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APS - Direito Falimentar e Recuperacional

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Curso: Direito 
 
 
THALITA 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DE DIREITO FALIMENTAR E 
RECUPERACIONAL 
 
Atividade Prática Supervisionada entregue à 
matéria de Direito Falimentar e Recuperacional 
como critério parcial para obtenção de nota N1 
do Curso de Direito. 
Professor: X. 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
Novembro de 2022 
 
 
2 
 
Atividade Prática Supervisionada de 
Direito Falimentar e Recuperacional 
 
Atividade: O aluno deverá construir uma resenha crítica dos textos, correlacionando-os e 
expondo sua visão sobre a relevância da recuperação judicial e o papel das microempresas e 
empresas de pequeno porte. Deverá, ainda, relacionar a lei nacional com o Bankruptcy Act, 
1914. 
 
 A recuperação judicial, versão moderna da antiga concordata, começa com um pedido 
da própria empresa que passa por dificuldades. Ela ganha um fôlego com a suspensão 
temporária de cobranças, mas precisa apresentar uma estratégia de recuperação. 
 
 A maioria, associaria os termos a significados negativos e imaginariam que o falido 
aplicou um “golpe”. Isso se deve a grande influência que a legislação empresarial sofreu do 
Código Francês de 1808, em que sua principal finalidade era a punição do devedor, assim a 
legislação trouxe consigo uma bagagem de preconceitos que refletiram nas ideias da sociedade, 
resultando na concepção de que a insolvência é um motivo de desonra ou até mesmo um crime. 
 
 Evidentemente, existem ocorrências de empresários que chegaram à insolvência de 
forma insidiosa, todavia a condição pode suceder por diversos motivos. Como exemplo, a 
instabilidade econômica que acometeu o mundo durante a pandemia do Covid-19 e acarretou a 
quebra de diversas empresas que tiveram que encerrar suas atividades subitamente. 
 
 Nesse sentido, a Lei 11.105/05 que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a 
falência foi reformada com a promulgação da Lei 14.112/2020 e trouxe consigo várias 
novidades (saiba mais), objetivando, principalmente o soerguimento das empresas, dentre as 
quais se destaca o instituto do Fresh Start. 
 
 O instituto da Recuperação Judicial ou em sua tradução literal “novo começo” tem 
origem norte-americana e foi baseado no Bankrupcy Code - Código de Falência - dos Estados 
Unidos da América. Sua proposta é acelerar o procedimento de recuperação do empresário 
falido e possibilitar sua volta ao mercado, desvinculando-o da falência anterior. Com essa 
finalidade, foram introduzidas um conjunto de novas regras na nova Lei, destacando o art. 10, 
 
3 
 
§ 10, e o art. 158, inciso V, que permitem a extinção das obrigações do falido em apenas 3 (três) 
anos após o proferimento da sentença que decreta a falência. 
 
Art. 10, § 10. O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de 
crédito em, no máximo, 3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença 
que decretar a falência, sob pena de decadência. 
 
Art. 158, V. Extingue as obrigações do falido: V - O decurso do prazo de 3 (três) 
anos, contado da decretação da falência, ressalvada a utilização dos bens 
arrecadados anteriormente, que serão destinados à liquidação para a satisfação 
dos credores habilitados ou com pedido de reserva realizado. 
 
 Na Lei anterior, o prazo para a extinção das obrigações do falido em razão do decurso 
de tempo era de 5 (cinco) anos, contados do encerramento da falência e, apenas se o falido não 
fosse condenado por prática de crimes falimentares, no caso de condenação o prazo era de 10 
(dez) anos, também contados do encerramento do processo. 
 
 As mudanças ocasionadas pela reforma são relevantes, tanto no tempo quanto na 
materialidade, posto que basta o falido requerer a aplicação do Fresh Start e comprovar o 
decurso do prazo de 3 (três) anos, contados da decretação da falência, para que todas suas 
responsabilidades sejam extintas, já na materialidade é notável que o novo dispositivo trouxe 
diversos benefícios para o falido retornar ao mercado, bem como, procura mudar a ideia 
negativa do procedimento falimentar. 
 
 Entretanto, grandes juristas questionam se o modelo exportado do direito norte-
americano será viável para o Brasil, considerando que são culturas e sistemas diferentes, 
enquanto um adota o Common Law o outro é Civil Law. Além disso, nos EUA o empresário 
falido não é vexado, já no Brasil existe uma visão preconceituosa, como supramencionado. 
 
 A imagem do falido no direito brasileiro foi construída não pela noção de preferência 
pela tomada de riscos, mas sim pelo sentido de que ele age de forma desonesta e oportunista. 
 
 
4 
 
 Logo, são diferentes procedimentos até o retorno efetivo do empresário, porque um 
empresário falido ou recuperado precisa de capital novo para ter a oportunidade de abrir novos 
negócios e, como existe uma obscuridade sobre sua figura, tendo em vista que anteriormente 
causou prejuízos para o banco e fornecedores, é improvável que ele recupere os créditos que 
possuía antes. 
 
 Sendo assim, o Fresh Start é uma ferramenta muito importante e que contribui para a 
recomposição do mercado, além de ser oportunidade jamais vista no direito brasileiro para o 
restart dos empresários afetados pelas consequências da falência, mas a mudança legislativa 
pode não ser muito efetiva, visto que além da aplicação das regras, elas precisam ser respeitadas 
pela população em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Referências Bibliográficas 
 
1) BARBIERI, José Carlos. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da 
teoria à prática. São Paulo: Saraiva, 2009. Disponível online em Minha Biblioteca. 
 
2) Bankruptcy Act, 1914: 
http://www.legislation.gov.uk/ukpga/1914/59/pdfs/ukpga_19140059_en.pdf. 
 
http://www.legislation.gov.uk/ukpga/1914/59/pdfs/ukpga_19140059_en.pdf

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