Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Plano de Aprendizagem 1 Código e nome da disciplina ARA0151 MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS 2 Natureza Extensão 3 Carga horária semestral 80 4 Carga horária semanal 4 horas de Extensão 5 Perfil docente O docente deve ser graduado em Direito e possuir pósgraduação lato sensu (especialização), embora seja desejável a PósGraduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do Direito, com foco em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (Negociação, Mediação, Conciliação). É desejável que o docente possua experiência profissional na área de Direito, com experiência nos Métodos Adequados de Solução de Conflitos, além de competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que o componente curricular faz parte na Matriz Curricular. É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos. 6 Área temática Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça. 7 Linha eixo de extensão e pesquisa Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Direitos Humanos, Vulnerabilidades, Segurança Pública. 8 Competências a serem trabalhadas Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente: ? Habilidades socioemocionais necessárias para o estabelecimento de contato e a construção de parcerias com indivíduos e grupos diversos, flexibilidade cognitiva, centrado na resolução dos principais problemas do consumo sustentável e endividamento social, autonomia no aprendizado, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica, dialógica e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas, de forma interativa, colaborativa e coparticipativa. ? Resolução de conflitos complexos, uso dos meios consensuais de solução de conflitos, avaliação de risco, os meios litigiosos, capacidade de julgamento, tomada de decisão, planejamento estratégico, iniciativa, empatia, sensibilidade social, inclusão, comunicação assertiva com vistas a solução dos problemas jurídicossociais; 9 Ementa Os Métodos Adequados de Resolução de Conflitos. Negociação Empresarial. Mediação e Conciliação. A Arbitragem Brasileira. 10 Objetivos Analisar a existência de soluções multiportas de conflitos, com base nos fundamentos negociais e jurídicos, para a resolução de lides sociais? Aplicar os diferentes métodos de resolução de conflitos, bem como suas interações, para atender as diferentes perspectivas negociais no ambiente do Mercado? Construir soluções satisfatórias para os conflitos sociais, pautados pela ética e diversidade, para geração de inclusão e equidade? Liderar equipes, com base nas teorias de negociação, para criar um ambiente de maior produtividade? Definir estratégias que estimulem o envolvimento, a participação e o compromisso, com base negocial e jurídica, para solucionar conflitos de forma criativa e colaborativa. 11 Objetivos sociocomunitários Elaborar iniciativas de disseminação da cultura de paz, difundindo conhecimentos acerca da comunicação nãoviolenta, negociação, mediação, conciliação, para promover a prevenção e a solução adequada dos conflitos por meio de mecanismos consensuais que atendam às necessidades da comunidade impactada. 12 Descrição do público envolvido Famílias, comunidades, atores sociais, igrejas, organizações sociais/terceiro setor, entre outros interessados. 13 Justificativa De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justificase porque notase um assoberbamento do Poder Judiciário, com a insuficiência de recursos materiais e humanos. Segundo dados do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, referente ao ano de 2021, ingressaram no Poder Judiciário 27,7 milhões de casos novos, mesmo sendo baixados 26,9 milhões de processos. Esses casos novos se juntaram aos 77,3 milhões de casos pendentes. Esses dados estão diretamente conectados com a tradicional crença de que o Poder Judiciário como a principal forma de solução de conflitos na sociedade. Porém, a realidade contemporânea, de um número crescente de demandas pendentes e de morosidade das respostas jurisdicionais, permite a identificação da inadequação desse sistema para solução de todo e qualquer conflito. Em uma sociedade pluralística e diferenciada, complexa, portanto, o direito positivo se torna cada vez menos capaz de exerce a metarregulação das relações interpessoais, o que reivindica o desenvolvimento ou até mesmo a integração de mecanismos para contemplar as exigências contemporâneas. Como decorrência, começa a se fortalecer e a disseminarse uma cultura de uma justiça multiportas, de percepção de que há diversas formas de solução de um conflito, com uma opção mais adequada dependendo do conflito. Nessa perspectiva, fortalecemse os Métodos Consensuais, como a Mediação e a Conciliação, que possibilitam o tratamento adequado dos conflitos, solução efetiva das disputas e entrega da pacificação social, além do protagonismo dos próprios litigantes. É necessário, portanto, que essas técnicas sejam conhecidas e apropriadas, sobretudo pelos acadêmicos em formação, difundindoas então pela população em geral. 14 Procedimentos de ensinoaprendizagem O componente curricular de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos adotará a metodologia de aprendizagem por projetos orientados de problemas/demandas reais, alternandose com momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão do componente curricular consiste na construção de um Plano de Solução Consensual de Disputa. A atividade deve ser realizada seguindo os seguintes passos: 1) escolher um local ou público da comunidade e fazer contato para verificar a viabilidade de uma visita (O local pode ser uma escola, uma empresa, um condomínio, uma igreja, etc); 2) Obter a concordância do público impactado em se submeter a solução consensual, e a todas as atividades inerentes ao desenvolvimento do plano; 3) fazer levantamento dos conflitos existentes através de entrevistas ou rodas de conversa; 4) selecionar um ponto de disputa para verificar se os envolvidos concordam em tentar solucionálo consensualmente; 5) mapear quem poderia atuar como facilitador na disputa, podendo ser o núcleo de mediação do Tribunal de Justiça local ou qualquer outro parceiro, taiscomo um mediador judicial ou extrajudicial ou mesmo uma liderança local que possa intermediar o conflito como facilitador; 6) os alunos auxiliarão os envolvidos no conflito a construírem um plano de solução consensual, desenvolvendo uma análise do caso, com um breve resumo do conflito, a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso, a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo, zona de possível acordo (ZOPA) e a potencial agenda de uma solução consensual; 7) Quando for finalizada a construção dos planos de cada um dos envolvidos no conflito, com a concordância das partes, o plano deverá ser encaminhado ao facilitador. Importante destacar que quando acontecer a socialização do Plano de Solução Consensual de Disputa para a comunidade ou para a turma, por questões legais, não deve ser feita a identificação das partes, apenas a exposição dos fatos, a adequação da via eleita e justificativas das soluções propostas. No que diz respeito ao desenvolvimento acadêmico do projeto em sala de aula deve seguir as seguintes etapas: a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais) compartilhados com os alunos sobre a solução consensual de conflitos para embasar a atuação; c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes ao componente curricular). Vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4; d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4); e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, iniciar a elaboração do plano de solução consensual com todos os envolvidos, sendo um plano para cada envolvido. Nesse momento, será feita uma primeira etapa, em que conste uma síntese do conflito e a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso a partir da teoria (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5); f) Elaboração de Plano de Solução Consensual de Disputa, em que será feita a conclusão do plano de solução consensual com os envolvidos, incluindo a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo e a possível agenda de uma solução consensual. (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto); g) Desenvolvimento das ações planejadas: conferência dos planos com cada um dos envolvidos e encaminhamento ao facilitador, que atuará na mediação do conflito identificado. h) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. i) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante. 15 Temas de aprendizagem 1. OS MÉTODOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 1.2 AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO 1.3 MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 2. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 A ARTE DA NEGOCIAÇÃO 2.2 NEGOCIAÇÃO E VALORES ÉTICOS 2.3 NEGOCIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS 3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 3.1 COMENTÁRIOS SOBRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO SISTEMA MULTIPORTAS DO NOVO CPC (LEI 13.105/2015) 3.2 A CONCILIAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.3 MEDIAÇÃO 3.4 MODELOS DE MEDIAÇÃO 3.5 O PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO 4. ARBITRAGEM 4.1 CARACTERÍSTICAS DA ARBITRAGEM 4.2 CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 4.3 PROCEDIMENTO ARBITRAL 16 Procedimentos de avaliação O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular será composta da soma das notas das seguintes etapas 1. Pesquisa exploratória e referencial teórico ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro ? I Diagnóstico e Teorização). 2. Plano de Solução Consensual de Disputa ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 3,0 (atribuir até três pontos) (Vide Roteiro II Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto). 3. Entrega coletiva e individual: relatório final (2,0) (atribuir até dois pontos) e relato de experiência (1,0) (atribuir até um ponto). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão ? III Encerramento do Projeto). 4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados ? com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos). Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo; engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas para problemas. Para aprovação no componente curricular, o aluno deverá: ? atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF); ? obter frequência de no mínimo 75%. 17 Bibliografia básica DORECKI, A. C. Resolução pacífica de conflitos: alternativas para a segurança pública. Curitiba: Inter Saberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/47511/pdf/0? code=y/qf7s34uffRbXWQYo82daQgycfgz7aUj4NEgXjcKqgqZXwckvGbIjEtzS GARBELINI,V.M.P. Negociação e conflito. Curitiba: Inter Saberes, 2016. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37447/pdf/0? code=apVPKocoZc0Vf+OrcL7Kysvq4CVqS9V3JDyvh3lHyFmgM6ioEPK5ZGuC1P HANTOHORNE, Bruna de Oliveira Cordeiro. Métodos consensuais de solução de conflitos.. Curitiba: Editora Intersaberes Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/198385 18 Bibliografia complementar BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Brian. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1988. GOMES, Marília Studart Mendonça. Práticas colaborativas: uma alternativa de não litigância?. (Re)pensando Direito, Santo Ângelo, v. 09., n. 18., p. 8092, jul./dez. 2019.. Santo Angelo: (Re)pensando Direito, 2019. Disponível em: http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/direito/index GUILHERME, L. F. do V. de A. Manual dos MESCS Meios Extrajudiciais de solução de conflitos. São Paulo: Manole Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520461457/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 KAMEL, A. Y. Mediação e Arbitragem. Curitiba: Intersaberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/147874/pdf/0? code=5/iPJ7InTLic+JUZIZwTQfBiRmkjHCoqY6rHJCRA1v/zEzTdEHaoFg5Gk MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. Rio de Janeiro: Forense, 2022. Disponível em: Leitor Biblioteca Virtual Universitária(bvirtual.com.br) PESSOA, C. Negociação Aplicada. Como Utilizar as táticas e estratégias para transformar conflitos interpessoais em relacionamentos cooperativos.. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522464456/cfi/3!/4/4@0.00:0.00 TARTUCE, F. Mediação nos conflitos civis. 5. ed.. São Paulo: Método, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530983482/cfi/6/20!/4/252/2/2@0:31.4 VASCONCELOS, C. E. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. 6.ed.. São Paulo: Forense, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530981839/cfi/6/10!/4/20/2 Plano de Aprendizagem 1 Código e nome da disciplina ARA0151 MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS 2 Natureza Extensão 3 Carga horária semestral 80 4 Carga horária semanal 4 horas de Extensão 5 Perfil docente O docente deve ser graduado em Direito e possuir pósgraduação lato sensu (especialização), embora seja desejável a PósGraduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do Direito, com foco em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (Negociação, Mediação, Conciliação). É desejável que o docente possua experiência profissional na área de Direito, com experiência nos Métodos Adequados de Solução de Conflitos, além de competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que o componente curricular faz parte na Matriz Curricular. É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos. 6 Área temática Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça. 7 Linha eixo de extensão e pesquisa Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Direitos Humanos, Vulnerabilidades, Segurança Pública. 8 Competências a serem trabalhadas Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente: ? Habilidades socioemocionais necessárias para o estabelecimento de contato e a construção de parcerias com indivíduos e grupos diversos, flexibilidade cognitiva, centrado na resolução dos principais problemas do consumo sustentável e endividamento social, autonomia no aprendizado, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica, dialógica e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas, de forma interativa, colaborativa e coparticipativa. ? Resolução de conflitos complexos, uso dos meios consensuais de solução de conflitos, avaliação de risco, os meios litigiosos, capacidade de julgamento, tomada de decisão, planejamento estratégico, iniciativa, empatia, sensibilidade social, inclusão, comunicação assertiva com vistas a solução dos problemas jurídicossociais; 9 Ementa Os Métodos Adequados de Resolução de Conflitos. Negociação Empresarial. Mediação e Conciliação. A Arbitragem Brasileira. 10 Objetivos Analisar a existência de soluções multiportas de conflitos, com base nos fundamentos negociais e jurídicos, para a resolução de lides sociais? Aplicar os diferentes métodos de resolução de conflitos, bem como suas interações, para atender as diferentes perspectivas negociais no ambiente do Mercado? Construir soluções satisfatórias para os conflitos sociais, pautados pela ética e diversidade, para geração de inclusão e equidade? Liderar equipes, com base nas teorias de negociação, para criar um ambiente de maior produtividade? Definir estratégias que estimulem o envolvimento, a participação e o compromisso, com base negocial e jurídica, para solucionar conflitos de forma criativa e colaborativa. 11 Objetivos sociocomunitários Elaborar iniciativas de disseminação da cultura de paz, difundindo conhecimentos acerca da comunicação nãoviolenta, negociação, mediação, conciliação, para promover a prevenção e a solução adequada dos conflitos por meio de mecanismos consensuais que atendam às necessidades da comunidade impactada. 12 Descrição do público envolvido Famílias, comunidades, atores sociais, igrejas, organizações sociais/terceiro setor, entre outros interessados. 13 Justificativa De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justificase porque notase um assoberbamento do Poder Judiciário, com a insuficiência de recursos materiais e humanos. Segundo dados do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, referente ao ano de 2021, ingressaram no Poder Judiciário 27,7 milhões de casos novos, mesmo sendo baixados 26,9 milhões de processos. Esses casos novos se juntaram aos 77,3 milhões de casos pendentes. Esses dados estão diretamente conectados com a tradicional crença de que o Poder Judiciário como a principal forma de solução de conflitos na sociedade. Porém, a realidade contemporânea, de um número crescente de demandas pendentes e de morosidade das respostas jurisdicionais, permite a identificação da inadequação desse sistema para solução de todo e qualquer conflito. Em uma sociedade pluralística e diferenciada, complexa, portanto, o direito positivo se torna cada vez menos capaz de exerce a metarregulação das relações interpessoais, o que reivindica o desenvolvimento ou até mesmo a integração de mecanismos para contemplar as exigências contemporâneas. Como decorrência, começa a se fortalecer e a disseminarse uma cultura de uma justiça multiportas, de percepção de que há diversas formas de solução de um conflito, com uma opção mais adequada dependendo do conflito. Nessa perspectiva, fortalecemse os Métodos Consensuais, como a Mediação e a Conciliação, que possibilitam o tratamento adequado dos conflitos, solução efetiva das disputas e entrega da pacificação social, além do protagonismo dos próprios litigantes. É necessário, portanto, que essas técnicas sejam conhecidas e apropriadas, sobretudo pelos acadêmicos em formação, difundindoas então pela população em geral. 14 Procedimentos de ensinoaprendizagem O componente curricular de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos adotará a metodologia de aprendizagem por projetos orientados de problemas/demandas reais, alternandose com momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão do componente curricular consiste na construção de um Plano de Solução Consensual de Disputa. A atividade deve ser realizada seguindo os seguintes passos: 1) escolher um localou público da comunidade e fazer contato para verificar a viabilidade de uma visita (O local pode ser uma escola, uma empresa, um condomínio, uma igreja, etc); 2) Obter a concordância do público impactado em se submeter a solução consensual, e a todas as atividades inerentes ao desenvolvimento do plano; 3) fazer levantamento dos conflitos existentes através de entrevistas ou rodas de conversa; 4) selecionar um ponto de disputa para verificar se os envolvidos concordam em tentar solucionálo consensualmente; 5) mapear quem poderia atuar como facilitador na disputa, podendo ser o núcleo de mediação do Tribunal de Justiça local ou qualquer outro parceiro, tais como um mediador judicial ou extrajudicial ou mesmo uma liderança local que possa intermediar o conflito como facilitador; 6) os alunos auxiliarão os envolvidos no conflito a construírem um plano de solução consensual, desenvolvendo uma análise do caso, com um breve resumo do conflito, a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso, a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo, zona de possível acordo (ZOPA) e a potencial agenda de uma solução consensual; 7) Quando for finalizada a construção dos planos de cada um dos envolvidos no conflito, com a concordância das partes, o plano deverá ser encaminhado ao facilitador. Importante destacar que quando acontecer a socialização do Plano de Solução Consensual de Disputa para a comunidade ou para a turma, por questões legais, não deve ser feita a identificação das partes, apenas a exposição dos fatos, a adequação da via eleita e justificativas das soluções propostas. No que diz respeito ao desenvolvimento acadêmico do projeto em sala de aula deve seguir as seguintes etapas: a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais) compartilhados com os alunos sobre a solução consensual de conflitos para embasar a atuação; c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes ao componente curricular). Vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4; d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4); e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, iniciar a elaboração do plano de solução consensual com todos os envolvidos, sendo um plano para cada envolvido. Nesse momento, será feita uma primeira etapa, em que conste uma síntese do conflito e a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso a partir da teoria (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5); f) Elaboração de Plano de Solução Consensual de Disputa, em que será feita a conclusão do plano de solução consensual com os envolvidos, incluindo a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo e a possível agenda de uma solução consensual. (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto); g) Desenvolvimento das ações planejadas: conferência dos planos com cada um dos envolvidos e encaminhamento ao facilitador, que atuará na mediação do conflito identificado. h) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. i) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante. 15 Temas de aprendizagem 1. OS MÉTODOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 1.2 AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO 1.3 MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 2. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 A ARTE DA NEGOCIAÇÃO 2.2 NEGOCIAÇÃO E VALORES ÉTICOS 2.3 NEGOCIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS 3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 3.1 COMENTÁRIOS SOBRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO SISTEMA MULTIPORTAS DO NOVO CPC (LEI 13.105/2015) 3.2 A CONCILIAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.3 MEDIAÇÃO 3.4 MODELOS DE MEDIAÇÃO 3.5 O PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO 4. ARBITRAGEM 4.1 CARACTERÍSTICAS DA ARBITRAGEM 4.2 CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 4.3 PROCEDIMENTO ARBITRAL 16 Procedimentos de avaliação O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular será composta da soma das notas das seguintes etapas 1. Pesquisa exploratória e referencial teórico ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro ? I Diagnóstico e Teorização). 2. Plano de Solução Consensual de Disputa ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 3,0 (atribuir até três pontos) (Vide Roteiro II Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto). 3. Entrega coletiva e individual: relatório final (2,0) (atribuir até dois pontos) e relato de experiência (1,0) (atribuir até um ponto). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão ? III Encerramento do Projeto). 4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados ? com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos). Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo; engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas para problemas. Para aprovação no componente curricular, o aluno deverá: ? atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF); ? obter frequência de no mínimo 75%. 17 Bibliografia básica DORECKI, A. C. Resolução pacífica de conflitos: alternativas para a segurança pública. Curitiba: Inter Saberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/47511/pdf/0? code=y/qf7s34uffRbXWQYo82daQgycfgz7aUj4NEgXjcKqgqZXwckvGbIjEtzS GARBELINI,V.M.P. Negociação e conflito. Curitiba: Inter Saberes, 2016. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37447/pdf/0? code=apVPKocoZc0Vf+OrcL7Kysvq4CVqS9V3JDyvh3lHyFmgM6ioEPK5ZGuC1P HANTOHORNE, Bruna de Oliveira Cordeiro. Métodos consensuais de solução de conflitos.. Curitiba: Editora Intersaberes Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/198385 18 Bibliografia complementar BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Brian. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1988. GOMES, Marília Studart Mendonça. Práticas colaborativas: uma alternativa de não litigância?. (Re)pensando Direito, Santo Ângelo, v. 09., n. 18., p. 8092, jul./dez. 2019.. Santo Angelo: (Re)pensando Direito, 2019. Disponível em: http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/direito/indexGUILHERME, L. F. do V. de A. Manual dos MESCS Meios Extrajudiciais de solução de conflitos. São Paulo: Manole Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520461457/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 KAMEL, A. Y. Mediação e Arbitragem. Curitiba: Intersaberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/147874/pdf/0? code=5/iPJ7InTLic+JUZIZwTQfBiRmkjHCoqY6rHJCRA1v/zEzTdEHaoFg5Gk MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. Rio de Janeiro: Forense, 2022. Disponível em: Leitor Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br) PESSOA, C. Negociação Aplicada. Como Utilizar as táticas e estratégias para transformar conflitos interpessoais em relacionamentos cooperativos.. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522464456/cfi/3!/4/4@0.00:0.00 TARTUCE, F. Mediação nos conflitos civis. 5. ed.. São Paulo: Método, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530983482/cfi/6/20!/4/252/2/2@0:31.4 VASCONCELOS, C. E. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. 6.ed.. São Paulo: Forense, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530981839/cfi/6/10!/4/20/2 Plano de Aprendizagem 1 Código e nome da disciplina ARA0151 MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS 2 Natureza Extensão 3 Carga horária semestral 80 4 Carga horária semanal 4 horas de Extensão 5 Perfil docente O docente deve ser graduado em Direito e possuir pósgraduação lato sensu (especialização), embora seja desejável a PósGraduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do Direito, com foco em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (Negociação, Mediação, Conciliação). É desejável que o docente possua experiência profissional na área de Direito, com experiência nos Métodos Adequados de Solução de Conflitos, além de competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que o componente curricular faz parte na Matriz Curricular. É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos. 6 Área temática Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça. 7 Linha eixo de extensão e pesquisa Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Direitos Humanos, Vulnerabilidades, Segurança Pública. 8 Competências a serem trabalhadas Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente: ? Habilidades socioemocionais necessárias para o estabelecimento de contato e a construção de parcerias com indivíduos e grupos diversos, flexibilidade cognitiva, centrado na resolução dos principais problemas do consumo sustentável e endividamento social, autonomia no aprendizado, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica, dialógica e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas, de forma interativa, colaborativa e coparticipativa. ? Resolução de conflitos complexos, uso dos meios consensuais de solução de conflitos, avaliação de risco, os meios litigiosos, capacidade de julgamento, tomada de decisão, planejamento estratégico, iniciativa, empatia, sensibilidade social, inclusão, comunicação assertiva com vistas a solução dos problemas jurídicossociais; 9 Ementa Os Métodos Adequados de Resolução de Conflitos. Negociação Empresarial. Mediação e Conciliação. A Arbitragem Brasileira. 10 Objetivos Analisar a existência de soluções multiportas de conflitos, com base nos fundamentos negociais e jurídicos, para a resolução de lides sociais? Aplicar os diferentes métodos de resolução de conflitos, bem como suas interações, para atender as diferentes perspectivas negociais no ambiente do Mercado? Construir soluções satisfatórias para os conflitos sociais, pautados pela ética e diversidade, para geração de inclusão e equidade? Liderar equipes, com base nas teorias de negociação, para criar um ambiente de maior produtividade? Definir estratégias que estimulem o envolvimento, a participação e o compromisso, com base negocial e jurídica, para solucionar conflitos de forma criativa e colaborativa. 11 Objetivos sociocomunitários Elaborar iniciativas de disseminação da cultura de paz, difundindo conhecimentos acerca da comunicação nãoviolenta, negociação, mediação, conciliação, para promover a prevenção e a solução adequada dos conflitos por meio de mecanismos consensuais que atendam às necessidades da comunidade impactada. 12 Descrição do público envolvido Famílias, comunidades, atores sociais, igrejas, organizações sociais/terceiro setor, entre outros interessados. 13 Justificativa De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justificase porque notase um assoberbamento do Poder Judiciário, com a insuficiência de recursos materiais e humanos. Segundo dados do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, referente ao ano de 2021, ingressaram no Poder Judiciário 27,7 milhões de casos novos, mesmo sendo baixados 26,9 milhões de processos. Esses casos novos se juntaram aos 77,3 milhões de casos pendentes. Esses dados estão diretamente conectados com a tradicional crença de que o Poder Judiciário como a principal forma de solução de conflitos na sociedade. Porém, a realidade contemporânea, de um número crescente de demandas pendentes e de morosidade das respostas jurisdicionais, permite a identificação da inadequação desse sistema para solução de todo e qualquer conflito. Em uma sociedade pluralística e diferenciada, complexa, portanto, o direito positivo se torna cada vez menos capaz de exerce a metarregulação das relações interpessoais, o que reivindica o desenvolvimento ou até mesmo a integração de mecanismos para contemplar as exigências contemporâneas. Como decorrência, começa a se fortalecer e a disseminarse uma cultura de uma justiça multiportas, de percepção de que há diversas formas de solução de um conflito, com uma opção mais adequada dependendo do conflito. Nessa perspectiva, fortalecemse os Métodos Consensuais, como a Mediação e a Conciliação, que possibilitam o tratamento adequado dos conflitos, solução efetiva das disputas e entrega da pacificação social, além do protagonismo dos próprios litigantes. É necessário,portanto, que essas técnicas sejam conhecidas e apropriadas, sobretudo pelos acadêmicos em formação, difundindoas então pela população em geral. 14 Procedimentos de ensinoaprendizagem O componente curricular de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos adotará a metodologia de aprendizagem por projetos orientados de problemas/demandas reais, alternandose com momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão do componente curricular consiste na construção de um Plano de Solução Consensual de Disputa. A atividade deve ser realizada seguindo os seguintes passos: 1) escolher um local ou público da comunidade e fazer contato para verificar a viabilidade de uma visita (O local pode ser uma escola, uma empresa, um condomínio, uma igreja, etc); 2) Obter a concordância do público impactado em se submeter a solução consensual, e a todas as atividades inerentes ao desenvolvimento do plano; 3) fazer levantamento dos conflitos existentes através de entrevistas ou rodas de conversa; 4) selecionar um ponto de disputa para verificar se os envolvidos concordam em tentar solucionálo consensualmente; 5) mapear quem poderia atuar como facilitador na disputa, podendo ser o núcleo de mediação do Tribunal de Justiça local ou qualquer outro parceiro, tais como um mediador judicial ou extrajudicial ou mesmo uma liderança local que possa intermediar o conflito como facilitador; 6) os alunos auxiliarão os envolvidos no conflito a construírem um plano de solução consensual, desenvolvendo uma análise do caso, com um breve resumo do conflito, a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso, a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo, zona de possível acordo (ZOPA) e a potencial agenda de uma solução consensual; 7) Quando for finalizada a construção dos planos de cada um dos envolvidos no conflito, com a concordância das partes, o plano deverá ser encaminhado ao facilitador. Importante destacar que quando acontecer a socialização do Plano de Solução Consensual de Disputa para a comunidade ou para a turma, por questões legais, não deve ser feita a identificação das partes, apenas a exposição dos fatos, a adequação da via eleita e justificativas das soluções propostas. No que diz respeito ao desenvolvimento acadêmico do projeto em sala de aula deve seguir as seguintes etapas: a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais) compartilhados com os alunos sobre a solução consensual de conflitos para embasar a atuação; c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes ao componente curricular). Vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4; d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4); e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, iniciar a elaboração do plano de solução consensual com todos os envolvidos, sendo um plano para cada envolvido. Nesse momento, será feita uma primeira etapa, em que conste uma síntese do conflito e a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso a partir da teoria (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5); f) Elaboração de Plano de Solução Consensual de Disputa, em que será feita a conclusão do plano de solução consensual com os envolvidos, incluindo a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo e a possível agenda de uma solução consensual. (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto); g) Desenvolvimento das ações planejadas: conferência dos planos com cada um dos envolvidos e encaminhamento ao facilitador, que atuará na mediação do conflito identificado. h) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. i) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante. 15 Temas de aprendizagem 1. OS MÉTODOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 1.2 AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO 1.3 MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 2. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 A ARTE DA NEGOCIAÇÃO 2.2 NEGOCIAÇÃO E VALORES ÉTICOS 2.3 NEGOCIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS 3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 3.1 COMENTÁRIOS SOBRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO SISTEMA MULTIPORTAS DO NOVO CPC (LEI 13.105/2015) 3.2 A CONCILIAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.3 MEDIAÇÃO 3.4 MODELOS DE MEDIAÇÃO 3.5 O PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO 4. ARBITRAGEM 4.1 CARACTERÍSTICAS DA ARBITRAGEM 4.2 CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 4.3 PROCEDIMENTO ARBITRAL 16 Procedimentos de avaliação O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular será composta da soma das notas das seguintes etapas 1. Pesquisa exploratória e referencial teórico ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro ? I Diagnóstico e Teorização). 2. Plano de Solução Consensual de Disputa ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 3,0 (atribuir até três pontos) (Vide Roteiro II Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto). 3. Entrega coletiva e individual: relatório final (2,0) (atribuir até dois pontos) e relato de experiência (1,0) (atribuir até um ponto). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão ? III Encerramento do Projeto). 4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados ? com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos). Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo; engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas para problemas. Para aprovação no componente curricular, o aluno deverá: ? atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF); ? obter frequência de no mínimo 75%. 17 Bibliografia básica DORECKI, A. C. Resolução pacífica de conflitos: alternativas para a segurança pública. Curitiba: Inter Saberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/47511/pdf/0? code=y/qf7s34uffRbXWQYo82daQgycfgz7aUj4NEgXjcKqgqZXwckvGbIjEtzS GARBELINI,V.M.P. Negociação e conflito. Curitiba: Inter Saberes, 2016. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37447/pdf/0? code=apVPKocoZc0Vf+OrcL7Kysvq4CVqS9V3JDyvh3lHyFmgM6ioEPK5ZGuC1P HANTOHORNE, Bruna de Oliveira Cordeiro. Métodos consensuais de solução de conflitos.. Curitiba: Editora Intersaberes Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/19838518 Bibliografia complementar BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Brian. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1988. GOMES, Marília Studart Mendonça. Práticas colaborativas: uma alternativa de não litigância?. (Re)pensando Direito, Santo Ângelo, v. 09., n. 18., p. 8092, jul./dez. 2019.. Santo Angelo: (Re)pensando Direito, 2019. Disponível em: http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/direito/index GUILHERME, L. F. do V. de A. Manual dos MESCS Meios Extrajudiciais de solução de conflitos. São Paulo: Manole Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520461457/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 KAMEL, A. Y. Mediação e Arbitragem. Curitiba: Intersaberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/147874/pdf/0? code=5/iPJ7InTLic+JUZIZwTQfBiRmkjHCoqY6rHJCRA1v/zEzTdEHaoFg5Gk MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. Rio de Janeiro: Forense, 2022. Disponível em: Leitor Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br) PESSOA, C. Negociação Aplicada. Como Utilizar as táticas e estratégias para transformar conflitos interpessoais em relacionamentos cooperativos.. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522464456/cfi/3!/4/4@0.00:0.00 TARTUCE, F. Mediação nos conflitos civis. 5. ed.. São Paulo: Método, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530983482/cfi/6/20!/4/252/2/2@0:31.4 VASCONCELOS, C. E. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. 6.ed.. São Paulo: Forense, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530981839/cfi/6/10!/4/20/2 Plano de Aprendizagem 1 Código e nome da disciplina ARA0151 MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS 2 Natureza Extensão 3 Carga horária semestral 80 4 Carga horária semanal 4 horas de Extensão 5 Perfil docente O docente deve ser graduado em Direito e possuir pósgraduação lato sensu (especialização), embora seja desejável a PósGraduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do Direito, com foco em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (Negociação, Mediação, Conciliação). É desejável que o docente possua experiência profissional na área de Direito, com experiência nos Métodos Adequados de Solução de Conflitos, além de competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que o componente curricular faz parte na Matriz Curricular. É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos. 6 Área temática Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça. 7 Linha eixo de extensão e pesquisa Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Direitos Humanos, Vulnerabilidades, Segurança Pública. 8 Competências a serem trabalhadas Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente: ? Habilidades socioemocionais necessárias para o estabelecimento de contato e a construção de parcerias com indivíduos e grupos diversos, flexibilidade cognitiva, centrado na resolução dos principais problemas do consumo sustentável e endividamento social, autonomia no aprendizado, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica, dialógica e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas, de forma interativa, colaborativa e coparticipativa. ? Resolução de conflitos complexos, uso dos meios consensuais de solução de conflitos, avaliação de risco, os meios litigiosos, capacidade de julgamento, tomada de decisão, planejamento estratégico, iniciativa, empatia, sensibilidade social, inclusão, comunicação assertiva com vistas a solução dos problemas jurídicossociais; 9 Ementa Os Métodos Adequados de Resolução de Conflitos. Negociação Empresarial. Mediação e Conciliação. A Arbitragem Brasileira. 10 Objetivos Analisar a existência de soluções multiportas de conflitos, com base nos fundamentos negociais e jurídicos, para a resolução de lides sociais? Aplicar os diferentes métodos de resolução de conflitos, bem como suas interações, para atender as diferentes perspectivas negociais no ambiente do Mercado? Construir soluções satisfatórias para os conflitos sociais, pautados pela ética e diversidade, para geração de inclusão e equidade? Liderar equipes, com base nas teorias de negociação, para criar um ambiente de maior produtividade? Definir estratégias que estimulem o envolvimento, a participação e o compromisso, com base negocial e jurídica, para solucionar conflitos de forma criativa e colaborativa. 11 Objetivos sociocomunitários Elaborar iniciativas de disseminação da cultura de paz, difundindo conhecimentos acerca da comunicação nãoviolenta, negociação, mediação, conciliação, para promover a prevenção e a solução adequada dos conflitos por meio de mecanismos consensuais que atendam às necessidades da comunidade impactada. 12 Descrição do público envolvido Famílias, comunidades, atores sociais, igrejas, organizações sociais/terceiro setor, entre outros interessados. 13 Justificativa De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justificase porque notase um assoberbamento do Poder Judiciário, com a insuficiência de recursos materiais e humanos. Segundo dados do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, referente ao ano de 2021, ingressaram no Poder Judiciário 27,7 milhões de casos novos, mesmo sendo baixados 26,9 milhões de processos. Esses casos novos se juntaram aos 77,3 milhões de casos pendentes. Esses dados estão diretamente conectados com a tradicional crença de que o Poder Judiciário como a principal forma de solução de conflitos na sociedade. Porém, a realidade contemporânea, de um número crescente de demandas pendentes e de morosidade das respostas jurisdicionais, permite a identificação da inadequação desse sistema para solução de todo e qualquer conflito. Em uma sociedade pluralística e diferenciada, complexa, portanto, o direito positivo se torna cada vez menos capaz de exerce a metarregulação das relaçõesinterpessoais, o que reivindica o desenvolvimento ou até mesmo a integração de mecanismos para contemplar as exigências contemporâneas. Como decorrência, começa a se fortalecer e a disseminarse uma cultura de uma justiça multiportas, de percepção de que há diversas formas de solução de um conflito, com uma opção mais adequada dependendo do conflito. Nessa perspectiva, fortalecemse os Métodos Consensuais, como a Mediação e a Conciliação, que possibilitam o tratamento adequado dos conflitos, solução efetiva das disputas e entrega da pacificação social, além do protagonismo dos próprios litigantes. É necessário, portanto, que essas técnicas sejam conhecidas e apropriadas, sobretudo pelos acadêmicos em formação, difundindoas então pela população em geral. 14 Procedimentos de ensinoaprendizagem O componente curricular de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos adotará a metodologia de aprendizagem por projetos orientados de problemas/demandas reais, alternandose com momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão do componente curricular consiste na construção de um Plano de Solução Consensual de Disputa. A atividade deve ser realizada seguindo os seguintes passos: 1) escolher um local ou público da comunidade e fazer contato para verificar a viabilidade de uma visita (O local pode ser uma escola, uma empresa, um condomínio, uma igreja, etc); 2) Obter a concordância do público impactado em se submeter a solução consensual, e a todas as atividades inerentes ao desenvolvimento do plano; 3) fazer levantamento dos conflitos existentes através de entrevistas ou rodas de conversa; 4) selecionar um ponto de disputa para verificar se os envolvidos concordam em tentar solucionálo consensualmente; 5) mapear quem poderia atuar como facilitador na disputa, podendo ser o núcleo de mediação do Tribunal de Justiça local ou qualquer outro parceiro, tais como um mediador judicial ou extrajudicial ou mesmo uma liderança local que possa intermediar o conflito como facilitador; 6) os alunos auxiliarão os envolvidos no conflito a construírem um plano de solução consensual, desenvolvendo uma análise do caso, com um breve resumo do conflito, a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso, a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo, zona de possível acordo (ZOPA) e a potencial agenda de uma solução consensual; 7) Quando for finalizada a construção dos planos de cada um dos envolvidos no conflito, com a concordância das partes, o plano deverá ser encaminhado ao facilitador. Importante destacar que quando acontecer a socialização do Plano de Solução Consensual de Disputa para a comunidade ou para a turma, por questões legais, não deve ser feita a identificação das partes, apenas a exposição dos fatos, a adequação da via eleita e justificativas das soluções propostas. No que diz respeito ao desenvolvimento acadêmico do projeto em sala de aula deve seguir as seguintes etapas: a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais) compartilhados com os alunos sobre a solução consensual de conflitos para embasar a atuação; c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes ao componente curricular). Vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4; d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4); e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, iniciar a elaboração do plano de solução consensual com todos os envolvidos, sendo um plano para cada envolvido. Nesse momento, será feita uma primeira etapa, em que conste uma síntese do conflito e a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso a partir da teoria (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5); f) Elaboração de Plano de Solução Consensual de Disputa, em que será feita a conclusão do plano de solução consensual com os envolvidos, incluindo a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo e a possível agenda de uma solução consensual. (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto); g) Desenvolvimento das ações planejadas: conferência dos planos com cada um dos envolvidos e encaminhamento ao facilitador, que atuará na mediação do conflito identificado. h) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. i) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante. 15 Temas de aprendizagem 1. OS MÉTODOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 1.2 AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO 1.3 MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 2. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 A ARTE DA NEGOCIAÇÃO 2.2 NEGOCIAÇÃO E VALORES ÉTICOS 2.3 NEGOCIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS 3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 3.1 COMENTÁRIOS SOBRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO SISTEMA MULTIPORTAS DO NOVO CPC (LEI 13.105/2015) 3.2 A CONCILIAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.3 MEDIAÇÃO 3.4 MODELOS DE MEDIAÇÃO 3.5 O PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO 4. ARBITRAGEM 4.1 CARACTERÍSTICAS DA ARBITRAGEM 4.2 CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 4.3 PROCEDIMENTO ARBITRAL 16 Procedimentos de avaliação O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular será composta da soma das notas das seguintes etapas 1. Pesquisa exploratória e referencial teórico ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro ? I Diagnóstico e Teorização). 2. Plano de Solução Consensual de Disputa ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 3,0 (atribuir até três pontos) (Vide Roteiro II Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto). 3. Entrega coletiva e individual: relatório final (2,0) (atribuir até dois pontos) e relato de experiência (1,0) (atribuir até um ponto). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão ? III Encerramento do Projeto). 4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados ? com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos). Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo; engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas para problemas. Para aprovação no componente curricular, o aluno deverá: ? atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF); ? obter frequência de no mínimo 75%. 17 Bibliografia básicaDORECKI, A. C. Resolução pacífica de conflitos: alternativas para a segurança pública. Curitiba: Inter Saberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/47511/pdf/0? code=y/qf7s34uffRbXWQYo82daQgycfgz7aUj4NEgXjcKqgqZXwckvGbIjEtzS GARBELINI,V.M.P. Negociação e conflito. Curitiba: Inter Saberes, 2016. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/37447/pdf/0? code=apVPKocoZc0Vf+OrcL7Kysvq4CVqS9V3JDyvh3lHyFmgM6ioEPK5ZGuC1P HANTOHORNE, Bruna de Oliveira Cordeiro. Métodos consensuais de solução de conflitos.. Curitiba: Editora Intersaberes Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/198385 18 Bibliografia complementar BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Brian. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1988. GOMES, Marília Studart Mendonça. Práticas colaborativas: uma alternativa de não litigância?. (Re)pensando Direito, Santo Ângelo, v. 09., n. 18., p. 8092, jul./dez. 2019.. Santo Angelo: (Re)pensando Direito, 2019. Disponível em: http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/direito/index GUILHERME, L. F. do V. de A. Manual dos MESCS Meios Extrajudiciais de solução de conflitos. São Paulo: Manole Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520461457/cfi/5!/4/4@0.00:0.00 KAMEL, A. Y. Mediação e Arbitragem. Curitiba: Intersaberes, 2017. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/147874/pdf/0? code=5/iPJ7InTLic+JUZIZwTQfBiRmkjHCoqY6rHJCRA1v/zEzTdEHaoFg5Gk MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. Rio de Janeiro: Forense, 2022. Disponível em: Leitor Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br) PESSOA, C. Negociação Aplicada. Como Utilizar as táticas e estratégias para transformar conflitos interpessoais em relacionamentos cooperativos.. São Paulo: Atlas, 2009. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522464456/cfi/3!/4/4@0.00:0.00 TARTUCE, F. Mediação nos conflitos civis. 5. ed.. São Paulo: Método, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530983482/cfi/6/20!/4/252/2/2@0:31.4 VASCONCELOS, C. E. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. 6.ed.. São Paulo: Forense, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530981839/cfi/6/10!/4/20/2 Plano de Aprendizagem 1 Código e nome da disciplina ARA0151 MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS 2 Natureza Extensão 3 Carga horária semestral 80 4 Carga horária semanal 4 horas de Extensão 5 Perfil docente O docente deve ser graduado em Direito e possuir pósgraduação lato sensu (especialização), embora seja desejável a PósGraduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do Direito, com foco em Métodos Adequados de Solução de Conflitos (Negociação, Mediação, Conciliação). É desejável que o docente possua experiência profissional na área de Direito, com experiência nos Métodos Adequados de Solução de Conflitos, além de competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos que o componente curricular faz parte na Matriz Curricular. É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos. 6 Área temática Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça. 7 Linha eixo de extensão e pesquisa Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Direitos Humanos, Vulnerabilidades, Segurança Pública. 8 Competências a serem trabalhadas Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente serão prioritariamente: ? Habilidades socioemocionais necessárias para o estabelecimento de contato e a construção de parcerias com indivíduos e grupos diversos, flexibilidade cognitiva, centrado na resolução dos principais problemas do consumo sustentável e endividamento social, autonomia no aprendizado, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica, dialógica e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas, de forma interativa, colaborativa e coparticipativa. ? Resolução de conflitos complexos, uso dos meios consensuais de solução de conflitos, avaliação de risco, os meios litigiosos, capacidade de julgamento, tomada de decisão, planejamento estratégico, iniciativa, empatia, sensibilidade social, inclusão, comunicação assertiva com vistas a solução dos problemas jurídicossociais; 9 Ementa Os Métodos Adequados de Resolução de Conflitos. Negociação Empresarial. Mediação e Conciliação. A Arbitragem Brasileira. 10 Objetivos Analisar a existência de soluções multiportas de conflitos, com base nos fundamentos negociais e jurídicos, para a resolução de lides sociais? Aplicar os diferentes métodos de resolução de conflitos, bem como suas interações, para atender as diferentes perspectivas negociais no ambiente do Mercado? Construir soluções satisfatórias para os conflitos sociais, pautados pela ética e diversidade, para geração de inclusão e equidade? Liderar equipes, com base nas teorias de negociação, para criar um ambiente de maior produtividade? Definir estratégias que estimulem o envolvimento, a participação e o compromisso, com base negocial e jurídica, para solucionar conflitos de forma criativa e colaborativa. 11 Objetivos sociocomunitários Elaborar iniciativas de disseminação da cultura de paz, difundindo conhecimentos acerca da comunicação nãoviolenta, negociação, mediação, conciliação, para promover a prevenção e a solução adequada dos conflitos por meio de mecanismos consensuais que atendam às necessidades da comunidade impactada. 12 Descrição do público envolvido Famílias, comunidades, atores sociais, igrejas, organizações sociais/terceiro setor, entre outros interessados. 13 Justificativa De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justificase porque notase um assoberbamento do Poder Judiciário, com a insuficiência de recursos materiais e humanos. Segundo dados do Relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, referente ao ano de 2021, ingressaram no Poder Judiciário27,7 milhões de casos novos, mesmo sendo baixados 26,9 milhões de processos. Esses casos novos se juntaram aos 77,3 milhões de casos pendentes. Esses dados estão diretamente conectados com a tradicional crença de que o Poder Judiciário como a principal forma de solução de conflitos na sociedade. Porém, a realidade contemporânea, de um número crescente de demandas pendentes e de morosidade das respostas jurisdicionais, permite a identificação da inadequação desse sistema para solução de todo e qualquer conflito. Em uma sociedade pluralística e diferenciada, complexa, portanto, o direito positivo se torna cada vez menos capaz de exerce a metarregulação das relações interpessoais, o que reivindica o desenvolvimento ou até mesmo a integração de mecanismos para contemplar as exigências contemporâneas. Como decorrência, começa a se fortalecer e a disseminarse uma cultura de uma justiça multiportas, de percepção de que há diversas formas de solução de um conflito, com uma opção mais adequada dependendo do conflito. Nessa perspectiva, fortalecemse os Métodos Consensuais, como a Mediação e a Conciliação, que possibilitam o tratamento adequado dos conflitos, solução efetiva das disputas e entrega da pacificação social, além do protagonismo dos próprios litigantes. É necessário, portanto, que essas técnicas sejam conhecidas e apropriadas, sobretudo pelos acadêmicos em formação, difundindoas então pela população em geral. 14 Procedimentos de ensinoaprendizagem O componente curricular de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos adotará a metodologia de aprendizagem por projetos orientados de problemas/demandas reais, alternandose com momentos de aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão do componente curricular consiste na construção de um Plano de Solução Consensual de Disputa. A atividade deve ser realizada seguindo os seguintes passos: 1) escolher um local ou público da comunidade e fazer contato para verificar a viabilidade de uma visita (O local pode ser uma escola, uma empresa, um condomínio, uma igreja, etc); 2) Obter a concordância do público impactado em se submeter a solução consensual, e a todas as atividades inerentes ao desenvolvimento do plano; 3) fazer levantamento dos conflitos existentes através de entrevistas ou rodas de conversa; 4) selecionar um ponto de disputa para verificar se os envolvidos concordam em tentar solucionálo consensualmente; 5) mapear quem poderia atuar como facilitador na disputa, podendo ser o núcleo de mediação do Tribunal de Justiça local ou qualquer outro parceiro, tais como um mediador judicial ou extrajudicial ou mesmo uma liderança local que possa intermediar o conflito como facilitador; 6) os alunos auxiliarão os envolvidos no conflito a construírem um plano de solução consensual, desenvolvendo uma análise do caso, com um breve resumo do conflito, a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso, a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo, zona de possível acordo (ZOPA) e a potencial agenda de uma solução consensual; 7) Quando for finalizada a construção dos planos de cada um dos envolvidos no conflito, com a concordância das partes, o plano deverá ser encaminhado ao facilitador. Importante destacar que quando acontecer a socialização do Plano de Solução Consensual de Disputa para a comunidade ou para a turma, por questões legais, não deve ser feita a identificação das partes, apenas a exposição dos fatos, a adequação da via eleita e justificativas das soluções propostas. No que diz respeito ao desenvolvimento acadêmico do projeto em sala de aula deve seguir as seguintes etapas: a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais) compartilhados com os alunos sobre a solução consensual de conflitos para embasar a atuação; c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes ao componente curricular). Vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4; d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4); e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, iniciar a elaboração do plano de solução consensual com todos os envolvidos, sendo um plano para cada envolvido. Nesse momento, será feita uma primeira etapa, em que conste uma síntese do conflito e a análise da adequação da tentativa de solução consensual para o caso a partir da teoria (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5); f) Elaboração de Plano de Solução Consensual de Disputa, em que será feita a conclusão do plano de solução consensual com os envolvidos, incluindo a melhor alternativa para um acordo, a pior alternativa para um acordo e a possível agenda de uma solução consensual. (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto); g) Desenvolvimento das ações planejadas: conferência dos planos com cada um dos envolvidos e encaminhamento ao facilitador, que atuará na mediação do conflito identificado. h) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. i) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente evidenciados em relação ao público participante. 15 Temas de aprendizagem 1. OS MÉTODOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS 1.2 AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO E HETEROCOMPOSIÇÃO 1.3 MÉTODOS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 2. NEGOCIAÇÃO EMPRESARIAL 2.1 A ARTE DA NEGOCIAÇÃO 2.2 NEGOCIAÇÃO E VALORES ÉTICOS 2.3 NEGOCIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS 3. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 3.1 COMENTÁRIOS SOBRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO SISTEMA MULTIPORTAS DO NOVO CPC (LEI 13.105/2015) 3.2 A CONCILIAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS 3.3 MEDIAÇÃO 3.4 MODELOS DE MEDIAÇÃO 3.5 O PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO 4. ARBITRAGEM 4.1 CARACTERÍSTICAS DA ARBITRAGEM 4.2 CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM 4.3 PROCEDIMENTO ARBITRAL 16 Procedimentos de avaliação O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular será composta da soma das notas das seguintes etapas 1. Pesquisa exploratória e referencial teórico ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro ? I Diagnóstico e Teorização). 2. Plano de Solução Consensual de Disputa ? entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 3,0 (atribuir até três pontos) (Vide Roteiro II Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto). 3. Entrega coletiva e individual: relatório final (2,0) (atribuir até dois pontos) e relato de experiência (1,0) (atribuir até um ponto). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão ? III Encerramento do Projeto). 4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados ? com data a ser determinada pelo professor e já informada no início do semestre ? 2,0 (atribuir até dois pontos). Observação: A cada etapa de
Compartilhar