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ANEMIA FERROPRIVA

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ANEMIA FERROPRIVA 
Resumo 
A deficiência de ferro no organismo é a principal causa da anemia ferropriva, que ao 
redor do mundo é a mais recorrente, na maioria dos casos devido a alimentação 
inadequada. Afeta crianças e adultos, e pode apresentar sintomas geralmente 
ligados a baixa oxigenação do sangue, pois uma das características dessa anemia 
é o baixo Volume Corpuscular Médio (VCM) que define essa anemia como sendo 
do grupo das anemias microcíticas, ou seja, apresenta hemácias com tamanho 
menor do que normalmente são. Essas características causam fadiga, falta de ar, 
taquicardia, irritabilidade, queda de cabelo, palidez, perda de peso, entre outros. 
Além da ferropriva, há outros tipos de anemias, como a anemia aplástica, anemia 
falciforme, talassemia, anemia hemolítica por DHRN (doença hemolítica do recém-
nascido) e anemia por doenças crônicas. O diagnóstico é feito através do 
hemograma, dosagem de ferro e análise morfológica das hemácias. O tratamento é 
voltado para a reposição de ferro, através da alimentação e suplementos 
nutricionais. 
 
 
Palavras-chave: Anemia Ferropriva. Hemácias. Ferro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A falta de ferro no organismo é deficiência nutricional mais recorrente no mundo e a 
ausência desse mineral causa a anemia, uma doença considerada um problema de 
saúde pública (BELLAKHAL et al., 2019). 
A baixa ingesta e a diminuição da absorção de ferro são fatores para se desenvolver 
a anemia, porém sangramento gastrointestinal e menstruação em mulheres também 
fazem parte das causas mais comuns (KUMAR et al., 2022). Ele é responsável pelo 
bom funcionamento das células e para a síntese de DNA. [...]Na hemoglobina o ferro 
tem a função de transportar oxigênio para o músculo em atividade. Como 
componente da mioglobina, atua como fixador do oxigênio nas fibras musculares 
cardíacas e músculo esquelético (KUMAR et al., 2022). 
A anemia causa muitas consequências à saúde, como risco de morte em crianças, 
fadiga, complicações na gestação, afeta o desenvolvimento físico e cognitivo, mas 
os mais comuns são diminuição da produção de glóbulos vermelhos, aumento da 
destruição de glóbulos vermelhos e perda sanguínea (RODRIGUES et al., 2019). 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é caracterizada anemia 
quando a concentração de hemoglobina está abaixo de 13,0 g/dL em homens e 
abaixo de 12,0 g/dL em mulheres. Em crianças e adolescentes, se os valores de 
hemoglobina estiverem abaixo de 11 g/dL e em recém-nascidos que normalmente 
possuem hemoglobina mais alta, se os valores forem menores que 14 g/dL, é um 
quadro de anemia (RODRIGUES et al., 2019). 
Se no hemograma for constatado a baixa concentração de hemoglobina, a 
morfologia deve ser analisada, através dos índices hematimétricos, que são: Volume 
Corpuscular Médio (VCM) dos eritrócitos, Concentração de Hemoglobina (Hb), 
Quantidade de Hemoglobina Corpuscular Média por Eritrócito (HCM), Concentração 
Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) e Red Cell Distribuition Width (RDW) 
(RODRIGUES et al., 2019). Ao avaliar, através da microscopia o esfregaço 
sanguíneo, é possível identificar o formato das hemácias, e diferenciar o tipo de 
anemia. 
A anemia pode ser classificada de acordo com o tempo de instalação no organismo 
como aguda ou crônica, decorrente da diminuição da produção (hipoproliferativa) ou 
do aumento da destruição dos eritrócitos (perda ou hemólise). Ou quanto à causa 
da doença, em normocítica/normocrômica, quando não há alteração no tamanho 
das hemácias; macrocítica, quando as hemácias estão maiores do que o normal; e 
microcítica/hipocrômica, quando as células vermelhas estão pequenas e com baixa 
concentração de hemoglobina em seu interior (DE SANTIS, 2019). 
 
Os principais tipos de anemia são: Anemia ferropriva que faz parte do grupo das 
microcíticas, anemia megaloblástica do grupo das macrocíticas, anemia aplástica, 
anemia falciforme, anemia talassêmica, anemia hemolítica por DHRN (doença 
hemolítica do recém-nascido) e anemia dor doenças crônicas (RODRIGUES et al., 
2019). 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Em todo o mundo, a carência nutricional mais comum é a de ferro, responsável pela 
anemia ferropriva. 
O ferro está ligado à produção de glóbulos vermelhos e transporte de oxigênio dos 
pulmões aos tecidos, o que causa sintomas como os relatados no caso clínico da 
paciente J. D. A com 40 anos de idade, que relatou em sua consulta na Unidade de 
Pronto Atendimento sentir falta de ar, fadiga, irritabilidade, queda de cabelo e mal-
estar. Além dos sintomas descritos, a paciente estava também muito pálida, o que 
alertou o médico para uma suspeita de anemia, solicitando então exame de 
hemograma, dosagens de ferro e análise morfológica das hemácias. 
O diagnóstico foi anemia ferropriva, que faz parte do grupo das anemias 
microcíticas. 
No hemograma da paciente as seguintes alterações contribuíram para o 
diagnóstico, ambas com taxas consideradas abaixo do normal: 
• Hemoglobina: 9 g/dL; 
• VCM (Volume Corpuscular Médio): 50 micracúbica. 
 
Na análise da morfologia das hemácias, através do esfregaço sanguíneo, as 
alterações foram: 
• Ferro Sérico de 6 mmol/L e Ferritina de 10 mg/L: quantidades abaixo do 
considerado normal. 
• Capacidade de ligação de ferro em 100 mmol/L: acima da referência do normal, 
que é de até 42 mmol/L a 80 mmol/L. 
Pacientes com anemia ferropriva devem ser tratados com o objetivo de repor os 
estoques de ferro e trazer a hemoglobina ao nível normal. Essa reposição 
depende de uma suplementação de ferro bem conduzida e de um tratamento 
voltado para as alterações apresentadas nos exames (BELLAKHAL et al., 2019). 
É extremamente importante eliminar perdas crônicas de sangue e otimizar a 
absorção de ferro por meio de uma dieta rica em ferro e suplementação de ferro 
(TESCH et al., 2023). 
 
Referências 
Bellakhal s, ouertani s, antit s, abdelaali i, teyeb z, dougui mh. Iron deficiency 
anemia: clinical and etiological features. Tunis med. 2019 dec;97(12):1389-
1398. 
 
Kumar a, sharma e, marley a, samaan ma, brookes mj. Iron deficiency 
anaemia: pathophysiology, assessment, practical management. Bmj open 
gastroenterol. 2022 jan;9(1):e000759. Doi: 10.1136/bmjgast-2021-000759. 
 
Rodrigues ad, santos av, amorin b et al. Hematologia básica. Porto alegre. 
Grupo a; 2019 
 
De santis gc. Anemia: definição, epidemiologia, fisiopatologia, classificação e 
tratamento. Medicina (ribeirão preto) [internet]. 7 de novembro de 2019 [citado 
29 de abril de 2023];52(3):239-51. Disponível em: 
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/156726 
 
Phillips j, henderson ac. Hemolytic anemia: evaluation and differential 
diagnosis. Am fam physician. 2018 sep 15;98(6):354-361. Pmid: 30215915 
Tesch h s, hans t, link h. Anästhesiol intensivmed notfallmed schmerzther. 2023. 
58(04): 213-230. Doi: 10.1055/a-1789-1241

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