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Prova 02 - Direitos Reais 2021

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1) A qual característica dos direitos reais nos remete a leitura deste trecho? 
 
Propriedade, §2º do art. 1.228 CC: § 2º. Caracterizado pelo Direito Fundamental conforme art. 
5.º, incs. XXII e XXIII, da CF. E tem aplicação de forma imediata que consta do art.5.º, § 1.º. E 
ainda ao Direito Complexo, haja visto, a propriedade ser um direito complexo, particularmente 
pela relação com os atributos do art. 1.228. 
 
Sequela 
 
 
2) Ainda com base neste trecho, explique o que seja imóvel encravado e aponte diferenças 
entre PASSAGEM FORÇADA e SERVIDÃO DE PASSAGEM 
Imóvel encravado é aquele sem livre acesso as vias públicas. A passagem forçada vem do direito 
de vizinhança, e perdura pelo tempo que perdurar o encravamento. A servidão de passagem 
direito real na coisa alheia de gozo ou fruição, e perdura enquanto não for cancelada a escritura. 
 
3) É possível dizer sob qual procedimento tramitou a ação de reintegração de posse que 
deu origem à presente apelação? Justifique 
Não é possível. Embora tenha sido citada data de esbulho em 04/11/2010, não houve novas 
datas para firmar efetivo ingresso da Inicial. Poderíamos até entender ser Especial devido ao 
acesso alternativo ser de risco e a necessidade moradores ser imediata. 
4) SOB O PONTO DE VISTA DE ESTRATÉGIA, por que ajuizar ação de reintegração de posse 
de uma serventia (pois não existia registro) ao invés de pedir a constituição de uma 
passagem forçada? 
A passagem forçada se encerra com o termino do encravamento. O encravamento foi declarado 
parcial tendo em vista o acesso pela rua principal, mas esta foi constatada em estado precário e 
inseguro. Além de tentar caracterizar nos autos tal servidão e poder futuramente obtê-la por 
usucapião. 
5) Como ficaria o direito de ressarcimento pelas benfeitorias realizadas pelo proprietário 
do prédio dominante na instalação e/ou manutenção de equipamentos para o exercício 
desta servidão? Justifique 
Salvo dispositivo expresso, condicionando e/ou determinando valor, não caberá ressarcimento 
ao termino das servidões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/206/Direitos-Reais-Introducao 
Direitos Reais - Introdução 
Conceito, características, conteúdo e diferenças com o direito 
pessoal. 
DIREITO CIVIL | 07/NOV/2007 
 
 Revisão geral. Este material não sofreu alterações até esta data. (19/jul/2020) 
 Salvar como favorito Receber atualizações Perguntas & Respostas (0) 
O direito das coisas é o complexo de normas que regulam as relações jurídicas 
referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem, sejam elas móveis 
ou imóveis. De modo geral, compreende os bens materiais, ou seja, a 
propriedade e seus desmembramentos. 
Ele consiste em um poder jurídico que uma pessoa, titular do bem, exerce sobre 
ele. Assim, existe um sujeito ativo, que é o titular do direito; uma coisa, que é o 
objeto do direito; e o poder jurídico que esse sujeito exerce sobre o bem que 
possuí. Constata-se, pois, que embora não exista nenhum sujeito passivo 
determinado, esse direito será oponível erga omines, fazendo, desta forma, com 
que toda sociedade figure como sujeito passivo, posto que todos devem respeitar 
a propriedade alheia. 
Estabelece o art. 1.225, do Código Civil, que "são direitos reais: I - a 
propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a 
habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; X - a anticrese; XI - a concessão de uso especial para fins de 
moraria; XII - a concessão de direito real de uso", sendo que esses dois últimos 
institutos foram inseridos em nosso ordenamento jurídico apenas no ano de 
2007, através da Lei nº 11.481/07. 
https://www.direitonet.com.br/areas/2/Direito-Civil
Dentre os direitos arrolados acima pode-se estabelecer uma classificação, senão 
vejamos: 
- Direito real sobre coisa própria (propriedade); 
- Direito real sobre coisa alheia: estes, por sua vez, subdividem-se em: 
• De gozo/fruição: titular poderá usufruir do bem mesmo não 
ostentando a condição de proprietário (servidão; uso; usufruto; 
etc.); 
• De garantia: garantem o cumprimento de uma obrigação 
(penhor; hipoteca; anticrese e propriedade fiduciária); 
• De aquisição: gera expectativa de adquirir a propriedade do bem 
finda a condição suspensiva (compromisso de compra e venda). 
A aquisição desses direitos somente se efetivará com o registro do título 
aquisitivo no Cartório de Registro de Imóvel correspondente, se imóvel, ou 
através da tradição, se móvel. 
Cumpre diferenciar propriedade de domínio. Este segundo vocábulo se refere 
maiormente às coisas materiais, ao passo que o primeiro termo engloba tanto as 
coisas corpóreas como incorpóreas. No entanto, o Código Civil, por diversas 
vezes, os trata como sinônimos. 
Com a Constituição Federal de 1988 a propriedade passou a ter uma função 
social, onde se condena o abuso desse direito. Desta forma, o titular pode 
exercitar seu direito, mas em consonância com os direitos dos demais cidadãos. 
Além disso, a propriedade deve ser geradora de riquezas, trabalho e emprego, 
concorrendo desta forma para o bem geral da população. 
Características 
Dentre as características existentes nos direitos reais as principais são: 
a) ele adere diretamente à coisa, sujeitando-a imediatamente ao seu titular; 
b) a propriedade tem o poder de seguir seu objeto onde quer que este se 
encontre (direito de seqüela); 
c) é exclusivo, não se pode instalar direito real onde outro já exista; 
d) é provido de ação real, que prevalece contra qualquer detentor da coisa, razão 
pela qual preferem muitos denominá-lo absoluto; 
e) seu rol legal é numerus clausus: somente poderão ser considerados direitos 
reais aqueles previsto na lei; 
f) só eles são suscetíveis de posse. 
Conteúdo 
O Direito das Coisas compreende a posse (aquisição, efeitos, perda e proteção 
possessória); a propriedade (móvel e imóvel e suas características); e direitos 
reais sobre coisas alheias (gozo – enfiteuse, servidão, usufruto, uso, habitação e 
rendas sobre imóveis; garantias – penhor, anticrese e hipoteca). 
A propriedade literária, científica e artística (direitos autorais) também 
enquadra-se no campo dos direitos reais, no entanto, o legislador se afastou um 
pouco da sistematização clássica do referido direito, pois tais propriedades são 
de natureza imaterial, de fundo moral, decorrente da personalidade humana. 
Direito Real e Direito Pessoal 
Direito pessoal ou obrigacional é aquele onde há um sujeito ativo (credor), um 
sujeito passivo (devedor) e uma prestação (objeto da relação jurídica). A 
prestação é a obrigação do devedor, que deve ser realizada em favor do credor 
mediante uma contraprestação. Já o direito real é a relação do titular com a 
coisa, que é exclusiva e contra todos. Desta forma, as principais diferenças entre 
eles são: 
- Ao passo que o direito pessoal é oponível a apenas um sujeito passivo 
determinado, o direito real é oponível erga omines; 
- O titular do direito real possuí direito de sequela, atributo este inexistente nos 
direitos pessoais; 
- No direito real a coisa deve existir no momento do negócio, ao passo que o 
direito pessoal admite como objeto uma coisa futura; 
- O objeto do direito real é sempre determinado, e do direito pessoal pode ser 
determinável; 
- Por fim, o direito real pode ser adquirido por usucapião, o direito pessoal não. 
Referências Bibliografias 
BARROS, André Borges de Carvalho. AGUIRRE, João Ricardo 
Brandão. Direito Civil - Elementos do Direito. São Paulo: Editora Premier 
máxima, 2007. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas - Sinopses Jurídicas. 8ª 
edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2007. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - vol. V - Direito das 
Coisas. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. 
 
 
https://mariafgr.jusbrasil.com.br/artigos/177898460/direitos-reais-servidao-e-
usufruto#:~:text=Conceito%3A%20Servid%C3%A3o%20%C3%A9%20direito%20real,serviente%2C%20pertencentes%20a%20propriet%C3%A1rios%20diferentes.&text=Eventual%
20adquirente%20do%20im%C3%B3vel%20n%C3%A3o,tolerar%20a%20passagem%20do%
20vizinho. 
 
Direitos Reais - Servidão e usufruto 
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Publicado por Maria Rafaeli 
há 6 anos 
150K visualizações 
SERVIDÃO: 
Conceito: Servidão é direito real sobre imóvel alheio que se constitui em proveito de um 
prédio, chamado de dominante, sobre outro, denominado serviente, pertencentes a 
proprietários diferentes. Os prédios não precisam ser contíguos, basta que sejam próximos, 
como a situação da servidão de passagem que pode onerar não só o prédio contíguo, como 
também outros. Exige-se para efeito de eficácia erga omnes o registro do título constitutivo, 
no cartório de registro de imóveis. 
O prédio sobre o qual incide a restrição é considerado serviente e o prédio em favor do qual 
ela é estipulada recebe o nome de dominante. A servidão existe para maior comodidade ou 
utilidade do titular do imóvel, que poderá ser favorecido com a possibilidade de transitar pelo 
imóvel alheio, nele colher água, etc. O benefício auferido pelo titular do prédio dominante 
também pode decorrer de uma abstenção imposta ao prédio serviente, como não erguer muro 
acima de determinada altura para não prejudicar a vista de que o vizinho desfruta. Tem o 
dono do prédio dominante direito real sobre coisa alheia, ou seja, o direito de servir-se do 
prédio serviente para sua comodidade. 
Se um vizinho autoriza o outro a transitar por sua propriedade, esta relação de assenta no 
âmbito contratual. Eventual adquirente do imóvel não estará obrigado a tolerar a passagem do 
vizinho. Porém, se essa mesma situação constituir mediante declaração de vontade externada 
em escritura pública, levada a registro no registro de imóveis, se consolida o direito de 
servidão em favor do proprietário do imóvel dominante, que continuará com o direito de 
transitar sobre a propriedade vizinha, a despeito da mudança de proprietário do prédio 
serviente. 
A servidão de passagem e a passagem forçada não se confundem. A primeira é direito real de 
coisa alheia e decorre de uma melhor comodidade ou conveniência para o proprietário 
vizinho, que não precisa transitar por prédio alheio e surge, por vontade das partes. A 
passagem forçada é direito de vizinhança, imposto pela lei, em favor daquele que não 
consegue atingir via pública, por ter prédio encravado ou insulado. Sendo assim necessita 
passar pelo imóvel vizinho. A servidão depende do registro e permanece onerando o prédio 
ainda que haja mudança de proprietário. A passagem forçada independe de registro e somente 
persiste enquanto perdurar o encravamento. 
Características: 
A servidão é direito real sobre imóvel alheio, porque o titular do prédio dominante exerce 
sobre o prédio serviente um poder jurídico de desfrutar de um benefício instituído em seu 
favor, sem depender de qualquer intermediário; 
É direito imobiliário, por recair sobre bem imóvel; 
https://mariafgr.jusbrasil.com.br/artigos/177898460/direitos-reais-servidao-e-usufruto#comments
https://mariafgr.jusbrasil.com.br/
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É possível ter efeitos erga omnes; 
É direito acessório, por sua existência estar vinculada ao prédio dominante; 
Tem duração indefinida, pois uma vez instituída, passa a gravar o imóvel serviente, por tempo 
indeterminado, embora haja opinião em sentido diverso; 
É indivisível porque o ônus permanece íntegro ainda que haja divisão do prédio serviente ou 
do dominante; 
Os prédios devem pertencer a donos diferentes, de modo que não há como instituir servidão 
se dois prédios pertencerem à mesma pessoa; 
A servidão não se presume, pois constituindo um ônus ao proprietário de um imóvel, na 
dúvida, deve ser tida por inexistente; 
É inalienável, uma vez que o titular da servidão, que é dono do prédio dominante, não pode 
transferi-la a terceiro. 
Classificação: 
Positivas X Negativas: As positivas implicam na prática de um ato pelo titular da servidão 
sobre o prédio serviente, como a servidão de tirar água; As negativas importam em abstenção, 
como exemplo a servidão de não construir um muro acima de determinada altura. 
Contínuas X Descontínuas: As contínuas são aquelas que uma vez instituídas não 
dependem de ato humano para o seu exercício, como por exemplo a servidão de aqueduto, 
instalados os condutos próprios para que a água flua, a passagem da água pelo duto não 
depende de atividade humana; As descontínuas, ao contrário, são aquelas cujo exercício 
depende de ato humano, como por exemplo a servidão de passagem. Ainda que, no solo, 
tenham-se realizado obras, no sentido tornar viável a passagem, só se poderá dizer que a 
servidão é exercida quando alguém transita pelo caminho. 
Aparentes X Não Aparentes: As aparentes são aquelas que se revelam por sinais 
exteriores, podendo ser vistas pelo homem, como a de aqueduto, quando os condutos passam 
por sobre a superfície do terreno; As não aparentes são as que não possuem sinais exteriores, 
ou seja, não se pode afirmar que em determinado local há servidão, como por exemplo a 
servidão de aqueduto, quando os condutos são subterrâneos. 
Uma mesma servidão se presta a mais de uma classificação. 
Modos de Constituição: 
Contrato: Se o título constitutivo for um contrato e seu valor superar o limite, 30 salários 
mínimos, é necessária sua formalização por escritura pública. Se não ultrapassar esse valor 
admite-se instrumento particular para sua constituição. Independentemente do valor o 
registro no registro de imóveis é obrigatório. 
Testamento: A servidão que decorre de manifestação de vontade, em testamento, requer que 
o testador, em cláusula testamentária, externe sua vontade no sentido de que sobre o imóvel 
que vai transmitir a um herdeiro pese o ônus da servidão em favor de prédio que seja vizinho. 
Sentença: Pode decorrer a servidão de sentença proferida em ação de divisão do imóvel. Ao 
serem divididos e repartidos os quinhões, estabelecer-se-á servidão sobre um quinhão em 
favor de outro. 
Por destinação do proprietário: Ocorre quando dois imóveis pertencem a um mesmo 
proprietário e ele, enquanto proprietário desses imóveis, estabelece, para sua comodidade, 
sobre um dos imóveis, por exemplo, uma passagem invisível, exteriorizada por obras que a 
identifiquem. Essa situação denomina-se serventia. Se houver transferência de um dos 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
prédios a terceiro, o adquirente poderá ser beneficiado com uma servidão ou se sujeitar a ela, 
dependendo do prédio que adquira. 
Por usucapião: Requer posse mansa, pacífica e contínua por 10 anos, desde que o possuidor 
tenha justo título e boa fé. É necessário o transcurso do prazo de 20 anos de posse, se o 
possuidor não tiver título. 
Exercício de servidão: O proprietário do prédio dominante pode retirar da servidão as 
vantagens que possa proporcionar, dentro dos limites estabelecidos no ato constitutivo. Pode 
realizar obras no prédio serviente necessárias à sua conservação e uso. No caso de a servidão 
pertencer a mais de um prédio, as despesas serão custeadas pelos respectivos donos. Nada 
impede que, por acordo, fique a cargo do dono do prédio serviente a responsabilidade pelas 
obras referidas. Nesse caso, pode exonerar-se na obrigação abandonando total ou 
parcialmente a propriedade ao dono do prédio dominante. Se as obras forem muito caras para 
o dono do prédio serviente, pode ele para se livrar do ônus, abandonar a parte onerada com a 
servidão. Caso o proprietário do prédio dominante se recuse a receber a propriedade do 
serviente, ou parte dela, deverá custear as obras. 
O dono do prédio serviente pode remover a servidão de um local para outro e as suas custas, 
desde que não diminuaas vantagens do prédio dominante. Da mesma forma pode fazer o 
dono do prédio dominante, desde que haja considerável melhoria na utilidade e não 
prejudique o prédio serviente. 
Instituída uma servidão de trânsito, não está autorizado seu titular a retirar água, porque, 
constituída para certo fim, não se pode ampliar para outro. 
Caso as necessidades de cultura ou da indústria, do prédio dominante imponham à servidão 
maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la, mas tem direito a ser indenizado 
pelo excesso. 
Ações relativas a servidão: As ações que podem ser ajuizadas são: 
Possessória: O objetivo é proteger a posse da servidão, podendo ser ajuizada as ações de 
interdito proibitório, manutenção de posse ou reintegração de posse. 
Confessória: Se requer o reconhecimento da servidão como de titularidade daquele que 
acredita ser beneficiado com uma servidão. 
Negatória: Ajuizada por aquele que objetiva uma declaração judicial no sentido de que não há 
servidão no seu imóvel. 
Usucapião: Desde que a servidão seja aparente e tenham sido preenchidos os requisitos. 
Extinção da servidão: A servidão pode ser extinta: 
Pelo cancelamento do registro. Pode ser pedido pelo dono do prédio serviente, nas seguintes 
situações: quando o titular do prédio dominante houver renunciado à servidão; quando tiver 
cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou comodidade, que determinou a servidão; e 
quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão, desde que haja acordo nesse sentido; 
Pela reunião dos dois prédios na mesma pessoa; 
Pela supressão das respectivas obras, se a servidão for aparente; 
Pelo não uso por 10 anos contínuos; 
Pelo decurso do prazo se a servidão por constituída a termo ou implemento da condição, se a 
ela estiver subordinada. 
Provada a extinção por qualquer desses modos, o dono do prédio serviente está autorizado a 
requerer o cancelamento. 
USUFRUTO: 
Conceito: É direito real, temporário e intransmissível de fruir utilidades e frutos de coisa 
alheia móvel ou imóvel, corpórea ou incorpórea. 
O proprietário é titular do direito de usar, fruir, dispor bem como de reivindicar. Quando 
concede a outrem o direito de usar e fruir, constituiu em favor dessa pessoa o direito de 
usufruto. O usufrutuário tem direito de usar e fruir dentro dos limites legais, e dos limites 
impostos pelo proprietário. O proprietário passa a ser denominado nu-proprietário e a pessoa 
titular do direito real sobre coisa alheia usufrutuária. Sua constituição pode se dar quando o 
proprietário doa um bem, reservando para si o usufruto. O anterior proprietário será titular 
do direito real sobre coisa alheia, pois a coisa passou a ser do donatário. 
Características: 
É direito real sobre coisa alheia, pelo qual o usufrutuário pode usar e fruir, sem intermediação 
do nu-proprietário. O usufrutuário tem o direito de usar e gozar da coisa e dela retirar os 
frutos para a sua subsistência; 
É temporário, nunca perpétuo e poder ser fixado: por prazo determinado ou a termo; pela 
vida do usufrutuário, ou seja, vitalício; por uma causa, como a de permanecer usufrutuário 
enquanto estiver em tratamento de saúde; pelo prazo máximo de 30 anos, se constituído em 
favor de pessoa jurídica, se ela não extinguir antes; 
É inalienável, dado que não pode ser transferido a outra pessoa por ato inter vivos ou causa 
mortis. O usufrutuário não pode alienar o usufruto, constituindo outra pessoa usufrutuária 
em seu lugar, mas pode ceder o seu exercício a título gratuito ou oneroso. Compreende o 
exercício: o direito de usar e fruir, podendo assim, dar em comodato ou alugar o bem. Decorre 
da inalienabilidade a impenhorabilidade, já que em função da penhora, haveria a alienação 
forçada pelo juízo, transferindo o usufruto a terceiro, o que é proibido. Porém, admite-se a 
penhora sobre os frutos proporcionados pelo usufruto; 
É em regra gratuito, pois normalmente não se exige qualquer contraprestação. Porém é 
possível ser oneroso, onde ocorre que o nu-proprietário cede o bem em usufruto mediante 
uma remuneração; 
Tem por princípio função alimentar, pois por intermédio dele, se procura prover o 
usufrutuário de recursos para a sua sobrevivência. 
Objeto: Pode ser bens móveis, imóveis, coisas corpóreas ou incorpóreas, um patrimônio, ou 
parte de um patrimônio, abrangendo, no todo ou em parte, os frutos e as utilidades. 
Em essência, o usufrutuário recebe um bem para que dele retire benefícios, devendo devolvê-
lo ao nu-proprietário quando acabar o usufruto. Pode o usufruto se estender aos acessórios da 
coisa e seus acrescidos. Se entre os acessórios e acrescidos houver coisas consumíveis, o 
usufrutuário terá que restituir ao término do usufruto, o que ainda houver (devolve) e as 
outras (que usou) o equivalente em gênero, quantidade e qualidade, e não sendo possível, 
deverá restituir o seu valor, estimado ao tempo de restituição. Se o usufruto alcançar 
acessórios e acrescidos que se consomem pelo uso, não se pode dizer que isso se constitua 
como usufruto propriamente dito. Denomina-se essa situação de usufruto impróprio. O 
usufrutuário terá que devolver, ao término do usufruto, o equivalente em gênero, qualidade 
ou quantidade ou o valor respectivo. 
Modos de constituição: 
Por decorrência de lei: o usufruto instituído por força de lei visa proteger determinadas 
pessoas, por exemplo: em favor dos pais sobre bens dos filhos menores – esse usufruto se 
extingue com a maioridade dos filhos; em favor do cônjuge sobre os bens do outro, quando lhe 
competir tal direito; em favor da mulher brasileira casa com estrangeiro. 
O usufruto legal dispensa registro e prepondera no direito de família. 
Por ato de vontade ou convencional que engloba o contrato ou o testamento: pode-se 
constituir por ato inter vivos, quando o proprietário transfere a outrem o direito de usar e 
fruir, ou por meio de doação em que o proprietário se reserva o usufruto do bem doado. Pode 
ocorrer também por testamento, quando o testador constitui alguém nu-proprietário e outrem 
usufrutuário. 
Por prescrição aquisitiva ou usucapião: exige os pressupostos de posse e animus de 
usufrutuário, porque só é possível adquirir um direito, pela usucapião, se o usucapiente atuar 
como se fosse dele titular. 
Usufruto simultâneo ou conjunto e usufruto sucessivo: O usufruto simultâneo é 
aquele constituído em proveito de duas ou mais pessoas, extinguindo-se com a morte de cada 
usufrutuário, salvo se for estipulado expressamente o direito de acrescer. 
O usufruto sucessivo foi instituído em favor de uma pessoa para que após sua morte fosse 
transmitido a outra, porém não é admitido, porque a morte do usufrutuário é causa de 
extinção, inviabilizando a transmissão hereditária. 
A doa a B, reservando para si o usufruto vitalício e impondo sobre o imóvel do donatário B a 
cláusula de inalienabilidade. Na morte de A poderá B requerer o cancelamento da referida 
cláusula? 
Há dois posicionamentos, uns dizem que sim, outros que não. 
Direitos e deveres do usufrutuário e do nu-proprietário: O usufrutuário tem direito à 
posse, ao uso, à administração e à percepção dos frutos. O direito de alienação é do nu-
proprietário. A posse do usufrutuário é direta e a do nu-proprietário indireta. 
Os frutos produzidos pela coisa pertencem ao usufrutuário. São do usufrutuário os frutos 
naturais pendentes ao começar o usufruto e do nu-proprietário os pendentes ao tempo que 
cessar o usufruto. 
Cabem ao usufrutuário as crias de animais que são frutos naturais. Porém, deve restituir o 
mesmo número de cabeças de gado dadas em usufruto, então se houver morte de algum 
animal, deverão ser repostos com as crias. 
Quando acabar o usufruto, o usufrutuário deve entregar a coisa, adequadamente conservada, 
não sendo responsável pelo natural desgaste ou deterioração resultante do exercício regular 
do usufruto. 
O nu-proprietário tem direito de alienar a coisa, porém, o adquirente terá que respeitar o 
usufruto, que não se extingue pela alienação.Extinção do usufruto: 
Pela renúncia ou morte do usufrutuário. Se o usufruto recaiu sobre bem imóvel é necessário 
que o ato renunciativo seja levado ao registro de imóveis. A morte do usufrutuário também é 
causa de extinção do usufruto, com exceção de quando estipulado o direito de acrescer; 
Pelo termo de sua duração (acaba o prazo de duração); 
Pela extinção da pessoa jurídica, ou se ela perdurar, pelo decurso de 30 anos da data inicial do 
usufruto; 
Pela cessação do motivo que se origina; 
Pela destruição da coisa. Não existindo mais a coisa, cessa o usufruto. Sendo a perda parcial, 
subsiste o usufruto no remanescente; 
Pela consolidação. Ocorre quando a mesma pessoa passa a ser nua-proprietária e 
usufrutuária, como acontece quando o usufrutuário adquire a nua-propriedade; 
Por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora ou deixa arruinar os bens. Se o 
usufrutuário deixa de cumprir com suas obrigações, justo é que perca o direito de uso e 
fruição; 
Pelo não uso ou não fruição.

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