intervalo breve (em crises graves nebulização contínua) Anticolinérgicos → Tiotrópio e Ipratrópio Pode ter algum efeito aditivo aos ß2 na crise asmática grave Sua eficácia no tratamento a longo prazo não está demonstrada Não se usa em tratamento de manutenção Corticosteróides sistêmicos; Aceleram a resolução da obstrução Reduzem a frequência de recaídas Efeito a partir de 4h Via oral tem similar eficácia que a EV Asma 6 Diminui as doses de corticóides inalados Pacientes com asma e rinite alérgica Menos eficaz que o corticoide inalado;
Compartilhar