Buscar

TEMA 01 PRISÃO EM FLAGRANTE Aula I Conceito e Espécies

Prévia do material em texto

07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 7: PRISÃO, LIBERDADE, 
CHAMAMENTO AO PROCESSO, 
SENTENÇA E PROCEDIMENTOS 
 
TEMA 1 – PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Trata-se de medida restritiva de liberdade, de natureza cautelar e processual, consistente na 
prisão, independente de ordem escrita do juiz competente, de quem é surpreendido 
cometendo, ou logo após ter cometido, um crime. 
 
Quando o infrator está cometendo o crime (flagrante próprio), acabou de cometer (flagrante 
impróprio), é perseguido logo após a consumação do delito ou, ainda, é encontrado com 
objetos ou proveito da infração, estaremos diante de situações de flagrante delito. 
 
Forçoso concluir que a prisão em flagrante passou a assumir natureza precautelar, com 
duração limitada até a adoção pelo juiz de uma das providências do artigo 310 do CPP (relaxar 
a prisão em flagrante, convertê-la em prisão preventiva ou conceder a liberdade provisória). 
 
Espécies de prisão em flagrante: 
 
A) Flagrante próprio – art. 302, I e II, do CPP 
O agente está praticando o delito. É possível aferir a fase de execução da infração 
penal. 
 
B) Flagrante impróprio (quase-flagrante) – art. 302, III, do CPP 
Quando o agente é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
 
C) Flagrante presumido – art. 302, inciso IV, do CPP 
Quando o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
D) Flagrante diferido - Para aprofundar investigação 
• * artigo 53, inciso II, da Lei n. 11.343/2006; 
• * artigo 4º, B, da Lei 9.613/98, com redação dada pela Lei 12.683/2012; 
• * artigo 8º da Lei 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas). 
AÇÃO CONTROLADA (sinônimo). 
 
Aula I – Conceito e Espécies 
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
 
Nessas hipóteses legais, a lei autoriza que o flagrante não seja efetuado na hora da prática da 
infração, mas que a prisão ocorra após esse momento, de forma estratégica. 
 
D) Flagrante esperado 
• espera a prática do delito para prender em flagrante. Trata-se de prisão legal. 
Obs: tocaia – campana – averiguação de denúncia anônima de crime futuro. 
Após receber uma notícia de que uma infração será praticada, a lei autoriza a polícia a 
aguardar o início da execução para efetuar o flagrante. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
“O presente trabalho se destina a estabelecer uma sucinta discussão entre duas espécies de 
flagrantes que são objetos de estudo e controvérsia no Direito Processual Penal: flagrante 
preparado e flagrante esperado. 
 
Tal temática sempre despertou acalorados debates no âmbito do Processo Penal. Discutir a 
validade dos flagrantes, em especial o flagrante preparado e o flagrante esperado, sempre 
proporcionou, no universo jurídico, controvérsias entre as análises dos doutrinadores pátrios, 
constituindo assim um importante tema de debate entre os operadores do direito. (...)” 
 
Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: 
Flagrante preparado e flagrante esperado 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
No julgamento do Habeas Corpus 86.066-4 Pernambuco, o Supremo Tribunal Federal, o relator 
Ministro Sepúlveda Pertence, citando Tourinho Filho, afirma que não se pode confundir o 
flagrante preparado com o denominado flagrante esperado. É preciso distinguir o agente 
policial provocador da situação, do funcionário policial que, informado previamente acerca de 
crime que alguém está praticando ou vai consumar, diligencie para prendê-lo em flagrante, 
pois, em tal hipótese a intervenção da autoridade não provocou, nem induziu o autor do fato 
criminoso a cometê-lo. 
 
Para o Ministro do STF, nos termos da súmula 145 do STF, o flagrante preparado enseja a 
ocorrência de um crime impossível, mas o flagrante esperado, por não provocar ou induzir a 
prática do crime, é legal. 
 
O Superior Tribunal de Justiça também se posiciona de forma semelhante ao STF, no 
julgamento do Habeas Corpus 29.779/SP, o relator, OG Fernandes, disserta que não há de se 
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6154/Flagrante-preparado-e-flagrante-esperado
falar em flagrante preparado, mas esperado se a vítima ou a polícia não induz o agente à 
prática do delito, limitando-se a surpreender o agente quando o crime já está consumado. Para 
esta Corte, o flagrante preparado é ilegal, mas o esperado é regular. 
 
Neste mesmo diapasão, o julgamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no processo 
1.0155.07.014557-0/001, entendeu no mesmo sentido que o STJ. No julgamento da apelação 
criminal o Des. Marcílio Eustáquio Santos entendeu que a preparação do Flagrante em um 
crime permanente pela vítima, em conjunto com a testemunha, tornou impossível a 
consumação de um crime continuado. Além disso, o relator ainda observa que, embora a 
súmula faça referência somente ao flagrante preparado pela polícia, é natural que seja 
aplicável, também, em casos onde a vítima ou outrem provocam o agente à prática do delito. 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 776-805. 
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8
07
62
38
92
73
8

Continue navegando