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1 
 
É a especialidade que estuda a polpa dentária do sistema de canais 
radiculares e tecidos periapicais e doenças que os afligem. 
A principal causa de tratamento endodôntico é a cárie e algumas infecções 
que chegam a nível periodontal. 
Também tem a causa química (materiais de clareament3o), trauma. 
A parede deve ser raspada pois como a dentina é porosa, a bactéria penetra 
pelas porosidades, o que acaba alargando o canal. No tratamento 
endodôntico tem a remoção da polpa e de dentina. 
O canal é preenchido com guta percha para impossibilitar o trânsito das 
bactérias. 
O material obturador fica apenas no canal para evitar que o dente fique 
escuro. Após a obturação faz-se a proteção da guta percha com o ionômero 
de vidro ou até mesmo resina. 
 
 
ANATOMIA INTERNA – aula 1 
 
A maior causa de insucesso está relacionada a falhas de localização, limpeza 
e obturação de algum canal. 
Existem características em comum entre os dentes, mas existem diversas 
variações anatômicas. 
Diafanização: Método que estudava a quantidade das raízes. 
 
Limitações da radiografia: Sobreposições, densidades ósseas vizinhas, 
angulação do raio X, distorção e falta de padronização. 
 
Devido as limitações radiográficas se utilizam as tomografias. 
 2 
Depois da tomografia, se criou a microtomografia, que é um método que é 
reprodutível, permite avaliações quantitativas e qualitativas. 
 
Anatomia da cavidade pulpar 
Cavidade pulpar = espaço que abriga a polpa dentária (formada pela câmara 
pulpar e pelo canal radicular). 
A dentina e o esmalte que está acima da polpa coronária é chamada de teto 
e em baixo se chama assoalho pulpar. 
Para chegar ao canal é necessário a remoção do teto. 
Para localizar o orifício do canal é necessário remover o teto e a polpa. 
Assoalho só existe quando possui mais de uma raiz e ele não deve ser 
desgastado. 
 
Regra 2: É mais difícil ter um canal reto com apenas um canal do que uma 
regra, como se pensava antigamente. 
 
A maioria dos canais são ovais ou achatados. 
89% dos molares inferiores 
75% dos incisivos inferiores 
54% nos pré-molares superiores 
Nos ovais achatados sempre precisam de um complemento na limpeza pois 
o instrumento é circular. 
 
Istimo 
Area de achatamento da raiz. É uma área estreita em forma de fita que 
conecta dois ou mais radiculares. Lá possui tecido necrosado e biofilme que 
deve ser limpado com a pontinha de ultrassom e com irrigação. 
 
3° regra: A anatomia interna é o reflexo da anatomia externa. 
 3 
4° regra: No canal principal pode ter várias ramificações que podem 
comunicar com a superfície externa, com o periodonto. 
Nomes dos canais: 
1. Principal 
2. Colateral 
3. Lateral 
4. Secundário 
5. Acessório 
6. Interconduto 
7. Recorrente 
8. Reticulares 
9. Apical 
 
 5° O segmento apical é considerado a região mais crítica do sistema de 
canais radiculares no que tange a necessidade de limpeza e desinfecção. O 
forame apical é considerado a região mais crítica de ser limpa exatamente 
pela quantidade de ramificações, canais secundários e delta apicais. 
Limite CDC é exatamente onde acaba a polpa e tem os tecidos periodontais. 
Ao final da raiz, no forame, a junção do canal dentinário com o canal 
cementário é chamado de junção CDC. Esse limite é onde acontece a 
constricção do diâmetro do canal que se abre após final do canal. 
O objetivo é instrumentar até a junção CDC mas na maioria das vezes isto 
não é possível devido a sua difícil visualização. 
Geralmente o forame não está no ápice radiográfico, ele geralmente está de 
0,2 a 3,8 mm de distância. 
 
6° Diversidade anatômica, relacionada a diversos grupos étinicos. 
7° Lei da centricidade e concentricidade. Sempre o assoalho pulpar e a polpa 
estão localizado no centro do dente. 
8°Lei da simetria dos orifícios. Provavelmente a distância entre o canal e sua 
cúspide será quase a mesma de um canal e do outro. 
9° Lei da mudança da cor, o assoalho pulpar é sempre mais escuro, ou seja é 
possível diferenciar o teto do assoalho pela cor da dentina. Lei da 
localização. Após a remoção do teto, o canal vai estar sempre no encontro 
 4 
da parede com o assoalho, no ângulo de junção entre o assoalho e as paredes 
da câmara. 
10°Todos os dentes possuem uma inclinação. Direção vestíbulo-palatina. 
 
Cirurgia de acesso 
 
Cirurgia de acesso: Preparo de uma cavidade que inclui a porção da coroa, 
que deve ser removida para se ter acesso a cavidade pulpar (representada 
pela câmara pulpar e canal radicular). 
Istimo: Sinal de achatamento 
Na cirurgia deve-se remover todo o teto (sangue e bactérias se houver 
contaminação). Se não for removido, pode atrapalhar no sucesso do 
tratamento. 
Só é possível ter acesso ao canal, a raiz, quando a polpa da câmara pulpar é 
toda removida. 
2 cuidados devem-se ter: Remoção do teto da câmara pulpar e proteção do 
assoalho pulpar. 
 
Passo a passo: 
1. Acesso a câmara pulpar. Eleger o ponto de eleição, ponto onde vai iniciar 
o desgaste, qual a direção da broca (paralela ou perpendicular), qual a forma 
de contorno. 
2. Refinamento: Forma de conveniência. Ex. Se for molar com 3 canais, faz-
se um triângulo. 
3. Localização dos orifícios de entrada dos canais radiculares. Estão 
localizados nos encontros das paredes. 
4.Preparo cervical: Limpeza da porção cervical do canal. 
 
Materiais utilizados para realizar a cirurgia de acesso: Ponta diamantada 
esférica, ponta inativa ou endo Z e a Cpdrill e a Sonda exploradora n°5. 
 
 5 
Acesso a câmara pulpar 
-Ponto de eleição é o ponto mais provável de acesso a câmara pulpar. Ponto 
na coroa onde se coloca a broca e existe a maior probabilidade de cair na 
câmara pulpar, sensação de queda no vazio. 
-Direção de trepanação é a direção em que a broca é colocada no vazio. Ex. 
no molar é paralela. 
-Forma de contorno é o desenho externo que imita o desenho da câmara 
pulpar. 
 
Refinamento 
Forma de conveniência (contorno) e limpeza. Utiliza-se a ponta inativa. 
 
Localização dos orifícios de entrada dos canais radiculares 
Utiliza-se a sonda reta para achar os canais. 
 
Incisivo central superior 
Comprimento médio em mm: 22,60 
Altura da coroa: 10,90 
Número de raiz: 1 
Número de canal: 1 
Raiz única com pouca ou quase nenhuma curvatura para a vestibular. 
Características do canal: Único, reto e amplo, levemente achatado no sentido 
mesiodistal. Maior no sentido vestíbulo-palatino. 
Seu achatamento é mais no terço cervical e médio. A presença de 2 a 3 canais 
é muto rara. 
A presença de canais acessórios é de 25%, que só é possível limpar com 
irrigação. 
Presença de deltas apicais: 1% 
A maioria é único, reto e amplo. 
 6 
Dente que não apresenta grandes dificuldades de tratamento de canal, mas é 
um dos mais valorizados pelo paciente. 
Passo a passo da cirurgia de acesso: Ponto de 
eleição é a área central da superfície palatina 
próxima ao cíngulo. Direção de trepanação: Broca 
esférica perpendicular ao longo eixo do dente 
apenas com a espessura da broca depois muda a 
posição para paralela ao longo eixo do dente. Forma 
de contorno triangular com a base voltada para 
incisal. 
 
Forame apical: Lateralmente na raiz. 1mm é a margem de segurança. 
Diâmetro anatômico do incisivo (diâmetro original do canal) é de 30mm. 
 
Incisivo lateral superior 
Quantidade de canais: 1 ou 2. 
Possui as mesmas características do incisivo central superior, mas é menor, 
também apresenta uma curvatura para a distal. 
Canal geralmente único e achatado no sentido distal. Mais arredondado na 
região apical. 
Raramente possui 2, 3 ou 4 canais. 
Canais laterais: 4 a 26% 
Deltas apicais: 3% 
Cirurgia de acesso: Idêntica à do incisivo central superior. 
Forame apical: É lateral na raiz. 
A distância da radiografia até o término do canal é de 1mm. 
Diâmetro vestíbulo lingual: 0,45mm 
Diâmetro mesio distal: 0,33mmÉ o dente que mais possui variações anatômicas pela sua localização. 
 7 
Exemplos de variações: Fusão (2 dentes se juntam) e geminação (1 dente que 
ia se dividir em 2 mas não se dividiu), dens in dente (invaginação dos 
tecidos). 
 
 
Incisivos inferiores 
-Central: 
Comprimento total 21,00 mm 
Altura da coroa: 8,9 mm 
Número de raiz: 1 
Número de canal: 1 ou 2 
 
-Lateral: 
Comprimento total: 22,3 mm 
Altura da coroa: 9,7 mm 
Número de raiz: 1 
Número de canal: 1 ou 2 
 
Possuem 1 raiz, mas apresentam grande chance de ter 2 canais. 
Raiz única com grande achatamento no sentido mesiodistal e apresenta 
concavidade no longo eixo da raiz, grande achatamento na metade da raiz 
que divide 2 canais 1 v e 1 l 
Canal único, pronunciado achatamento distal, 2 canais de 11,5 a 44%. 
Presença de canais laterais: 2 a 20%. 
Cirurgia de acesso: Igual dos incisivos superiores. O cuidado se dá ao 
tamanho do dente. Ponto de eleição: Area central da superfície lingual, 
próximo do cíngulo. 
Passo a passo da cirurgia de acesso: Ponto de eleição é a área central da 
superfície palatina próxima ao cíngulo. Direção de trepanação: Broca 
esférica perpendicular ao longo eixo do dente apenas com a espessura da 
 8 
broca depois muda a posição para paralela ao longo eixo do dente. Forma de 
contorno triangular com a base voltada para vestibular (incisal). 
Forma de conveniência: Ombro lingual (saliência na região lingual) que deve 
ser removida para encontrar o canal lingual. 
Forame apical: Lateralmente a raiz, diâmetro original ou anatômico de 
25mm. Diâmetro vl 0,37 e md 0,25 
 
Canino Superior 
É o maior dente da arcada humana. 
Características da Raiz: Única, cônica e robusta, longa (instrumentos de 
31mm) geralmente curvatura apical distal ou vestibular. 
Canal: Único, geralmente reto e oval em toda a extensão sendo a porção 
média da raiz apresentando o maior diâmetro vestibulolingual. 
Sua porção apical da raiz pode se curvar abruptamente para vestibular ou 
palatina. 
O forame no terço cervical é ovalado e no terço apical é mais circular. 
Cirurgia de acesso: Ponto de eleição é a área central 
da superfície palatina próxima ao cíngulo. Direção 
de trepanação Broca esférica perpendicular ao longo 
eixo do dente apenas com a espessura da broca 
depois muda a posição para paralela ao longo eixo 
do dente. 
Forma de contorno oval, forma de conveniência ombro lingual. 
 
Levar em consideração sempre a posição do dente. 
 
Caninos inferiores 
É muito semelhante ao canino superior, mas menor em dimensão. 
Raiz: Semelhante ao superior, mas muito mais achatada no sentido 
mesiodistal. 
 9 
Geralmente possui 1 raiz com 1 canal, mas pode apresentar 2 com 2 canais 
e para acessar o canal lingual é necessário a remoção do ombro lingual. 
Geralmente apresenta curvatura apical para lingual ou vestibular. 
Canal: Bem oval e achatado no sentido mesiodistal, maior diâmetro vestíbulo 
lingual no terço médio. Pode ter 2 ou 3 canais. Presença de canal lateral de 3 
a 30% e deltas apicais de 3%. 
De 1,5 a 5% possuem 2 raízes. 
Cirurgia de acesso: Cirurgia de acesso: Ponto de eleição é a área central da 
superfície palatina próxima ao cíngulo. Direção de trepanação Broca esférica 
perpendicular ao longo eixo do dente apenas com a espessura da broca depois 
muda a posição para paralela ao longo eixo do dente. 
Forma de contorno oval. Forma de conveniência ombro lingual. 
 
Incisivo Central S: Ter cuidado com a posição do dente na arcada e não 
fazer o desgaste excessivo na vestibular. 
Incisivo Lateral S: Cuidado com o a inclinação do dente na arcada e 
lembrar das variações anatômicas 
Incisivos Inferiores: Ombro lingual e dois canais. 
Caninos: Presença do ombro lingual. 
 
Pré molares Superiores 
-1° pré superior: 
Comprimento médio em mm: 21,4 mm 
Altura da coroa: 8mm 
Número de raiz: 1, 2 ou 3 
Número de canal: 1, 2 ou 3 
 
-2° pré superior: 
Comprimento médio em mm: 21,8 mm 
Altura da coroa: 7mm 
 10 
Número de raiz: 1, 2 ou 3 
Número de canal: 1, 2 ou 3 
 
Raiz 
Todos eles podem ter 1,2 ou 3 raízes e 1,2, ou 3 canais. 
1° pré-molar: Mais de 50% dos casos têm 2 raízes e 2 canais. A raiz 
vestibular, quando sofre um achatamento muito grande apresenta 2 canais na 
raiz V. De 20 a 50% apresenta canal lateral e 3,2 % de delta apical. 
2° pré-molar: é uma raiz só mas é bem achatado e por isso geralmente 
apresenta 2 canais com ístimo. De 12 a 60% apresenta canal lateral e 16,1% 
de delta apical. 
Cirurgia de acesso: Ponto de eleição: no 
centro dos canais, centro da fossa oclusal 
(na fossa central). Direção de trepanação: 
Broca paralela ao longo eixo do dente. 
Leve movimento de pêndulo no sentido 
vestíbulo lingual. Forma de contorno: 
Oval, sentido vestíbulo lingual. Forma de 
conveniência: Istimo – achatamento 
 
Forame apical 
1 canal: diâmetro vestíbulo-lingual de 0,37mm e mésio-distal de 0,26mm. 
2 canais: diâmetro vestíbulo-lingual do canal v de 0,3mm e p de 0,23 e 
diâmetro mésio-distal do canal v de 0,23 e p de 0,17. 
 
1° Pré molar inferior 
Comprimento médio em mm: 21,60 
Altura da coroa: 8,60 
Número de raiz: 1,2 ou 3 
Número de canal: 1, 2, 3 ou 4 
 
 11 
Geralmente apresentam uma única raiz com um canal de secção transversal 
mais ampla na direção vestibulolingual. 
 
2° pré molar inferior 
Número de canal: 1, 2, 3, 4 ou 5 
Geralmente apresenta uma única raiz, quase sempre cônica, com um canal. 
Os canais apresentam menos variações que o 1° pré-inferior. 
 
Características das raízes dos pré-molares inferiores 
1, 2 ou 3 parciais ou totalmente fusionadas. 
Possuem bastante sulcos radiculares, que são os achatamentos entre as raízes 
dificultando cada vez mais o canal. Se o sulco for muito profundo causa a 
bifurcação das raízes e formam o canal em C. 
Raiz e canal em formato de C. 
 
Canal: 1,2,3 ou 4 canais 
Apresentam muita variação anatômica. 
 
Cirurgia de acesso: Ponto de eleição: no centro dos canais, centro da oclusal 
(na fossa central). Direção de trepanação: Leve movimento de pêndulo no 
sentido vestíbulo lingual. Forma de contorno: Oval, sentido vestíbulo 
lingual. Forma de conveniência: istimo – achatamento. 
 
 
1°Pré- MS: Apresenta geralmente 2 canais, 1 v e 1 p mas possui a chance 
de 3 canais (2v e 1p) 
2°Pré- MS: 1 canal e bastante achatado 
1°Pré- MI: variação anatômica e cuidado com a inclinação pois tem a 
curvinha do vestibular na coroa. 
2°Pré- MI: variação anatômica e inclinação pois tem a curvinha da 
vestibular. 
 12 
 
Primeiros molares superiores 
Comprimento médio em mm: 22,3 mm 
A maioria possui 4 ou 3 canais, mas pode ter até 8. 
O 1° Molar Superior pode ter 4 canais sendo 1 deles o MV2. 
 
Segundos molares superiores 
Comprimento médio em mm: 22,2 mm 
A maioria possui 3 ou 4 canais mas pode ter 1, 2 ou 5 canais. 
Características das raízes 
1°MS: Geralmente estão separadas 
2°MS: Geralmente estão fusionadas. 
Fusão, mesmo a raiz se fusionando é muito raro que os canais se fusionem 
também a ponto de ter apenas 2 ou 1 canal. 
 
Raiz mais cônica é mais difícil de ter 2 canais, então a raiz mesiovestibular 
que é a mais achatada é a que tem maior probabilidade de ter 2 canais. 
 
4 canais é muito mais comum nos 1° molares superiores. 
 
Cirurgia de acesso: Ponto de eleição é no centro da fossa mesial. Direção de 
trepanação: Vertical e paralela ao longo eixo do dente. Forma de contorno: 
triangular com a base voltada para a vestibular. 
 
Forma de conveniência: Formato 
trapezoidal pela presença do canal MV2 
(nos 1° molares) mas só é possível 
descobrir esse canal depois de tirar todo o 
teto. 
 13 
Depois da ponte de esmalte não tem canal. Não tocar com a broca na ponte 
de esmalte. 
Se tiver um 4° canal, ele sempre vai estar entre o mesiovestibular e o 
palatino. 
2° molar superior com 4 raízes até 1,4% de chances. 
 
 
Primeiros molares inferiores 
Comprimentomédio em mm: 22mm 
Dos molares inferiores, ele é o maior. 
Número de canal: Geralmente apresentam 4 ou 3 canais mas podem ter 5,6 
ou 7 canais. 
Raízes: Geralmente apresenta 2 raízes e 3 canais pois a raiz mesial é bem 
achatada. 
 
Segundos molares inferiores 
Comprimento médio em mm: 21,7 mm 
Número de canal: Geralmente possuem 3 ou 4 canais mas podem ter 1, 2 ou 
5 canais. 
 
Cirurgia de acesso no molar inferior: 
Ponto de eleição no centro do dente 
Forma de contorno: triangular com a base na mesial 
quando tem 3 canais e quando tem 4 o formato é 
trapezoidal. 
 
 
 
 
 14 
1° molar superior: 90% de chance de 4 canais (2 na MV), presença da 
ponte de esmalte e não deve ser desgastada. 
2° molar superior: Achatamento – grande variação na localização dos 
canais. 
1° molar inferior: pode ter 4 canais, 2 na mesial e 2 na distal. Grande 
achatamento que pode causar istimo. 
2° molar inferior: pode ter 4 canais e grande achatamento que pode 
causar istimo. 
 
Raiz entomolaris 
Presença de raiz extra nos molares inferiores sendo mais comum no 1º molar. 
1º molar: pode ocorrer um 3º canal na raiz mesial, ele está localizado no 
meio. 1 a 15% 
90% das raízes dos molares inferiores têm achatamento, é o dente que mais 
tem achatamento. 
Molar superior a única que é bem achatada é a mesiovestibular. 
 
O istimo é uma área estrita que conecta canais radiculares 
 
 
Preparo químico mecânico- Fundamentação filosófica e Instrumentos 
 
Protocolo de atendimento: 
1. Diagnóstico – necropulpectomia ou pulpectomia 
2. Radiografia inicial (estudar a anatomia) 
 Determinar o comprimento aparente do dente (CAD) 
 Determinar o comprimento de trabalho provisório (CTP) 
3. Anestesia (especificar anestésico) 
4. Cirurgia de acesso 
 15 
5. Isolamento absoluto (especificar grampo) 
6. Finalização da cirurgia de acesso 
 Localização dos canais com a sonda reta 
 Preparo cervical CPDRILL 
7. Irrigação e aspiração 
8. Pulpectomia ou penetração desinfetante (até o CTP) 
9. Radiografia de odontometria 
10. Ajustes na odontometria – Determinação do C.R.T 
 - Determinação do diâmetro anatômico 
11. Instrumentação – Preparo químico e mecânico 
 - Determinação do diâmetro cirúrgico 
12. Medicação intracanal ou curativo de demora (especificar) 
13. Restauração provisória 
 
 
 
Necrose associada a infecção: Presença de exsudato purulento saindo pelo 
canal. 
 
Em casos de pulpectomia há uma polpa vital que está em processo de 
inflamação, mas ainda há tecido vivo. Quando a polpa esta totalmente 
necrosada é o que se chama de necropulpectomia. 
Casos de retratamento o passo a passo é de necropupectomia. 
 
Biopulpectomia ou pulpectomia X Penetração desinfetante ou 
necropulpectomia 
 
Durante a fase de diagnostico utiliza-se a radiografia inicial, e se estuda a 
anatomia do dente pela radiografia. 
 16 
A partir do CAD (comprimento aparente do dente) se determina o CTP 
(comprimento de trabalho provisório). 
 
Pela radiografia 
Para canais retos: Comprimento de trabalho provisório = CAD - 3mm 
Para canais curvos: Comprimento de trabalho provisório = CAD - 2mm 
Esse valor proporciona uma noção do comprimento do instrumento que será 
utilizado. 
O comprimento aparente do dente (CAD) é a distância do ápice até a cúspide 
mais alta. 
 
Prontuário do paciente: 
Tabela de tamanhos e informações sobre o canal. 
 
Finalização da cirurgia de acesso 
Preparo cervical: Pré instrumentação onde vai limpar só a parte inicial do 
canal, eliminando interferências anatômicas e parte do conteúdo do canal, 
tanto para casos como bio ou necropulpectomia. 
A parte cervical é limpa (comecinho dos canais). 
Esse preparo facilita a entrada do instrumento em sentido apical e a 
determinação do diâmetro anatômico do canal. 
Instrumentos que podem ser utilizados: 
-CPDrill: é um instrumento que antes era dividido em 6 instrumentos. Possui 
ponta ativa de 7mm. 
-TripleGates: Parte ativa de 4mm correspondente as pontas Gattes-Gidden 1 
a 3. 
 
Irrigação e aspiração abundante 
Vai remover detritos mantidos em suspensão no interior do canal radicular. 
 
 17 
O instrumento dentro do canal forma debri (pó de dentina). A irrigação tem 
o objetivo de estar sempre voltando as raspas de dentina para cima para não 
acumular no ápice. 
 
Após a limpeza do terço cervical se inicia o processo com instrumentos 
(preparo químico mecânico). 
Preparo químico mecânico 
O objetivo é limpar, ampliar e modelar o canal radicular para que ele possa 
receber o material restaurado. 
A limpeza e a desinfecção eliminam irritantes como microrganismos, tecido 
pulpar vivo ou necrosado e cria um ambiente limpo e propicio para os tecidos 
perirradiculares, reparar os tecidos periodontais. 
Ampliação e modelagem: O canal é ampliado e modelado. Confeccionado 
de formato cônico sendo o menor diâmetro na apical e maior no terço 
cervical. 
 
Preparo químico mecânico 
Objetivo de limpeza, ampliação e modelagem. 
-Ação mecânica: Ação dos instrumentos. O instrumento or meio de atritos 
removem mecanicamente microrganismos, tecido vivo ou necrosado e 
consequentemente ao passar nas paredes amplia e modela. 
-Ação química: Ação das soluções irrigadoras. Ações contra os 
microrganismos e os tecidos vivos ou necrosados. Auxilia na remoção de 
sangue, matéria inorgânica e orgânica, ação lubrificante. Dissolve a polpa 
em canais onde o instrumento não alcança. 
-Ação física: Jato forte que sai da agulha fazendo uma turbulência no canal, 
que é cônico, causando um refluxo recorrente. Bate contra as paredes e 
remove debri, microrganismos. 
 
Tratamento de dentes não infectados 
Biopulpectomia 
O tratamento tem caráter profilático que busca prevenir o desenvolvimento 
de uma lesão perirradicular. 
 18 
Quando a cárie expõe a polpa: 
O sucesso do tratamento endodôntico em dentes com polpa vital depende de 
2 fatores: Não há necessidade de utilizar substâncias toxicas e de não levar 
bactérias para o ápice e tecidos perirradiculares. 
Em caso de biopulpectomia, remove a polpa coronária e depois trata o canal, 
se inserir o instrumento todo no canal sem remover a polpa coronária, as 
bactérias que estavam apenas na coroa, irão para o ápice. 
Deve-se limpar aos poucos e retirar só a porção que está infectada 
inicialmente. 
 
Necropulpectomia – Tratamento de dentes infectados 
O Objetivo é reduzir significamente a quantidade de bactérias. 
O sucesso do tratamento está associado a eliminação das bactérias que 
causaram essa lesão e evitar que novos microrganismos vão entrar. Eliminar 
a infecção endodôntica e impedir que novos microrganismos entrem. 
O objetivo é diminuir significamente a quantidade de bactérias para não 
haver nova formação do biofilme. 
 
 
Infecções endodônticas: 
-Necropulpectomias: A maioria são anaeróbicas e tem de 10 a 30 espécies. 
Infecção primária. 
-Retratamento: A quantidade de bactéria é maior ainda. Infecção persistente 
10 a 30 espécies. 
Infecção secundaria 1 a 5 espécies. 
 
Anatomia da infecção 
As bactérias podem estar em suspensão, soltas dentro do canal (são 
removidas com irrigação), bactérias organizadas em biofilmes e aderidas a 
parede do canal, que são removidas por ação mecânica. As bactérias também 
penetram os túbulos dentinários e são removidas pela ampliação do canal. 
 
 19 
Infecções endodônticas 
Quando a infecção está aguda e ultrapassa o limite do dente utiliza-se 
antibiótico, mas ele trata a sintomatologia, não trata o canal. O canal deve 
ser tratado. 
 
O canal é o local ideal para bactérias pois sem todo o preparo para o 
tratamento endodôntico, ela não é removida. 
 
Ação mecânica 
Com o canal inundado, cheio de solução, ocorre a instrumentação. 
Sobre os instrumentos: 
-Acionamento: Manuais ou mecanizados (motor pneumático (não controla a 
velocidade) ou elétrico (controla a velocidade e otorque)) 
-Natureza da liga metálica: A maioria são de aço inoxidável (sofre 
deformação do tipo plástica) mas tem de níquel titânio (deformação elástica 
[volta ao estado normal] também tem tratamento térmico). 
-Processo de fabricação: torcidas ou usinadas (mais seguros pois ainda não 
sofreu tensão). 
 
Características do instrumento 
-Cabo: A cor do cabo determina o diâmetro da ponta do instrumento. 
A parte ativa do instrumento sempre vai ter o tamanho de 16mm 
independentemente do tamanho do instrumento. 
O que muda de instrumentos de 21-25-31 é o tamanho do intermediário, que 
não tem porção ativa. 
Instrumentação manual 
 
Série especial: 
 20 
-06: Cabo Rosa 
-08: Cabo cinza 
-10: Cabo roxo 
Frase para decorar a ordem das cores: Rosa ficou cinza antes de ficar roxa. 
 
1ª, 2ª, e 3ª série: 
Ordem: Branco, amarelo, vermelho, azul, verde, preto. 
Frase para decorar a ordem das cores: Bruna ama vermelho, no azul do 
vestido ela pirou. 
1ª série: 15mm a 40mm 
 
 
 
 
2ª série: 45mm a 80mm 
 
 
 
 
3ª série: 90mm a 140mm 
 
 
 
 
Todos os instrumentos manuais têm conicidade 2. 
 
Sempre começa no D0, que é a cor da lima, é o diâmetro inicial. 
Se é de 1ª serie, branca, D0=15. Se o taper for 2, o D4= 23. 
 21 
Conta para descobrir o D pedido: Dx (D que ela pede) vezes o n° do taper + 
o D0. 
Exemplos: 
A) Qual o D6 da lima azul de 1ª serie taper 2? 
6 X 2 = 12 + 30 (lima azul de 1ª serie) 
R: 42 
 
Cada instrumento tem um tipo de desenho, que caracteriza cada instrumento. 
 
Lima tipo K: Quadradinho todo pintado 
 
Lima Flexofile: Quadradinho todo vazado 
 
Lima NiTi: Quadradinho um pouco pintado e um pouco vazado 
 
Lima hedstroem: Bolinha pintada 
 
Instrumentos manuais: 
-Extirpa polpa: Possui umas garrinhas que grudam na polpa, mas pode se 
aderir a dentina e ficar presa. 
-Tipo K (KERR) 
-Hedstron 
 
Pulpectomia ou penetração desinfetante – Até o CTP: 
Após o preparo cervical que se utiliza a lima. 
 
Pré instrumentação, cateterismo ou exploração inicial do canal: 
Com a lima conhece-se o trajeto do canal, a lima vai até o comprimento 
provisório de trabalho. 
 22 
Quando a lima vai ser colocada no canal, ela já deve estar no tamanho de 
trabalho provisório. 
-Em casos de canais amplos: 
• Se for necropulpectomia faz se a penetração desinfetante de forma 
segmentada, vai limpando o terço cervical, médio até chegar no 
comprimento de trabalho provisório. Vai diminuindo o diâmetro (as 
cores) da lima para ir limpando aos poucos a borda do canal. 
• Se for pulpectomia, como não há grande grau de infecção dentro dos 
canais, a lima pode ir direto e descer até o CTP pois não levará 
bactérias até o ápice do dente. 
A lima é escolhida de acordo com o diâmetro interno do canal. 
Inicialmente o objetivo não é raspar dentina, o movimento é apenas para 
desgrudar os biofilmes aderidos a parede, apenas tocar nas paredes (entrar e 
sair com a lima). 
 
Sempre lembrar da referência (do ápice da raiz até o a cúspide de referência). 
 
-Em casos de canais atrésicos: Não se consegue fazer a penetração 
desinfetante pois as limas utilizadas já são menores (15, 10, 08, 06). Quando 
é canal atrésico a lima já vai direto para o CTP. Necro e pulpectomia são 
iguais nesse tipo de canal. 
 
A exploração do canal ocorre até o CTP, a lima vai descendo até o 
comprimento, quando chega no comprimento deve ter um leve travamento. 
Sempre respeitando a referência e o cursor. 
Vai descendo até o comprimento de trabalho provisório com a lima de 
diâmetro que teve um leve travamento, após isso faz se uma radiografia para 
fazer a odontometria, que é confirmar o comprimento de trabalho do dente. 
 
Odontometria: O comprimento de trabalho provisório deixa de ser provisório 
 
É importante saber o comprimento do canal para realizar a limpeza correta. 
 23 
O limite apical para a instrumentação ideal é a junção CDC. 
No ápice da raiz tem o encontro da raiz com o cemento chamado de limite 
CDC. O preparo químico mecânico deve ser limpo até esse limite. 
Distância do limite CDC até a saída do forame é 0,5mm e do forame para o 
ápice radiográfico 0,5mm por isso 1mm. 
 
Independente se for biopulpectomia ou necropulpectomia a distância da 
ponta da lima até o ápice, visível radiograficamente, deve ser de 0,5 a 1mm. 
Radiografia inicial: Diagnóstico, determinar o CTP 
Radiografia secundária: Radiografia de odontometria que determina o 
tamanho de lima que será utilizada. 
O comprimento de trabalho real é determinado depois da odontometria. 
Ajustes até 1mm não há necessidade de radiografar novamente. 
Em casos de mais de 1 canal a radiografia de odontometria as limas são 
colocadas todas ao mesmo tempo na hora da radiografia. 
 
Sempre conferir se o stof está na referência e anotar na ficha qual a cúspide 
de referência. 
Determinar o CRT: Realizado através da radiografia com a lima dentro do 
canal avaliando se o CTP está correto ou precisa de alteração. 
 
Pacientes que possuem marca-passo não podem utilizar localizador 
eletrônico. 
 
Nos ajustes da odontometria também é realizado a determinação do diâmetro 
anatômico do canal. O diâmetro anatômico é correspondente ao instrumento 
que travou no comprimento de trabalho e apresentou certa resistência ao ser 
retirado do canal. 
 
O diâmetro anatômico é o diâmetro da lima que está no trabalho real de 
trabalho. 
 24 
 
Na penetração desinfetante, a lima ordem da lima é de maior diâmetro para 
o menor pois está indo em direção ao ápice aos poucos. 
Diâmetro correspondente ao instrumento que desceu até o comprimento 
ideal de trabalho e apresentou leve travamento. 
 
É importante saber o diâmetro anatômico do canal pois o canal será 
ampliado, e por isso precisa-se saber o tamanho inicial. 
 
Instrumentação – Preparo químico e mecânico: 
 
Técnicas de instrumentação 
-Seriada: Não realiza a penetração desinfetante, vai direto com a lima, 
método que é realizado na pulpectomia. 
-Escalonada: Sentido ápice coroa (não se utiliza mais pois leva as 
bactérias diretamente para o ápice). 
Sentido coroa ápice: Realizada para fazer a penetração 
desinfetante (é a escalonada, apenas para necropulpectomia) ate 
o comprimento de trabalho. Método mais seguro, limpa 
primeiro a coroa e depois vai indo em direção ao ápice a maneira 
que diminui o diâmetro alcança maior comprimento (é a técnica 
utilizada atualmente). Vantagens: Favorece o sistema de 
irrigação, permite liberar os instrumentos cervicalmente, 
melhor condições de obturação de canal, menor chance de haver 
fratura de instrumento, menos caso de dor pós-operatória pois 
não leva microrganismos para o ápice, favorece maior exatidão 
para estabelecer o calibre da região cervical. 
O canal deve ser ampliado para remover as bactérias que ficam presentes nos 
túbulos dentinários. 
 
É necessário saber o diâmetro anatômico pois precisa-se aumentar de 3 
a 4 instrumentos (que sobem de 5 em 5 ) ou 2 instrumentos (que sobem 
de 10 em 10) para conseguir remover todas as bactérias pois essas 
 25 
conseguem penetrar na dentina uma distância de 150 a 200 
micrômetros. 
 
Os instrumentos são trabalhados em ordem crescentes para alargar o canal, 
movimento de limagem. 
Irrigando abundantemente pois trabalha-se com raspas de dentina. 
Deve-se ir folgando a lima ao raspar as paredes do canal para que seja 
possível aumentar o diâmetro da lima. 
Batente apical: é onde vai o limite da instrumentação. 
O diâmetro cirúrgico é o diâmetro que o operador for realizado. 
O diâmetro cirúrgico é a medida do batente. 
 
A lima deve ir no mínimo até 35mm. Deve-se subir pelo menos 4 limas 
quando for de 5 em 5mm e pelo menos 2 limas quando for de 10 em 10mm. 
 
Após o término de instrumentação ou se coloca material obturador ou 
medicação. 
 
Diferença entre medicação intracanal: colocada quando o preparo químicomecânico foi finalizado, quando a instrumentação está completa. 
Curativo de demora: Quando não foi realizado a odontometria, não foi 
realizada a instrumentação completa. 
 
Objetivo da medicação: Eliminar os microrganismos que sobreviveram ao 
preparo químico-mecânico, controla a drenagem do infiltrado inflamatório, 
estimula a reparação de tecido mineralizado, inativa produtos microbianos, 
reduz a inflamação perirradicular. 
 
Pó de hidróxido de cálcio (P.A.): Pó branco, alcalino, devido a sua alta 
alcalinidade tem ação contra bactérias. Tem ação antiinflamatória, 
antimicrobiana. Libera íons cálcio e íons hidroxila. É solvente de matéria 
orgânica, inibe a absorção radicular externa e tem atividade física pois 
 26 
preenche o interior do canal. Pode ser misturado com água, veículo oleoso 
ou viscoso (o ideal é o propileno glicol). Quando é misturado com água sua 
liberação é mais rápida, mas o processo de duração é menor, no veículo 
viscoso, a liberação é mais lenta e por isso dura mais. 
 
Em caso de pulpectomia o curativo de demora: deve ser compatível com os 
tecidos remanescentes, controla os processos inflamatórios e previne 
infecção no canal durante os períodos entre as consultas. Se o canal não foi 
instrumentado ainda, se utiliza o otosporim pingado em algodão. Se o canal 
foi totalmente instrumentado o medicamento é a pasta de hidróxido de cálcio. 
Em casos de necropulpectomia: Se o canal não foi instrumentado, se utiliza 
pouquíssima quantidade de PMCC na bolinha de algodão. Se o canal foi 
instrumentado se utiliza a pasta do hidróxido de cálcio com pouquíssimo 
PMCC. 
 
Restauração provisória: Cotosol 
 
Diferenças entre a necropulpectomia e pulpectomia: O tipo e forma de 
exploração e o tipo de medicação utilizada. 
 
-Pulpectomia 
Cirurgia de acesso 
Localização dos canais 
Exploração (no CTP) 
Odontometria (0,5 a 1mm) 
P.Q.M 
Solução irrigadora (NaOCl 2,5%) 
Medicação intracanal 
 
-Necropulpectomia 
Cirurgia de acesso 
Localização dos canais 
Exploração (Penetração 
desinfetante) 
Odontometria (0,5 a 1mm) 
P.Q.M 
Solução irrigadora (NaOCl 2,5%) 
Medicação intracanal 
 
 
 27 
Soluções irrigadoras 
Objetivos do preparo químico e mecânico: Limpeza, ampliação e 
modelagem do canal radicular. 
O processo de irrigação é extremamente importante pela presença de canais 
complexos, ovais e achatados onde apenas a irrigação irá limpar 
completamente. A irrigação complementa a limpeza. O instrumento não 
consegue alcançar os canais acessórios, delta apicais. 
O processo de irrigação e aspiração ocorrem ao mesmo tempo, enquanto uma 
mão irriga a outra já aspira. 
 
Ação da irrigação e aspiração 
Ação física e química 
As substâncias químicas auxiliares são utilizadas dentro do canal radicular 
que promovem a dissolução de tecidos orgânicos vivos ou necrosados, 
eliminação ou máxima redução de microrganismos, lubrificação, quelação 
de íons cálcio, suspensão de detritos. 
 
Características para ter uma solução irrigadora ideal (não existe uma que 
tenha todas essas características junto): 
-Baixa tensão superficial (consegue penetrar nos canais). 
-Capacidade de dissolução do tecido orgânico (o tecido pulpar deve ser 
removido mesmo que não seja infectado pois se ficar futuramente pode servir 
de substrato para bactérias. 
-Ação antimicrobiana: Elimina os microrganismos 
-Ação quelante 
-Lubrificante: Capacidade de lubrificar o canal pois a ação mecânica causa 
atrito no canal. 
-Promover a suspensão de detritos: Raspa de dentina que se junta com o 
líquido e é eliminada durante a irrigação. 
-Não irritante aos tecidos periapicais 
 
 
 28 
Soluções irrigadoras: 
-Compostos halogenados: Hipoclorito de sódio e Clorexidina 
-Quelantes: EDTA 
 
5 concentrações diferentes do hipoclorito: 
-Solução de Dabin: NaOCl a 0,5% 
-Solução Daustrene: NaOCl a 0,5% 
-Sokução de Milton: NaOCl a a 1% 
-Água sanitária: NaOCl a 2 a 2,5% 
-Solução de Labarraque: NaOCl a 2,5% (utilizada na endodontia) 
-Soda Clorada: NaOCl a 5,25% 
 
Hipoclorito de sódio 
Só se encontra na forma dissolvido em água e quando é misturado tem a 
formação de ácido hipocloroso e hidróxido de sódio. 
Se o ph for alcalino não ocorre a dissociação e isso influencia na atividade 
antimicrobiana. 
O ácido hipocloroso que é responsável pela atividade antimicrobiana em 
forma de íons, que está associado ao Ph, devendo ser alcalino (maior que 9). 
 
Propriedades do hipoclorito: 
• Atividade solvente. É o único que tem a capacidade de dissolver o 
tecido orgânico. O volume de solução em relação a quantidade de 
tecido orgânico deve ser grande. É preciso ampliar o canal para que 
haja o real contato entre a solução e o tecido a solução deve ser 
renovada entre um instrumento e outro. A agitação mecânica faz com 
que aumente a superfície de contato. Tempo de ação (tempo 
necessário para a solução agir). 
Reação de saponificação: o hidróxido de sódio reage com o ácido 
graxo formando sabão e álcool. 
 29 
Reação de neutralização: Reage com os aminoácidos das proteínas 
formando sal e água. 
Reação de cloraminação: Reage com as aminas dos aminoácidos 
formando cloraminas e água. 
Vantagens: 
• Atividade antimicrobiana. Associada ao pH da solução e da formação 
da dissociação do ácido hipocloroso e íon hipoclorito e sua liberação 
de cloro. O cloro é altamente tóxico para a bactéria. O ph da solução 
deve ser de pelo menos 5 para que seja efetivo. 
Ação do cloro: inibição enzimática, formação de cloramina que é 
toxico para o metabolismo, causa danos ao DNA. 
• Atividade desodorizante. Tira o mau cheiro causado pelas bactérias 
anaeróbicas. 
• Neutralização de produtos tóxicos das bactérias. 
• Ação detergente pela ação de saponificação e com isso a redução da 
tensão superficial. 
• Lubrificação 
• Agente clareador pois libera oxigênio. 
 
Desvantagens do hipoclorito 
• É corrosivo, remove carbono da borracha de isolamento, irritante para 
pele e mucosa e possui forte odor. 
 
Considerações clínicas 
Quanto maior a concentração e o calor maior o poder de dissolução e 
solução de NaOCl. 
O armazenamento é importante para que se mantenha o ph ideal da 
solução. Não pode ser exposto ao sol e a temperatura deve ser 
ambiente. O frasco a ser utilizado deve ser o tipo de vidro âmbar. 
A solução de escolha será sempre a água sanitária (2 a 2,5%) ou 
solução de labarraque (2,5%). 
 
 
 30 
Digluconato de Clorexidina 
Incolor, inodora, e mais estável em ph 5 a 8. 
• É um agente antibacteriano, mas é bacteriostática, para ser bactericida 
sua concentração deve ser mais elevada. 
• Substantividade que é a capacidade de se ligar ao esmalte e dentina 
possuindo ação mais prolongada. 
• Ausência da toxicidade 
 
Comparando hipoclorito com clorexidina 
 
Hipoclorito 
Atividade solvente de tecido 
orgânico. 
Atividade antimicrobiana com 
ação bactericida 
Lubrificação 
Agente clareador 
Presença de toxicidade 
 
Clorexidina 
Não dissolve tecido orgânico. 
Atividade antimicrobiana com 
ação bacteriostática 
Lubrificação 
Não possui ação clareadora 
Substantividade (se liga ao tecido 
dentário e com isso ação 
prolongada) 
Ausência de toxicidade 
 
 
Indicações da clorexidina 
Indicada para casos em que o ápice está aberto, pacientes alérgicos a água 
sanitária. 
 
O hipoclorito e a clorexidina não podem ser usados ao mesmo tempo pois 
sofrem alteração química e mudam de cor (ficam marrom escuro) que 
mancha a dentina. 
 
 31 
Substâncias quelantes 
Quelação é a capacidade da substância de sequestrar íons. 
 
Tipos de substâncias quelantes: 
-EDTA: ácido que possui função de remover a smear layer dos túbulos 
dentinarios. O cimento vai ser o ligante com a parede dentinária e o 
material obturador. 
Precisa ficar agindo por 5 minutos. Após esse tempo é retirado esse 
EDTA com a smear layer com a solução final de hipoclorito.O EDTA-C foi adicionado o Cetavlon pois reduz a tensão superficial. 
O EDTA deve ser utilizado após toda a instrumentação, antes de 
obturar. É o mais utilizado e recomendado. 
 
-Ácido cítrico 
 
-MTAD 
 
Soluções que complementam 
-Água de cal: Utilizada para alcançar a hemostasia em casos de erros 
de odontometria. Essa água é produzida com o pó do hidróxido de 
cálcio e água destilada ou soro. 
-Água oxigenada (peróxido de hidrogênio): Liberação de O2 para 
matar bactérias anaeróbias mais resistentes. Método de grossman: 
Canal inundado com hipoclorito e adição de algumas gotinhas de água 
oxigenada. Utilizado em casos mais extremos. 
 
Irrigação e aspiração 
Promove um fluxo de fluidos ocasionado pela diferença de pressão pois o 
canal é cônico. Essa conicidade faz com que a solução suba. 
Objetivos: Remoção de detritos e redução de microrganismos. 
 32 
Esse fluxo gera uma energia cinética pela pressão. 
A agulha aumenta a pressão da solução. 
 
Técnicas de irrigação 
A seringa com embolo maior garante segurança. 
A ponta da agulha influencia até onde o jato de solução vai alcançar. 
A agulha com saída lateral alcança até 3mm a mais. Endo Eze. 
A agulha com saída na ponta alcança até 1mm a mais. NaviTips. 
 
Fatores que influenciam na irrigação 
Quanto mais amplo e mais reto o canal, mais fácil e possível a penetração 
com a agulha. E com isso mais fácil a limpeza. 
O preparo cervical possibilita a penetração da agulha no terço cervical. 
A ampliação permite que a solução alcance melhor. 
Agitação mecânica é a ação de agitar a solução. Realizada com a ponta de 
ultrassom que é a forma mais segura de realizar a agitação mecânica. 
Técnica de PUI: Agitação do hipoclorito presente no dente utilizando o 
ultrassom. 
Técnica de CUI: Agitação com água no ultrassom. 
 
O ultrassom cria microbolhas que colidem com as paredes do canal e 
explodem e forma a energia cinética. 
 
Protocolo pós-instrumentação: 
-Canais retos: Inserir a ponta 3mm aquém o CT 
3 sessões de 20 seg: 20 Seg com de NaOCl 
 20 seg de EDTA 
 20 Seg com de NaOCl 
Irrigação final com hipoclorito (NaOCl) 
 33 
 
-Canais curvos: Inserir até o início da curvatura 
3 sessões de 20 seg: 20 Seg com de NaOCl 
 20 seg de EDTA 
 20 Seg com de NaOCl 
Irrigação final com hipoclorito (NaOCl) 
 
Quando não se utiliza o método PUI com o ultrassom, o método utilizado é 
deixar o EDTA por 5min. 
 
Princípios e cuidados na irrigação 
-Relação entre o diâmetro da instrumentação apical e o diâmetro da estrutura 
irrigadora. O diâmetro da agulha é de 30mm. 
-A solução vai fluir suavemente sem pressão em excesso. Pelo menos uns 
3min para sair a solução de 5ml. 
-Durante a irrigação faz-se o movimento de vai e vem com a agulha e esse 
movimento faz com que a pressão não seja específica para um lugar só. 
-A solução que sobrar no copo ou seringa não deve ser devolvida ao frasco. 
 
Extravasamento de hipoclorito de sódio 
Ocorre quando a irrigação é feita com a agulha travada, em casos de 
rizogênese imperfeita ou quando há perfuração apical. 
Sinais e sintomas: Dor intensa (mesmo com anestesia), edema imediato e 
hemorragia através do conduto pela dissolução dos tecidos. 
Evolução: Pode evoluir para um edema maior e formação de equimose pela 
necrose tecidual e infecção. Também pode causar parestesias. 
Tratamento: Tranquilizar, anestesiar novamente a região, irrigar 
abundantemente com soro, infiltrar corticóides (Metilprednisolona 125mg 
ou decadron 4mg), Amoxicilina 500mg 7d, AINE (ibuprofeno 600mg 3d) e 
compressas frias. 
 
 34 
Obturação 
Obturação 
Última etapa operacional do tratamento endodôntico convencional. 
O objetivo da obturação é a eliminação de espaços vazios que antes eram 
ocupados pela polpa e poderia servir de nicho para microrganismos que 
resistiram ao preparo do canal. 
Deve-se garantir o selamento apical, lateral e coronário para não ir nutrientes 
para esses microrganismos restantes. 
 
Selamento apical e lateral 
Os nutrientes podem vir de istimos, túbulos dentinarios, canais recorrentes, 
canais acessórios, canais secundários. 
Ao garantir o bom selamento apical não ocorre a percolação (o retorno) de 
fluidos advindos de tecidos perirradiculares via forame apical ou 
ramificações apicais. 
 
Selamento coronário 
Os microorganismos presentes na saliva podem entrar novamente no canal 
se o selamento coronário não for bom. 
Cuidados: Quando o paciente perde o selador ou quando esse está de 
qualidade insatisfatória. 
De 30 a 40 dias há a infiltração de microrganismos advindos da saliva nesse 
canal tratado que não houve o selamento coronário ideal. 
É extremamente importante a qualidade da restauração para o sucesso do 
tratamento. 
 
Preparo químico mecânico completo: Ampliação, desinfecção, modelagem 
e limpeza. Realiza a máxima remoção de irritantes que repara os tecidos 
perirradiculares. 
O canal deve estar seco para a obturação e isso é conferido com o uso de 
cones de papel. A umidade do canal interfere nas propriedades do material 
restaurador. 
 35 
 
A ausência de sintomatologia 
Não deve haver sintomas para que ocorra a obturação. 
Sensibilidade a percussão, sensação de dente crescido, dor espontânea. 
 
Ausência de odor 
As bactérias anaeróbicas (presentes na infecção endodôntica) são 
responsáveis por intenso odor. No tratamento eficaz não deve haver odor. 
 
4 características que deve haver antes da obturação: Ausência de sintomas, 
ausência de odor, canal seco e instrumentação completa. 
 
Casos de biopulpectomia (polpa viva) na maioria das vezes é possível 
realizar em 1 sessão. 
Necropulpectomia: Não possui diferença entre fechar na hora ou depois. 
 
Limite apical da obturação 
A obturação vai até onde está o preparo químico e mecânico. 
A guta-percha é bem tolerada pelos tecidos perirradiculares. 
Os cimentos apresentam citotoxicidade moderada. 
 
Materiais obturadores 
Guta percha e o cimento permitem o retratamento endodôntico pois podem 
ser removidos. 
A guta percha tem formato cônico. 
Composição da guta percha: Gutapercha (19 a 20%), óxido de zinco (60 a 
75%) para deixar mais durinho, radiopacificador para se visível no RX (1,5 
a 17%) e outros materiais como resinas, ceras e corantes. 
 
 36 
Tipos de cones: 
-Principal: O diâmetro é compatível com o diâmetro dos instrumentos 
utilizados. Conicidade (taper): 0,02; 0,04; 0,06 
Tolerância de fabricação dos cones 
-Até os cones de diâmetros 0,25mm (mais ou menos 0,5mm) 
-Até os cones de diâmetros 0,25mm (mais ou menos 0,07) 
Os furinhos presentes na régua calibradora servem para calibrar o tamanho 
do cone. 
 
 Cones auxiliares ou acessórios: Preenchem os espaços onde o cone principal 
não preencheu. 
 
Vantagens dos cones de guta percha: Material que se adapta nas 
irregularidades do canal, pode ser removido de dentro do canal. É possível 
ver na radiografia pela sua radiopacidade, podem ser plastificados, não 
alteram a cor do dente e possui boa estabilidade dimensional (nem aumenta 
nem diminui). 
Desvantagens: Pode quebrar, dobrar, não possui resistência a pressão ou 
podem ser deslocados pela pressão. Apresenta pouca adesividade a parede 
do canal e por isso se utiliza o cimento para se aderir a parede do canal. Deve 
ser guardado longe do sol. 
 
Cimentos endodônticos 
Necessário para selar a parede dentinária, preenche irregularidades da 
anatomia (como canal acessório, canal lateral, regiões de istimo). 
Características de um cimento endodôntico: Precisa ter a propriedade de 
adesão após tomar presa. Possui radiopacidade, estabelecer bom selamento 
hermético (apical) evitando a entrada de fluidos e bactérias. Não modificar 
o tamanho após tomar presa. Ser biocompatível. Ter bom tempo de presa. 
Não ser insolúvel nos fluidos teciduais, ser bacteriostático ou não estimular 
o crescimento bacteriano e não mancharas estruturas dentarias. 
O responsável pelo escurecimento do dente é o excesso de cimento. 
 37 
Possui uma infinidade de opções: OZE; resina, ionômero de vidro, Silicone, 
Ca(OH)2, silicato de cálcio. 
 
OZE: 
O eugenol possui atividade antibacteriana, anestésico e anti-inflamatório em 
baixa concentração, mas em alta concentração possui o problema da 
biocompatibilidade pois é citotóxico, pode causar efeito neurotóxico e pode 
causar necrose tecidual. 
Possui boa capacidade seladora, baixa permeabilidade, estabilidade 
dimensional, adesividade adequada, baixa solubilidade e desintegração. 
Espatulação: Espatular ao ponto de gerar um fio que não deve cair antes de 
16s. 
 
Resina: 
O melhor cimento hoje é o AH plus, que é de resina. É padrão ouro. 
Favorece o melhor escoamento na dentina formando a camada hibrida, 
excelente adesividade, biocompatibilidade, menor chance de 
microinfiltração, atividade antibacteriana, maior dificuldade de remoção. 
 
Cimentos a base de resina que possui hidróxido de cálcio em sua 
composição: 
Não é radiopaco, tem pouco escoamento, não tem boa viscosidade, é 
permeável e é solubilizado com o tempo. 
O utilizado em clínica é o Sealer 26. Vem em formato de pó e resina, é um 
líquido mais viscoso e precisa ser manipulado. Seu principal defeito é não 
possuir uma porção exata. Deve-se colocar a espátula sobre o cimento 
preparado e ao levantar a espátula formar um fio de 1,5 a 2,5mm antes de se 
romper. Possui tempo de endurecimento de 12 horas. 
 
Silicato de cálcio: 
São cimentos reparadores. São utilizados em casos de perfuração, 
reabsorção, tampão apical e reobturação. Induz a formação de osso. 
 38 
O mais utilizado é o MTA. 
São biocompativeis, estabilidade química, ph alcalino (antibacteriano), 
ausência de contração, radiopacidade e insolubilidade em meio aquoso. 
Quando entra em contato com os fluidos teciduais ele libera hidróxido de 
cálcio que irá formar hidroxiapatita. 
 
Técnica obturadora 
Se a obturação for realizada em 1 sessão, após a instrumentação já haverá a 
seleção do cone principal. 
Se houver múltiplas sessões, após a etapa da medicação, remove-se o 
curativo e a medicação intracanal. Faz se a instrumentação com o diâmetro 
cirúrgico no CRT. Após isso faz-se a seleção do cone principal. 
Cone principal: O diâmetro do cone é o mesmo do diâmetro cirúrgico. 
1° calibra o cone e confere seu diâmetro. 
O instrumento (lima) tem a ponta de lança e a ponta do cone é redonda, é 
normal que se perca de 0,1mm de comprimento (não é visível). 
A seleção do cone é feita com o canal úmido para simular quando houver 
presença de cimento. 
 
Seleção do cone: Inspeção visual, inspeção tátil e inspeção radiográfica. 
Com a pinça, marcar o cone até o comprimento real de trabalho (CRT). 
Verificar visualmente se ele chegou no comprimento de trabalho. 
 
Se o cone não descer no CT troca o cone por um menor, se ele não descer 
novamente, deve-se instrumentar mais. 
Se o cone descer até o CT, ele deve apresentar um leve travamento, assim 
como ocorreu na lima. 
Se o cone desceu e não apresentou o travamento, deve-se cortar sua ponta 
com a lâmina de bisturi até que ocorra o travamento. 
Após esse leve travamento, realiza-se uma nova radiografia e avalia se o 
cone está do mesmo tamanho do CRT (comprimento real de trabalho). 
 39 
 
Descontaminação dos cones de guta percha 
O cone pode estar contaminado. 
Algumas bactérias que não estão presentes na boca podem ser encontradas 
em infecções secundárias. 
A desinfecção é realizada com hipoclorito (2,5% e 5,25%) por pelo menos 1 
min. 
 
Preparo para a obturação 
Materiais: Cone de papel de mesmo diâmetro cirúrgico. EDTA, seringa de 
insulina, irrisonic, E10, kit helse, condensadores, espaçador digital, cimento 
obturador, álcool 70% e algodão. 
O conde de papel deve estar no comprimento real de trabalho para garantir 
que o canal seja seco de forma eficaz. 
 
Colocação do cone principal 
-Técnica clássica: Primeiro coloca o cimento dentro do canal com 
instrumento (lima), alargadores ou cones de guta percha de diâmetro menor 
que o diâmetro de trabalho. 
-Biológica: Levar o cimento junto com o cone. 
 
A condensação lateral é o preenchimento da lateral do cone principal com 
cones acessórios. 
Para gerar espaço e caber o cone secundário, coloca o espaçador ao lado do 
canal principal com a força necessária, mas de forma delicada pela 
fragilidade da raiz. O objetivo não é o fechamento apical com o cone 
secundário, o fechamento apical deve ocorrer com o cone principal. 
Técnica da condensação lateral: O espaçador é colocado no canal no sentido 
horário, retirado de sentido anti-horário e logo em seguida se coloca o cone 
acessório. 
 
Radiografia da prova da obturação: Avaliar se está tudo completo 
 40 
 
Corte da obturação com condensadores de paiva e fogo. 
O corte da obturação deve ser próximo a embocadura dos canais, cortado 
com o material quente. Pode ser realizado com o ultrassom ou lamparina. 
Condensação lateral: corte do excesso de material. 
Condensação vertical: Instrumento não aquecido. Fazer uma leve pressão 
sobre o excesso do que sobrou. 
 
O material obturador deve ficar apenas dentro da raiz. 
 
Técnicas de termoplastificação 
Obturação tridimensional do sistema. A guta-percha é derretida e penetra em 
todos os canais. 
Quando é derretida, se mistura com o cemento e prejudica a adesão da guta 
percha. Não existia mais adesão nem linha de cimento. 
Essa técnica não deve ser utilizada. 
 
Após o corte da obturação realiza-se a limpeza da cavidade 
A limpeza da cavidade é realizada com algodão e álcool 70%. Deve ser muito 
bem realizada pois o cimento escurece o canal. 
 
Restauração provisória 
No final de todo o processo, é realizada com ionômero de vidro ao invés do 
cotosol. 
Quando o dentista for restaurar permanentemente, não se deve remover todo 
o ionômero. 
 
Radiografia final – Sem isolamento 
Realizada com posicionador. 
 
 41 
O processo todo deve ter no mínimo 5 radiografias 
-Inicial (com posicionador) 
-Odontometria 
-Prova do cone (coloca o cone principal) 
-Prova da obturação (cone principal, acessório sem realizar o corte) 
-Final (com posicionador) 
 
Passos para o tratamento endodôntico 
1. Radiografia inicial (Determina o CAD e o CTP) 
2. Anestesia (especificar qual anestésico) 
3. Cirurgia de acesso 
4. Isolamento absoluto (especificar qual o grampo) 
5. Finalização da cirurgia de acesso (localiza os canais e faz o preparo 
cervical com CPdrill) 
6. Irrigação e aspiração 
7. Pulpectomia ou penetração desinfetante até o CTP (“cateterismo”, 
apenas leva a lima até o CTP, sem raspar dentina) 
8. Radiografia de odontometria (determina o CRT) 
9. Instrumentação (preparo químico e mecânico e determinação do 
diâmetro cirúrgico) 
10. Seleção do cone principal (com radiografia) 
11. Organização dos materiais 
12. P.U.I (ou EDTA) 
13. Secagem dos canais 
14. Preparo do cimento 
15. Levar o cone principal ao conduto (técnica clássica) 
16. Condensação lateral (com os cones laterais, faz a radiografia) 
17. Corte e condensação vertical (cortar a guta com o material quente) 
18. Limpeza da câmara pulpar (com bolinha de algodão) 
19. Restauração provisória 
20. RX final (sem isolamento) 
 
 
 
 42 
Patologias pulpares – Diagnóstico 
Pulpectomia ou necropulpectomia é o nome do tratamento e não do 
diagnóstico. 
O diagnóstico é o mais importante. 
O paciente já teve ou tem dor. 
 
No 1° momento faz se a consulta e a conversa inicial levando em 
consideração e a percepção em reação a dor (muda de pessoa para pessoa). 
Intensidade da dor: Relacionada a frequência de impulsos nervosos, 
instabilidade emocional, apreensão, medo, fadiga, idade e gênero. 
Na condição física observa-se presença ou ausência de inchaço. 
Na condição emocional: Os pacientes que apresentamdor exagerada tendem 
a ficar confusos. 
 
Pontos abordados na consulta: Percepção em reação a dor, condição física e 
condição emocional. 
 
O diagnóstico é fundamental para resolver o problema. 
 
Etapas: Subjetiva, objetiva e radiográfico. 
1- Subjetiva: História médica e dental. Saber se o paciente tem 
complicação médica que precisa de profilaxia antibiótica. 
Saber as características da dor: Quando começou, se é espontânea ou 
provocada, intensa ou leve, localizada ou difusa, contínua ou em intervalos. 
Se o paciente tomou remédio e funcionou ou não. 
2- Objetiva: Extraoral: Visualiza se há presença de edema, se está 
amolecido, consistente, se há mobilidade, sensibilidade, se a região 
está quente ou não. 
Intraoral: Observar se há presença de edema intraoral (se está na região mais 
superior ou mais próxima do ápice [quando está mais próximo à coroa pode 
ter relação com a periodontia e é necessário o tratamento periodontal]). 
 43 
Observar se há presença de cárie (90% dos casos). Restaurações extensas. 
Presença de trincas e fraturas. Observar se há contato prematuro. Observar 
se há bolsa periodontal por meio da sondagem. 
Realizar testes de percussão e palpação. 
Percussão vertical: Pressão no sentido vertical do dente com o cabo do 
espelho. O paciente sente se dor se há inflamação nos tecidos periodontais 
do ápice, problemas perirradiculares. 
Percussão horizontal: Está mais associado a fratura do dente. 
Palpação: Palpar com o dedo a região do dente envolvido se há edema, qual 
a consistência, se está endurecido ou mole. 
 
Teste de vitalidade pulpar 
A dor é estimulada com estímulos elétricos, térmicos e mecânicos. 
A resposta é o grau de inflamação do tecido ou se o tecido está necrosado. 
Não é porque a resposta está negativa que necessariamente o dente está 
morto (não vital). 
Como é realizado: Deve ser feito com isolamento relativo, o dente a ser 
testado e os dentes do lado devem estar secos. Pedir que o paciente levante 
a mão quando sentir e abaixe a mão quando passar a dor. Fazer em um dente 
normal antes de fazer no dente com suspeita. 
Testes com quente não são mais realizados. 
Teste elétrico não apresenta resposta exata. 
Teste de cavidade: quando o dente é cariado e o paciente está confuso, faz se 
a remoção da cárie sem anestesia. Faz-se para ver se ao chegar perto da polpa 
dói (polpa viva) ou se não dói (polpa morta). Não é sempre utilizado pois 
pode expor o paciente a uma dor desnecessária. 
 
3- Exame radiográfico 
Procurar se o dente possui lesão de carie grande, infiltração, se há presença 
de alteração óssea perirradicular, se já possui tratamento de canal nesse 
dente. 
 
 44 
Casos em que envolvem a perio e a endo juntos, o tratamento endodôntico 
nunca é realizado em apenas uma sessão. 
 
Patologias pulpares e perirradiculares 
Existem patologias que vão envolver apenas a polpa e outras apenas os 
tecidos perirradiculares. 
Quando a bactéria se aproxima da polpa, a polpa responde com inflamação. 
Isso depende do tipo de agressão e da intensidade da agressão. 
Sua natureza é inflamatória de etiologia infecciosa. 
Quando a agressão é leve forma dentina reacional. 
Quando a polpa não consegue se defender e a agressão é persistente acontece 
a inflamação. 
Processo agudo: Paciente tem dor. 
Processo crônico: Paciente não tem dor, pode já ter sentido, mas muito leve. 
Fatores que podem causar esse processo agudo ou crônico: Fator microbiano 
(cárie), fator químico (clareador), física (caneta de alta rotação sem água, 
tratamento ortodôntico, trauma intenso). 
 
A causa microbiana é a mais importante e é essencial para a inflamação se 
manter, evoluir. 
Quando há bactéria e ela passa para os tecidos perirradiculares, causa lesão 
perirradicular. Para haver lesão significa que a bactéria já saiu do tecido 
pulpar e está nos tecidos perirradiculares. Causa reabsorção óssea, o osso 
reabsorve com intenção de se proteger e no centro dessa reabsorção há 
inflamação. 
Para ocorrer lesão perirradicular há presença de bactéria. 
 
Patologias pulpares 
Cascata da inflamação: Vasodilatção -> Aumento da permeabilidade 
vascular -> exsudato e formação de edema ->aumento da pressão 
intratecidual -> estagnação do fluxo sanguíneo -> necrose tecidual 
 45 
A necrose acontece por partes, não necessariamente todo o sistema está 
necrosado. 
 
Classificação das patologias pulpares inflamatórias 
-Aguda: * Pulpite reversível 
 * Pulpite irreversível 
-Crônica: * Hiperplásica 
 *Ulcerativa 
 
Pulpite reversível 
Leve inflamação da polpa em que há possibilidade de reparação da polpa 
quando o agente causador do processo é removido. Há uma leve inflamação 
da polpa. 
Característica histológica: Hiperemia pulpar, leve infiltrado inflamatório 
(polpa tem capacidade de resolver), a polpa se encontra organizada) 
Relato do paciente: Dor localizada, com estímulos provocados, intensa, 
some rapidamente e passa com analgésicos. 
Clinicamente: Espaço do ligamento periodontal normal, restauração 
profunda ou lesão de cárie, com o frio dói muito e passa rápido, teste de 
cavidade positivo, teste de percussão negativa (sem envolvimento no ápice), 
teste de palpação negativo. 
Tratamento: remoção do agente agressor 
Nesse caso a cárie não chegou na polpa ainda. 
 
Pulpite irreversível 
O organismo não consegue reverter a inflamação. A polpa não consegue 
mais responder. 
Relato do paciente: Dor difusa, estímulo espontâneo (dói sozinho), muito 
intensa, dor pulsátil, com o estímulo doloroso demora passar a dor, não passa 
com analgésicos. 
 46 
Clinicamente: Espaço do ligamento periodontal normal, restauração 
profunda ou lesão de cárie, o teste ao frio pode ser positivo ou negativos, 
teste ao calor positivo, teste da cavidade positiva, teste da percussão 
negativa, teste da palpação negativa. 
Tratamento: Pulpectomia total 
 
Pulpite crônica 
Quando o paciente não tem dor, a polpa está exposta então não há mais a 
pressão interna, por isso não causa dor. 
 
Pulpite crônica hiperplásica 
Muito comum em crianças pela sua excelente resposta inflamatória. 
Cria-se um pólipo pulpar, forma um tecido hiperplásico. 
Relato do paciente: Dor localizada causada por estímulos, de baixa 
intensidade, passa rápido, teste de percussão negativo, teste de palpação 
negativo. 
Tratamento: Pulpectomia total ou parcial (em casos de crianças que possuem 
o ápice aberto). 
 
Pulpite crônica ulcerativa 
A polpa que está exposta forma uma úlcera sobre o tecido como proteção e 
o dente não dói. 
Relato do paciente: Dor localizada, só dói ao tocar na região, de baixa 
intensidade, passa rápido, teste de percussão e palpação negativo. 
Tratamento: Pulpectomia total 
 
Necrose pulpar 
-Necrose de liquefação: causada pela presença de bactérias. Resultado de 
infecção bacteriana. Ação das enzimas hidroliticas que matam as bactérias. 
 47 
-Necrose de coagulação: Causada pelo trauma que rompe, no ápice, o feixe 
vásculo nervoso. Geralmente causada por trauma ou tratamento ortodôntico 
brusco. Única necrose que não possui envolvimento bacteriano. 
-Necrose gangrenosa: Quando o tecido que sofreu necrose é infeccionado. 
 
Clinicamente: Dor com quente e doce é característica de necrose pulpar. 
Sem dor causada por estímulos, teste de percussão negativo, teste de 
palpação negativo. 
 
 
Classificação das patologias pulpares degenerativas 
-Hialina: A polpa fica mais fibrosa 
-Gordurosa: Deposição de gordura dentro da polpa como processo de defesa. 
Não apresenta alteração clínica, é visível apenas histologicamente e não 
precisa de tratamento. 
-Esclerose pulpar: Nódulos pulpares, formação de dentina reacional, mais 
comum em idosos. A polpa calcifica. O paciente não sente nada, é apenas 
uma defesa da polpa. São calcificações. 
 
Patologias perirradiculares 
Acontece quando as bactérias ultrapassam oápice radicular. Presente no 
ligamento e no osso. 
Assim como a polpa faz a cascata de inflamação, os tecidos perirradiculares 
também fazem essa resposta. 
O 1° tecido a promover a resposta é o ligamento periodontal. 
Ativação do sistema complemento -> Bactéria X mecanismo de defesa -> 
Produção de mediadores inflamatórios -> Alteração vascular e recrutamento 
de células de defesa = Periodontite apical aguda 
Quando o sistema consegue controlar o processo infeccioso, torna-se um 
processo crônico. O processo crônico pode ter início direto, não 
necessariamente terá início com o processo agudo. 
 48 
Classificação 
-Aguda: -Periodontite apical aguda 
 -Abcesso perirradicular agudo 
 
-Crônico: -Periodontite apical crônica 
 -Granuloma 
 -Cisto 
 -Abcesso perirradicular 
 
Periodontite apical aguda 
Inflamação do ligamento periodontal. Também pode ser chamada de 
pericementite. É uma agressão de alta intensidade que desenvolve uma 
resposta inflamatória do ligamento periodontal. A dor ocorre pelo edema que 
comprime as fibras inflamatórias. O edema faz com que as fibras se 
dilacerem. 
Relato do paciente: Sensação de dente crescido. Dor localizada, espontânea, 
intensa, contínua e não passa com remédio. 
Não reage ao frio nem ao calor (polpa morta) teste de cavidade negativo, 
percussão positiva e palpação positiva ou negativa (pode ser negativa pela 
proteção óssea). Sem presença de pus. 
Causas: A maioria é causa bacteriana, mas pode ter causa química (excesso 
de solução irrigadora, excesso de medicação intracanal (excesso de pmcc), 
pode ter causa traumática como extrações (uso indevido da alavanca), 
movimento ortodôntico, sobreinstrumentação. 
Na pericementite traumática a polpa do dente ainda pode estar viva. A forma 
de diferenciar é que o teste de vitalidade (endoice) vai dar positivo. 
Tratamento: Eliminar a causa e prescrição de anti-inflamatório e analgésico. 
Na pericementite química o tratamento é o tratamento de canal, a irrigação é 
realizada com soro estéril e a medicação é apenas o algodão, não tem 
medicamento. 
A pericementite traumática aguda é a única que pode apresentar dor no teste 
de vitalidade. 
 49 
Abscesso perirradicular agudo 
Presença de liquefação tecidual (PUS) 
Dura de 72 a 96 horas após esse processo o pus começa a drenar e o paciente 
não apresenta mais dor. 
Fases: 
-Inicial: O pus está localizado intraósseo. O paciente não apresenta edema. 
Características: Fase que mais dói, pode haver menor mobilidade que nas 
outras, sem edema, teste de percussão e palpação positivo. 
-Em evolução ou subperiosteal: O pus está se deslocando para o periósteo. 
Apresenta edema. O edema está mais generalizado, não está localizado. 
Características: Dor e mobilidade média, presença de edema, teste de 
percussão e palpação positivo. 
-Fase evoluída ou submucosa: O pus chega na mucosa e possui um ponto de 
flutuação. Não apresenta lesão óssea. 
Características: Menor dor e mobilidade, presença maior de edema com 
ponto de flutuação, teste de percussão e palpação positivo. 
Relato do paciente: Linfadenite (linfonodos infartados), febre, mal-estar, não 
come direito. Dor localizada, estímulo espontâneo, intensa, pulsátil, contínua 
e não passa com analgésico. 
Tratamento: Para as fases Inicial e Em evolução o tratamento é o 
endodôntico convencional. A drenagem do pus é feita via canal. 
Quando não há drenagem via canal, não há o que fazer, é necessário que se 
espere de 72 a 96 horas. 
Toda vez que é realizado a drenagem, se utiliza antibiótico. 
Em caso de drenagem: Utiliza-se uma dose de ataque antes do procedimento 
e a antibioticoterapia após a drenagem. 
 
Abscesso agudo não tem lesão 
 
 
 
 50 
Vias de disseminação e drenagem 
Quando o pus não consegue ir para a mucosa, o pus pode ir para os espaços 
aéreos (espaços submentoniano e sublingual). 
Os dentes superiores são os mais tranquilos pois como a maxila é porosa, o 
pus se localiza para o fundo de vestíbulo em dentes posteriores ou para o 
espaço infraorbitário quando são caninos e primeiros molares. 
Nos dentes posteriores inferiores os abscessos se localizam na área lingual 
podendo evoluir para espaços faríngeos e cervical. 
 
Percussão positiva é característica de periapicopatia, patologia 
perirradicular. 
 
 
Patologia apical crônica 
Quando há uma periodontite apical aguda e ela se cronifica. 
A evolução da periodontite apical crônica inicial é o granuloma ou cisto e 
depois o abscesso crônico. 
O granuloma, cisto ou abscesso crônico apresentam lesão periapical. 
Relato do paciente: Ausência de dor, teste ao frio e calor negativo, teste de 
cavidade negativa, teste de percussão negativo ou leve, palpação negativa. 
Processo crônico não apresenta dor. 
Não há diferença clínica entre a necrose pulpar e a periodontite apical 
crônica. O tratamento é o mesmo: Necropulpectomia. 
 
Granuloma 
É a patologia perirradicular mais comum. 
Apresenta reabsorção óssea e reabsorção do cemento. 
Relato do paciente: Ausência de dor, do teste ao frio ou calor, teste de 
cavidade negativo, teste de percussão pode ser positivo de forma bem leve e 
teste de palpação negativa. 
Radiograficamente: Área radiolúcida ao redor do dente. 
 51 
Tratamento: Necropulpectomia e acompanhamento, se a lesão não regredir, 
faz a cirurgia para a remoção do cisto ou granuloma. 
 
Cisto perirradicular 
O cisto radiograficamente é igual ao granuloma, mas não é igual 
histologicamente. 
Relato do paciente: Ausência de dor, do teste ao frio ou calor, teste de 
cavidade negativo, teste de percussão pode ser positivo de forma bem leve e 
teste de palpação negativa. 
Tratamento: Necropulpectomia e acompanhamento, se a lesão não regredir, 
faz a cirurgia para a remoção do cisto ou granuloma. 
 
Abscesso crônico 
Presença de pus dentro da lesão que já tem via de drenagem. 
Apresenta uma fístula, pode ser intraoral ou extraoral. 
Relato do paciente: Ausência de dor, teste ao frio e calor negativo, teste de 
cavidade negativa, teste de percussão leve, teste de palpação negativa. 
O rastreamento da fistula deve sempre ser feito pois não necessariamente a 
fistula sai em cima do dente causador. Coloca-se o cone de guta percha pelo 
menos 25 ou acessório até achar uma resistência. 
Tratamento: Necropulpectomia. O tratamento não é finalizado enquanto 
houver a fístula. 
Fistula = abscesso perirradicular crônico 
 
Abscesso Fênix 
Abscesso que era um processo crônico e se tornou agudo. Tem as mesmas 
características que o abscesso agudo. 
A diferença é que radiograficamente vai apresentar a lesão.

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