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Transtornos de Personalidade Introdução: O termo personalidade pode ser definido como um conjunto de traços emocionais e comportamentais que caracterizam o indivíduo em sua vida cotidiana; sob condições normais, estes traços são relativamente estáveis e previsíveis. Um transtorno de personalidade representa uma variação desses traços de caráter que vão além da faixa encontrada na maioria dos indivíduos. Os pacientes com transtorno de personalidade apresentam padrões profundamente estranhos, inflexíveis, mal-ajeitados de relacionamento, percepção do ambiente e de si mesmos. São pacientes difíceis de aceitar auxílio psiquiátrico e tendem a negar seus problemas. Os subtipos de transtorno da personalidade classificados no DSM- 5 são esquizotípico, esquizoide e paranoide (Grupo A); narcisista, borderline, antissocial e histriônico (Grupo B); e obsessivo-compulsivo, dependente e evitativo (Grupo C). Os três grupos baseiam-se em semelhanças descritivas. O Grupo A inclui três transtornos da personalidade com características estranhas ou de afastamento (paranoide, esquizoide e esquizotípica). O Grupo B inclui quatro transtornos com características dramáticas, impulsivas ou erráticas (borderline, antissocial, narcisista e histriônica). O Grupo C inclui três transtornos que compartilham características de ansiedade e medo (evitativa, dependente e obsessivo-compulsiva). Indivíduos frequentemente exibem traços que não se limitam a um único transtorno da personalidade. Quando um paciente satisfaz os critérios para mais de um, o clínico deve diagnosticar cada um deles. Epidemiologia: Esses transtornos aparecem, geralmente, no final da infância ou adolescência e continuam a se manifestar na idade adulta. Entretanto, evitamos o uso desse diagnóstico antes dos 16 anos, idade em que a personalidade não se encontra completamente formada. São comuns e crônicos, atingindo 10 a 20% da população geral. Até 50% dos transtornos mentais teriam como comorbidade o transtorno de personalidade. Fator predisponente para outros transtornos: uso de substância, suicídio, transtornos de humor, do controle de impulsos, alimentares e ansiedade. Egosintônicos: aceitáveis ao ego, em contraste com egodistônicos. Aloplásticos: adaptam-se ao tentar alterar o ambiente externo ao invés de a si mesmos. Dificuldade no engajamento para tratamento: não identificam dor a partir do que os outros percebem como seus sintomas. Etiologia: Cluster A: Transtorno da Personalidade Paranoide: In trodu ção: O indivíduo com transtorno da personalidade paranoide caracteriza- - se por suspeita e desconfiança arraigadas em relação a pessoas em geral. Ele recusa a responsabilidade por seus próprios sentimentos e a atribui a outros. Costuma ser hostil, irritável e irascível. Intolerantes, colecionadores de injustiças, cônjuges patologicamente ciumentos e mal-humorados, litigiosos com frequência têm transtorno da personalidade paranoide. O transtorno é diagnosticado com maior frequência em homens do que em mulheres, em amostras clínicas. A prevalência entre indivíduos homossexuais não é mais elevada que o normal, como se pensava, mas acredita-se que seja mais elevada entre grupos de minorias, imigrantes e surdos do que na população em geral. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : É caracterizado por: - Sensibilidade excessiva a contratempos e rejeições; - Tendência a guardar rancores persistentemente, recusa a perdoar; - Desconfiança e uma tendência a distorcer e interpretar erroneamente ações neutras ou amistosas como hostis ou desonrosas; - Uma suspeita recorrente, sem justificativa, sobre a fidelidade de seu companheiro; - Tendência a explicações conspiratórias, sem fundamento, de eventos ocorrendo próximo ao indivíduo. Pessoas com transtorno da personalidade paranoide têm afeto restrito e parecem frias, sem emoção. Orgulham-se de sua racionalidade e objetividade, mas isso não corresponde à realidade. Demonstram ausência de afeição e impressionam-se e prestam bastante atenção a poder e nível hierárquico. Expressam desdém em relação a indivíduos que percebam como fracos, doentios, debilitados ou deficientes de alguma forma. Em situações sociais, essas pessoas podem transmitir uma ideia de profissionalismo e eficiência, mas costumam gerar medo e conflito em outras pessoas. Tratamento: O tratamento pode ser realizado por meio de psicoterapia individual, a terapia em grupo auxilia no desenvolvimento de habilidades sociais e sentimento de desconfiança, mas nem todos os pacientes costumam se sair bem. Quanto ao tratamento medicamentoso, pode ser utilizado para quadros de agitação e ansiedade, podendo ser utilizados ansiolíticos como o diazepam e, antipsicóticos em doses baixas quando quadros de agitação ou pensamentos delirantes. Transtorno da Personalidade Esquizoide: In trodu ção: O transtorno da personalidade esquizoide é caracterizado por um padrão vitalício de retraimento social. Indivíduos com esse transtorno costumam ser vistos pelos outros como excêntricos, isolados ou solitários. Seu desconforto com a interação humana, sua introversão e seu afeto frio e constrito são destaques. A proporção de gênero do transtorno é desconhecida; alguns estudos apontam uma proporção de homens para mulheres de 2:1. Indivíduos afetados tendem a se direcionar para trabalhos solitários que envolvam pouco ou nenhum contato com os outros. Muitos preferem trabalhar à noite, ao invés de turnos diurnos, para que não precisem lidar com muitas pessoas. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracteriza-se por: - Poucas atividades produzem prazer; - Frieza emocional, afeto distante ou embotado; - Capacidade limitada de expressar sentimentos; - Preferência por atividades solitárias; - Falta de amigos ou de relacionamentos; - Comportamento introspectivo e fantasioso Embora pareçam pensar apenas em si mesmas e estar perdidas em devaneios, pessoas com transtorno da personalidade esquizoide apresentam capacidade normal de reconhecer a realidade. Uma vez que atos agressivos raras vezes são incluídos em seu repertório de reações habituais, elas lidam com a maioria das ameaças, reais ou imaginadas, por meio de fantasias de onipotência ou resignação. Costumam ser vistas como indiferentes, mas às vezes conseguem conceber, desenvolver e proporcionar ao mundo ideias genuinamente originais e criativas. Tr ata mento: O tratamento pode ser realizado também com psicoterapia, sendo possível um bom desenvolvimento em terapia de grupo onde os membros do grupo podem se tornar importantes para este paciente, possibilitando a interação social entre os mesmos. Já no que diz respeito a farmacoterapia, podem ser utilizados antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes, podendo inclusive utilizar benzodiazepínicos para tentar diminuir a ansiedade interpessoal. Transtorno da Personalidade Esquizotípica: In trodu ção: Pessoas com transtorno da personalidade esquizotípica exibem características estranhas ou excêntricas impressionantes, mesmo para leigos. Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização são parte do mundo cotidiano de uma pessoa com o transtorno. A proporção entre gêneros é desconhecida; no entanto, ele é diagnosticado com frequência em mulheres com síndrome do X frágil. O DSM-5 sugere que o transtorno possa ser ligeiramente mais comum no sexo masculino. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : É caracterizado por: - Crenças bizarras, pensamentos mágicos, ex.: crença em superstições, telepatia, “sexto sentido”; - Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões; - Pensamento e discurso extravagantes; - Desconfiança ou indicação paranoide. Visto terem poucos relacionamentos interpessoaise poderem agir de forma inadequada, indivíduos com transtorno da personalidade esquizotípica são isolados e têm poucos ou nenhum amigo. O paciente pode exibir características de transtorno da personalidade borderline, e, de fato, ambos os diagnósticos podem ser estabelecidos. Sob estresse, pacientes com transtorno da personalidade esquizotípica podem sofrer descompensação e apresentar sintomas psicóticos, mas que costumam ser breves. Aqueles com casos graves do transtorno podem apresentar anedonia e depressão grave. Tr ata mento: O tratamento também pode ser realizado por meio de psicoterapia e a terapia farmacológica pode ser feita através de antipsicóticos em conjunto com a psicoterapia para lidar com as ilusões, por exemplo. Além disso, na presença de sintomas depressivos pode-se lançar mão dos antidepressivos. Cluster B: Transtorno da Personalidade Antissocial: In trodu ção: O transtorno da personalidade antissocial é uma incapacidade de se adequar às regras sociais que normalmente governam diversos aspectos do comportamento adolescente e adulto de um indivíduo. Embora se caracterize por atos contínuos de natureza antissocial ou criminosa, o transtorno não é sinônimo de criminalidade. Ele é mais comum em áreas urbanas pobres e entre residentes eventuais dessas áreas. A prevalência mais elevada é encontrada entre as amostras mais graves de homens com transtorno por uso de álcool (acima de 70%) e na população carcerária, na qual pode chegar a 75%. É muito mais comum em homens do que em mulheres. Meninos com o transtorno vêm de famílias maiores do que meninas afetadas. O início do transtorno ocorre antes dos 15 anos de idade. Meninas normalmente apresentam sintomas antes da puberdade, e meninos, ainda mais cedo. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracterizado por: - Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios; - Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais; - Incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldade em estabelecê-los; - Muito baixa tolerância à frustração, com respostas agressivas, muitas vezes com violência; - Incapacidade de experimentar culpa e aprender com a experiência; - Propensão marcante em culpar os outros e oferecer explicações racionais aos seus comportamentos. Tr ata mento: O tratamento consiste em psicoterapia a qual costuma ser bem aceita pelo paciente, sobretudo, quando o mesmo está entre seus pares o que o estimula para a mudança. A farmacoterapia pode ser utilizada para tratamento de ansiedade, raiva, depressão, sendo os fármacos usados com cautelada pelo fato de muitas vezes o paciente fazer uso e abuso de outras substâncias. Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável (Borderline): In trodu ção: Indivíduos com transtorno da personalidade borderline encontram-se no limiar entre neurose e psicose e têm por característica afeto, humor, comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamente instáveis. Acredita-se que o transtorno da personalidade borderline esteja presente em 1 a 2% da população e seja duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Um aumento de prevalência do transtorno depressivo maior, de transtornos por uso de álcool e de abuso de substância é encontrado em parentes em primeiro grau de indivíduos com transtorno da personalidade borderline. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracterizam-se por: - Esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginado; - Comportamento suicida ou automutilante; - Perturbação da identidade, autoimagem; - Relacionamentos pessoais intensos e instáveis; - Forte impulsividade; - Instabilidade afetiva; - Sentimentos crônicos de vazio; - Dificuldade de controlar a raiva; - Ideação paranoide; - Severos sintomas dissociativos. Tr ata mento: A psicoterapia é o principal tratamento recomendado, podendo lançar mão da terapia comportamental para controlar os impulsos de raiva. Outra alternativa que também tem sido sugerida é a Terapia Baseada na Mentalização (TBM) a qual permite a pessoa estar atenta ao seu estado mental e dos outros, ajudando a construir habilidades de relacionamento ao aprender regular melhor os pensamentos e sentimentos. Quanto a terapia medicamentosa, podem ser utilizados antipsicóticos para controlar raiva, hostilidade e aqueles episódios psicóticos breves, além de antidepressivos com o objetivo de melhorar o humor deprimido e inibidores da MAO que modulam o comportamento impulsivo em alguns pacientes. Transtorno da Personalidade Historiônica: In trodu ção: Pessoas com transtorno da personalidade histriônica são excitáveis e emotivas e comportam-se de forma dramática, florida e extrovertida. Contudo, junto com esses aspectos mais vistosos, costuma existir uma incapacidade de manter ligações profundas e duradouras. O transtorno é diagnosticado com maior frequência em mulheres do que em homens. Alguns estudos revelaram uma associação com transtorno de sintomas somáticos e transtornos por uso de álcool. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracterizado por: - Dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções; - Sugestionabilidade, são pessoas facilmente influenciadas por outras; - Afetividade superficial e lábil; - Procura constante para ser o centro das atenções; - Comportamento sedutor, inapropriado; - Preocupação excessiva com a aparência. Com o passar do tempo tais pacientes tendem a apresentar menos sintomas, já que não possuem a mesma energia da juventude. Tr ata mento: O tratamento pode ser feito por meio de psicoterapia e orientação psicanalítica em grupo ou individual. Transtorno da Personalidade Narcisista: In trodu ção: Pessoas com transtorno da personalidade narcisista são caracterizadas por um senso aguçado de autoimportância, ausência de empatia e sentimentos grandiosos de serem únicas. Contudo, por trás dessas características, existe uma autoestima frágil e vulnerável às menores críticas. Os filhos, de pais com essas características podem apresentar um risco acima do normal de desenvolver, eles próprios, o transtorno. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracterizados por: - Sentimentos grandiosos da própria importância; - Preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência ou beleza; - Crença em ser “especial”, único; - Exigência de admiração excessiva; - É explorador de relacionamentos interpessoais, tirando vantagens dos outros para atingir seus objetivos; - Ausência de empatia, comportamentos e atitudes arrogantes; - Frequentemente sente inveja e se diz invejado por outros. Tr ata mento: Este transtorno é crônico e difícil de tratar pela dificuldade de aceitação em decorrência do narcisismo o qual é necessário que a pessoa renuncie para conseguir ingressar no tratamento da psicoterapia, por exemplo. Cluster C: Transtorno da Personalidade Obsessiva-compulsivo (Anancástica): In trodu ção: O transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva é caracterizado por constrição emocional, organização, perseverança, teimosia e indecisão. A característica essencial do transtorno é um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade. O transtorno é mais comum em homens do que em mulheres e é diagnosticado com maior frequência em irmãos mais velhos. Também é mais observado em parentes biológicos em primeiro grau de pessoas com o transtorno do que na população em geral. Pacientes costumam ter antecedentes caracterizados por disciplina rígida. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : É caracterizado por: - Sentimentos de dúvida e cautela excessivos; - Preocupação com regras, listas, ordens e organização; - Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas;- Conscencioso em excesso; - Pedantismo e aderência excessivos às convenções sociais; - Rigidez e teimosia; - Intrusão de pensamentos ou impulsos insistentes e inoportunos. O curso é variável, os pacientes tanto podem apresentar melhora na manutenção ou exacerbação dos sintomas com a idade. Tr ata mento: Na presença de obsessões ou compulsões recorrentes é prudente considerar o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Inclusive no que tange o tratamento medicamentoso com clonazepam que reduz os sintomas no paciente com TOC não tem estudos suficientes para os transtornos de personalidade. A psicoterapia costuma auxiliar estes pacientes, uma vez que, diferente dos outros TP, neste caso o paciente é ciente de seu sofrimento e costuma buscar tratamento, possuindo boas respostas com terapias em grupo e comportamental. Transtorno da Personalidade Dependente: In trodu ção: Pessoas com transtorno da personalidade dependente subordinam suas próprias necessidades às necessidades de outros, fazem outra pessoas assumir responsabilidade por áreas importantes de suas vidas, não têm autoconfiança e podem experimentar desconforto intenso ao ficar sozinhas por mais do que breves períodos. O transtorno da personalidade dependente é mais comum em mulheres do que em homens. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : É caracterizado por: - Deixar para os outros tomarem a maioria das decisões em sua vida; - Medos exagerados de incapacidade de se autocuidar; - Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um excesso de conselhos dos outros; - Preocupações com medos de ser abandonado por uma pessoa com a qual tem relacionamento íntimo. São pessoas altamente vulneráveis a severos episódios depressivos com a perda da pessoa da qual são dependentes. Tr ata mento: O tratamento com psicoterapia é o mais indicado por ser bem- sucedido ao possibilitar que o paciente compreenda os antecedentes do seu comportamento, tanto as terapias em grupo e comportamental apresentam bons resultados em diversos casos. A farmacoterapia é utilizada para tratamento de ansiedade e depressão e, aqueles pacientes que apresentam ataques de pânico podem ser beneficiados do uso de imipramina. Transtorno da Personalidade Evitativa: In trodu ção: Indivíduos com transtorno da personalidade evitativa exibem sensibilidade extrema a rejeição e podem levar vidas socialmente retraídas. Embora sejam tímidos, não são associais e demonstram um grande desejo por companhia, mas precisam de garantias muito fortes de aceitação não crítica. Essas pessoas em geral são descritas com um complexo de inferioridade. Não há informações disponíveis sobre a proporção entre sexos ou sobre o padrão familiar. Diagn óst ico : Ca racterísticas Cl ín icas : Caracterizado por: - Sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão; - Crença em ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos outros; - Preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais; - Relutância em se envolver com pessoas, baixa autoestima; - Restrições no estilo de vida devido à necessidade de segurança física; - Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvem atividades interpessoais, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição. Estes indivíduos são capazes de funcionar, desde que estejam em ambientes protegidos. Alguns casam e têm filhos, mas vivem suas vidas cercados somente pela família. São sujeitos muito vulneráveis à depressão e à ansiedade. Tr ata mento : O tratamento consiste em psicoterapia, com treinamento de assertividade que permite a expressão aberta de suas necessidades e aumentar sua autoestima. Quando ao tratamento farmacológico é utilizado para o manejo da depressão e ansiedade associados. Referências Bibliográficas: 1. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Capítulo 22. 2. SuperMaterial SanarFlix – Transtornos de Personalidade 3. MedCurso 2019 – Psiquiatria 4. Resumos da Med
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