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ENDODONTIA I CIRURGIA DE ACESSO Objetivo: Proporcionar acesso á câmara pulpar, canal radicular e terço apical. PASSO A PASSO DA CIRURGIA DE ACESSO 1. Broca diamantada cone-invertido em alta rotação para demarcar ponto de eleição, desgastando esmalte. 2. Broca esférica carbide proporcional ao tamanho da câmara pulpar, partido do ponto de eleição e seguindo direção de trepanação. 3. Remover teto da câmara pulpar com broca Endo Z (em alta rotação) e alisar as paredes que contornam a cavidade de acesso. 4. Lavar cavidade de acesso com hipoclorito de sódio 1% (10ml) 5. Sondar cavidade com explorador para verificar possíveis concrescências de dentina a serem removidas 6. Preparar entrada dos canais com brocas Largo, Gates Glidden ou La Axxes. PONTO DE ELEIÇÃO Referencia inicial, ponto de partida para iniciar cirurgia de acesso. Incisivos Superiores Incisivos Inferiores Caninos Superiores Caninos Inferiores Acima do cíngulo 1º e 2º Pré-molares Superiores Molares Superiores Molares Inferiores Fosseta Central 1º e 2º pré-molares inferiores Fosseta Mesial FORMA DE CONTORNO/ CONVENIÊNCIA Incisivos Superiores Incisivos Inferiores Triagular com base para Incisal Caninos Superiores Caninos Inferiores Chama de vela 1º e 2º Pré-molares Superiores Elipse (no sentido vestíbulo-palatino) 1º e 2º Pré-molares Inferiores Circular Molares Superiores Triangular com base para vestibular Molares Inferiores Trapezoidal com base maior para mesial DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO Incisivos Superiores Incisivos Inferiores Caninos Superiores Caninos Inferiores 1º e 2º Pré-molares Inferiores Perpendicular ao longo eixo do dente 1º e 2º Pré-Molares Superiores Molares Superiores Direção à Raiz Palatina Molares Inferiores Direção à Raiz Distal ODONTOMETRIA OBJETIVOS: Determinar CRT (Comprimento real de trabalho). Limitar a profundidade de penetração do instrumento, substancias químicas e material obturador. Dar condições para reparação dos tecidos periapicais. TÉCNICA – ODONTOMETRIA 1. CAD (Comprimento aparente do dente): Medir comprimento do dente na radiografia inicial (medir parte mais incisal até parte mais apical) 2. SUBTRAIR 4mm 3. CRI (comprimento real do instrumento: CAD – 4mm = CRI (adaptar a medida do CRI na lima tipo K, utilizando stops de borracha) 4. RADIOGRAFIA: Radiografar dente com a lima. Medir a distãncia entre ápice da raiz e ponta da lima. Chamar essa a distância de X. 5. DETERMINAR CRD (comprimento real do dente): CRD = CRI + X 6. DETERMINAR CRT (Comprimento real de trabalho) Do valor do CRD, subtrair (para achar os limites de trabalho): - Para polpa viva: 1,0 a 1,5mm - Para polpa morta: 0,5 a 1,0mm CRD – limite = CRT 7. Ajustar stops na lima na medida do CRT 8. Radiografar novamente para confirmar medida INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS PARTES DA LIMA: Cabo, intermediário, parte ativa e guia de penetração. SÉRIES: Numero corresponde ao calibre da lima - Especial – 06, 08, 10 - Primeira – 15, 20, 25, 30, 35, 40 - Segunda – 45, 50, 55, 60, 70, 80 - Terceira – 90, 100, 110, 120, 130, 140 COMPRIMENTO: 21mm, 25mm ou 31mm. TIPOS: - K: Secção quadrangular - HEDSTROEM: secção em “vírgula”/ cone - FLEXÍVEIS: secção triangular PREPARO QUÍMICO CIRÚRGICO (PQC) OBJETIVO: O PQC tem por objetivo a modelagem e a sanificação do canal. Modelagem: É a obtenção de um canal cirúrgico, realizado através da instrumentação (manuais ou rotatórios). Remoção da dentina intracanal, obtendo canal cônico Sanificação: Trata-se da DESINFECÇÃO (eliminação de agentes patogênicos) e LIMPEZA (remoção da matéria orgânica viva ou em decomposição, bactérias, toxinas e detritos resultantes do canal). - Localizar canais utilizando explorador de ponta reta, no soalho da câmara pulpar. - O PQC se dá através do uso concomitante de instrumentos (limas manuais e mecanizadas) e substâncias químicas. - Deve ser iniciado com lima tipo K ou Flex com ponta curvada - Realiza-se movimento de penetração até atingir o CRT (1/4 volta diretita, ¼ volta a esquerda e retirada em viés). - A substituição de um instrumento por outro de calibre maior se dá à medida que o preparo progride; o movimento torna-se cada vez mais amplo e o instrumento perde capacidade de cortar a dentina. DINÂMICA DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS Movimento de penetração: Ligeiro movimento de ¼ de volta à direita e à esquerda, aplicando pressão apical e retirando em viés (contra a parede do canal). Movimento de limagem: Penetração passiva e retirada ativa (tração em viés contra as paredes) – Ampliação e modelagem do canal. Exploração do canal: lima deve entrar pré-curvada (permite melhor exploração do canal) - PARA POLPA VIVA: Utilizar pelo menos 03 instrumentos com números superiores ao primeiro - PARA POLPA MORTA: Utilizar pelo menos 04 instrumentos com números superiores ao primeiro. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS - Atuam na limpeza e desinfecção; - removem matéria orgânica e inorgânica; - Matam microorganismos e ajudam a removê-los do interior do sistema de canais; - Chegam a regiões que o instrumento onde lima não alcança. Hipoclorito de Sódio 1% (halogenado) - Bactericida (libera Oxigênio e cloro); - Dissolve matéria orgânica (Saponização e desnaturação de proteínas); - Lubrificante - Ph alcalino (inibe presença de microorganismos) - Desodorizante e clareador. EDTA (ácido etileno diaminotetracético) (Quelante) - Remove smear layer (magma dentinário); - Aumenta permeabilidade da dentina; - Limpeza dos túbulos dentinários; - Melhora penetração da medicação nas áreas inacessíveis. ENDO PTC + HIPOCLORITO - Liberação de Cloro e Oxigênio de maneira fugaz e contínua - ATIVIDADE BACTERICIDA IRRIGAÇÃO E ASPIRAÇÃO Finalidades da irrigação: - Remover o que possa causar proliferação bacteriana e diminuir microorganismos; - Facilitar instrumentação; - Manter em suspensão partículas no interior do canal, resultantes da instumentação. Técnica de Irrigação: - No início, apenas na Cãmara Pulpar. Penetração aumenta de acordo com alargamento do canal no preparo. - Injetar com leve pressão, em movimentos de vaivém; - Deixar espaço para refluxo (zona de escape); - Chegar mais próximo possível do CRT. Técnica da Aspiração - Aspirar posicionando cânula próxima à câmara pulpar. PREPARO CERVICAL: Preparo das entradas dos canais - Fazer desgaste compensatório se necessário (geralmente por lingual); - Utilizar Brocas Gattes-Glidden, Largo ou LA Axxes; - Diminui contaminação e facilita entrada do instrumento (lima); Observações: - A câmara pulpar deve estar sempre preenchida com substâncias químicas; - Entrar e sair com brocas acionadas (risco de fratura); - Não pressionar brocas contra curvaturas (região de furca – risco de perfuração); PREPARO SERIADO - Sequencia natural das limas. - trocar lima por outra de calibre imediatamente superior quando há perda de capacidade de corte da dentina. - Todas as limas atuando até o CRT. PREPARO ESCALONADO (Para canais curvos) - 02 ou 03 limas até o CRT. - Depois, utiliza lima de calibre imediatamente superior, recuando 1mm do CRT, e assim sucessivamente. - A cada toca de lima, retomar última lima utilizada até o CRT (instrumento memória). PREPARO APICAL - Após finalização do preparo (última lima): colocar lima de calibre imediatamente superior ao último utilizado no PQC. - Finalidade: Favorecer adaptação e travamento do cone principal (nicho ou ombro apical). - Introduzir instrumento até o CRT e fazer movimentos de rotação de ¼ a ½ volta, tracionando instrumento para oclusal, apenas 01 ou 02 vezes. Obs.: Para Canais curvos, Preparoapical diferente: - Última lima deve ser tracionada para oclusal com MÍNIMO movimento de rotação. IRRIGAÇÃO FINAL - Após realizar o PQC: 1. 10ml HIPOCLORITO DE SÓDIO 1%, agitando com lima de fino calibre; 2. Aspirar; 3. 10ml EDTA, agitando com lima de fino calibre; 4. Aspirar; 5. 10ml HIPOCLORITO DE SÓDIO 1%, agitando com lima de fino calibre. 6. Aspiração final com Cânula de fino calibre; 7. Terminar secagem com cones de papel esterilizados. OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS RADICULARES Obturação: preenchimento compacto e tridimensional do espaço do canal radicular, eliminando todas as portas de comunicação entre os sistemas de canais radiculares e periodonto. (Portas de comunicação: forames laterais, apicais e oclusais) - A obturação trata-se do “espelho” do tratamento. A radiografia permite avaliar se as demais etapas foram realizadas adequadamente. Objetivos da obturação Impedir trânsito livre de microorganismos, toxinas e exsudato entre canal e periápice. Dar condições favoráveis à reparação tecidual da região do periápice. Quando obturar? Avaliar: 1. Condição clínica da polpa 2. Qualidade do PQC 3. Presença de sinais e sintomas - Sempre avaliar pós-operatório após PQC para verificar se já é possível obturar. Pós operatório Ótimo: Ausência de sinais e sintomas. Pode apresentar ligeira sensibilidade à percussão ou palpação nas 1ªs 24h. Bom: Leve sensibilidade, necessitando de administração via oral de analgésicos nas 1ªs 24h após PQC. Satisfatório: Quadro de dor relativamente intenso, sendo necessária administração de anti-inflamatórios por 02 ou 03 dias após PQC. Ruim: Sinais e sintomas constantemente presentes, sendo necessária reintervenção clínica com reabertura de câmara pulpar para drenagem e novo PQC. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS OBTURADORES Boa tolerância tecidual (biocompatibilidade); Ação bacteriostática; Selamento (vedar portas de entrada/ comunicação); Bom tempo de trabalho; fácil inserção e remoção; Estabilidade dimensional; Bom escoamento (penetrar na anatomia acessória); Adesividade; Radiopacidade (permitir boa visualização radiográfica) 1. GUTA PERCHA 20% - NÃO APRESENTA SELAMENTO NEM ADESIVIDADE - Rigidez (Óxido de zinco) - Radiopacidade (Sulfato de bário) - Resinas, corantes, ceras - Cones principais apresentam mesmo diâmetro das limas de preparo. 2. CIMENTOS - APRESENTAM ADESIVIDADE E SELAMENTO - Eliminam interface/ espaços entre cones de guta percha e paredes do canal. RESINA EPÓXICA - AH Plus (pasta/ pasta 1:1): biocompatível, bom selamento, boa adesividade, boa atividade antibacteriana e bom tempo de trabalho/ presa. A BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO - Sealapex (pasta/pasta 1:1): propriedades biológicas TÉCNICA DE CONDENSAÇÃO LATERAL - EM CADA CANAL: preencher com cones de guta percha maiores (principal) e menores (acessórios) - ÍSTIMOE CANAIS SECUNDÁRIOS: cimento 1. Inserir cone principal até CRT; 2. Inserir espaçador digital com pequena pressão; 3. Tirar espaçador digital no sentido anti-horário, puxando para cervical; 4. Inserir cone acessório já selecionado; 5. Quando não entrar mais espaçador digital, cortar cones com condensador de Paiva ao rubro. 6. Com outro condensador de Paiva, condensar gutas para o interior do canal, no sentido horizontal. PASSO A PASSO – ETAPAS DA OBTURAÇÃO 1. IRRIGAÇÃO FINAL – No final do PQC - 06 a 10ml Hipoclorito de sódio 1% + agitação + aspiração; - 06 a 10ml de EDTA 17% + agitação + aspiração; - 06 a 10ml Hipoclorito de sódio 1% + agitação + aspiração final. 2. SELEÇÃO DE CONE PRINCIPAL - Realizar com canal ainda úmido; - Realizar Testes: VISUAL: medir cone na medida do CRT, tomando por referência a pinça clínica e levar ao canal para comprovar a medida. TÁCTIL: Cone deve estar bem adaptado ao terço apical, não saindo com facilidade. RADIOGRÁFICO: radiografar para comprovar medida - O cone deve alcançar o CRT. Se não alcançar, rever seleção de cone compatível com preparo ou retomar preparo. Se alcançar CRT e não travar, selecionar cone de calibre maior ou cortar ponta com bisturi para aumentar seu calibre. 3. SELEÇÃO DE CONES ACESSÓRIOS - Selecionar alguns e deixar embebido em hipoclorito em uma gaze. 4. SECAGEM DO CANAL - Aspiração com ponta específica (capilar). - Utilizar cones de papel absorventes estéreis. 5. INSERIR CONE PRINCIPAL NO CANAL - Cone principal deve estar envolto em cimento do terço médio ao ápice. 6. INSERIR CONES ACESSÓRIOS COM AUXÍLIO DO ESPAÇADOR DIGITAL - Cones acessórios também devem estar envoltos em cimento do terço médio ao ápice. - Espaçador digital deve entrar até 2mm do ápice e ser retirado em sentido anti-horário. 7. RADIOGRAFIA DE QUALIDADE - Deve ser feita a partir do momento que não couber mais cones. - Permite verificar presença de falhas, bolhas, gaps. - Permite analisar se é possível cortar cones de guta percha. 8. CORTE DOS CONES COM INSTRUMENTO AQUECIDO - Utilizar calcadores de Paiva ao rubro, cortando cones de guta percha na altura da entrada dos canais. - Com calcador frio, fazer condensação vertical, aproveitando calor remanescente do material. - Em posteriores, cortar rente à entrada do canal, de modo que seja possível visualizar guta percha em “pontos”. - Em incisivos, cortar cones 1mm abaixo da entrada do canal. 9. LIMPEZA DA CÂMARA PULPAR - Limpar câmara pulpar utilizando algodão embebido em álcool. 10. SELAMENTO DIPLO DA CAVIDADE - Cimpat/ Cavit/Citodur na entrada do canal para selar bem. - Restauração provisória com IRM ou CIV. - Restauração definitiva em até 30 dias. 11. RADIOGRAFIA FINAL - Sem isolamento INSTRUMENTAÇÃO MECANIZADA EM ENDODONTIA - Lima mecanizada é composta por liga de níquel-titânio: maior flexibilidade - Apresentam diversas CONICIDADES. Conicidade: Velocidade com que a lima aumenta ou diminui em diâmetro a cada milímetro. Princípios Básicos 1. Boa cirurgia de acesso; 2. Pré-preparo com limas manuais K8, K10 e K15 (objetivo de “criar caminho”); 3. Leve resistência: NUNCA FORÇAR. Mínima pressão de penetração (aos poucos). CINEMÁTICA (movimento): LATERALIDADE (pincelamento). Sem realizar pressão apical, e sim pressão lateral, sempre tomando cuidado com região de furca (para evitar perfuração). 4. Lubrificação (Endo PTC) e irrigação (hipoclorito de sódio 1%) 5. Chegar passivamente ao CRT e retirar. 6. Rotação constante (350 RPM) 7. Resistência à penetração: não forçar! Fazer movimento de lateralidade (pincelamento). Se resistência persistir, verificar obstrução com lima manual. 8. Limpar freqüentemente a lima com uma gaze (embebida em hipoclorito) e verificar distorções (risco de fratura da lima) 9. Sempre acesso retilíneo/ reto. M-two Kit básico (mínimo a ser utilizado: 10.04 15.05 20.06 25.06 (Primeiro número corresponde ao calibre da ponta ativa. O segundo número corresponde à conicidade). - Realizar movimentos de pincelamento até alcançar CRT. - Obturar com cone de guta percha de calibre correspondente. Reciproc - Trabalhar com lima única. R25 0,08 R40 0,06 R50 0,05 - MOVIMENTO RECIPROCANTE: avança 150º e volta 30º (diminui risco de fratura) Seleção do Reciproc: Se lima manual 30 chegar passiva ao CRT: R50 Se lima manual 20 chegar passiva ao CRT: R40 Se lima manual 20 não chegar passiva ao CRT: R25 Seqüência para Reciproc 1. Odontometria 2. Pré preparo (limas K08, K10, K15). Manual ou oscilatório sem limar. ¼ volta direita e esquerda. 3. Selecionar instrumento 4. Realizar 03 movimentos de BICADA por vez(Pressão apical e depois pincelamento). A cada 03 bicadas, limpar lima e irrigar canal, sempre verificando canal com instrumento manual de fino calibre até CRT. 5. Irrigação final (hipoclorito/EDTA/ hipoclorito), agitando com instrumento de fino calibre. RECURSOS SEMIOTÉCNICOS PARA DIAGNÓSTICO DE ENDODONTIA 1. ANAMNESE 2. EXAME FÍSICO Inspeção: verificar alterações cromáticas (indicativas de necrose pulpar ou calcificação), fístulas, cáries, etc... Palpação apical Percussão: deve ser realizada com cabo do espelho, mão firme, 02 a 03 toques. Se paciente apresentar muita dor, dispensar o cabo do espelho e utilizar dedo indicador. A percussão pode ser: a) VERTICAL: se dor positiva para percussão vertical (resposta dos ligamentos periodontais à dor), sinal de doença periodontal. b) Horizontal: Se dor positiva para percussão horizontal, sinal de pulpite. 3. EXAMES COMPLEMENTARES TESTE TÉRMICO FRIO (gás refrigerante a -40º): fazer isolamento relativo, secar dente com gaze ou algodão (jamais com jato de ar, pois ressecará a dentina e poderá trazer resultado duvidoso), bolinha de algodão “embebida” com o gás refrigerante deve ser aplicada preferencialmente por vestibular (em outra face apenas se não houver face vestibular íntegra), entre os terços médio e cervical. a) Explicar ao paciente que, ao realizarmos o teste de vitalidade pulpar, o mesmo sentirá uma sensibilidade tal qual a sentida “quando se morde um sorvete”. b) Ao sentir a sensibilidade/ dor, pedir para que ele levante a mão (oposta ao lado no qual o dentista se encontra). c) Retirar o estímulo (algodão). d) Solicitar que o paciente abaixe a mão na mesma velocidade em que a sensibilidade/ dor diminui. RADIOGRAFIA: deve ser realizada por último, após a realização de todos os recursos anteriormente citados. Em elemento saudável, não é possível verificar aumento no espaço pericementário. Nos elementos alterados, é possível verificar linha radiolúcida. CONCEITOS – TECIDOS QUE COMPÕEM O ÓRGÃO DENTAL Esmalte- Tecido mais mineralizado do dente, recobre toda coroa e apresenta uma imagem radiopaca bem definida. Dentina- Menos radiopaca que o esmalte, pelo qual é recoberta e protegida, representa a maior porção dos tecidos duros do dente. Cavidade Pulpar- Apresenta imagem radiolúcida, devido a sua alta permeabilidade aos raios X, sua topografia varia de acordo ao dente que pertence. Cemento- Estrutura bastante delgada, tornando-se radiograficamente impossível de ser diferenciada da dentina, exceto nos casos de hiperplasia. Espaço Pericementário- Corresponde ao espaço ocupado pelo periodonto que radiograficamente é visto como uma linha delgada radiolúcida contornando a raiz do dente. Lâmina Dura- Representa a porção da parede do alvéolo onde se inserem as extremidades externas das fibras periodontais. Apresenta-se como uma linha radiopaca, uniforme, que contorna a raiz dentária perifericamente e continua sem interrupção para formar a crista alveolar. Apófise Alveolar- A distribuição arquitetônica do osso alveolar, radiograficamente mais freqüente, é o aspecto de estrutura trabecular radiopaca delimitando os espaços medulares radiolúcidos. PATOLOGIAS PULPARES E PERIAPICAIS CAUSAS DE ORIGEM MICROBIANAS (lesão cariosa; exposição dentinária, permitindo penetração microbiana, etc.) FÍSICAS (traumas: toda e qualquer ação em esmalte e dentina gera uma reação pulpar) PROCEDIMENTOS OPERATÓRIOS: Iatrogenía (erro/ negligência/ imperícia profissional). Podemos classificar as origens das patologias pulpares por conseqüência de procedimentos operatórios da seguinte forma: a) Microbianos: Restaurações mal adaptadas podem gerar infiltração. b) Físicos: Alta rotação sem refrigeração, movimentos ortodônticos mal realizados. c) Químicos: Ataque ácido por tempo prolongado, secar dentina com jato de ar. A DOENÇA ENDODÔNTICA DEPENDE: - Da intensidade da causa da lesão; - Da freqüência de sua ocorrência; - Do tempo de exposição ao agente agressor. DINÂMICA/ EVOLUÇÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO CÁRIE NO ESMALTE Formação de Dentina Translúcida AVANÇO DA CÁRIE PELA DENTINA Formação de dentina reacionária AVANÇO PRÓXIMO À POLPA Formação de dentina osteóide (vascularizada). Paciente começa a apresentar sintomatologia dolorosa branda. ATINGE CÂMARA PULPAR - Aumento da vascularização (arteríolas, ao trazerem mais células de defesa para região, se expandem, comprimindo as vênulas, que fazem a circulação de retorno. Sem poder sair para o meio externo, a circulação de retorno impedida é responsável pela dor pulsátil, pois expande a polpa (que é elástica), que é retida pela detina (anelástica) ATINGE REGIÃO APICAL ATINGE PERIÁPICE DOENÇA PERIODONTAL DOENÇAS PULPARES INFLAMATÓRIAS AGUDAS: Relacionadas a periápices fechados, dentes formados, rizogênese completa (adultos) CRÔNICAS: Relacionadas à cavidade aberta ou oriunda de estímulos de baixa intensidade e alta freqüência; ápice aberto, rizogênese incompleta. Geralmente não passa pela fase aguda. AGUDAS PULPITE REVERSÍVEL ou INFLAMAÇÃO PULPAR REVERSÍVEL - Origem mais comum: cárie profunda, sem atingir polpa SINTOMAS assintomática (normalmente); dor transitória e aguda provocada por estímulo quente, frio, jato de ar. EXAME CLÍNICO Sensibilidade ao frio, com declínio rápido da sintomatologia dolorosa (pois a polpa se apresenta com boas condições de recuperação). RADIOGRAFIA Normal; Câmara pulpar diminuta, devido reação da dentina (produção dentina reacionária); Lâmina dura intacta; Espaço pericementário normal. TRATAMENTO Remoção do agente agressor; Restauração provisória (definitiva após 15 dias). INFLAMAÇÃO PULPAR IRREVERSÍVEL ou PULPITE IRREVERSÍVEL SINTOMAS Dor aguda, espontânea, intensa, pulsátil, intermitente, ininterrupta, localizada e de longa duração (na maioria dos casos; por vezes, em estágio avançado, pode apresentar-se difusa e/ou reflexa). EXAME CLÍNICO Dor exacerbada ao calor, aliviada pelo frio (devido à vasoconstrição que ele promove); Teste de vitalidade térmico: sensibilidade com declínio lento. RADIOGRAFIA Normal ou aumento do espaço periodontal apical. TRATAMENTO Pulpectomia (Remoção total da polpa viva) CRÔNICA INFLAMAÇÃO PULPAR CRÔNICA ou PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA CARACTERÍSTICAS Presença de pólipo pulpar (sinal patognomônico). O pólipo pulpar trata-se do crescimento/ expansão da câmara pulpar na cavidade aberta, com tecido de granulação); Predomínio em pacientes jovens (ápice aberto/ região altamente vascularizada). TRATAMENTO Se ápice fechado: Pulpectomia (remoção total da polpa). Se ápice aberto: Pulpotomia (curetagem da polpa a nível da cãmara pulpar, mantendo a polpa do canal radicular, permitindo a formação de dentina para completar o processo de fechamento do ápice/ rizogênese) ALTERAÇÕES PULPARES DEGENERATIVAS CALCIFICAÇÃO - Calcificação de nódulos pulpares, obliterando o canal radicular. - Radiograficamente aparenta ser uma calcificação total do canal. Porém, histologicamente é possível comprovar que não é total. - Geralmente acomete pacientes geriátricos. - Se não estiver relacionada a outras patologias, não recomenda-se tratamento. REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA - Polpa “absorve” dentina das paredes do canal radicular, aumentando luz do canal, podendo causar rompimento das paredes se evolução não for barrada. - Se acontece na porção coronária, possível identificar sinal clínico: mancha rósea. - Necessário tratamento endodôntico, pois a causadora da reabsorção radicular interna é a polpa. PERIODONTITES APICAIS (Nomenclatura antiga: Pericementite) Arteríola: Leva suprimento sanguíneo à polpa. Vênula: Realiza circulação de retorno (retirada de metabólitos da polpa para meio externo).Em caso de inflamação pulpar, ocorre um aumento na arteríola (devido aumento de vascularização para chegada das células de defesa para região). A expansão da arteríola causa compressão e obstrução da vênula, impedindo a circulação de retorno. Dá-se, então, início do processo de necrose tecidual da polpa. NECROSE PULPAR SINTOMAS - Assintomático. EXAME CLÍNICO - Teste de vitalidade térmico NEGATIVO; - Dor NEGATIVA à percussão e palpação; - Alteração cromática. RADIOGRAFIA - Lâmina dura intacta; - \Pode haver ligeiro aumento do espaço periodontal apical. TRATAMENTO - Penetração desinfectante (polpa morta) - Não fazer em sessão única, pois não depende apenas da ação mecânica do instrumento, mas também de outros fatores, como a medicação intracanal. MANIFESTAÇÕES APICAIS APÓS NECROSE Periodontite apical (aguda ou crônica); Abscesso periapical (agudo ou crônico); Granuloma apical; Cisto apical. DINÂMICA/ EVOLUÇÃO DA PERIODONTITE APICAL Área mais vascularizada (PERIODONTO, não somente restrito à câmara pulpar e canal radicular como na pulpite). Bactérias + Toxinas + Células de defesa Mediadores Químicos Lise do tecido ósseo (Reação de defesa do osso para impedir desencolvimento da infecção. Destruição óssea) Periodontite Apical AGUDA PERIODONTITE APICAL AGUDA ou PERIODONTITE APICAL ASSINTOMÁTICA Antiga Pericementite aguda primária Origem Microbiana PERIODONTITE APICAL AGUDA ou PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA ORIGEM Trauma (Iatrogenia: ação do instrumento/ lima leva material infectante para além do forame apical). SINTOMAS Dor localizada, pequena intensidade. Dor exacerbada à percussão vertical e leve à palpação apical. Pode apresentar discreta extrusão e mobilidade. Sinal patognomônico: sensação de “dente crescido”. RADIOGRAFIA Ligamento periapical normal ou ligeiro espessamento. TRATAMENTO Penetração desinfectante. CRÔNICA PERIODONTITE APICAL CRÔNICA Ou PERIODONTITE APICAL ASSINTOMÁTICA CARACTERÍSTICAS Leve ou nenhuma dor à percussão horizontal. Dor discreta à palpação apical (alteração da tábua óssea cortical). RADIOGRAFIA Extensa destruição óssea; Rompimento da Lâmina dura. - Se não tratada, há formação de exsudato/ secreção purulenta na região do periáopice, e a PERIODONTITE APICAL CRÔNICA evolui para ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO. ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO 1. FASE INICIAL CARACTERÍSTICAS Dor intensa, localizada, pulsátil, ininterrupta, espontânea, exacerbada à percussão vertical. RADIOGRAFIA Ligamento periodontal apical normal ou ligeiro espessamento. TRATAMENTO SEMPRE tentar drenagem via canal. Desbridamento do forame apical para drenagem (avançar 2mm a mais que o CRT, desobstruindo região do periápice, de modo que a secreção purulenta da região periapical possa drenar através do canal radicular). PROTOCOLO Antibioticoterapia não obrigatória. Suficiente receitar antinflamatório e analgésico. 2. FASE EM EVOLUÇÃO (Trans-óssea/ edema duro) CARACTERÍSTICAS Dor moderada, difusa, pulsátil, ininterrupta, espontânea, exacerbada à percussão vertical. Dor menos intensa que a fase inicial a medida que a secreção “expande”, busca caminho na tentativa de exteriorizar. Abscesso duro à palpação (intraósseo). Nesta fase, não se faz drenagem. 3. FASE EVOLUÍDA (Subperióstea/ ponto de flutuação) CARACTERÍSTICAS Dor moderada, difusa, pulsátil, ininterrupta, espontânea, exacerbada à percussão vertical. Exteriorização da secreção. Para drenagem: Anestesia à distância (Ex: troncular). Utilizar lâmina de bisturi. RADIOGRAFIA Ligamento periodontal apical normal ou ligeiro espessamento. Obs.: Se abscesso edematoso estiver relacionado a molares inferiores, encaminhar paciente para hospital para antibioticoterapia intravenosa urgente. Risco de infecção atingir linfonodos (Angina de Ludwig). ABSCESSO PERIAPICAL CRÔNICO - SINAL PATOGNOMÔNICO: presença de fístula - Sempre fazer mapeamento de fístula, utilizando cones de guta percha de fino calibre. 1. Localizar ponto de flutuação/ exteriorização da secreção; 2. Inserir cone delicadamente, até encontrar resistência; 3. Radiografar. Radiografia permitirá ver o trajeto fistuloso demarcado pelo cone de guta percha. O local de resistência, onde o cone termina, trata-se da origem da infecção (elemento causador). CISTO E GRANULOMA - Diferenciam-se apenas por exame histológico. - Ambos os casos, necessário realizar tratamento endodôntico. - Após tratamento: Se sinais e sintomas regredirem: realizar acompanhamento radiográfico periódico para avaliar regressão da lesão. Se sinais e sintomas não regredirem: Necessária cirurgia Parendodôntica. Obs.: CIRURGIA PARENDODÔNTICA: modalidade cirúrgica que tem por finalidade a remoção de uma lesão do periápice que não regride após tratamento endodôntico. ENDODONTIA II MEDICAÇÃO INTRACANAL A medicação intracanal não cura nenhuma lesão, apenas atuando como coadjuvante. O que promove a cura é a correta limpeza do canal, o PQC bem realizado. Devemos sempre perguntar: Por que medicar? Como medicar? Com o que medicar? OBJETIVOS POLPA VIVA: Modular a reação inflamatória (tecido adjavente também encontra-se inflamado; além disso, limas também causam injúria, sendo comum sintomatologia dolorosa por 02 a 03 dias). MEDICAMENTO A BASE DE ANTINFLAMATÓRIO. POLPA MORTA: Infecção também penetra nos túbulos, onde não há ação mecânica do instrumento. Logo, em polpa morta, o objetivo da medicação é manter a sanificação do conduto que sofreu instrumentação mecânica. MEDICAMENTO A BASE DE ANTIBIÓTICO. COMO MEDICAR – SEQUÊNCIA Irrigar com EDTA antes da medicação (em caso de polpa morta); Secagem do conduto; Inserir tubete na carpule; Utilizar agulha nova, levemente curvada, diferente da usada para anestesiar; Stop na medida do CRT (aumentrar penetração nos túbulos). MEDICAMENTOS POLPA VIVA Em casos de polpa viva (pulpotomia/ pulpectomia), o ideal é realizar tratamento endodôntico em sessão única. Se não for possível, devemos medicar com NDP. NDP: Fosfato de DEXAMETASONA (antinflamatório corticosteróide)/ paramonoclorofenol (antimicrobiano)/ politilenoglicol (proteção tecidual)/ rinossoro (veículo). POLPA MORTA Em caso de polpa morta (penetração desinfectante) jamais deve-se utilizar NDP, pois corticosteróides aumentam a resistência dos microorganismos. Os medicamentos antimicrobianos penetram no interior dos túbulos dentinários. São eles: PRP: paramonoclorofenol (antimicrobiano)/ politilenoglicol (proteção tecidual)/ rinossoro (veículo). IODOFÓRMIO - Alta toxicidade para o tecido; - Causa injúria tecidual e inflamação (sua finalidade/ princípio é trazer células inflamatórias para região. Os macrófagos geram lise do tecido lesionado, porém também de tecido sadio); - Utilzar apenas em casos de infecções resistentes; CLOREXIDINA - Capacidade antimicrobiana; - Amplo espectro (atinge bactérias aeróbias e anaeróbias); - Função principal: EFEITO RESIDUAL (ação por vários dias); - Desvantagem: alteração cromática do dente devido reação química com hipoclorito. HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (P.A.) - Primeira medicação intracanal, utilizada amplamente até hoje. - Efeito residual; - Promove lise da membrana celular bacteriana, neutraliza LPS (endotoxinas, responsáveis pela dor) e estimula a fosfatase alcalina; - Induz remineralização; - Eleva pH do meio (efeito antimicrobiano). VEÍCULO DISSOCIAÇÃO* Soro fisiológico Rápida Anestésico Rápida Polietilenoglicol 400 e propilenoglicol (recomendado em rizogênese incompleta) Lenta *Dissociação: é o processo em que compostos iônicos têm seus íons separados.No caso do hidróxido de cálcio: Ca(OH)2(aq) → Ca2+(aq) + 2 OH-(aq) ** Quanto mais rápida a dissociação, menor é a duração do efeito. INDICAÇÕES DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: - Lesões endo-perio: efeito sobre bactérias anaeróbias da doença periodontal (devido pH elevado). http://pt.wikipedia.org/wiki/Composto_i%C3%B4nico http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Don http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidr%C3%B3xido_de_c%C3%A1lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidr%C3%B3xido_de_c%C3%A1lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_aquosa http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidroxila http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidroxila - Reabsorções radiculares externas e rizogênese incompleta: induz remineralização. - Trauma dental: trauma radicular com deslocamento do terço apical (ápice deve ser removido por cirurgia parendodôntica). O hidróxido de cálcio remineraliza “novo ápice”. - Lesões refratárias/ resistentes, que não surtem efeito com o PRP. INSERÇÃO DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO - Manipular pó/ veículo na consistência que seja possível aderir material à lima. Levar lima até CRT e realizar ¼ de volta para esquerda (anti-horário). - Empurrar material com cone de papel absorvente, acomodando o material depositado, permitindo que seja depositado mais. - Radiografar em caso de lesões resistentes, a fim de averiguar se medicação preencheu todo o canal (hidróxido de cálcio é radiopaco). - Obs.; ULTRACAL: seringa de hidróxido de cálcio já preparada, pronto para aplicação. CFC (PÓ) - Cloridrato de ciprofloxacino; - Metronidazol; - Hidróxido de cálcio PA (líquido); - PRP. FATORES CONDICIONADORES DA MEDICAÇÃO INTRACANAL Promoção de máxima permeabilidade SELAMENTO TEMPORÁRIO (ENTRE SESSÕES) 1. Bolinha de algodão de tamanho compatível com a entrada do canal; 2. Cimento temporário sobre a bolinha (camada fina); 3. Ionômero de vidro (CIV) restaurador. Após finalização, com canais já obturados com guta percha, antes da restauração final, somente CIV. Obs1.: Na clínica UNICASTELO: - PQC concluído: hidróxido de cálcio. - PQC não concluído: PRP (polpa morta) e NDP (polpa viva). Obs2.: Funções das substâncias utilizadas no PQC: - Hipoclorito de sódio: Remove matéria orgânica. - EDTA: remove matéria inorgânica devido sua ação quelante (remove matéria inorgânica dos túbulos, permitindo maior penetração do cimento nos mesmos). ENDODONTIA II EMERGÊNCIAS ENDODÔNTICAS PRINCIPAIS URGÊNCIAS Pulpite irreversível Pericementite (Periodontite apical aguda) Abscesso dento-alveolar PULPITE IRREVERSÍVEL Na REVERSÍVEL: dor provocada, intermitente, de curta duração e localizada. Na IRREVERSÍVEL: dor espontânea, contínua, de longa duração e difusa (irradiada). REVERSIBILIDADE DUVIDOSA: Sensibilidade à percussão vertical; Sensibilidade à palpação apical; Perda de sono; Necessidade do uso de analgésicos; Declínio da dor lento; Aumento do espaço pericementário. MEDIDA LOCAL (CONSULTÓRIO) Remoção da polpa dentária - Pulpotomia provisória: na falta de tempo. - Pulpectomia integral: canais amplos. - Pulpectomia por esmagamento: canais estreitos. TÉCNICA DA PULPOTOMIA PROVISÓRIA Anestesia Isolamento absoluto Abertura e preparo da Câmara pulpar Irrigação-aspiração com hipoclorito de sódio Amputação da polpa coronária com curetas afiadas Irrigação-aspiração com hipoclorito de sódio Medicação intra-canal Curativo oclusivo provisório (algodão/ guta percha ou coltosol/ CIV ou OZE) TÉCNICA DA PULPECTOMIA Anestesia Isolamento absoluto Abertura e preparo da câmara pulpar Irrigação-aspiração com hipoclorito de sódio Odontometria (determinar CRT) Exérese do filete radicular (com lima #10, descolar o tecido. Com lima Hedstroem, exérese do filete) PQC Medicação intra-canal Curativo oclusivo provisório MEDIDA GERAL (prescrição medicamentosa) Não necessário, pois procedimento realizado já sanou o problema. Pode ser prescrito um analgésico. PERICEMENTITE (PERIODONTITE APICAL AGUDA) PERICEMENTITE AGUDA PRIMÁRIA CAUSA: Iatrogenia (agentes químicos, erro na odontometria, restauração sem ajuste oclusal pós- endodontia, etc) Estímulo: região periapical Presença de processo inflamatório com alterações vasculares associadas ao edema Compressão sobre terminações nervosas sensitivas na área Aumento da pressão hidrostática apical (sensação de “dente crescido” e sensibilidade à percussão) MEDIDA LOCAL 1. Trauma oclusal: remoção da causa 2. Sobreinstrumentação (erro na odontometria): Irrigação-aspiração com EDTA-T Técnica: Remoção curativo oclusivo/ irrigação-aspiração com EDTA-T/ Medicação intra-canal NDP/ Curativo oclusivo provisório/ alívio oclusal) MEDIDA GERAL Analgésico + Antinflamatório não esteroidal (AINES) PERICEMENTITE AGUDA SECUNDÁRIA CAUSA: microbiana Estímulo: região periapical Presença de processo inflamatório com alterações vasculares associadas ao edema Compressão sobre terminações nervosas sensitivas na área Aumento da pressão hidrostática apical (sensação de “dente crescido” e sensibilidade à percussão) MEDIDA LOCAL Remoção do tecido cariado Penetração desinfectante (Sempre farta irrigação, desde “cirurgia de acesso”) Odontometria PQC Medicação intracanal (PRP). Pode ser associado ao hidróxido de cálcio P.A (ultracal) Curativo oclusivo provisório MEDIDA GERAL Analgésico e antinflamatório não esteroidal (AINES) ABSCESSO DENTO-ALVEOLAR AGUDO DIAGNÓSTICO Dor forte Febre Inapetência Edema na região da mucosa e face Mobilidade dental Sensibilidade à percussão - Realizar exame extra e intra-oral - Realizar drenagem da secreção purulenta MEDIDA LOCAL Acesso à câmara pulpar Tentativa de drenagem (Se não drenar automaticamente com acesso, passar lima além do forame) Drenagem se dá: pelo canal radicular/ pelo ligamento periodontal/ transóssea MEDIDA GERAL Analgésico, AINES e antibiótico. ANTIBIOTICOTERAPIA FEBRE DRENAGEM MEDICAR? + - SIM - - PROVAVELMENTE SIM - + NÃO + + PROVAVELMENTE NÃO INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA GRAVIDEZ ANALGÉSICOS Paracetamol ANTIBIÓTICOS Amoxicilina ANESTÉSICO Lidocaína 2% com adrenalina INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS PARA DIABÉTICOS ANALGÉSICOS Paracetamol/ Dipirona ANTIBIÓTICOS Amoxicilina/ Clindamicina ANESTÉSICO Lidocaína 2% ANTINFLAMATÓRIO Dexametasona/ Betametasona/ Nimesulida MIORRELAXANTE Beserol INDICAÇÕES MEDICAMENTOSAS PARA CARDIOPATAS ANALGÉSICOS Paracetamol/ Dipirona ANTIBIÓTICOS Amoxicilina/ Clindamicina ANESTÉSICO Lidocaína 2% (injeção lenta: 2 minutos) ANTINFLAMATÓRIO Dexametasona/ Betametasona MIORRELAXANTE Beserol