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DOENÇAS REGIONAIS PARTE 8: HANSENÍASE G I O V A N N E N O B R E P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O 2 0 2 3 HANSENIASE Fisiopatologia Manifestações clínicas Manifestações clínicas Manifestações clínicas Diagnóstico e Tratamento •Agente: Mycobacterium leprae (BAAR) •Agente intracelular •Periodo de incubação: varia de 3-5 anos. •Não é cultivado in-vitro •Acomete pele e SNP (parasita macrófagos e células de Schwam) •Epidemiologia: Brasil segundo lugar em número de casos (1-India) •Norte, Nordeste e centro- oeste •Associado a condições socioeconômicas •Transmissão: vias aéreas superiores (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro), raramente por pele e mucosas. •Apenas pacientes com muita carga bacteriana são transmissores •Reservatório: homem e tatu. •Vacina BCG confere certa proteção •Alta morbidade, porém baixa mortalidade Imunologia: agente intracelular •Resposta Celular: necessária para combater o agente •Resposta Humoral: ineficaz •TH1 Celular: formação de granulomas e doença localizada (tuberculoides) •TH2 Humoral: formação de anticorpos e doença disseminada (Virchoniana) •Teste de Mitsuda: saber se o indivíduo tem imunidade celular contra o M. leprae. Antígenos são inoculados. Após 28-30d. •Positivo: >5mm •Negativo: <5mm •O teste positivo indica que o paciente tem imunidade celular contra o M. leprae (contato prévio ou forma tuberculoide). Teste negativo não descarta a doença. •Infecção cura doença subclínica Hanseníase indeterminada •70% cura •30% evoluem para as formas clínicas. •Formas clínicas: depende do tipo de imunidade: tuberculoide, dimorfa e virchowiana •Apresentação clínica: lesões de pele + alterações de sensibilidade (Calor, Dor, Tato) •Hanseniase indetermi- nada: forma inicial da doença, pode evoluir para outras formas clínicas (lesão hipocrômica mal delimitada) •Hanseniase Tubercu- loide: poucas lesões cutâneas (TH1) e comprometimento neural grave e precoce (resposta imune ao bacilo). Se apresenta como placas elevadas com bordas elevadas eritematosas e centro claro. •Doença localizada, Mitsuda +, baciloscopia – e granulomas no histopato- logico. •Nervos mais acometidos: N. mediano (mão simiesca) N. radial (punho caido) e N. ulnar (mão em garra) •Nervos mais acometidos: N. mediano (mão simiesca) N. radial (punho caido) e N. ulnar (mão em garra) •Hanseniase Virchowiana: •Múltiplas lesões (TH2) e comprometimento neural tardio e simétrico (com- prometimento difuso). Madarose (queda das sobrancelhas), compro- metimento do pavilhão auricular. •Doença disseminada, Mitsuda negativo, baciloscopia + e ausência de granulomas no histopa- tologico. •Hanseniase Dimorfa: Forma instável. São os principais causadores de reação hansênica. •Lesão em ‘’queijo-suíço’’ •Reações hansêmicas: exacerbação da resposta imune pode acontecer antes, durante ou após o tratamento. •Reação do tipo 1: dependente da resposta celular (paubacilares e formas dimorfas), cursa com reagudização das lesões antigas. Tratar com predinisona •Reação do tipo 1: dependente da resposta celular (paubacilares e formas dimorfas), cursa com reagudização das lesões antigas, novas lesões, neurite dolorosa e edema de mãos e pés. Não tem sintomas sistêmicos. •Reação do tipo 2: Relacionada a imunidade humoral (multibacilares) cursa com nódulos eritematosos dolorosos e difusos (podem ulcerar). Sintomas sistêmicos (febre, astenia, artralgia), envolvimento de órgãos (olhos, rins, fígado). (Talidomida) *Talidomida: teratogênico •Fenômeno de Lucio: ocorre exclusivamente na Hanseníase Virchowiana. Alta carga bacilar na corrente sanguínea pode levar a trombose e isquemia (áreas de necrose cutânea) •Paucibacilar: <5 lesões •Multibacilar: >5 lesões ou baciloscopia + Exames complementares: •Baciloscopia (+ ou -) •Biopsia •Sorologia (PGL-1) •Caso suspeito: lesão/ões de pele com alteração da sensibilidade (térmica, dolorosa ou tátil) ou espessamento de nervo periférico associado a alterações sensitivas ou motoras. Ou baciloscopia + •Tratamento: Rifampcina, dapsona, clofazimina. •Paucibacilar: 6 cartelas em até 9 meses •Multibacilar: 12 cartelas em até 18 meses. •Gestação não altera o tratamento •Oferecer vacinação para BCG •Doença de investigação obrigatória (contatos) •Doença de notificação compulsória
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