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Resumo - Pensamentos Automáticos

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Psicologia Clínica II
Resumo: Trabalhando com pensamentos automáticos
Os métodos para descobrir e modificar os pensamentos automáticos desadaptativos encontram-se no cerne da abordagem cognitivo-comportamental. Um dos construtos básicos mais importantes da terapia cognitivo-comportamental (TCC) é que existem padrões distintivos de pensamentos automáticos nos transtornos psiquiátricos e que o trabalho de modificar esses estilos de pensamento podem reduzir significativamente os sintomas.
Descoberta guiada
A descoberta guiada é a técnica mais frequentemente usada para identificar pensamentos automáticos durante as sessões de terapia. Essas diretrizes não são regras absolutas, mas são apresentadas como dicas para detectar pensamentos automáticos por meio da descoberta guiada: faça questionamentos que estimulem a emoção; seja específico; focalize em eventos recentes e não no passado distante; mantenha-se em uma linha de questionamento e um tópico; vá fundo; utilize suas habilidades de empatia; conta com a formulação de caso para saber que caminho tomar. 
Registro de pensamentos 
Registrar os pensamentos automáticos no papel (ou em um computador) é uma das técnicas da TCC mais úteis e mais frequentemente usadas. O processo de registro chama a atenção do paciente para cognições importantes, dá um método sistemático para praticar a identificação de pensamentos automáticos e frequentemente estimula a indagação sobre a validade dos padrões de pensamento. O registro de pensamentos normalmente é apresentado na fase inicial da terapia de uma maneira simplificada, que ajude os pacientes a aprenderem sobre os pensamentos automáticos sem sobrecarregá-los com muitos detalhes.
Imagens mentais
Essa técnica consiste em ajudar os pacientes a reviver eventos importantes em sua imaginação para entrar em contato com os pensamentos e sentimentos que tiveram quando os eventos ocorreram. Às vezes, tudo que se precisa é pedir aos pacientes que voltem no tempo e se imaginem na situação. Mas geralmente é útil preparar o terreno, utilizando lembranças ou perguntas para reavivar suas memórias dos eventos. 
Role-play
No role-play o terapeuta faz o papel de uma pessoa na vida do paciente – como o chefe, a esposa, um dos pais ou um filho – e depois estimula uma interação que possa trazer à tona os pensamentos automáticos. Os papéis também podem ser invertidos, ou seja, o paciente faz o papel da outra pessoa e o terapeuta, o papel do paciente. Esta técnica é menos frequentemente usada do que outras, como descoberta guiada e geração de imagens mentais, por requerer um esforço especial para ser iniciada e implementada. Além disso, as implicações para a relação terapêutica e os limites entre paciente e terapeuta precisam ser levados em consideração, ao resolver utilizar essa abordagem.
Questionamento socrático
Embora seja um pouco mais difícil de aprender e implementar com habilidade do que intervenções mais estruturadas, o questionamento socrático pode render grandes dividendos em seu trabalho de modificar pensamentos automáticos. Alguns de seus benefícios são: intensificação da relação terapêutica, estimulação da indagação, melhor entendimento de cognições e comportamentos importantes e promoção do engajamento ativo do paciente na terapia.
Exame das evidencias 
A estratégia de examinar as evidências pode ser um método poderoso para ajudar os pacientes a modificarem os pensamentos automáticos. Essa técnica consiste em elaborar uma lista das evidências a favor e contra a validade de um pensamento automático ou outra cognição, avaliar essas evidências e, então, trabalhar na modificação do pensamento para que seja consistente com as evidências recém-descobertas.
Descatastrofização 
As previsões catastróficas sobre o futuro são muito comuns entre pessoas com depressão e ansiedade. Essas previsões são frequentemente influenciadas pelas distorções cognitivas observadas nesses transtornos, mas, às vezes, os medos têm razão de ser. Assim, o procedimento de descatastrofização nem sempre tenta negar o medo catastrófico. Ao contrário, o terapeuta pode preferir ajudar o paciente a trabalhar maneiras de enfrentar uma situação temida caso ela se torne real.
Reatribuição
Atribuições são os significados que as pessoas dão a eventos em suas vidas. A seguir estão as três dimensões de atribuições distorcidas:
1. Interno versus externo. Pessoas deprimidas tendem a internalizar a culpa ou responsabilidade por resultados negativos;
2. Geral versus específico. Na depressão, as atribuições serão mais provavelmente devastadoras e globais do que específicas a um defeito, falha ou problema;
3. Invariável versus variável. Pessoas deprimidas fazem atribuições que são invariáveis e preveem pouca ou nenhuma chance de mudança.
Há uma série de métodos que podem ajudar os pacientes a fazerem atribuições mais saudáveis a eventos importantes em suas vidas. Entretanto, normalmente iniciamos a reatribuição explicando rapidamente o conceito e, depois, fazendo um gráfico em uma folha de papel para demonstrar as dimensões das atribuições.
Ensaio cognitivo
Essa técnica consiste em ensaiar seus pensamentos e comportamentos para uma determinada situação. É normalmente introduzida em uma sessão depois de o paciente já ter feito algum trabalho com outros métodos para modificar pensamentos automáticos. Pode ajudar o paciente a levar aprendizados da terapia para situações da vida real. Uma maneira de fazer o ensaio cognitivo é pedir ao paciente para seguir estes passos:
1. Pense sobre a situação com antecedência. 
2. Identifique possíveis pensamentos automáticos e comportamentos. 
3. Modifique os pensamentos automáticos fazendo um RPD ou aplicando uma outra intervenção da TCC. 
4. Ensaie o modo mais adaptativo de pensar e se comportar em sua mente. 
5. Implemente a nova estratégia.
Cartões de enfrentamento
Pode ser uma maneira produtiva de ajudar os pacientes a praticarem as principais intervenções da TCC aprendidas na terapia. Podem ser utilizados cartões maiores ou cartões menores (como um cartão de visitas) para escrever instruções que os pacientes gostariam de dar a si mesmos para ajudá-los a enfrentar questões ou situações importantes.

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