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A Sociedade e a visão sobre a população em situação de rua no cenário jurídico e constitucional

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TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO
Aluno – Cledson Feu Mattos
Matricula – 201403248311
Professor – Vitor Arena Muniz.
Tema - A Sociedade e a visão sobre a população em situação de rua no âmbito jurídico e constitucional.
DESENVOLVIMENTO.
Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação.
É inegável que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia, fato desencadeado em decorrência de vários fatores: ausência de vínculos familiares, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas, doença mental, entre outros fatores.
A pandemia de Covid-19, a crise econômica colaborou para um aumento expressivo no número de pessoas em situação de rua nas cidades. Em alguns lugares, como em Vila Velha, Vitória, Cariacica e Serra, essa população cresceu entre 2019 e 2021.
O que poucos sabem é o preconceito que sofrem essas pessoas, pois além de não possuírem as condições básicas de sobrevivência (comida, água, local para dormir, etc.), também estão suscetíveis à violência, maus tratos e, principalmente, ao desprezo e abandono.
Para a Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, as pessoas em situação de rua são compelidas a habilitar logradouros públicos, áreas degradadas e, ocasionalmente, utilizar abrigos e albergues para pernoitar.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 institui o Estado Democrático de Direito e tem como um dos seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, disposto em seu inciso III do artigo 1º. Estabelece ainda a Assistência Social como política pública, integrante da seguridade social (Brasil, 1988).
O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966), adotado pela Resolução número 2.200-A (XXI) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966 e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992, acorda que os estados membros se comprometem a adotar medidas que visem assegurar, progressivamente, por todos os meios apropriados, o pleno exercício dos direitos previstos no Pacto (Brasil, 1992).
A Lei Orgânica da assistencial Social número 8.742, de 7 de dezembro de 1993, alterada pela Lei número 12.435/2011, dispõe sobre a organização da Assistência Social em âmbito nacional, além de outras providencias e reconhece em seu inciso II, parágrafo segundo, do artigo 23, como serviços sócio assistenciais as atividades continuadas que visem a melhoria de vida da população em situação de rua e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta lei. Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de amparo, entre outros, as pessoas que vivem em situação de rua (BRASIL, 1993).
A Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua realizada entre 2007 e 2008 pelo então Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), objetivou quantificar e permitir a caracterização socioeconômicas da população em situação de rua, de modo a orientar a elaboração e implementação de políticas públicas voltadas a tal públicos (MDS,2008).
A Política Nacional para a população em situação de rua e seu comitê intersetiorial de acompanhamento e monitoramento, instituído pelo decreto número 7.053 de 23 de dezembro de 2009, estabelece princípios, diretrizes e objetivos a serem implementados de forma descentralizadas pela união e demais entes federativos no desenvolvimento de políticas públicas para a população em situação de rua. (BRASIL, 2009).
A Política Nacional de Assistencial Social (PNAS), aprovada pela resolução do conselho nacional de assistência social (CNAS), número 145 de 2004, instituiu um sistema único de assistência social (SUAS), estabelecendo princípios, diretrizes, objetivos, usuários e organização dos serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social.
A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, aprovada pela Resolução CNAS número 109, de 11 de novembro de 2009, descreve os serviços do SUAS, especificando seus usuários e as provisões necessárias ao seu desenvolvimento.
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