Recomendação de nutrientes_ adulto

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Recomendação de nutrientes: 
adulto
Apresentação
A fase adulta caracteriza-se por ser a mais longa, quando comparada com outros ciclos da vida. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o período que compreendo dos 20 aos 59 
anos. Nessa etapa, o estilo de vida moderno, caracterizado por uma vida com pouco tempo 
disponível para a escolha, aquisição e preparo dos alimentos, associado ao sedentarismo, à prática 
do tabagismo, ao etilismo e ao estresse, pode levar os adultos a desenvolverem doenças associadas 
a uma dieta desequilibrada. Dessa forma, há a necessidade de consumir uma alimentação 
equilibrada em quantidade e qualidade, de forma a garantir a ingestão adequada de todos os 
nutrientes, tanto para a manutenção do organismo quanto para evitar doenças crônicas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as características físicas dos adultos. Além disso, 
identificará as necessidades nutricionais nessa faixa etária. Por fim, verá quais são os nutrientes 
importantes para os adultos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as características físicas dos adultos.•
Identificar as necessidades nutricionais para adultos.•
Enumerar os nutrientes importantes para adultos e a relação de equilíbrio dos macro e 
micronutrientes.
•
Recomendação de 
nutrientes: adulto
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as características físicas de adultos.
 � Identificar as necessidades nutricionais de adultos. 
 � Enumerar os nutrientes importantes para adultos e a relação de equi-
líbrio dos macro e micronutrientes.
Introdução
A fase adulta é a mais longa da vida. Segundo a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), é o período que compreende dos 20 aos 59 anos. Nesse 
período, a composição corporal de um indivíduo encontra-se em pleni-
tude. O corpo possui mais massa muscular, mais cálcio nos ossos, mais 
massa cerebral, melhor acuidade sensorial, maior capacidade aeróbica 
e um sistema imunológico mais eficiente.
Como em todas as fases, na idade adulta, a alimentação é uma ati-
vidade essencial para a manutenção da vida e sofre influências dos as-
pectos culturais. Hábitos saudáveis de alimentação atuam diretamente 
na promoção e na manutenção da saúde e desempenham um papel 
fundamental no bem-estar do indivíduo. Neste capítulo, você vai co-
nhecer as características físicas dos adultos. Além disso, vai identificar as 
necessidades nutricionais nessa faixa etária. Por fim, vai ver quais são os 
nutrientes importantes para os adultos.
Características físicas de adultos
Convencionalmente, a fase adulta se inicia aos 20 anos de idade. Nesse período, 
as mudanças que ocorreram na adolescência já se estabilizaram e a responsa-
bilidade aumenta bastante. Em muitos casos, a pessoa já está financeiramente 
independente dos pais e já ingressou no mercado de trabalho. Na fase adulta, 
as pessoas tendem a traçar suas metas e objetivos, se casam, têm filhos e 
planejam o futuro a partir das experiências vividas e das suas expectativas.
A vida adulta constitui-se na fase mais ativa do ser humano em sociedade, 
em que ele integra a população economicamente ativa. Esse período é dividido 
em três fases: adultez jovem, adultez média e adultez madura. A adultez jovem 
é marcada pela entrada no mundo adulto, caracterizada pela vitalidade, pela 
valoração pessoal, pela busca de objetivos, pela definição de estudos e pela 
carreira. Apesar de ser uma fase de mudanças, pouca estabilidade social e 
financeira, constitui-se em um período de desafios e recompensas.
A adultez média é a fase de maior estabilidade social e profissional. O 
adulto médio se sente possuído pelo afã de produção e por interesses objetivos, 
deseja ser eficaz e ter êxito. Ele se mostra mais preocupado com os outros à 
sua volta, provavelmente para obter mais firmeza e segurança em relação a si 
próprio. Normalmente, é nessa fase que muitos adultos se casam e constituem 
sua própria família com a chegada dos filhos.
Por sua vez, na adultez madura, fica evidente a necessidade de ressignificar 
todas as condutas sociais e buscar modos significativos de viver pessoalmente. 
O desejo de tornar-se útil aos demais talvez seja motivado pela disponibilidade 
de tempo ou pela busca de qualidade de vida. Essa fase também pode envolver 
eventos esperados, como os filhos que se mudam de casa, ou eventos ines-
perados, como uma separação ou a morte de um familiar ou amigo próximo. 
A seguir, você vai aprender mais sobre cada uma dessas fases, sendo que a 
adultez madura representa uma das fases da adultez média.
Adultez jovem
Caracteriza-se pela busca da valorização pessoal, com o desejo intrínseco da 
aprovação de terceiros. Trata-se de uma necessidade de avaliação positiva da 
própria pessoa pelos conhecimentos adquiridos e construídos até essa etapa da 
vida. Há pessoalidade, mas talvez com traços da onipotência da adolescência. 
Nessa fase, o medo do desconhecido pode impedir novas aprendizagens e 
construções individuais.
O adulto jovem busca recompensas rápidas e externas de suas aspirações 
e busca experimentar e demonstrar muita competência. Na subfase adultez 
jovem plena, o adulto toma consciência da chegada em sua existencialidade 
adulta e procura se dar significância pessoal. Entretanto, no final da adultez 
jovem, o indivíduo vivencia situações que lhe atribuem o verdadeiro valor 
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de sua existência e compreende, ou pelo menos idealiza, o que constituirá a 
sua realização.
É fundamental compreender que nessa fase o adulto não almeja somente o 
crescimento em busca da própria realização por meio de fatores econômicos. 
É imprescindível que a pessoa se dê conta da importância que ela tem como 
ser humano.
Adultez média inicial, plena e madura
Apresenta três subdivisões: a adultez média inicial, compreendendo a faixa 
etária dos 40 aos 50 anos, a adultez média plena, a fase dos 50 aos 60, e a 
adultez média final ou adultez madura, aproximadamente dos 60 aos 65 anos 
(no Brasil, quem está nessa fase também é chamado de idoso). A segunda fase 
da vida adulta, a adultez média, caracteriza-se pela concretização de alguns 
objetivos particulares, como a constituição da família, a empregabilidade e 
a conquista da moradia. Entre outras percepções acerca da vida, a adultez 
média revela a temporalidade humana, deixando o indivíduo consciente da 
sua mortalidade.
Nesse caso, no geral, o sujeito percebe a utilidade de suas construções 
pessoais frente ao social, num ímpeto de ser útil e aprender o que é ser útil. 
O que costuma motivar o adulto nessa fase é a própria disponibilidade. A 
motivação de desempenhar suas atividades e demonstrar suas capacidades 
torna-se explícita nas próprias ações sociais. Pode-se perceber ainda a retroali-
mentação de suas ações num sentido de superar os próprios erros. Nessa fase, 
as condições físicas não acompanham mais os desejos intrínsecos de cada ser 
humano. Tais vontades se efetivam, em geral, na adultez jovem.
Destacadamente, dos 60 aos 65 anos, na adultez média final, exacerba-
-se a preocupação com a aposentadoria, assim como ganham destaque as 
ocupações socioculturais. Enfim, o sujeito tem um desejo intrínseco de ser 
recompensado por tudo de útil que tenha produzido ou que se perceba capaz 
de realizar. Nesse momento da vida adulta, fica evidente a necessidade de 
ressignificar todas as condutas sociais e buscar modos significativos de viver 
pessoalmente. Novas vivências podem ser motivadas pelo desejo de tornar-se 
útil aos demais, pela disponibilidade de tempo, pela ânsia de sentir-se bem e 
pela busca de qualidade de vida.
Na adultez média final, ocorre o declínio das capacidades corporais, espe-
cialmente das condições motoras, o que, em geral, determina o não envolvi-
mento nas responsabilidades sociais. Consequentemente, isso contribui para 
3Recomendação de nutrientes: adulto
um envelhecimento maisacelerado sempre que não houver mais um motivo 
extrínseco que resgate a motivação intrínseca até então constituída. Por isso, 
diz-se popularmente, muitas vezes, que o corpo não acompanha mais a mente. 
Ou melhor, a estrutura corporal não acompanha mais os desejos particulares 
e intrassubjetivos, que só a própria pessoa pode conhecer.
As transformações físicas que acontecem ao longo da vida de cada ser 
humano são visualmente evidentes. No entanto, o construto da imagem cor-
poral que cada pessoa desenvolve a torna única em suas características físicas, 
em sua diversidade de construção e ação, influenciando as características 
emocionais e psicológicas.
Em várias etapas da vida adulta, as transformações biológicas acabam 
interferindo, ou mesmo determinando, as mudanças psicológicas de cada 
indivíduo e vice-versa. Isso ocorre porque, em situações adversas, revelam-se 
processos de amadurecimento que podem provocar a efetivação da resiliência 
de maneira distinta em cada ser humano, em cada circunstância, em cada etapa 
da vida. Em todas essas representações pessoais, percebe-se a configuração 
do social alicerçando e atribuindo sentido às realizações de cada indivíduo 
adulto, por meio de inter-relações e intrarrelações que se estabelecem.
Em cada etapa da vida adulta, ou em suas subdivisões, revelam-se características e pro-
cessos de crescimento. Estão em jogo momentos de transições, de crises, de passagens 
de um estado emocional e psicológico para outro. Tudo isso leva ao desenvolvimento 
e ao amadurecimento pessoal, em busca da autorrealização.
São várias as transformações biológicas que ocorrem do início ao final 
da vida adulta. As capacidades físicas são um exemplo disso. As mudanças 
físicas, fisiológicas e psicológicas podem repercutir negativamente na vida do 
sujeito. Isso ocorre pois ao longo da vida adulta há uma decaída nas estruturas 
corporais: maior elasticidade da pele, menor resistência óssea, menor força 
muscular, aumento na gordura corporal, baixa autoestima e maior risco de 
doenças crônicas.
No que se refere ao desenvolvimento corporal, a fase adulta é marcada 
por um ápice nas capacidades biológicas, psicológicas e sociais do ser hu-
mano. Nenhuma teoria do envelhecimento consegue elucidar claramente 
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em que momento esse processo tem início. No entanto, o que se observa é 
que vai ocorrendo gradativamente uma diminuição nas capacidades físicas 
e cognitivas do indivíduo, processo chamado de envelhecimento. Nele, há 
redução da performance motora e diminuição gradual do movimento. Nesse 
contexto, a fraqueza muscular é um grande contribuinte para o declínio da 
funcionalidade do ser humano. A diminuição na força muscular pode ser 
um fator limitante para a manutenção de um estilo de vida independente e a 
prevenção de quedas no idoso.
Para retardar os efeitos gradativos do processo de envelhecimento e pro-
porcionar melhor qualidade de vida à população adulta, a prática de atividade 
física tem sido considerada um dos componentes mais importantes. Essa é 
uma estratégia importante tanto na prevenção como no tratamento de doenças 
cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes mellitus, acidente vascular 
cerebral, alguns tipos de câncer, osteoporose, depressão e desequilíbrio no 
perfil lipídico. As mudanças no sistema imunológico podem ser especialmente 
importantes, porque elas significam que o adulto mais velho é mais suscetível 
a doenças.
Ocorrem amplas variações individuais na taxa de perda cognitiva e física. 
Parte dessa diferença pode ser explicada em decorrência de hábitos variados. 
Adultos com hábitos saudáveis apresentam menor risco de morte e doença 
em qualquer idade.
Necessidades nutricionais de adultos
As necessidades nutricionais dos adultos se relacionam a alguns fatores: 
idade, sexo, rotina de vida, histórico de doenças e história alimentar. Hábitos 
saudáveis de alimentação atuam diretamente na promoção e na manutenção 
da saúde. Além disso, desempenham um papel fundamental no bem-estar do 
indivíduo. Os hábitos alimentares começaram a ser estabelecidos no passado 
pré-histórico, e as práticas alimentares sofreram adaptações. Atualmente, 
em muitos casos, hábitos pouco saudáveis são cultivados, o que é prejudicial 
à saúde, associando-se muitas vezes a deficiências nutricionais múltiplas ou 
específicas.
Atualmente, a questão da alimentação saudável encontra-se em evidência. 
Isso se dá pelo aumento da morbimortalidade por doenças crônico-degene-
rativas. Uma das principais causas desse grupo de doenças é a alimentação 
inadequada. Por outro lado, incorporar hábitos saudáveis de alimentação é 
muito importante para uma melhor qualidade de vida.
5Recomendação de nutrientes: adulto
Um dos fatores determinantes dos hábitos saudáveis de alimentação é 
a história dos povos, caracterizada por crenças e tabus. No Brasil, restam 
vestígios de tabus alimentares nos costumes, decorrentes da organização 
cultural. O hábito alimentar brasileiro é um reflexo dos padrões socioculturais 
introduzidos pela imigração de diferentes grupos étnicos no País.
Percebem-se no Brasil algumas superstições e proibições quanto ao con-
sumo de alimentos isoladamente ou em misturas, em certas etapas da vida 
ou em determinados horários do dia, entre outros. O panorama alimentar é 
complexo e peculiar de cada região, permeado de superstições, tabus e hábitos 
alimentares de diferentes origens.
Assim, a dieta do adulto brasileiro, independentemente da região do País 
em que se encontra, deve contemplar o equilíbrio de nutrientes importantes 
para a prevenção de doenças, entre elas as doenças cardiovasculares. A OMS 
recomenda o consumo diário de 400 g de frutas e hortaliças e o consumo de 
peixe de uma a duas vezes por semana (WORLD HEALTH ORGANIZA-
TION, 2003). As frutas e hortaliças também são benéficas na prevenção e no 
tratamento do excesso de peso, um emergente problema de saúde pública no 
Brasil. O consumo regular de feijão também tem sido associado a um padrão 
saudável de alimentação por melhorar o aporte de nutrientes na dieta (maior 
teor de fibras e micronutrientes, tais como ferro, potássio e magnésio), bem 
como levar à redução da pressão arterial e ao controle do peso corporal.
A prevalência de hábitos saudáveis de alimentação está associada positivamente 
com nível socioeconômico mais alto, maior nível de escolaridade e sexo feminino. A 
alimentação é uma atividade essencial para a manutenção da vida e sofre grandes 
influências dos aspectos culturais. 
O ato de comer representa um grande ritual, no qual estão contidos símbolos e 
significados, que dizem muito sobre as percepções e sentimentos que o homem tem 
em relação a si mesmo e ao ambiente que o cerca. Na fase adulta, há a necessidade 
de consumir uma alimentação equilibrada em quantidades e qualidade, de forma a 
garantir a ingestão adequada de todos os nutrientes, tanto para a manutenção do 
organismo quanto para a prevenção de doenças crônicas.
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Evidências anteriores, de 2008 e 2009, advindas das Pesquisas de Orça-
mentos Familiares (POFs) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), sinalizavam que o padrão alimentar do brasileiro se caracterizava 
pela persistência de alguns hábitos alimentares tradicionais, como o consumo 
de frutas e hortaliças e do feijão (BRASIL, 2010). No entanto, verifica-se 
crescente e preocupante participação de produtos ultraprocessados na dieta.
O elevado consumo de alimentos industrializados ricos em açúcares, gordu-
ras, sal e aditivos químicos provoca alterações e desequilíbrio no metabolismo 
dos carboidratos, causando diversas desordens metabólicas no organismo. Tais 
distúrbios levam ao aumento da glicemia, à resistência à insulina e à alteração 
do perfil lipídico, o que conduz ao acúmulo de gordura no fígado (chamado 
de esteatose hepática), ao aumento da gordura corporal na região abdominal 
e à alteração da pressão arterial.
No Brasil, o Ministério daSaúde desenvolveu os 10 passos para a alimen-
tação saudável dentro do Plano Nacional para a Promoção da Alimentação 
Adequada e do Peso Saudável (NASCIMENTO, 2010, documento on-line). 
Os objetivos desse plano são: aumentar o nível de conhecimento da população 
sobre a importância da promoção da saúde, da manutenção do peso saudável 
e de uma vida ativa; modificar atitudes e práticas relacionadas à alimentação 
e à atividade física; e prevenir o excesso de peso. Os sete primeiros passos 
estão relacionados ao consumo alimentar; os três últimos, ao comportamento 
em direção a uma vida mais saudável. Veja:
1. comer frutas e verduras variadas, pelo menos cinco vezes por dia;
2. consumir feijão pelo menos quatro vezes por semana;
3. reduzir o consumo de alimentos gordurosos, como carnes com gordura 
aparente, salsicha, mortadela, frituras e salgadinhos;
4. reduzir o consumo de sal;
5. fazer pelo menos três refeições e um lanche por dia;
6. reduzir o consumo de alimentos ricos em açúcar;
7. reduzir o consumo de álcool e refrigerantes;
8. fazer as refeições com calma;
9. manter seu peso dentro de limites saudáveis;
10. fazer atividade física regularmente.
7Recomendação de nutrientes: adulto
O Guia Alimentar da População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, traça as 
diretrizes para a alimentação saudável no Brasil. O hábito alimentar deve basear-se no 
consumo preferencial de alimentos in natura ou minimamente processados. Pelo perfil 
de nutrientes, pela baixa densidade energética e pela forma como se inserem na dieta 
em combinação com outros alimentos, compondo preparações culinárias e refeições 
adequadas e saudáveis, alguns grupos de alimentos, como frutas e hortaliças, feijões e 
peixes, são reconhecidos como marcadores de um padrão saudável de alimentação. 
Você pode fazer o download do Guia Alimentar da População Brasileira no link a seguir.
https://goo.gl/CZCK8n
Nutrientes importantes para adultos
Os hábitos alimentares adquiridos na infância e na adolescência tendem a 
permanecer na fase adulta. Desse modo, se o indivíduo não adquiriu bons 
hábitos alimentares, pode comprometer seu estado nutricional e ficar suscetível 
à ocorrência de comorbidades. A nutrição de adultos deve ser baseada em uma 
alimentação equilibrada que contemple macro e micronutrientes importantes 
para essa fase. A seguir, você vai ver a importância de carboidratos, lipídeos, 
proteínas e micronutrientes.
Carboidratos
Constituem a fonte energética para as funções do corpo e para a realização de 
atividades físicas. São armazenados em forma de glicogênio no fígado e nos 
músculos. No fígado, os carboidratos mantêm os níveis de glicemia no sangue, 
fornecendo energia para as células. Nos músculos, o glicogênio é a “energia 
rápida” disponível para as atividades esportivas. A quantidade de carboidratos 
varia muito, dependendo da necessidade de cada pessoa. De acordo com as 
recomendações nutricionais (DRIs, do inglês dietary reference intakes), a 
ingestão aceitável de carboidratos é de 45 a 65% do valor energético total diário.
O consumo de carboidratos integrais, ou seja, com maior teor de fibras, está 
associado à redução da reabsorção de glicose e colesterol e à menor resistência 
à insulina. Os carboidratos apresentam diferentes índices glicêmicos ou cargas 
glicêmicas, o que indica a quantidade e a qualidade do carboidrato presente 
em uma porção de determinado alimento.
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Você sabia que a mandioquinha tem menos carboidratos do que o macarrão? 100 g 
de macarrão tem 75 g de carboidratos, enquanto 100 g de mandioquinha tem apenas 
19 g de carboidratos. Logo, 350 g de mandioquinha têm menos carboidratos do que 
100 g de macarrão.
Lipídeos
As gorduras podem ser de origem vegetal ou animal. São divididas em sa-
turadas e insaturadas (poli-insaturadas e monoinsaturadas). Têm função de 
reserva energética, armazenamento e transporte de alguns tipos de vitaminas 
e proteção de órgãos vitais.
A recomendação de gorduras na dieta deve ficar em torno de 20 a 35% do 
valor energético total. A principal fonte de gorduras saturadas são os produtos 
de origem animal. Para quem não os consome, uma alternativa são os óleos 
de coco e de palma. No entanto, um consumo elevado de gorduras saturadas 
tem sido associado à maior incidência de doenças cardiovasculares.
As gorduras mono e insaturadas são chamadas de ácidos graxos de cadeia 
ramificada. Por apresentarem estrutura molecular irregular, não conseguem se 
acoplar uma sobre a outra dentro dos vasos sanguíneos, impedindo o processo 
de acúmulo de gordura nas artérias. O azeite de oliva e o abacate são exemplos 
de gorduras monoinsaturadas, e o óleo de milho e o de soja são fontes de 
gorduras poli-insaturadas.
A gordura trans, a mais nociva para a saúde, não é encontrada na natureza. 
É produzida pela indústria com o intuito de transformar gorduras líquidas 
em sólidas ou semissólidas. Para determinar a quantidade de gorduras a ser 
ingerida por um indivíduo, é importante avaliar individualmente os fatores 
de risco, a idade e a quantidade de atividade física praticada.
Proteínas
As proteínas são constituídas por aminoácidos e estão presentes em alimentos 
de origem vegetal e animal. Contribuem para a formação dos tecidos, são 
integrantes de várias reações metabólicas e utilizadas na síntese de alguns 
hormônios.
9Recomendação de nutrientes: adulto
A recomendação é que a ingestão proteica no adulto não ultrapasse de 
10 a 35% do valor energético total. A quantidade de proteínas a ser ingerida 
varia se a pessoa é sedentária ou ativa. Se for sedentária, 1 g por quilo é o 
suficiente. Caso a pessoa seja muito ativa e tenha alto volume de treinos, pode 
consumir até 2 g por quilo.
A proteína vegetal, embora não seja constituída por aminoácidos essenciais 
e, por esse motivo, seja chamada de proteína de baixo valor biológico, constitui 
ainda uma fonte proteica para os adultos vegetarianos. As principais fontes 
de proteína de origem vegetal são soja (tofu), lentilha, feijão e grão-de-bico. 
E as de proteínas animais são carnes de gado, peixe ou frango, ovos, vísceras 
e laticínios.
Micronutrientes
São fundamentais para as funções metabólicas. As vitaminas são divididas 
em lipossolúveis (A, D, E e K, que são dissolvidas e armazenadas na gordura) 
e hidrossolúveis (complexo B e vitamina C, solúveis na água). As de natureza 
lipossolúvel podem ser armazenadas e ingeridas em quantidades maiores em 
determinados dias. As hidrossolúveis são encontradas em fontes animais e 
vegetais. A B12, entretanto, é restrita às fontes de origem animal. Por isso, 
pessoas veganas devem recorrer a suplementos para preencher a necessidade 
do nutriente.
Na segunda classe dos micronutrientes estão os minerais: ferro, cálcio, mag-
nésio e fósforo. O cálcio se mistura ao fósforo e, juntos, formam a hidroxiapatita 
e o fosfato de cálcio, que fornecem rigidez aos ossos. São fontes de fósforo: 
laticínios, salmão, carnes, lentilha e amêndoas. Para suprir as necessidades 
de cálcio, aposte em laticínios, salmão, sardinha e fígado.
O ferro pode ser encontrado em produtos de origem animal e vegetal. 
Porém, a sua absorção é diferente. O ferro heme é encontrado em alimentos 
de origem animal e sua absorção é em torno de 10 a 35%. Já o ferro não heme 
é encontrado em vegetais, principalmente nas leguminosas, e sua absorção é 
entre 2 e 10%. Vegetarianos e veganos devem ficar atentos ao consumo para 
evitar a deficiência desse nutriente.
Recomendação de nutrientes: adulto10
Exercícios
1) Estudos recentes têm demonstrado um padrão alimentar inadequado para a maioria dos 
brasileiros. Isso pode aumentar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. 
Com base nesse contexto, assinale a alternativa que melhor representa o padrão alimentar 
da população brasileira.
A) A alimentação do brasileiro caracteriza-se pelo baixo consumo de fibras, alimentos 
processados e ultraprocessados.
B) A alimentação do adulto brasileiro caracteriza-sepela predominância no consumo de arroz, 
feijão, frutas, verduras e hortaliças.
C) O padrão alimentar do brasileiro caracteriza-se pelo consumo moderado de alimentos 
processados e ultraprocessados.
D) A alimentação do brasileiro caracteriza-se pelo consumo elevado de açúcares refinados, 
gorduras e sódio, predominantes nos alimentos processados e ultraprocessados.
E) O padrão alimentar do brasileiro caracteriza-se pela predominância do consumo de alimentos 
in natura, como o feijão, e do consumo moderado de alimentos processados. 
2) A fase adulta caracteriza-se por ser a mais ativa do indivíduo em sociedade e a mais longa 
quando comparada com outros ciclos da vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é o 
período que compreende dos 20 aos 59 anos. 
Sobre as características físicas da fase adulta, aponte a alternativa correta.
A) O adulto caracteriza-se por ter menor massa muscular.
B) O adulto apresenta maior acuidade sensorial.
C) O adulto apresenta menor capacidade aeróbica.
D) O adulto apresenta sistema imunológico menos eficiente.
E) O adulto caracteriza-se por ter maior elasticidade na pele.
3) 
Para retardar os efeitos gradativos do processo de envelhecimento e proporcionar uma 
melhor qualidade de vida à população, com vistas à prevenção de doenças crônicas 
associadas, o adulto deve:
A) realizar a prática do exercício físico de forma permanente.
B) associar a prática do exercício físico a uma alimentação equilibrada.
C) manter-se em atividade social, física e cognitiva.
D) manter uma alimentação equilibrada em macro e micronutrientes.
E) realizar atividade social e física. 
4) A fase adulta é marcada por um ápice nas capacidades biológicas, psicológicas e sociais do 
ser humano.
Considerando as características dessa fase, é correto dizer que:
A) a adultez jovem é marcada por um período de estabilidade social e financeira.
B) a adultez média é marcada por eventos inesperados, como mortes de familiares ou amigos.
C) a adultez jovem é marcada pela individualização e busca por objetivos.
D) a adultez velha ou madura é marcada por vitalidade e valorização individual.
E) a adultez jovem é marcada pela chegada dos filhos e pela busca por qualidade de vida.
5) As necessidades nutricionais dos adultos devem considerar suas necessidades biológicas, 
sua rotina de vida e seu contexto social e cultural.
Sobre essas necessidades nutricionais, é correto dizer que:
A) o consumo de fibras deve ser maior em mulheres adultas.
B) o ferro deve ser ingerido em maior quantidade por homens adultos.
C) o folato tem recomendação de ingestão igual para mulheres adultas e gestantes.
D) o ferro deve ser ingerido em menor quantidade por mulheres adultas.
E) É recomendado o consumo diário de 400 gramas de frutas e hortaliças.