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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Módulo: Prisão, Liberdade, Chamamento ao Processo, Sentença e Procedimentos 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 4 Aula 03 – Espécies - I Conforme entendimento doutrinário majoritário, o rol do art. 319 é taxativo, não podendo o juiz ampliá-lo. Isto porque, tratando-se de medidas restritivas da liberdade do acusado, de rigor se faz a incidência do princípio da legalidade. Outrossim, caso se verifi- que que, mesmo aplicadas cumulativamente, as medidas se mostram insuficientes, estará demonstrada a necessidade da prisão preventiva. Tratando especificamente de cada medida, expõe Nucci: 2. Comparecimento periódico em juízo: a condição é conhecida de outros institutos penais, como a suspensão condicional da pena, do regime aberto, do livramento condicional, entre outros. Parece-nos uma das mais adequa- das medidas para se decretar durante a instrução, assegurando, em tese, um controle sobre o comportamento do acusado. O prazo e as condições, estabelecidos pelo juiz, devem circunscrever-se dentro do razoável, sem extrapolar os limites naturais da condição de inocência do réu, vale dizer, não podem ser mais rigorosos do que o imposto em razão do cumprimento de pena. 3. Proibição de acesso ou frequência a certos lugares: essa medida caute- lar figura como condição de outros benefícios penais (livramento condicio- nal, sursis etc.) e, em particular, como pena alternativa. Esta última repre- senta um autêntico desastre em matéria de política criminal, pois denota consagrada inutilidade e ausência de compromisso com o sistema penal eficiente. Quase impossível de ser fiscalizada, como pena, deve ser evitada – como, aliás, vem ocorrendo – pelos julgadores. Entretanto, na seara da cautelaridade pode apresentar-se viável. O acusado sempre ter maior cui- dado em cumprir o determinado pelo juiz, para permanecer em liberdade, temendo a prisão preventiva. Outro fator a impulsionar a sua eficácia é a possibilidade de auxílio da vítima do crime, atuando ou não como assisten- te de acusação, embora apontando ao magistrado as eventuais falhas do réu. A vedação ao acesso ou frequência a certos lugares precisa guardar correspondência com o fato praticado, tudo para evitar a reiteração crimi- nosa ou o cometimento de outros delitos. Muito comum, portanto, impedir a presença em bares, botecos e outros lugares onde se possa servir bebida alcoólica, em particular quando se tratar de pessoa agressiva, cuja prática delituosa refere-se à embriaguez. 4. Proibição de contato com determinada pessoa: como regra, o foco é a ví- tima do delito, quando o cenário envolve crimes típicos de violência ou gra- ve ameaça à pessoa, como tentativa de homicídio, lesão corporal, ameaça, constrangimento ilegal etc. Outro campo fértil para essa medida diz res- peito aos delitos contra a honra, pois deles podem resultar infrações mais sérias. Essa medida foi inaugurada na Lei de Violência Doméstica, que, por ser lei especial, continua valer por seus próprios preceitos. O instrumento é útil, contando com o fato de ser interessada a pessoa em relação à qual deva o acusado distanciar-se; ela mesma pode comunicar ao magistrado do processo a infringência da medida cautelar. 5. Proibição de se ausentar da Comarca: procura-se evitar a fuga e, com isso, a necessidade da prisão preventiva. Fixa a lei, como condição a esta medida cautelar, a conveniência ou necessidade para a investigação ou instrução. Ora, como regra, tal situação inexiste, constituindo direito do réu acompanhar a instrução – e não obrigação. Por isso, a mais adequa- 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 5 Prisão, Liberdade, Chamamento ao Processo, Sentença e Procedimentos da interpretação diz respeito a eventual suspeita de ausência definitiva do distrito da culpa; em lugar da preventiva, decreta-se a medida cautelar al- ternativa. 6. Recolhimento domiciliar: tivemos a oportunidade de criticar o atual re- gime aberto, em vigor por diversas Comarcas brasileiras, onde, em lugar da Casa do Albergado, determina-se o recolhimento do sentenciado em seu próprio domicílio, criando-se a prisão albergue domiciliar. Como medida punitiva, sem a devida fiscalização, torna-se fator de descrédito para o Ju- diciário e para o sistema penal como um todo. Entretanto, como medida cautelar, soa-nos razoável. Não deixa de figurar como constrangimento à liberdade individual, em especial ao acusado, presumidamente inocente até a decisão condenatória definitiva. Cremos deva o réu ter maior cuidado em cumprir a medida imposta, justamente para evitar os males da prisão pre- ventiva. (Código de Processo Penal Comentado, Forense) Desde logo afirmamos que por se tratar de dispositivo que traz fundamen- tos alicerces para aplicação das medidas cautelares em geral, sua aplica- ção não se resume a prisão preventiva e medidas cautelares diversas da prisão previstas no Código de Processo Penal, mas se estende a toda forma de privação da liberdade em caráter cautelar, como é o caso da prisão tem- porária (Lei 7.960/89) e outras. Isso porque, o CPP é responsável por toda estruturação de base aplicada aos demais procedimentos, inclusive especiais, por exemplo na Lei Maria da Penha não estão previstos os recursos, aplicando-se as previsões do artigo 574 e seguintes do CPP. Do mesmo modo ocorre com nas caute- lares pessoais, que não possuem uma orientação principiológica nas leis especiais, devendo se observar o que se encontra previsto no artigo 282 e seguintes do CPP. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas ob- servando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Leitura Complementar PARA LEITURA DO TEXTO NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI: Legislação 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 https://www.conjur.com.br/2020-jan-31/tiago-bunning-efeitos-lei-anticrime-medidas-cautelares#author Tema 03 - Aula 03 6 II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendoos autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão pre- ventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a de- cretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabi- mento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma funda- mentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. (Reda- ção dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circuns- tâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstân- 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 7 Prisão, Liberdade, Chamamento ao Processo, Sentença e Procedimentos cias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Re- dação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o in- vestigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econô- mica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-impu- tável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injusti- ficada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1º (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). § 2º (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). § 3º (Revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). § 4º A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autori- dades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. (Re- dação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). RECURSO ESPECIAL. ART. 299, CAPUT, DO CP. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTEN- SIVA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A decisão que impõe à parte medida cautelar diversa da prisão não amplia o rol Jurisprudência 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 03 - Aula 03 8 taxativo previsto no inciso V do art. 581 do CPP; cabe, portanto, por interpretação extensi- va, a interposição de recurso em sentido estrito. 2. Recurso especial não provido. (STJ, REsp 1575297/SC, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 09/05/2017, DJe 15/05/2017) BRASIL. Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Bra- sília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm>. Acesso em: 08 de setembro de. 2020. DEZEM, Guilherme Madeira; SOUZA, Luciano Anderson de. Comentários ao Pacote Anticrime. São Paulo: RT, 2020. MENDES, Tiago Bunning. Efeitos da lei “anticrime” nas medidas cautelares. Con- sultor Jurídico. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2020-jan-31/tiago-bunning- -efeitos-lei-anticrime-medidas-cautelares#author>. Acesso em: 08 de setembro de. 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Pacote Anticrime comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2020. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8
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