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231GGR1770A_ Unidade 2

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22/05/2023, 09:46 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=771060 1/22
introdução
Introdução
JARDINISMO DE INTERIORESJARDINISMO DE INTERIORES
JARDINS: PLANEJAMENTO,JARDINS: PLANEJAMENTO,
INFRAESTRUTURA E PLANTIOINFRAESTRUTURA E PLANTIO
Autor: Drª. Tamara Zamadei
Revisor : Fernanda Delmutte de Andrade
IN IC IAR
22/05/2023, 09:46 Ead.br
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=771060 2/22
Nesta unidade, aprenderemos como atuar no planejamento, implantação e manutenção de
um jardim. De início, serão apresentados conceitos sobre o solo – tipos e análises, que irão
nortear práticas como a adubação.
Posteriormente, veremos como a luminosidade do ambiente in�uencia a escolha das
espécies vegetais que irão compor o jardim. Para isso, deverão �car claras as categorias de
plantas: pleno sol, meia sombra e sombra e suas necessidades. Além disso, também serão
apresentadas dicas quanto à iluminação arti�cial da área ajardinada.
Além da luz, fator essencial ao desenvolvimento das plantas, serão abordados pontos
importantes relacionados à água. Dentre eles, os relativos à infraestrutura do projeto:
drenagem e irrigação. Por �m, serão estudados os jardins formais e informais, principais
estilos e composição vegetal característica.
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https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=771060 3/22
O solo é a base para a implantação do jardim, seja externo ou interno, suspenso ou não. É o
material a ser ajustado e trabalhado para que forneça as melhores condições de
desenvolvimento às espécies vegetais escolhidas.
Nesse contexto, você sabia que existem diferentes tipos de solo classi�cados por ordem,
subordem, e assim por diante? A partir de observações morfológicas em campo e análises
laboratoriais de propriedades físicas, químicas e mineralógicas, um solo pode ser classi�cado
de acordo com um sistema previamente estabelecido. Contudo, no Brasil, utiliza-se o
Sistema Brasileiro de Classi�cação de Solos (SiBCS).
Por ter dimensões continentais, o Brasil apresenta muitas variedades de solos, com
diferentes denominações, que podem ser: argissolos, cambissolos, chernossolos,
espodossolos, gleissolos, latossolos, luvissolos, neossolos, nitossolos, organossolos,
planossolos, plintossolos, vertissolos. Cada um desses tipos com características próprias de
constituição.
Frente às diferentes condições edá�cas que podem ser encontradas no momento de
planejamento e implantação de um jardim, são necessários conhecimentos em manejo e
preparo de solos para torná-los aptos ao bom desenvolvimento das plantas.
Análise e Ajustes
Inicialmente, o levantamento topográ�co irá mapear a superfície do terreno, identi�cando
suas características e orientando as decisões subsequentes de manejo do solo. Essa etapa é
imprescindível a qualquer obra, porém é mais utilizada quando se trata de um projeto de
Tipos de SoloTipos de Solo
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grande escala. No caso do jardinismo de interiores, normalmente os espaços são reduzidos,
e essa etapa já foi realizada previamente na implantação da área construída.
De qualquer forma, o levantamento fornece informações essenciais à execução do projeto,
como o tamanho da área e desníveis, orientando se deve haver interferências (ex.: cortes ou
aterros) conforme as necessidades do jardim.
E quanto ao manejo do solo, você sabe do que se trata? O manejo consiste no conjunto de
atividades de�nidas e aplicadas ao solo para torná-lo apto ao plantio. A seguir, veremos
algumas das práticas principais e essenciais ao sucesso do projeto.
Analisar o solo consiste em identi�car suas características físico-químicas, fertilidade e
disponibilidade de nutrientes, a �m de corrigi-lo por meio do uso de corretivos e adubos.
Tais características in�uenciam no desenvolvimento vegetal e na drenagem do solo. Para tal,
é necessário que se faça amostragem, análise química e posterior interpretação dos dados.
Além disso, alguns elementos químicos, quando em excesso, podem causar toxicidade à
planta e limitar seu crescimento. Para que haja o bom desenvolvimento vegetal, o solo
precisa estar equilibrado, com níveis adequados de nutrientes, pH e elementos químicos.
Para tal, conforme análise previamente realizada, pode ser que se faça necessária correção
através de práticas de calagem e gessagem:
Calagem: prática agrícola responsável pela correção da acidez do solo,
neutralização do alumínio tóxico e do manganês, aumento na disponibilidade de
cálcio, fósforo e magnésio, a melhoria da estrutura do solo e a atividade
microbiana.
Gessagem: embora não tenha efeito de correção da acidez do solo, o gesso
agrícola disponibiliza cálcio e enxofre, neutralizando a ação do alumínio tóxico
no solo. Além disso, carrega nutrientes para as camadas mais profundas do solo,
promovendo o condicionamento do per�l do solo (SENAR/AR-GO, 2018, p. 68-76).
Um solo pode ser considerado fértil quando fornece todos os nutrientes essenciais às
plantas e podem ser divididos em macro e micronutrientes. Os macronutrientes são
imprescindíveis ao desenvolvimento vegetal: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio
(Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Necessários em menores quantidades, mas tão
importantes quanto, são os micronutrientes: ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), boro (B),
cloro (Cl), cobre (Cu) e molibdênio (Mo).
Sendo assim, vejamos algumas das principais funções dos macronutrientes no
desenvolvimento vegetal:
Nitrogênio - É o nutriente responsável pelo crescimento das plantas. Promove a
formação das proteínas que fazem parte do tecido vegetal.
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Fósforo - Estimula o crescimento das raízes e contribui na formação de frutos e
sementes. É Importante no processo de respiração das plantas.
Potássio - Provoca o espessamento dos tecidos, dando às plantas maior
resistência às doenças e à falta temporária de água.
Cálcio - Faz parte da parede celular das plantas. É Importante para o
desenvolvimento das raízes - se não há cálcio no solo as raízes não se
aprofundam. Serve como transporte para diversos outros elementos na planta.
Magnésio - Entra na composição da cloro�la - responsável pela captação de
energia solar para a função da fotossíntese (RIBEIRO, 1994, p. 15).
Adubação e Pragas
Em caso de de�ciência de nutrientes, realiza-se a adubação química do solo, que consiste na
aplicação de fertilizantes inorgânicos ou minerais conforme a necessidade nutricional das
plantas. Esses fertilizantes apresentam-se na forma de fertilizantes ou adubos minerais
simples (nitrogenados, fosfatados, potássicos) ou mistos.
O NPK (Nitrogênio-Fósforo-Potássio) é um dos fertilizantes mistos mais conhecidos, é
composto de nitrogênio, fósforo e potássio, pode ser encontrado em diferentes formulações
que in�uenciam na dosagem a ser utilizada. Geralmente, aplica-se em torno de 100 g/m², em
gramados (repetição a cada 90 dias), 150 g/m² para canteiros de �ores (a cada 30 dias), 100 g
por arbusto ou planta ornamental (a cada 45 dias) e 200 g por árvore (a cada 60 dias),
contudo, em vasos costuma-se utilizar fertilizantes líquidos (NIEMEYER, 2019).
Para nutrição das plantas também pode ser empregue adubação orgânica, pois é mais
barata e sustentável. Os adubos orgânicos são constituídos de resíduos animais ou vegetais,
como biofertilizantes, esterco, camas de aves, cinzas, vinhaça, serragem, bagaço, adubo
verde.
Dentre as vantagens da adubação orgânica, pode-se citar: aumento da capacidade de
in�ltração da água no solo, favorecimento da proliferação de microorganismos bené�cos,
melhoria da disponibilidade de nutrientes, redução de custos e aumento da sustentabilidade
(SENAR/AR-GO, 2018).
Simões et al. (2002, p. 10-11) orientam o preparo do composto orgânico:
1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seção trapezoidal, intercalando uma
camada de restos vegetais comuma �na camada de material inoculante
(esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar
cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento variável,
de acordo com a disponibilidade de material.
2. Manter o material sempre úmido, molhando-o pelo menos uma vez por
semana.
3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.
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4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estará curtido e transformado
em matéria orgânica. O produto �nal deve ter a cor escura, ser rico em húmus,
moldável quando apertado entre as mãos, cheiro de terra e temperatura baixa
no interior do monte.
Além dos cuidados com a fertilidade do solo, deve-se atentar às pragas que in�uenciam
tanto quanto, ou mais, no desenvolvimento sadio das plantas, especialmente das mudas.
Nesse contexto, as principais pragas de jardim são os insetos e moluscos, os besouros
costumam atacar raízes e galhos, chegando a cortar troncos; lesmas e caramujos se
alimentam de folhas, �ores e caules; lagartas e formigas cortam folhas, hastes e �ores;
pulgões e cochonilhas sugam a seiva, podendo transmitir doenças (RIBEIRO, 1994).
O controle de pragas pode ser realizado de diferentes métodos: controle mecânico, cultural,
biológico ou químico. O controle mecânico consiste na retirada manual das pragas, podendo
ser realizado com o auxílio de armadilhas. Essa forma é indicada para áreas pequenas, como
jardins residenciais. O controle cultural, como o próprio nome diz, envolve ações diretas na
própria cultura, como rotação de plantas no canteiro. Já o controle biológico consiste no
combate através de inimigos naturais, e por �m, o químico faz uso de inseticidas, lesmicidas
e iscas (GALHEGO, 2017).
Figura 2.1 - Lagarta alimentando-se de folha
Fonte: Ivan Sanek / 123RF.
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praticar
Vamos Praticar
Dentre as principais pragas de jardim estão os insetos, aracnídeos e moluscos. Esses animais
pequenos e indefesos são responsáveis por ataques às espécies vegetais, dani�cando as partes
estruturais das plantas, podendo transmitir doenças e até mesmo provocar a morte. Considerando
as formas de combate a essas pragas, temos o controle cultural. Nesse contexto, assinale a
alternativa que apresenta um exemplo de prática correspondente a este método.
a) Aplicação de bioinseticidas.
b) Destruição de restos vegetais, como folhas e galhos.
c) Utilização de produtos químicos.
d) Introdução de inimigos naturais, como outros insetos predadores.
e) Emprego de armadilhas para catação manual.
saiba mais
Saiba mais
Você sabia que é possível utilizar o controle biológico
em jardins? Nessas áreas podem-se combater pragas
como cochonilhas e pulgões com o uso de joaninhas.
Isso mesmo, aquele inseto simpático na realidade é um
grande predador.
A prefeitura de Belo Horizonte deu início este ano à
produção de joaninhas em uma biofábrica no Parque
das Mangabeiras, para controle biológico de ambientes
públicos, e também serão doadas à população. Assista
ao vídeo a seguir e saiba mais detalhes.
ASS I ST IR
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Dentre os aspectos importantes a serem considerados durante o planejamento e
implantação de um jardim, está a iluminação. A luz, tanto natural quanto arti�cial, in�uencia
na disposição dos elementos de projeto, principalmente da vegetação. Sendo assim,
vejamos, no conteúdo a seguir, alguns aspectos importantes sobre o assunto.
Luminosidade
Com relação à luz, há três aspectos que in�uenciam no desenvolvimento vegetal: quantidade
(horas), intensidade e espectro. A luminosidade in�uencia diretamente a escolha e
disposição das plantas em um jardim, conforme a necessidade/tolerância de luz solar, as
espécies podem ser cultivadas em pleno sol, meia sombra ou sombra.
De acordo com Paiva (2008, p. 435), “plantas de sol são aquelas que necessitam de uma
intensidade luminosa para a realização da fotossíntese entre 50.000 a 100.000 lux; plantas
de meia sombra até 20.000 lux e plantas de sombra apenas 5.000 lux”.  Sendo assim, con�ra
no quadro 2.1 a relação de alguns arbustos e herbáceas ornamentais classi�cados de acordo
com a luminosidade.
LuzLuz
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Quadro 2.1 - Arbustos e herbáceas ornamentais.
Fonte: Adaptado de Petry (2014).
No caso de jardins internos, a faixa de luminosidade irá condicionar a escolha das espécies
vegetais. Segundo Niemeyer (2019), a faixa de pleno sol é indicada para o plantio de espécies
�oríferas, a faixa de meia sombra é ideal para folhagens tropicais, já a área sombreada é
inadequada para �ores e folhas variegadas (aquelas que possuem mais de uma cor ou tom).
Efeitos
Além de in�uir na escolha e arranjo das espécies vegetais, a luz pode ser empregada para
criar efeitos visuais. A iluminação dos elementos por luz natural ou arti�cial valoriza o jardim
e realça sua composição. Para tal, faz-se uso de postes, luminárias, re�etores, de forma geral
ou direcionada aos elementos.
Diz-se que a iluminação é cênica quando a luz é projetada nos elementos, assumindo
interesse decorativo. Esse tipo de iluminação permite destacar plantas e elementos
Nome
popular
Nome cientí�co Hábito
Porte
até
Luminosidade
Hortênsia
Hydrangea
macrophylla
arbusto 1,5 m pleno sol
Lantana Lantana camara arbusto 1,5 m pleno sol
Brinco de
princesa
Fucsia sp arbusto 2 m meia sombra
Dracena Dracaena spp arbusto 5 m meia sombra
Beijinho Impatiens balsamina herbácea 0,60 m sombra
Grama preta
anã
Ophiopogon japonicus
‘nana’
herbácea 0,10 m sombra
Copo de leite
Zantedeschia
aeothipica
herbácea 0,60 m pleno sol
Gerânio
Pelargonium x
hortorum
herbácea 0,60 m pleno sol
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arquitetônicos, proporcionando sensações não percebidas à luz natural (NIEMEYER, 2019).
As características morfológicas das plantas que compõem o jardim podem ser empregadas
no planejamento da iluminação. “O projeto luminotécnico deve analisar a diferença de
tamanho, volumes, cores e texturas para gerar o efeito desejado” (GALHEGO, 2017, p. 134).
Ainda nesse contexto, vejamos algumas dicas de Niemeyer para composição vegetação x
iluminação (NIEMEYER, 2019, p. 55):
● Lâmpadas coloridas afetam a percepção cromática, acentuando cores iguais
às delas e distorcendo as contrárias. Na iluminação cênica, é fundamental
conhecer tais efeitos;
● Cores fortes, como o vermelho, são ressaltadas sob luz intensa. Já as cores
suaves, como as azuis, por exemplo, ou as pastéis, parecem desbotadas devendo
ser utilizadas em áreas com menos intensidade de luz;
● Flores brancas “desaparecem” sob luz solar intensa, mas ganham vida sob luz
difusa, como aquela que incide em interiores;
● Flores amarelas ou laranjas ganham destaque sob a luz dourada do
entardecer.
Além do apelo estético, a iluminação também possui funcionalidades. Para orientação de
seus usuários, luminárias podem ser instaladas no chão ou em postes ao longo dos
caminhos. Quando posicionadas de forma estratégica no mobiliário, têm o intuito de
favorecer as atividades ali desenvolvidas, como, por exemplo, a leitura.
No caso de jardins internos, também é possível trabalhar diferentes efeitos de luz por meio
do uso de telhas translúcidas ou transparentes, criando áreas de iluminação natural sem a
existência de aberturas propriamente ditas.
Figura 2.2 - Iluminação cênica em jardim
Fonte: Kevin McCarthy / 123RF.
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praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir:
“São aquelas que, para se desenvolverem bem, necessitam de pelo menos 6 horas de exposição
direta ao sol. Nesse grupo podem ser enquadradas as �ores anuais,que dão um colorido especial
ao jardim”.
RIBEIRO, W. L. Jardim e jardinagem . Brasília: EMATER-DF/EMBRAPA-SPI, 1994. p. 42.
Considerando a citação apresentada, assinale a alternativa correspondente ao tipo de planta
(classi�cação de tolerância à luminosidade) a que se refere o trecho em destaque.
a) Pleno sol.
b) Sombra.
c) Dias curtos.
d) Meia sombra.
e) Dias longos.
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Durante o planejamento de um jardim, deve-se contemplar que a infraestrutura do projeto,
energia e água, na maioria das vezes, são essenciais. Nesse contexto, estamos falando da
água que será utilizada para irrigação e fornecida aos demais elementos como espelhos
d’água, fontes, chafarizes.
Ainda durante as etapas iniciais, é fundamental a observação das condições do terreno
quanto à drenagem. Caso seja necessário ao projeto, deve-se implementar sistemas de
drenagem e irrigação.
Água e Drenagem
A água é elemento fundamental na manutenção de um jardim, contudo, a drenagem na área
ajardinada irá depender do solo e sua capacidade de in�ltração. Como esses espaços são
irrigados constantemente, deve ser dada uma atenção redobrada à drenagem do terreno.
Caso ocorra escoamento super�cial, é indispensável a instalação de um sistema de
drenagem. Para drenagem no caso de jardins residenciais, podem ser instalados sistemas
que utilizam canos e calhas subterrâneas, ligadas a um dreno principal; ou mesmo canais
com grelhas.
O emprego de elementos naturais, como pedras, também favorecem a in�ltração. Em vasos
ou jardineiras, camadas de pedras e areia são intercaladas com a terra para evitar o acúmulo
de água no substrato.
InfraestruturaInfraestrutura
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Os próprios jardins podem ser utilizados como artifícios para melhorar a drenagem em áreas
urbanas. Os chamados “jardins de chuva” são sistemas de biorretenção, áreas verdes
propositalmente criadas em regiões impermeabilizadas para captar e in�ltrar a água pluvial.
Irrigação e Materiais
Em áreas vegetadas, o excesso de água é um problema, mas a sua falta também. É essencial
que as plantas tenham sempre quantidade de água su�ciente disponível para o pleno
desenvolvimento.
No caso de ausência de chuvas, deve-se fornecer água regando a vegetação. Além do
método manual, a irrigação em jardins pode ser realizada de forma automatizada por
aspersão, microaspersão ou gotejamento.
A aspersão é comum e muito utilizada em áreas grandes e abertas, pois “é uma técnica que
visa suprir a demanda hídrica da cultura pelo fracionamento de um jato de água em gotas
lançadas sobre a superfície do terreno, simulando uma chuva intensa e uniforme” (SILVA et al
., 2012, p. 4).
A microaspersão e o gotejamento são sistemas de irrigação localizada, nos quais pequenas
áreas recebem aplicação de água, em intensidade mais suave. Esses métodos são mais
e�cientes quando comparados à aspersão, visto que ocorrem menos perdas por evaporação
e arraste (vento). Ainda visando à redução no desperdício de água, podem ser empregados
controladores de vazão e periodicidade de rega.
Na microaspersão, a aplicação de água é realizada por microaspersores, que espalham
gotículas de água a pequenas distâncias, sendo normalmente posicionados a cada duas
plantas. Já no sistema de irrigação por gotejamento, utilizam-se gotejadores dentro ou
Figura 2.3 - Sistema de irrigação de jardim por aspersão.
Fonte: Михаил Павленко / 123RF.
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conectados em uma mangueira, que aplicam baixas vazões com altas frequências
(CONCEIÇÃO, 2005).
praticar
Vamos Praticar
Para que ocorra o bom desenvolvimento da planta, devem-se observar suas necessidades
�siológicas, quanto à luminosidade e disponibilidade de água. Em locais muito secos, ou que
apresentam épocas de estiagem, deve ser realizada a rega manual ou automatizada dos jardins
para que as espécies vegetais cresçam de forma saudável e plena.
Dentre os tipos de irrigação automatizada estão a aspersão, microaspersão e gotejamento. Nesse
contexto, assinale a alternativa que descreve, corretamente, o sistema de gotejamento.
a) Alta pressão e longo alcance, recomendado para irrigação de grandes áreas.
b) Irrigação localizada, realizada por emissores que lançam gotículas de água em alta
pressão a curtas distâncias.
c) Sistema de irrigação de baixa vazão, realizado por borbulhadores instalados no chão.
d) Método de irrigação que aplica água de forma pontual, através de tubos perfurados ou
emissores conectados a mangueiras.
e) Sistema de rega manual, utilizado principalmente em pequenas áreas e/ou vasos.
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Na composição paisagística, faz-se necessário o uso de diferentes elementos, com
signi�cados ou in�uências culturais e/ou religiosas, a �m de valorizar o espaço. Sendo assim,
princípios estéticos, como ritmo e simetria, são empregados para compor um ambiente
agradável, que condiga com os �ns propostos.
Jardins Informais e Formais
Os denominados jardins formais são caracterizados pela rigidez, arranjos e composições
simétricas e geométricas. O uso de topiarias e formas retilíneas é característico desse estilo,
conhecido por seus padrões clássicos; um exemplo são os jardins franceses, considerados os
mais formais.
Com isso, os jardins desse estilo são compostos de elementos como a água, que é essencial,
pode ser utilizada em fontes, espelhos d’água e lagos. Além disso, também compõem esses
cenários, galerias com desenhos complexos, grandes vasos e cachepôs (GALHEGO, 2017).
Os jardins informais têm como pressuposto imitar a natureza, pois seus contornos são
curvilíneos, os elementos são arranjados de forma assimétrica, evitam-se formas
geométricas. Preconizam “a aproximação do homem à natureza e a negação do elemento
ordenado” (NIEMEYER, 2019, p. 22).
Composição PaisagísticaComposição Paisagística
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Estilos e Espécies Vegetais
Os jardins egípcios, gregos, romanos, persas, italianos e franceses são classi�cados como
formais. Vejamos a seguir algumas de suas características principais quanto à vegetação
(PETRY, 2014; GALHEGO, 2017):
Jardins egípcios
Jardins gregos
Jardins romanos
Jardins persas
Jardins italianos
reflita
Re�ita
Caso o objetivo de um projeto seja criar um jardim formal, como os
elementos podem ser dispostos e arranjados para ir ao encontro do que
preconizam os princípios estéticos característicos desse estilo? Imagine
como você iria criar as composições no espaço, quais artifícios utilizaria
para torná-lo clássico.
22/05/2023, 09:46 Ead.br
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Jardins franceses
Como exemplos do estilo informal, podem-se citar os jardins chineses, japoneses e ingleses.
Os estilos orientais são caracterizados pela in�uência mística de suas culturas; os jardins
japoneses de forma geral apresentam poucas plantas, mas extremamente ornamentais,
dentre elas bambus, azaleias, camélias, íris, glicínias, tuias, cerejeira-do-Japão. Os jardins
chineses apresentam vegetação heterogênea estrategicamente posicionada em locais
simbólicos (NIEMEYER, 2019).
Conhecer os estilos de jardim existentes e suas composições (tanto vegetais quanto de
elementos arquitetônicos) é de grande valia na elaboração de projetos, visto que as
peculiaridades podem ser replicadas e combinadas de forma a atingir os objetivos solicitados
pelos clientes.
Estilos e Espécies Vegetais
Os jardins egípcios, gregos, romanos, persas, italianos e franceses são classi�cados como
formais. Vejamos a seguir algumas de suas características principais quanto à vegetação
(PETRY, 2014; GALHEGO, 2017):
Figura 2.4 - Jardim japonês
Fonte:pr2is / 123RF.
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praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir:
“[...] palavra que os historiadores modernos restringiram para designar a poda pitoresca de
arbustos. Na verdade, essa poda foi inventada e praticada pelos jardineiros romanos para substituir
e popularizar o uso das estátuas [...] Para essa arte, os romanos utilizavam ciprestes, buxos e loro-
anão”.
STRINGHETA, Â. C. O.; COELHO, L. L. Plantas ornamentais e paisagismo : a história da arte dos
jardins. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2014. p. 19.
Nesse contexto, assinale a alternativa que indica a denominação do tipo de poda que surgiu nos
jardins romanos.
a) Tapis vert.
b) Rond-points.
c) Rinceau.
d) Parterre.
e) Topiaria.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Sistema Brasileiro de Classi�icação de Solos
Embrapa
Editora: Embrapa
ISBN: 978-85-7035-817-2
Comentário: livro técnico que aborda o sistema taxonômico de
solos: conceitos básicos e nomenclaturas, horizontes diagnósticos,
níveis categóricos. Com sua leitura é possível aprofundar os
conhecimentos acerca dos tipos de solos brasileiros, suas
características morfológicas e físico-químicas.
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FILME
Uma beleza fantástica
Ano: 2016
Comentário: o �lme conta a história de Bella Brown, uma jovem
extremamente perfeccionista e cheia de manias. Bella é escritora,
inquilina em uma casa com um grande jardim, mas devido sua
aversão a plantas e à natureza, o mantinha abandonado. Quando
o proprietário da casa descobriu a situação em que o local se
encontrava, Bella foi ameaçada de despejo. Para evitar, foi
obrigada a recuperar o jardim com auxílio de seu vizinho que
entendia do assunto. Você irá se surpreender com o resultado
�nal. Envolto por romance, o �lme mostra a composição de um
jardim residencial, tipos e espécies vegetais, atividades de plantio e
manutenção. Uma bela inspiração para futuros projetos.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer , disponível em:
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Prezado(a), chegamos ao �m de mais uma unidade. Fazendo uma recapitulação do conteúdo
abordado, podemos a�rmar que você foi capaz de desenvolver diversas competências
acerca do assunto.
Na primeira seção, foram trazidos à tona conhecimentos sobre os diversos tipos de solo
existentes, bem como as etapas de análises que precedem as recomendações de correção e
adubação. Também foram identi�cadas as principais pragas que atacam os jardins e os
métodos de combate possíveis.
Na segunda e terceira seções foram elucidados conceitos técnicos acerca da luminosidade e
drenagem de áreas ajardinadas, que norteiam a escolha de espécies para composição
vegetal e os cuidados necessários ao bom desenvolvimento.
Por último, mas não menos importante, você pôde conhecer os diferentes tipos de jardins,
formais e informais, seus estilos e vegetação característica.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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Produção, dez. 2005. ISSN 1678-8761. Disponível em:
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/UvasSemSementes/irrigacao.htm
. Acesso em: 23 dez. 2019.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (Embrapa). Uvas sem sementes.
Irrigação Sistema de Produção. Embrapa Uva e Vinho , 2005. ISSN 1678-8761.
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/UvasSemSementes/irrigacao.htm
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