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Thaynara Parente-Medicina Segundo a OMS: Diarreia é o aumento de evacuações > 3 em 24h e diminuição da consistência das fezes. Resultando na quebra do equilíbrio entre absorção e secreção de solutos no trato gastrointestinal. E pode ser dividida em secretora, osmótica ou invasiva. Classificação quanto a duração -Diarreia Aguda: 4 a 6 dias e máximo 14 dias, de causa infecciosa (bactérias, vírus ou parasitas), com má absorção e/ou secreção de água e eletrólitos, com evolução autolimitada benigna. -Diarreia Persistente: Se origina de episódio de diarreia aguda, de etiologia infecciosa se prolongando por mais de 14 dias levando a instabilidade hidroeletrolítica e ao comprometimento do estado geral e nutricional. -Diarreia crônica: > 30 dias ou > 3 episódios em 60 dias, consequente ao maior conteúdo de água fecal, associado ou não a síndrome de má absorção. Diarreia Secretora: Mediado por enterotoxina, estimula secreção de fluidos e eletrólitos a nível de células secretoras das criptas. Bloqueia absorção de fluidos e eletrólitos nas vilosidades. Diarreia Osmótica: Resulta da presença de substancia mal absorvida em alta concentração no lúmen intestinal a qual torna-se osmoticamente ativa, induzindo movimentos de água do plasma para a luz intestinal e provocando retardo na absorção de água e eletrólitos. Pode estar presente como complicação de qualquer processo patológico gastrointestinal. É observada nas síndromes de má absorção. Há presença de acidez do pH fecal. Diarreia Inflamatória: Inflamação da mucosa e submucosa do íleo terminal e intestino grosso, com edema, sangramento da mucosa e infiltração leucocitária. Absorção de fluidos diminuída. Aumento da motilidade do colón com evacuações frequentes e tenesmo. Agentes Etiológicos: Anamnese História envolvendo variação sazonal, antecedentes, história familiar, ingestão hídrica/perdas, diurese, característica das evacuações, e outras manifestações do tubo digestivo. Localização do processo e avaliação da possível etiologia. Exame Físico Avaliação Geral da criança Estado de hidratação Estado Mental Dados antropométricos Sinais Vitais Sinais de doença sistêmica Avaliação Laboratorial Avaliação de grau de desidratação- eletrólitos, bicarbonato, ureia e creatinina, densidade urinaria. Avaliação de doença associada/sistêmica- glicemia, culturas e outros. Exame das fezes: pH, pesquisa de sangue oculto, muco, pus, parasitológico de fezes. Pesquisa de leucócitos nas fezes (bacteriana > 5 leu/C) Coprocultura Testes rápidos para identificação de agente infeccioso. Avaliação de má absorção Tratamento Prevenção da desidratação, Tratamento da desidratação, Manter o aleitamento materno Manutenção da alimentação durante e após o quadro diarreico. Tratamento etiológico na maioria dos casos é dispensável, ATB geralmente são contra-indicados. Restrito a parasitoses, cólera, C.difficile e as crianças de rsico que evoluam com disseminação da infecção enteral. -Secretório: E. coli, V.cólera, C.difficile, C. perfringeans, A. hydrophila, S.aureus, V. parahaemolyticus, B. cereus, Shingela, Salmonella, Yersínia, G. lamblia, Neuroblastoma. -Citotóxico: Rotavírus, Norwalk agente, Cryptosporidium, E. coli -Osmótico: Lactose, Sorbitol -Inflamatória: Campylobacter fetus, C. difficile, Salmonella, Shingella, Yersínia enterocolítica, Entamoeba Histolytica. Thaynara Parente-Medicina Tratamento Antimicrobiano -A. hydrophila: Amoxicilina, TMP-SMX( sulfametoxazol- trimetoprima) -Campylobacter: Eritromicina -C.difficile: Vancomicina, Metronidazol C. perfringens: Penicilina, Tetraciclina E.coli: TMP-SMX, aminoglicosídeos vo E. histolytica: Metrnidazol G. lamblia: Metrnidazol, Furazolidona Salmonella: Tetraciclina, TMP-SMX, aminoglicosídeos -Yersínia: Tetraciclina, cloranfenicol, TMP-SMX, aminoglicosídeos Sintomáticos -Antieméticos: restrita hidratação já resolve os vômitos -Antiespasmodicos e antidiarreicos: contraindicados pois interferem na motilidade intestinal íleo paralitico e até perfuração intestinal. -Probióticos: melhor balanço microbiano intestinal -Zinco: diminui gravidade e duração dos sintomas TRO Principal arma para reduzir a morbidade e mortalidade infantil por diarreia. A solução hidratante deve ser isotônica e equimolar em sódio e glicose. A concentração idela de glicose é em tornos de 2 a 2.5%. Concentrações > produzem efeito osmótico com piora da diarreia. Profilaxia -Aleitamento Materno -Práticas adequadas de introdução de novos alimentos -Imunização -Saneamento básico -Lavagem das mãos -Educação e saúde Grupo de doenças causadas por Helmintos ou Protozoários que em seu ciclo biológico habitam o aparelho digestório. Pobreza, baixo IDH, más condições sanitárias, educacionais e de higiene são os principais fatores de risco. As crianças são as mais afetadas, apresentando déficits no desenvolvimento físico, cognitivo e nutricional. Quadro Clínico Muitas das enteroparasitoses cursam com quadros clínicos inexistentes, assintomáticos e com progressão para cura espontânea. Quando presente o quadro clinico apresenta um padrão base e comumente pode afetar o desenvolvimento físico, intelectual e nutricional do paciente. Helmintos: Ascaridíase, Ancilostomíase, Estrongiloidíase, Tricuríase, Oxiuríase, GTeníase, Esquistossomose Protozoários: Giadíase, Amebíase Thaynara Parente-Medicina Exame parasitologico de fezes realizado em 3 amostras. Clínico e epidemiológico baseado em anamnese detalhada com olhar atento as condições de habitação, higiene e saneamento básico do paciente. Diferencial para Rotavírus e E. coli Profilaxia -Prevenção Primária Saneamento básico, manejo adequado do lixo e esgoto, água tratada, higienização pessoal, habitacional e dos alimentos adequada, e educação em saúde. -Prevenção Secundária e Terciária Tratamento dos pacientes acometidos, Programa de desparasitação periódica para população vulneráveis. (Mebendazol 500mg, VO dose única. Albendazol 400mg para indivíduos > 02 anos; 200mg para crianças entre 01 e 02 anos. -Prevenção Quaternária Evitar tratamentos excessivos, solicitar apenas exames necessários. É o distúrbio mais comum da defecação, na prática pode ser definida como a eliminação de fezes endurecidas, com dor, dificuldade ou esforço ou a ocorrência de comportamento de retenção, aumento no intervalo entre as evacuações ( < 3 evacuações por semana) e incontinência fecal secundaria a retenção de fezes.. Alguns fatores de risco: Sexo feminino; Idosos; Afrodescendentes; Comorbidades associadas; Hábitos alimentares (fibras) e sedentarismo; Antecedentes familiares; Dificuldade na eliminação das fezes retenção fecal e medo de evacuar fezes mais endurecidas, consistência pétrea(fecaloma). Mais de 50% dos casos ocorre no 1º ano de vida; Eliminação de fezes ressecadas de pequenas dimensões até fezes muito volumosas; Em alguns casos pode-se observar evacuações diárias. Podem ocorrer dor abdominal crônica e rajas de sangue na superfície das fezes em consequência de fissura anal. A constipação tende a se autoperpetuar, seja qual for a sua causa, as fezes endurecidas e grandes no reto tornam-se difíceis e mesmo dolorosas para a evacuação, dessa forma ocorre mais retenção e se instala um círculo vicioso. • Incontinência fecal funcional • Impactação fecal • Disquezia do lactente OBS: Lactente em LM, pode focar ate 5 dias sem evacuar, mas é normal, sem dor, se ressecamento. Constipação Aguda: Durante períodos de jejum ou anorexia associados com infecção aguda, estados pós cirúrgicos,mudança de ambiente. Constipação Crônica: Se estende por mais de 1 a 3 meses. Etiologia Thaynara Parente-Medicina Investigação Exame Físico -Geral -Exame físico do abdome -Inspeção perianal -Toque retal Exames Complementares -Sem sinais de Alarme- tratamento empírico -Hemograma -Função Tireoidiana -Eletrólitos -Glicemia -Sorologia Doenças de Chagas OBS: Podem solicitar outros também, defecografia, defecografia por RNM, colonoscopia, testes fisiológicos. Critérios de Roma IV -Início há 6 meses com critérios nos últimos 3 meses: Síndrome do intestino irritável Constipação funcional Induzidas por opióides Tratamento -Não medicamentoso: MEV Fisioterapia biofeedback -Medicamentoso:
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