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CA DE MAMA AFBM


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Kamilla Galiza / 6º P 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rastreamento 
o O rastreamento é uma estratégia de prevenção secun-
daria. 
o Como não é possível evitar o CA de mama com medi-
das de prevenção primaria, utiliza-se a mamografia 
como forma de detecção precoce. 
o Já que a MMB é capaz de detectar o CA de mama numa 
fase pré-clínica assintomática (não palpável) permi-
tindo assim mudar a história natural da doença. 
 
Pode ser feito por meio de: 
o Anamnese detalhada (fatores de risco, evolução, ante-
cedentes de outras neoplasias ...) 
o Exame físico 
o Exame de imagem: USGM e MMG – BI-RADS 
o O rastreio por meio da MMG é a estratégia mais imple-
mentada no mundo para detecção precoce da doença 
o Essa estratégia consiste na repetição periódica de MMG 
de rotina em mulheres sem sinais ou sintomas suspeitos 
desse CA 
o A sociedade brasileira de mastologia de rastreamento 
anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habi-
tual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco 
ou 10 anos antes do caso de CA na família, porem nunca 
antes dos 25 anos. 
o O MS recomenda mamografia de rastreamento ate de 
dois em dois anos a partir dos 50 anos ate os 69 anos e 
anual a partir dos 35 anos para mulheres de alto risco 
o Entretanto, a MMG diagnóstica, aquela que é solicitada 
para elucidação de alterações palpáveis, deve ser rea-
lizada em qualquer idade sempre que necessário. 
o Biopsia 
 
Obs.: o autoexame isoladamente não demonstrou nenhuma 
capacidade em reduzir a mortalidade do câncer de mama. 
Como forma de autoconhecimento e empoderamento deve-
ria ser encorajado. 
 
Fatores de risco 
Pacientes de alto risco: 
o Mulheres com parentes de 1º grau (mãe, irmãs ou filhas) 
com história de CA de mama antes dos 45 anos. 
o História de CA de mama bilateral 
o História de parentes de primeiro grau com câncer de 
mama em homem (irmão, pai ou filho). 
o CA de ovário em qualquer idade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o História de parentes de 1º grau com CA de mama em 
homens 
 
Achados benignos: contorno regular ou macrolobulado, 
forma definida, oval, redonda ou elipsoide 
Achados malignos: contorno irregular, presença de sombra 
acústica posterior, orientação vertical e forma irregular. 
BIRADS – US (ordem crescente de importância): sombra 
acústica posterior, presença de microcalcificações no interior 
dos nódulos, orientação não paralela, alteração do tecido no 
seu redor o limites da lesão, representados pela presença ou 
não de halo ecogênico. 
 
 
Categoria 0 
- Inconclusivo 
- Complementação: USGM 
ou RM ou MMG (prévia ou 
outras incidências) 
 
Categoria 1 
- Sem achados 
- Repetir o exame de 
acordo com a faixa etária 
 
Categoria 2 
- Achados benignos 
- Repetir o exame de 
acordo com a faixa etária 
 
Categoria 3 
- Achados provavelmente 
benignos 
- MMG semestral no 1º ano; 
anual no 2º e 3º ano 
 
Categoria 4 
- Achados suspeitos de 
malignidade 
- Avaliar lesão histopatoló-
gica da lesão 
 
Categoria 5 
- Achados altamente su-
gestivos de malignidade 
- Avaliação histopatológica 
da lesão 
Categoria 6 Achados com malignidade 
confirmada 
 
 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
2 
 
 
Mamografia 
• O exame identifica microcalcificações (pequenos cris-
tais de cálcio que se depositam em lugares diversos do 
corpo) assimetrias, nódulos ou lesões nas mamas, que 
não seriam possíveis de identificar com a simples pal-
pação. 
• É um aparelho formado por duas placas que pressio-
nam as mamas horizontal e verticalmente durante al-
guns segundos. 
• O mamógrafo comprime os seios com o objetivo de es-
palhar todo o tecido mamário para que este possa ser 
visto de forma mais nítida e com detalhes na radioima-
gem. 
• Duas incidências mamográficas ortogonais em cada 
mama: as incidências mediolateral-oblíqua (MLO) e 
craniocaudal (CC). 
 
 
Aspectos clínicos 
• As neoplasias malignas representam hoje um grave 
problema de saúde publica 
• O CA de mama, com elevada incidência e mortalidade 
em todo o mundo, tem requerido esforços das autorida-
des de saúde devido seu grande potencial de morbi-
dade e mortalidade, é um problema global 
• Quando identificado em estádios iniciais (lesões meno-
res que 2 cm), apresenta prognostico mais favorável 
• Em caso de suspeita de câncer a biópsia da lesão deve 
ser solicitada e, então, deve ser realizada a classificação 
do tumor. 
• Ultimamente, no Brasil, vem sendo muito utilizado o ma-
nual da American
Joint Commitee on Cancer (AJCC), o 
qual adota o sistema T (Tumor), N 
 (Acometimento 
linfonodal) e M (metástase a distância) e que teve sua

oitava edição publicada em 2017. 
 
 
Fatores de risco 
o Gênero 
o Envelhecimento 
o História familiar de CA de mama em parentes de 1º grau. 
o Etnia 
o Radioterapia na região do tórax prévia 
o Exposição ao dietilestilbestrol 
o Uso de contraceptivos 
o A terapia de reposição hormonal após a menopausa 
o Consumo excessivo de álcool 
o Nuliparidade e a não amamentação 
o Falta de atividade física 
o Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 e CHEK2 
o Em genes que causam doenças que acarretam em 
risco aumentado de câncer de mama como o TP53, 
PTEN, CDHI, STKI | e PALB2 
o Menarca precoce - antes dos 13 anos, ou a menopausa 
tardia, após 55 anos 
 
Marcadores biológicos servem para avaliar o prognostico 
da neoplasia de mama: 
• == ou negatividade para receptores de estrogênio (ER)
 
• Positividade ou negatividade para receptores de pro-
gesterona (PR) 
• Sobre expressão do gene HER2 (Human Epidermal 
growth factor Receptor type 2), o qual esta associado a 
major agressividade do tumor de mama. 
 
A compreensão sobre esses aspectos é importante para 
avaliar prognóstico e a possibilidade de terapia endócrina 
c/ou quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia. 
 
• As decisões de tratamento são baseadas nas caracte-
rísticas do tumor status do receptor hormonal e HER2, 
grau histológico do tumor e TNM, com relação as carac-
terísticas do paciente considera-se a Idade, perfor-
mance do paciente e comorbidades associadas. 
• Pode-se optar por ressecção do tumor primário, radio-
terapia ou tratamento medicamentoso sistêmico. 
• A introdução da terapia oncológica dependerá da in-
tenção terapêutica e esta pode ser, neoadjuvante 
(quando realizada antes do procedimento cirúrgico), 
adjuvante (apos o procedimento cirúrgico) ou paliativa 
a depender do diagnostico individual. 
 
Aspectos epidemiológicos 
• O câncer de mama é o mais incidente em mulheres de 
todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e 
Sudeste. 
• No mundo, o câncer de mama é a principal causa glo-
bal de incidência, com 11,7% do total de casos. 
• Em 2020, ocorreram cerca de 23 milhões de casos no-
vos, equivalente a 24,5% de rodos os cânceres em mu-
lheres, excluído pele não melanoma. Esse valor corres-
ponde ao risco estimado de 47,80 casos a cada 100 mil 
mulheres 
• As taxas de Incidência de câncer de mama estão au-
mentando rapidamente em países de baixo e médio 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
3 
desenvolvimento, como os da América do Sul, da África 
e da Ásia. 
• Esse aumento de casos está associado ao envelheci-
mento populacional, às mudanças no comportamento 
e no estilo de vida e ao sobre diagnostico associado
a 
difusão do rastreamento mamográfico, 
• Em termos de mortalidade no Brasil, ocorreram, em 
2020, 17.825 óbitos por câncer de mama feminina, o 
equivalente a um risco de 16,47 mortes por 100 mil
mu-
lheres. 
• O número estimado de casos novos de câncer de 
mama no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 
casos, correspondendo a um risco estimado de 66,54 
casos novos a cada 100 mil mulheres. 
 
 
 
Tumores benignos da mama 
 
Conceitos 
• Nódulo: Sólido 
• Cisto: Líquido 
• Tumor: > 3 cm 
• Benigno x maligno 
• todo nódulo é câncer? 
• Existe câncer, sem nódulo? 
• Todo nódulo é palpável? 
 
Nódulo de mama 
• Toda tumoração presente na glândula mamária. 
• Pode ter conteúdo sólido ou cístico. 
• Queixa mais comum dos consultóriosde Mastologia - 
60%. 
• Patologias benignas - 70 a 75%. 
 
Epidemiologia e fisiopatologia 
• 4° década e menopausa: 
- Hipertrofia tec glandular/ aumento do estroma 
- Aumento da incidência de cistos / Principalmente mu-
lheres com menopausa tardia e em uso de TH 
 
Cistos 
• Derivam da unidade ducto lobular terminal 
• Camada epitelial interna ausente ou atrofiada 
• Maioria subclínica – microcistos 
• Cistos complexos (componente sólido) – suspeito 
 
Quadro clínico 
• Exame físico: após a menstruação, inspeção estática e 
dinâmica, palpação e avaliação dos linfonodos.
Nódulo: 
consistência, limites, regularidade e localização. 
• USG: diferenciação entre nódulos e cistos 
• Mamografia 
 
Fibroadenoma 
• Afecção mamária benigna mais comum, assintomática 
em 25% dos casos e com múltiplas lesões em 13 a 20%. 
• Pico de incidência entre 20 e 30 anos de idade, geral-
mente autolimitado, nao ultrapassando 3 a 4 cm de di-
âmetro. 
• Provavelmente há uma regulação por meio de hormô-
nios sexuais (esteroides) e fatores parácrinos liberados 
pelo estroma. 
• A relação do uso de anticoncepcionais combinados 
orais (progesterona e estrogênio) com o crescimento 
destes nódulos ainda é controversa. 
• O diagnóstico é clínico. 
• Apresenta-se como tumor único ou múltiplo, móvel, 
bem delimitado, não fixo ao tecido adjacente, lobulado, 
de crescimento lento, com maior ocorrência no qua-
drante supero lateral. 
• A consistência é fibroelástica, mas, nas pacientes de 
maior faixa etária, pode haver deposição de calcifica-
ção distrófica no nódulo ("calcificação em pipoca"), e o 
nódulo passa a ter consistência endurecida 
• O tamanho médio é de 2 a 3 em, mas pode alcançar até 
6 a 7 cm, caracterizando a Fibroadenoma gigante. A bi-
lateralidade e da ordem de 10 a 15% e focos múltiplos na 
mesma mama, de 5 a 10% dos casos. 
• A frequência de transformação maligna é muito baixa 
(0,1 a 0,3% dos casos), ocorrendo em faixa etária dos 40 
aos 45 anos, sendo que o tipo histológico mais comu-
mente envolvido é o lobular (65% dos casos). 
• Além da forma clássica, o Fibroadenoma pode se apre-
sentar. 
- Complexo: É um nódulo heterogêneo, com alterações 
papilares e císticas, além de calcificações
epiteliais em 
seu interior. 
- Juvenil: entre 10 a 18 anos e costumam crescer muito 
mal rapidamente que os outros tipos. 
- Gigante: o tumor recebe essa classificação quando 
apresenta 6 a 7 em de diâmetro. 
- Extra mamária: bexiga, próstata, baço e pálpebra 
 
• Diagnostico diferencial é feito com os pseudonódulos 
das alterações funcionais benignas, com o cisto mamá-
rio e com o carcinoma circunscrito. 
• O termo carcinoma circunscrito é clínico e diz respeito a 
alguns tipos histológicos especiais (como o carcinoma 
mucinoso ou o medular), que apresentam comporta-
mento biológico pouco infiltrativo. 
• A indicação cirúrgica é baseada na idade da paciente 
e nas dimensões do nódulo. 
• Em tumores com diâmetros maiores que 2 cm é indi-
cado a cirurgia e consiste na exérese simples. 
• Em tumores menores, nas pacientes com menos de 25 
anos, pode ser feito o acompanhamento clínico, com 
controla clínico elou ecográfico semestral, sendo indi-
cada exérese nos casos de crescimento progressivo e 
ansiedade da paciente. 
• Quando o aspecto palpatório não é típico, recorre se a 
US 
• Imagem nodular circunscrita, ovalada, 
 hipoecoide, 

com margens bem
definidas e com maior eixo paralelo 
a pele (diâmetro antiradial – largura maior que o radial 
- altura). Pode ocorrer reforço posterior e sombras lace-
rais, características sugestivas de benignidade, classifi-
cadas como BI-RADS 3. 
 
 
Kamilla Galiza / 6º P 
 
4 
Tumor filoides 
• É muito raro, correspondendo a 2% dos tumores fibroe-
piteliais da mama, sendo mais comum após os 40 anos 
• Na maioria das vezes (80% dos casos) é benigno. Entre-
tanto, apresenta alta tendência de recidiva local e pode 
sofrer degeneração maligna sarcomatosa 
• A característica peculiar deste tumor é a grande celula-
ridade do estroma, comparada a do Fibroadenoma, e 
por isto também é denominado Fibroadenoma hiperce-
lular. 
• Para definição de benignidade ou malignidade, consi-
deram-se no componente estromal a contagem micó-
tica, atipias celulares e comprometimento das margens. 
• A consistência é elástica e a adenopatia axilar não é in-
comum, mas é de natureza
Inflamatória. 
• A bilateralidade e a multicentricidade são excepcionais. 
• O diagnóstico é clínico e a mamografia é inespecífica. 
 
Hamartoma 
• Fibroadenolipoma 
• Lesão benigna infrequente 
• Bem delimitado 
• "Breast in a breast" (área de tecido normal encapsulado) 
 
Propedêudica 
• Anamnese 
• Idade, status hormonal 
• Fatores associados: dor, alteração cutânea, linfonodo-
megalia 
• Medicamentos: anticoncepcionais, TH 
• Fatores de risco para CA mama 
• v80% das mulheres com CA de mama tem pouco ou ne-
nhum FR 
• Tríplice diagnóstico: clínico, radiológico, cito/histológico 
• USG 
• MMG 
• RNM: alta sensibilidade / baixa especificidade (situações 
• especiais 
• PAAF 
• BAG (core Bx) 
• Biopsia cirúrgica (incisional/excisional) 
 
Tratamento 
Cistos: 
• Tranquilizar, não devem ser abordados ou acompa-
nhado 
• Punção alívio / diagnóstica 
• Citologia: pouca validade; hemácias? 
• Exérese: cistos de conteúdo hemático/ conteúdo sólido 
• Cisto de conteúdo espesso; microcistos agrupados

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