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Dor pélvica

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Dor Pélvica 1
Dor Pélvica
Prof. Bicca
➯ Acomete homens e mulheres;
➯ Pode ser: aguda, cíclica ou crônica;
Dor aguda:
É causada por uma lesão ou dano externo ou interno;
A sua intensidade correlaciona-se com o estímulo 
desencadeante;
Pode ser claramente localizada;
Desempenha uma função distinta de alerta e proteção;
Dor Crônica:
Não está associada ao evento causal;
A sua intensidade já não se correlaciona com o estímulo 
desencadeante;
Torna-se numa doença por si mesma;
Perdeu a sua função de alerta e proteção;
Constitui um desafio terapêutico especial
Dor Pélvica Aguda
Início súbito;
Aumento de intensidade;
Curta duração;
Está frequentemente associada a respostas reflexas autônomas tais quais:
Náuseas
Vômitos
Sudorese
→ que estão geralmente ausentes na dor crônica;
Se associam também a processos inflamatórios ou infecção, febre e leucocitose;
Sua fisiopatologia em geral envolve mediadores presentes no processos inflamatórios resultantes de infecção, isquemia ou irritação 
química;
➯ Causas durante a gestação:
Gestação ectópica;
Abortamento: ameaça de aborto, 
abortamento incompleto, 
abortamento séptico;
TPP;
Ruptura de cisto de corpo lúteo;
Descolamento de placenta;
Ruptura uterina;
➯ Causas ginecológicas:
Mittelschmerz;
Cisto ovariano - hemorrágico ou 
roto;
Torção ovariana;
DIP;
Miomatose;
Neoplasia pélvica;
➯Miscelânea (etiologias de confusão):
Apendicite aguda;
Doença inflamatória intestinal;
Diverticulite;
Adenite mesentérica;
ITU;
Nefrolitíase;
Abuso sexual;
Trauma: perfuração intestinal e 
vesical;
Dor Pélvica 2
⚠ Dor Pélvica Cíclica
A dor está associada ao ciclo menstrual;
Dismenorréia é a mais comum forma de dor cíclica e é classificada em primária e secundária;
Dor Pélvica Crônica (DPC)
Definição: dor pélvica não menstrual ou acíclica, com duração ≥6 meses, suficientemente intensa para interferir em atividades habituais 
e que necessita de tratamento clínico ou cirúrgico;
➯ Não ocorre exclusivamente na menstruação ou relação sexual e não está associada à gestação;
📊 Prevalência:
A prevalência estimada de dor pélvica crônica é de 3,8% em mulheres de 15 a 73 anos (superior à enxaqueca, asma e dor 
nas costas);
Varia de 14 a 12% em mulheres na idade reprodutiva, com impacto direto na sua vida conjugal, social e profissional;
Em unidades de cuidados primários, 39% das mulheres queixam-se de algum tipo de dor pélvica;
Causas:
A etiologia não é clara e, usualmente resulta de uma complexa interação entre os sistemas:
Gastrintestinal (síndrome do cólon irritável, doença inflamatória intestinal, constipação crônica, colite, diverticulite)
Urológica (cistite intersticial, infecção urinária crônica, síndrome uretral crônica, litíase urinária)
Gnecológico (endometriose, adenomiose, aderências, síndrome de congestão pélvica, síndrome do ovário remanescente, 
miomatose, vulvodínia)
Músculo-esquelético (dor miofascial, síndrome do músculo elevador do ânus, síndrome piriforme, fibromialgia, neuralgia)
Neurológico
Psicológico
Endócrino
Influenciado ainda por fatores socioculturais;
➯ Responsável por 40 a 50% das laparoscopia ginecológicas, 10% das consultas ginecológicas e, aproximadamente, 12% das 
histerectomias;
➯ Difícil de diagnosticar, difícil de tratar, difícil de curar;
Diagnóstico
História e exame físico completos;
Exames de laboratório;
Laparoscopia;
Cistoscopia;
Colonoscopia;
Dor Pélvica 3
Histeroscopia ou Curetagem;
Avaliação psicológica ou 
psiquiátrica;
Avaliação fisioterápica;
Anamnese:
➯ Questões objetivas clássicas e questões subjetivas de cada paciente: deixar a paciente falar, acreditar na queixa, mostrar interesse, 
anamnese partida em várias consultas, nunca sugerir a princípios, aspectos emocionais, induzir com sutileza a paciente às conclusões;
Aparelho ginecológico:
Associação com as menstruações;
Associação com sexualidade (novo parceiro?);
Sintomas de secura vaginal/atrofia;
Uso de anticoncepcionais;
História de partos e sua relação;
História de infecções pélvica;
Outros problemas ginecológicos e cirurgias prévias;
Aparelho gastrointestinal:
Regularidade do intestino;
Diarréia/ constipação/ flatulência;
História de hemorróidas, fissuras, pólipos;
Sangramento ou muco nas fezes;
Náuseas, vômitos e perda de apetite;
Perda de peso;
Aparelho Urológico:
Dor ao urinar;
História de ITU de repetição;
Sangue na urina;
Sintoma de urgência ou incontinência;
Psicológico:
História de abuso (verbal/ físico/ sexual);
Diagnóstico da doença psiquiátrica;
Associação ou exacerbação com a vida estressante;
Suporte familiar;
Exame Físico
Exame ginecológico: completo, de rotina + cuidados adicionais:
Inspeção dinâmica e ausculta antes da palpação, quando necessário;
Palpação por áreas e cuidados avaliação dos cólons;
Atenção a varizes de vulva e MMII;
Palpação de uretra;
Toque retal;
Dor Pélvica 4
Exames complementares
Exames laboratoriais: 
➯ A maioria dos exames laboratoriais produz achados 
inespecíficos, mas que podem ser úteis no contexto clínico do 
paciente:
Hemograma
VSG
Sorologias para ISTs
Exame de urina e fezes
Glicemia
Citopatológico
Avaliação da flora vaginal
Pesquisa de Chlamydia e gonococo;
➯ CA 125: apresenta baixa sensibilidade/ especificidade
O CA 125 pode estar elevado em pacientes com 
endometriose, leiomiomatose, DIP, gravidez, menstruação 
em curso e em diversas neoplasias;
Exames de Imagem (podem ser bastante úteis):
US transvaginal e abdominal total;
Radiografia simples da coluna e de abdome;
Colonoscopia;
Cistoscopia;
Tomografia computadorizada;
Ressonância nuclear magnética;
Videolaparoscopia:
Representam o recurso mais valioso no diagnóstico das 
dores;
Não deve preceder os demais exames;
Apenas 35% das vezes apresentam doença detectável;
Achados:
endometriose (2 a 74%);
aderências (0 a 52%);
DIP (0a 29%);
cistos (0 a 17%);
varicoceles (0 a 3%);
miomatoses (0 a 5%);
nada (3 a 92%)
Tratamento
Tratamento Cirúrgico:
Para as patologias específicas;
Ablações laparoscópicas de nervos 
(neurectomias);
Ablações de ligamento útero sacros;
Outras opções;
Lise de aderências;
Histerectomia;
Manejo da dor:
Tratamento medicamentoso:
analgésicos de primeira linha;
antinflamatórios não hormonais;
usar ao menos 3 medicações isoladas ou associação antes de usar 
opióides;
drogas miorrelaxantes;
supressão ovariana;
antidepressivos (amiptilina, duloxetina);
bloqueio anestésico, toxina botulínica;
Fisioterapia;
Psicoterapia;
Dor Pélvica 5
� Conclusão:
A DPC é um distúrbio tão comum quanto mal compreendido;
A variedade de distúrbios possíveis - muito frequentemente coexistentes - dificulta o diagnóstico;
A abordagem da DPC deve ser multidisciplinar e a orientação/educação do paciente deve fazer parte de todo o processo 
terapêutico;
O tratamento da DPC consiste em medidas específicas por vezes cirúrgicas - caso se tenha um diagnóstico etiológico - uso 
de analgésicos, fisioterapia e acompanhamento psicológico;

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