Buscar

atividade 1 - lote 3000m

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atividade 1 
Contexto 
Um cliente está interessado em comprar uma área de 3.000 m² para futuramente construir um empreendimento imobiliário e implantar nele um condomínio residencial de luxo. Você auxiliou o cliente na busca da área, todavia, após muito trabalho, só conseguiram localizar três áreas lindeiras (ou seja, lado a lado) de 1.000 m² cada. 
O cliente gostou das três áreas e quer fechar o negócio. O seu objetivo é unificá-las para obter a metragem que deseja.
Explique quais são os procedimentos legais referentes às propostas e aos contratos de compra e venda de cada área.
O primeiro passo é elaborar uma proposta para cada um dos proprietários das áreas desejadas, colocando de maneira escrita os dados pessoais do comprador, o valor ofertado, forma de pagamento e também identificamos o objetivo do comprador de unificar e construir um condomínio de luxo. 
Após as partes entrarem em acordo, para formalizar o negócio elaboramos um Contrato de Compra e Venda. O contrato de compra e venda serve como um compromisso entre o comprador e o vendedor, no qual fica registrado a intenção do vendedor de entregar a posse do imóvel para o comprador, e este deverá disponibilizar a quantia correspondente ao valor acordado. Este contrato não deve ser elaborado antes de que sejam averiguadas a situação de cada lote, e suas certidões levantadas.
Diante do desejo do cliente de construir um empreendimento de 3.000 m² utilizando as três áreas adquiridas, o que você sugeriria para torná-las uma única área, considerando a Lei de Parcelamento de Solo Urbano (Lei 6.766/79)? 
Mediante o desejo do cliente, para satisfazer seus interesses, sugerimos ao mesmo um REMEMBRAMENTO, que consiste na unificação das três (03) matrículas que serão compradas para a criação de um único lote, que contará com uma nova matrícula própria e uma nova área com novas metragens de limites e confrontações. Antes de um terreno ser, de fato, um lote, ele é chamado de gleba. A gleba deve passar por um processo de registro no âmbito jurídico e administrativo, que vai fornecer a ela uma matrícula. Após esse registro, a gleba se transforma em lote e, enfim, pode ser unificada.
Importante salientar que nesta transformação, a gleba passa por uma análise ambiental – como do solo, por exemplo – com profissionais da área (topógrafos, engenheiros), que vão definir se ela é viável a se tornar um lote.
Além disso, outro critério para a unificação é que os terrenos precisam pertencer ao(s) mesmo(s) dono(s) ou pertencer a proprietários em comum.
Entenda que, no processo de como fazer a unificação de lotes, as matrículas (documento de registro de um espaço ou imóvel) de todos os terrenos se unificam em uma única. Dessa forma, as matrículas antigas ficam extintas.
Esses requisitos são assegurados legalmente pela Lei Nº 6.015/73.
Art. 234 – Quando dois ou mais imóveis contíguos pertencentes ao mesmo proprietário, constarem de matrículas autônomas, pode ele requerer a fusão destas em uma só, de novo número, encerrando-se as primitivas.
Art. 235 – Podem, ainda, ser unificados, com abertura de matrícula única:
I – dois ou mais imóveis constantes de transcrições anteriores a esta Lei, à margem das quais será averbada a abertura da matrícula que os unificar;
II – dois ou mais imóveis, registrados por ambos os sistemas, caso em que, nas transcrições, será feita a averbação prevista no item anterior, as matrículas serão encerradas na forma do artigo anterior.
III – 2 (dois) ou mais imóveis contíguos objeto de imissão provisória na posse registrada em nome da União, Estado, Município ou Distrito Federal.
Por último, um outro requisito é que o remembramento não pode precisar que se abram novas vias na região. Ou seja, para a unificação, a construção de novas ruas, avenidas e assim em diante, não é autorizada pelo município.
A documentação exigida é:
– Requerimento assinado pelo(s) proprietário(s), com firma reconhecida e que conste todos os imóveis e suas matrículas;
– Documento da Prefeitura atestando a unificação dos terrenos;
– Planta de antes e depois da unificação, assinada pelo profissional requerente;
– Matrícula atualizada do imóvel;
– Memorial descritivo, caso for necessário.

Continue navegando