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capsulite adesiva

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Capsulite adesiva: Ombro congelado
 
Capsulite adesiva: Ombro congelado
traumatologia – ortopedia 
condições ortopédicas comuns - ombro
DIAGNÓSTICO
· Capsulite adesiva do ombro, conhecida também como ombro congelado, síndrome do ombro congelado e doença de Duplay.
DESCRIÇÃO 
· A capsulite adesiva, ou ombro congelado, é uma síndrome clínica distinta, que pode ser descrita como primária ou secundária:
• Primária: Caracterizada por perda idiopática, progressiva e dolorosa dos movimentos ativo e passivo do ombro, em particular da rotação externa, que faz o indivíduo limitar gradualmente o uso do braço.
• Secundária: De origem traumática ou relacionada com o processo de uma doença ou condição neurológica ou cardíaca.
ACHADOS SUBJETIVOS
· Os achados subjetivos podem variar de acordo com o estágio da condição, mas, em geral, incluem o seguinte:
• Dor difusa no ombro.
• Dificuldade de dormir sobre o braço envolvido.
• Dificuldade de trocar de roupa e arrumar‑se.
De modo clássico, a capsulite adesiva apresenta um ciclo de três estágios distintos:
• Paralisia: caracterizada por dor aguda constante no ombro e espasmo muscular que restringem o movimento em todas as direções, sobretudo no padrão capsular. A dor costuma piorar à noite e é exacerbada quando o paciente se deita sobre o lado envolvido.
• Congelamento: caracterizado pela diminuição da dor e perda progressiva do movimento do ombro no padrão capsular.
• Degelo: caracterizado pela recuperação gradual do movimento e da função do ombro.
ACHADOS OBJETIVOS
· Os achados variam de acordo com o estágio da condição.
• Incapacidade de elevar o ombro envolvido corretamente.
• Pode haver sensibilidade pontual sobre o sulco intertubercular (a cápsula da articulação glenoumeral estabelece uma ligação entre os tubérculos menor e maior).
• A rotação externa fica mais limitada do que a abdução, a qual, por sua vez, fica mais limitada do que a rotação interna.
• Restrição do deslizamento anterior e inferior da articulação glenoumeral.
• Testes neurológicos negativos.
• Dor no extremo da amplitude dos movimentos do ombro no teste com resistência, mas sem dor no meio da amplitude.
TESTES CONFIRMATÓRIOS/ESPECIAIS
· Nenhum teste confirmatório/especial – o diagnóstico baseia‑se em achados da história e do exame físico.
ESTUDOS DE IMAGENS
· Em geral as radiografias são negativas para pacientes com ombro congelado, embora possa haver evidência de osteopneia por falta de uso.
• Imagens por ressonância magnética (IRMs) podem ser usadas com propósitos investigativos no caso de pacientes com capsulite adesiva.
• A artrografia é o teste diagnóstico padrão – o artrograma revela pelo menos 50% de redução no volume da cápsula da articulação glenoumeral envolvida.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Artrite glenoumeral.
· Bursite aguda.
· Tendinite calcária.
· Doença de longo prazo no manguito rotador
· Articulação acromioclavicular dolorida.
· Malignidade primária ou secundária.
INTERVENÇÃO
· O controle convencional da capsulite adesiva, que se baseia no grau de inflamação e irritabilidade, inclui o fornecimento de instruções, analgésicos e medicamentos anti‑inflamatórios não esteroides (AINEs), injeção de esteroides e uma ampla variedade de métodos de fisioterapia ao paciente. 
· O principal objetivo da intervenção conservadora é restaurar a amplitude de movimento e focar na aplicação de estresses de tensão controlados para produzir alongamento dos tecidos com restrição.
Como orientação geral, o paciente com restrição capsular e baixa irritabilidade pode precisar de uma mobilização agressiva das articulações e do tecido mole, enquanto o paciente com alta irritabilidade exige técnicas de terapia manual para abrandar a dor. Contudo, a ênfase da intervenção em caso de limitação na amplitude de movimento devida a mudanças não estruturais está no tratamento da causa da dor.
PROGNÓSTICO
· O resultado do paciente depende do seu nível de comprometimento com o plano de intervenção recomendado e com outras mudanças de estilo de vida recomendadas;
· Estudos têm indicado que o retorno gradual à mobilização total dura de 18 meses a 3 anos para a maioria dos pacientes, mesmo quando não é feita nenhuma intervenção.
A manipulação sob anestesia é fonte de muita controvérsia por causa de complicações, como fratura, luxação, lesão no plexo braquial e ruptura geral do tecido mole, causando uma fibrose severa.

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