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Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 2/154 SUMÁRIO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA ................................................................. 4 CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES DO ORÇAMENTO ..................... 4 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS .......................................................................................... 10 CONSTITUIÇÃO FEDERAL .................................................................................................. 16 TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO ......................................................... 16 CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS ................................................................... 16 AFO – OUTROS DISPOSITIVOS IMPORTANTES NA CF/88 .............................................. 33 CICLO ORÇAMENTÁRIO – PONTOS MAIS RELEVANTES ................................................ 37 LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964 ............................................................................ 48 TÍTULO I - DA LEI DE ORÇAMENTO ................................................................................ 48 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 48 CAPÍTULO II - DA RECEITA ........................................................................................... 50 CAPÍTULO III - DA DESPESA ........................................................................................ 58 TÍTULO II - DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ................................................................. 66 CAPÍTULO I - CONTEÚDO E FORMA DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ................... 66 CAPÍTULO II - DA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ......................... 66 TÍTULO III - DA ELABORAÇÃO DA LEI DE ORÇAMENTO ............................................... 67 TÍTULO IV - DO EXERCÍCIO FINANCEIRO ...................................................................... 68 TÍTULO V - DOS CRÉDITOS ADICIONAIS ........................................................................ 69 TÍTULO VI - DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ............................................................... 72 CAPÍTULO I - DA PROGRAMAÇÃO DA DESPESA ....................................................... 72 CAPÍTULO II - DA RECEITA ........................................................................................... 73 CAPÍTULO III - DA DESPESA ........................................................................................ 73 ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA .......................................... 75 ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA .................................................................. 75 ESTÁGIOS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA ................................................................ 76 TÍTULO VII - DOS FUNDOS ESPECIAIS ........................................................................... 80 TÍTULO VIII - DO CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ................................... 80 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 80 CAPÍTULO II - DO CONTROLE INTERNO ..................................................................... 80 CAPÍTULO III - DO CONTROLE EXTERNO ................................................................... 81 TÍTULO IX - DA CONTABILIDADE ..................................................................................... 81 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................... 81 CAPÍTULO II - DA CONTABILIDADE ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ...................... 81 CAPÍTULO III - DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL E INDUSTRIAL .......................... 82 Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 3/154 CAPÍTULO IV - DOS BALANÇOS ................................................................................... 82 TÍTULO X - DAS AUTARQUIAS E OUTRAS ENTIDADES ................................................ 83 TÍTULO XI - DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................. 84 LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 ..................................................... 85 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................ 85 CAPÍTULO II - DO PLANEJAMENTO ................................................................................. 86 CAPÍTULO III - DA RECEITA PÚBLICA ............................................................................. 89 CAPÍTULO IV - DA DESPESA PÚBLICA ........................................................................... 90 CAPÍTULO V - DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS ................................................ 97 CAPÍTULO VI - DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO ............................................................................................................................ 97 CAPÍTULO VII - DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO ....................................................... 98 CAPÍTULO VIII - DA GESTÃO PATRIMONIAL ................................................................ 104 CAPÍTULO IX - DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO ........................ 105 CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ............................................. 110 INSTRUÇÃO NORMATIVA STN Nº 3 DE 23/05/2001 ......................................................... 114 LEI Nº 10.180, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2001................................................................... 122 PORTARIA Nº 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999 .................................................................... 130 DECRETO Nº 93.872, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1986 ..................................................... 131 Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 4/154 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES DO ORÇAMENTO Orçamento Público Conceitos e Características ➢ O Orçamento público é o instrumento utilizado pelo governo para planejar e controlar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. ➢ O orçamento público é um processo de planejamento contínuo e dinâmico que o Estado utiliza para demonstrar seus planos e programas de trabalho para um determinado período; trata-se de um documento de previsão de receita e de fixação de despesa. ➢ O orçamento público é definido como um instrumento que dispõe o Poder Público para expressar, em determinado período, seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem obtidos, bem como a natureza e o montante dos dispêndios a serem realizados. ➢ Orçamento Público: ✓ Receitas → Estimadas ou previstas, ✓ Despesas → Programadas, autorizadas e controladas. ➢ O orçamento público é ato administrativo revestido de força legal. ➢ O orçamento conforme a legislação brasileira é formado pelo (a): ✓ Plano Plurianual (PPA); ✓ Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); ✓ Lei Orçamentária Anual (LOA); ➢ O orçamento público brasileiro é um plano político, econômico, jurídico e técnico, não sendo meramente contábil. CF/88. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário, financeiro,penitenciário, econômico e urbanístico; II – orçamento; ➢ Orçamento: ✓ Autorizativo: O orçamento é autorizado, mas seu cumprimento é facultativo; ✓ Impositivo: O orçamento é autorizado e seu cumprimento é obrigatório. (Emendas parlamentares). ➢ No Brasil, o orçamento público, em regra, é autorizativo. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 5/154 Espécies de Orçamento O conceito de orçamento público modifica-se ao longo do tempo, em razão das mudanças sofridas nas funções do próprio orçamento. Em relação às espécies de orçamento podemos destacar: ➢ Orçamento Base-zero; ➢ Orçamento Clássico ou Tradicional; ➢ Orçamento de Desempenho; ➢ Orçamento-Programa; ➢ Orçamento Participativo. Base-zero O orçamento base-zero é utilizado como um método que define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto a sua adoção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de longo prazo. No processo de implementação do orçamento base-zero, os pacotes de decisão, ordenados por critérios previamente fixados pela alta direção da organização, são informados por meio do planejamento estratégico. Na técnica do orçamento base-zero, é necessária a justificativa de cada item a partir de um ano zero de fundamentação, sem considerar os gastos realizados no passado, objetivando-se, também, ordenar os programas governamentais de acordo com suas prioridades, indicando quais desses programas seriam preteridos caso fosse necessário um corte nos gastos do governo. ➢ No Orçamento Base-Zero (OBZ): ✓ A cada ano inicia-se um novo planejamento do zero, sem levar em consideração os gastos do ano anterior; ✓ Os gastos são revisados de forma criteriosa em cada unidade orçamentária; ✓ Ocorre a análise detalhada dos recursos solicitados pelo administrador, fornecendo informações detalhadas das receitas necessárias para cobrir os custos de manutenção de cada atividade da empresa; ✓ Não há vinculação com a previsão de receitas e fixação de despesas do ano anterior; ✓ A sua adoção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de longo prazo. ✓ A sua elaboração demanda mais tempo e envolvimento dos funcionários, além do alto custo. Clássico ou Tradicional É aquele em que constam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma espécie de planejamento das ações do governo, adotando uma linguagem meramente contábil-financeiro. É também chamado de Orçamento Incremental, pois toma por base o montante de um item de despesa de um período, sobre a importância gasta no período anterior no mesmo item, definindo assim o montante de despesa para o próximo exercício financeiro. Sua característica maior é dar ênfase aos objetos de gastos, ou seja, ao que se compra. Processo orçamentário que se caracteriza por adotar instrumentos para controlar as despesas por: Unidade administrativa (órgãos responsáveis pelo gasto) e objeto de gasto (elemento de despesa). O orçamento tradicional é o processo de elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto. Trata- se apenas de um detalhamento das receitas a arrecadar e das despesas a executar. A elaboração orçamentária com viés inercial ou incremental é uma característica da técnica de orçamento clássico ou tradicional, que procura introduzir pequenos ajustes Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 6/154 nas receitas e despesas, promovendo um ciclo vicioso baseado no incentivo ao gasto indiscriminado. ➢ No orçamento tradicional: ✓ O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação; ✓ A alocação de recursos visa a aquisição de meios; ✓ Não se preocupa com o planejamento, não existindo prioridade em objetivos e metas; ✓ As necessidades financeiras das unidades organizacionais deverão ser priorizadas na elaboração do orçamento; ✓ Os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos; ✓ Há maior ênfase no que está sendo gasto com os recursos públicos; ✓ Controle político por instrumento contábil; ✓ Tem como prioridade o aspecto jurídico com a finalidade de analisar a honestidade dos gestores públicos e a legalidade no seguimento do orçamento; ✓ Um dos ciclos viciosos do orçamento tradicional ou clássico é o incentivo ao gasto indiscriminado para garantir maior fatia nos orçamentos seguintes. ✓ A estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos contábeis de gestão; Desempenho O orçamento de desempenho, evolução do orçamento tradicional, pode ser considerado uma importante evolução no processo de integração entre orçamento e planejamento. Uma de suas principais características é a apresentação dos propósitos e objetivos para os quais os créditos se fazem necessários. O orçamento de desempenho, por considerar o resultado dos gastos e os níveis organizacionais responsáveis pela execução dos programas, distingue-se do orçamento clássico. No orçamento de desempenho ou por realizações o gestor se preocupa com o resultado dos gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se em saber o que o governo faz e não o que governo compra. ➢ O orçamento de desempenho se caracteriza por apresentar: ✓ Propósitos para os créditos orçamentários solicitados; ✓ Custos necessários para o alcance de tais propósitos; ✓ Informações quantitativas que mensurem os resultados; O orçamento de desempenho toma como referência os objetivos governamentais, mas não apresenta vinculação sistemática com o planejamento e o orçamento. A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas. Programa O orçamento-programa tem ênfase nos instrumentos de integração dos esforços governamentais no sentido de concretização dos objetivos e é considerado como uma evolução do orçamento tradicional. O orçamento-programa foi concebido como instrumento de planejamento, de gerenciamento e de controle dos recursos da administração pública, de forma a aperfeiçoar o cumprimento dos objetivos previamente estabelecidos. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 7/154 ➢ Os elementos essenciais do orçamento-programa são os: ✓ Objetivos e propósitos almejados; ✓ Mecanismos de medidas de desempenho; ✓ Programas e seus respectivos custos. Pode ser definido como elo entre planejamento, orçamento e gestão. No Brasil, o orçamento-programa foi apresentado pelo Decreto-Lei 200/1967 e implantado efetivamente pelo Decreto 2.829/98. O Orçamento-Programa consiste num orçamento moderno, que enfatiza a vinculação entre planejamento e orçamento e o estabelecimento de metas e objetivos. Adotado no Brasil, o orçamento-programa busca dar ênfase aos objetivos finais a serem perseguidos pela ação do Estado, vinculando o planejamento estatal com a autorização das despesas no orçamento. ➢ No Orçamento-Programa: ✓ A alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas; ✓ A estrutura do orçamento destacar os aspectos administrativos e de planejamento; ✓ O principal critério de classificação das despesas é o funcional-programático; ✓ As decisões orçamentárias considerarem os custos dos projetos e programas; ✓ Em sua elaboração, são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício; ✓ O orçamento é o elo entre o planejamento eas funções executivas da organização; ✓ As decisões orçamentárias serem tomadas com base em avaliações e análises técnicas; ✓ Os mecanismos de controle objetivarem avaliar a eficácia das ações. A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas. Participativo É um instrumento de complementação da democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos de uma cidade. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano, com os recursos do orçamento da prefeitura. O orçamento participativo constitui-se em processo que envolve a comunidade em sentido mais amplo que o da representação política formal, no tocante à elaboração orçamentária, com vistas à identificação dos problemas e na busca de soluções para a referida comunidade. O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisório por meio de lideranças ou de audiências públicas. Acredita-se que o orçamento participativo aumenta o compromisso do cidadão com o bem público, uma vez que o torna corresponsável pela gestão pública. O orçamento participativo é fundamentado na discussão de prioridades com a Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 8/154 população organizada, podendo ser utilizado juntamente com o orçamento-programa; O orçamento participativo possui uma maior aplicação nos Municípios, por meio de consulta à população, a qual participa apresentando prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano, com os recursos do orçamento da prefeitura. A ouvidoria é um mecanismo de participação que faculta à população diferentes formas de contato do cidadão com a Administração Pública, com a utilização dos seguintes canais de comunicação: audiência pessoal, acesso telefônico, acesso eletrônico (cadastro na internet ou e-mail) e/ou físico (carta-resposta, carta, fax ou formulário). Tipos de Orçamento O Ciclo Orçamentário consiste em uma série de etapas para se colocar em prática o orçamento público, passando-se pelas seguintes fases: Elaboração → Votação/Aprovação → Execução → Controle Sabendo disso, o orçamento público possui os seguintes tipos: ✓ Legislativo; ✓ Executivo; ✓ Misto. Legislativo O Orçamento Legislativo é aquele em que o poder legislativo possui a competência de elaborar, discutir, votar, aprovar e controlar o orçamento, enquanto o poder executivo tem a função de executar o orçamento. Legislativo → Elabora, Vota, Discute, Aprova e Controla. Executivo → Executa o orçamento. Grande parte do ciclo orçamentário é de competência do legislativo. Geralmente implantado em países parlamentaristas; O Brasil já adotou na CF/1891; Executivo O Orçamento executivo é aquele previsto em regimes autoritários em que todas as fases do ciclo orçamentário (Elaboração, Votação, Controle e Execução) ficam na competência do Poder Executivo. Legislativo → Sem competência. Executivo → Elabora, Vota, Discute, Aprova, Controla e Executa. O Brasil já adotou na CF/1937; Misto (CF/88 Adota) No Orçamento Misto, o Poder Executivo possui a competência para a elaboração e execução do orçamento, já ao Legislativo compete a votação e o controle do orçamento. Legislativo → Votação, Aprovação e Controle. Executivo → Elaboração e Execução. No Brasil, adota-se o orçamento misto, visto que sua elaboração é competência do Poder Executivo, e sua votação e controle são competências do Poder Legislativo. Considerando a evolução conceitual da terminologia usada em referência ao orçamento, o Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história. ➢ Histórico no Brasil dos Tipos de Orçamento: ✓ CF/1891 - Orçamento Legislativo; ✓ CF/1934 - Orçamento Misto; ✓ CF/1937 - Orçamento Executivo; ✓ CF/1967 - Orçamento Executivo; ✓ CF/1988 - Orçamento Misto. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 9/154 Funções do Orçamento Alocativa Refere-se à destinação de recursos por parte do Governo com o fim de fornecer certos bens e serviços necessários (rodovias, iluminação, segurança pública, saúde, educação), que o setor privado não tem interesse ou capacidade em fornecer da maneira adequada à população em geral. A função alocativa diz que o não funcionamento do mercado faz com que o governo defina o tipo, a qualidade e a contribuição (preço, pagamento, taxa, etc) de cada consumidor na alocação de bens públicos. Distributiva Redistribui rendas por meio de transferências, de impostos, de subsídios governamentais e pela taxação progressiva de impostos. A função distributiva consiste na redistribuição de rendas realizada através das transferências, dos impostos e dos subsídios governamentais. É o caso dos programas de transferência de renda a populações carentes ou de taxação progressiva para cobrar mais impostos a quem detém maior renda. Refere-se à distribuição, por parte do governo, de rendas e riquezas, buscando uma adequação àquilo que a sociedade acha justo. A função distributiva consiste em o governo reduzir a renda de certas classes sociais e transferi-la para outras. Estabilizadora Corresponde à aplicação de diversas políticas econômicas, pelo governo, a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, quando o mercado é incapaz de assegurar o alcance dos objetivos. A manutenção do nível de emprego e a estabilidade dos preços são objetivos característicos da função estabilizadora. A função estabilizadora tem como objetivo o uso da política econômica visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à obtenção de uma taxa apropriada de crescimento econômico. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 10/154 Princípios Orçamentários Os princípios orçamentários são válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos – União, estados, Distrito Federal e municípios. Visam a estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. Unidade ou Totalidade O princípio da unidade estabelece que cada ente da Federação deve possuir um único orçamento contendo todas as receitas e despesas, observada a periodicidade anual. Deve ser integrado e não segmentado, fornecendo a estimativa de receita e a fixação das despesas para cada exercício financeiro. Com o passar do tempo a doutrina deu uma nova conceituação ao princípio da unidade, passando a ser chamado de princípio da totalidade, o qual possibilita a coexistência de múltiplos orçamentos que, no entanto, devem sofrer consolidação de forma que permita ao governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas. O princípio da totalidade é identificado na junção do orçamento fiscal, de investimento e da seguridade social que integram a Lei orçamentária anual. CF. Art. 165. § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direitoa voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Lei 4.320/64. Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Atenção: Há bancas que consideram a unidade/totalidade sendo um mesmo conceito, já outras fazem a diferenciação de conceitos, como a banca CESPE. Universalidade ou Globalização De acordo com o princípio da universalidade, a lei orçamentária anual deve englobar todas as receitas e despesas do Estado para que seja realizada a programação financeira de arrecadação de tributos necessários para custear as despesas projetadas pelo governo. ➢ O Princípio da Universalidade não é absoluto, sendo mitigado no caso: ✓ Das receitas extraorçamentárias: • Operações de crédito por antecipação da receita; • Emissões de papel-moeda; • Outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. ✓ Da cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro. Lei 4.320/64: Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 11/154 Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°. Anualidade ou Periodicidade O princípio da anualidade ou periodicidade, nos indica que o orçamento é elaborado para ter vigência limitada a um exercício financeiro, que obrigatoriamente deverá coincidir com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano). Lei 4.320/64. Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. O princípio da anualidade não se confunde com o da anterioridade, sendo este último um princípio tributário. ➢ Exceções ao Princípio da Anualidade: ✓ A abertura de créditos especiais ou extraordinários autorizada por ato promulgado nos últimos 4 meses de um exercício financeiro. Lei 4.320/64. Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários. CF. Art. 167. § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. Exclusividade ou Pureza Estabelece que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. ➢ Não se aplica o princípio da exclusividade para (exceções): ✓ Autorização para abertura de créditos suplementares; ✓ Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. CF. Art. 165. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Especificação, Especialização ou Discriminação O princípio orçamentário da especificação, também chamado de discriminação ou especialização prevê que o orçamento deve ser detalhado, sendo assim, as receitas e despesas devem ser discriminadas, apresentando a origem e aplicação dos recursos. Estabelece que é vedada a consignação de dotações globais na Lei do Orçamento, destinadas a atender despesas de diversas naturezas sem discriminá-las, devendo a classificação dos itens orçamentários ser apresentada da forma mais analítica possível. Créditos Adicionais Suplementares Exceção à Exclusividade Especiais e Extraordinários Exceções à Anualidade Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 12/154 ➢ Poderão ser custeadas por dotações globais (exceções à especificação): ✓ Programas especiais de trabalho ou em regime de execução especial; ✓ Reserva de contingência. Lei 4.320/64: Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. Clareza De acordo com o princípio da clareza, a LOA deve ser elaborada em linguagem compreensível a todos os interessados. Desta forma, o orçamento público deve se apresentar de forma clara, objetiva e compreensível para que todos entendam. Programação Estabelece que o orçamento deve apresentar suas execuções e objetivos por meio de um planejamento ou programa. O princípio da programação determina a existência de uma estrutura classificatória relativamente complexa que permite uma visão organizada das despesas, uma forma de atender à exigência de transparência e permitir a análise detalhada do gasto público.¹ O princípio orçamentário da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. Orçamento Bruto Corolário do princípio da universalidade; De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas devem constar da lei de orçamento anual pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. O princípio do orçamento bruto preconiza a evidenciação das receitas e das despesas por seus respectivos valores, sem compensações ou deduções, e não por seus valores líquidos, as eliminações sendo feitas no processo de consolidação dos demonstrativos. O princípio do orçamento bruto tem como escopo impedir que se incluam na lei orçamentária, quanto a determinado serviço público, os saldos positivos ou negativos. Lei 4.320/64. Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Regionalização do Gasto Público Estabelece que os recursos estabelecidos no PPA e na LOA devem ter como uma de suas finalidades a redução das desigualdades inter-regionais, levando em consideração o objetivo fundamental de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; CF. Art. 165. § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I (Orçamento Fiscal) e II (Orçamento de Investimento de empresas), deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter- regionais, segundo critério populacional. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 13/154 Equilíbrio Orçamentário É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. O princípio do equilíbrio orçamentário é o parâmetro para a elaboração da LOA, o qual prescreve que os valores fixados para a realização das despesas deverão ser compatíveis com os valores previstos para a arrecadação das receitas. Contudo, durante a execução orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando- se necessário limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. O princípio do equilíbrio é uma importante ferramenta de controle dos gastos e da dívida pública por estabelecer que o total da despesa orçamentária tenha como limite a receita orçamentária prevista para o exercício financeiro. Segundo o princípio orçamentário do equilíbrio, previsto na Constituição Federal de 1988, o orçamento de investimento (despesas de capital) não deve ultrapassar as receitas de capital dentro do exercício. O princípio do equilíbrio orçamentário é aferido pelo total das despesas e receitas, e não por categorias econômicas correntes ou de capital e são aferidos no momento da aprovação do devido orçamento. O princípio do equilíbrio orçamentário permite flexibilização em momento de recessão econômica. Não tem amparo constitucional. Formalmente e contabilmente o orçamento sempre estará equilibrado. A reserva de contingência tem a finalidade de conciliar o princípio do Equilíbrio Orçamentário. LRF. Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e: I – disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas Não-Afetação ou Não-vinculação das Receitas O princípio da não-afetação refere-se à impossibilidade de vinculação da receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, com exceção de alguns casos previstos na norma constitucional. ➢ O Princípio da não-vinculação: ✓ Veda a vinculação de impostos, e não a de tributos; ✓ Evita que as vinculações diminuam a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. A vinculação de imposto pode ser criada por emenda constitucional. Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Exceção: É possível a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa no caso de: ✓ Repartição Constitucional dos Impostos; ✓ Destinação de recursos para Serviços Públicos de Saúde; ✓ Destinação de recursos para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; ✓ Administração Tributária; ✓ Prestação de Garantias a operações de crédito por antecipação de receita; ✓ Garantia ou Contragarantia à União e para com esta; Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 14/154 Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. CF/88. Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; § 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 157, 158 e as alíneas "a", "b", "d" e "e" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. LRF. Art. 8º. Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Proibição do Estorno Regra: O princípio da proibição de estorno de verbas veda a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Exceção: A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa. Quantificação dos Créditos Orçamentários É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados. CF. Art. 167. São vedados: VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados; Lei 4.320/64. Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Legalidade O PPA, LDO e LOA serão instituídos por lei; CF. Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. CF. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Publicidade O orçamento público passa ter eficácia com a sua publicação. Transparência Orçamentária LRF. Art. 48. § 1º. A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 15/154 real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. Uniformidade O princípio orçamentário da uniformidade ou consistência decorre do aspecto formal do orçamento e determina que este deve apresentar e conservar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que permita comparações entre os sucessivos mandatos. De acordo com o princípio da uniformidade, no aspecto formal, o orçamento deve ser padronizado nos diversos exercícios em que é executado, possibilitando ser comparado ao longo do tempo. Orçamento Impositivo CF. Art. 165. § 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. Fonte¹: https://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/principios Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 16/154 CONSTITUIÇÃO FEDERAL TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS Seção I - NORMAS GERAIS Art. 163. Lei complementar disporá sobre: I - finanças públicas;II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; III - concessão de garantias pelas entidades públicas; IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: a) indicadores de sua apuração; b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação; d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida. Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 17/154 Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida. Seção II - DOS ORÇAMENTOS Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Atenção! O PPA e a LDO foram criados pela CF/88. STF/ADI 5.449 É possível a impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de leis orçamentárias. Assim, é cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizes orçamentárias e lei de abertura de crédito extraordinário. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais ✓ Costumam ser de longo prazo, inclusive em períodos maiores que o PPA; ✓ Devem ser elaborados em consonância com o PPA. § 5º A lei orçamentária anual (LOA) compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; (Estatais Dependentes) II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; (Estatais Independentes) III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. (Estatais Dependentes) Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 18/154 Orçamento das Empresas Estatais Empresas Estatais Dependentes Empresas Estatais Independentes Empresa controlada que recebe recursos do ente controlador para custear as despesas com pessoal ou de custeio em geral; Integram o orçamento fiscal e o da seguridade social; Empresa controlada que custeia suas próprias despesas com pessoal ou de custeio em geral; Integram o orçamento de investimento; Orçamento da Seguridade Social Entidades e Órgãos vinculados diretamente à Seguridade Social Entidades e Órgãos Não Vinculados diretamente à Seguridade Social Qualquer tipo de despesa integra o orçamento da seguridade social; Apenas as despesas típicas de Seguridade Social integram o orçamento; § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I (Orçamento Fiscal) e II (Orçamento de Investimento de empresas), deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter- regionais, segundo critério populacional. Redução de Desigualdades Inter-Regionais ➢ Orçamentos Utilizados: ✓ Orçamento Fiscal; ✓ Orçamento de Investimento de Empresas; ➢ Critério: Populacional; ➢ Compatibilidade com o PPA. O Orçamento da Seguridade Social não exerce a função de reduzir desigualdades inter-regionais! § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Princípio da Exclusividade ou Pureza Estabelece que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. ➢ Não se aplica o princípio da exclusividade para (exceções): ✓ Autorização para abertura de créditos suplementares; ✓ Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. LOA Orçamento Fiscal Orçamento de Investimento das Empresas Orçamento da Seguridade Social Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.comhttps://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 19/154 CF. Art. 165. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. § 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, da LDO e da LOA; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. § 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. § 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias: I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos adicionais; II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados; III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias. § 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. § 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União. § 14. A LOA poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. § 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a execução física e financeira. § 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do monitoramento e da avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição. Créditos Adicionais Suplementares Exceção à Exclusividade Especiais e Extraordinários Exceções à Anualidade Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 20/154 Instrumentos de Planejamento e Orçamento da CF Plano Plurianual (PPA) ➢ Criado pela CF/88; ➢ Instrumento orçamentário de médio-longo prazo; ➢ Vigência: 4 anos; ➢ Planejamento Estratégico; ➢ Estabelece as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da Administração Pública de forma regionalizada para as despesas de: ✓ Capital e outras delas decorrentes; ✓ Programas de duração continuada. ➢ Pode ser revisto durante sua vigência; ➢ Período: vigência até o final do 1º exercício financeiro do mandato presidencial subsequente; ✓ Início → 2º ano do mandato do chefe do executivo; ✓ Término → 1º ano do mandato do executivo subsequente. Perceba que o chefe do executivo sempre vai ter em seu primeiro ano de mandato o 4º ano do PPA anterior; ➢ O PPA será enviado do executivo ao legislativo para aprovação até 4 meses antes do final do 1º exercício financeiro do chefe do executivo, ou seja, até 31 de agosto; ➢ Após a aprovação pelo legislativo, será devolvido ao executivo até o final da ÚLTIMA sessão legislativa (até 22 de dezembro) do mesmo ano que foi enviado; Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ➢ Criada pela CF/88; ➢ É o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual; ➢ A lei de diretrizes orçamentárias é o instrumento que regula a elaboração da lei orçamentária anual; ➢ Compreende as prioridades e metas que devem ser colocadas em prática no exercício financeiro seguinte pela LOA; ➢ Funções da LDO: ✓ Estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública; ✓ Orientar a elaboração da LOA; ✓ Dispor sobre as alterações na legislação tributária; ✓ Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento; ✓ Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas; Chefe do Executivo 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano PPA 4º Ano do PPA anterior 1º Ano do atual 2º Ano do atual 3º Ano do atual 4º Ano do atual Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 21/154 ✓ Ter o anexo de metas fiscais e o de riscos fiscais. ➢ As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. ➢ A vigência da LDO ultrapassa o exercício financeiro, iniciando em um ano e finalizando no ano subsequente; ➢ Prazos da LDO: ✓ Envio do Executivo ao Legislativo: Até 8 meses e meio antes de finalizar o exercício financeiro; (Até 15 de abril) ✓ Aprovação e devolução ao Executivo: Até o encerramento do 1º Período Legislativo (Até 17 de julho) CF. Art. 57. § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Lei Orçamentária Anual (LOA) ➢ É o orçamento de fato; ➢ Instrumento orçamentário que colocará em prática tudo o que foi planejado pelas prioridades e metas da LDO, estando em plena concordância com as diretrizes, objetivos e metas do PPA; A LOA tem o papel de prever ou estimar a receita e fixar as despesas do exercício financeiro; ➢ A LOA é formada pelo: ✓ Orçamento Fiscal; ✓ Orçamento de Investimento das empresas; ✓ Orçamento da Seguridade social. ➢ Vigência: anual; ➢ Planejamento Operacional; ➢ É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; ➢ A LOA não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas (Princípio da Exclusividade), exceto no caso de ✓ Autorização para abertura de créditos suplementares; ✓ Contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. ➢ A LOA poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. ➢ A LOA será enviada do executivo ao legislativo para aprovação até 4 meses antes do final do exercício financeiro do chefe do executivo, ou seja, até 31 de agosto; ➢ Após a aprovação pelo legislativo, será devolvida ao executivo até o final da sessão legislativa (até 22 de dezembro) do mesmo ano que foi enviado; ➢ Projeto de LOA deve demonstrar os valores máximos de programação compatíveis com os limites individualizados, por poder e órgão. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 22/154 Então podemos afirmar que durante os quatro anos de Plano Plurianual, em cada um deles, haverá uma Lei de Diretrizes Orçamentárias e uma Lei Orçamentária Anual; ADCT. Art. 35 § 2º ADCT. Art. 35 § 2º. Atéa entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: ➢ Projeto do PPA: ✓ Vigência: até o final do 1º exercício financeiro do mandato presidencial subsequente; ✓ Encaminhado: até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício financeiro; ✓ Devolvido para sanção do Executivo: até o encerramento da sessão legislativa; ➢ Projeto de LDO: ✓ Encaminhado: até 8 meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro; ✓ Devolvido para sanção ao Executivo: até o encerramento do 1º período da sessão legislativa; ➢ Projeto de LOA da União: ✓ Encaminhado: até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro; ✓ Devolvido para sanção do Executivo: até o encerramento da sessão legislativa; Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das 2 Casas do Congresso Nacional. § 3º As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o PPA e com a LDO; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; PPA 4 ANOS LDO 1º ANO LOA LDO 2º ANO LOA LDO 3º ANO LOA LDO 4º ANO LOA Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 23/154 b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. § 4º As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. § 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. § 6º Os projetos de lei do PPA, das LDOs e do LOAs serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. § 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. Emendas Parlamentares As emendas parlamentares ao Projeto de lei Orçamentária são proposições legislativas acessórias, feitas pelos Deputados durante a tramitação do projeto orçamentário com a finalidade de aperfeiçoá-lo, seguindo as disposições da Constituição e do Regimento Interno. Em regra, o orçamento público brasileiro é autorizativo, sendo assim, o orçamento é autorizado, porém não há obrigação de ser gasto. No entanto, com o advento das EC 86/15, EC 100/19 e EC 105/19, uma pequena parcela do orçamento passou a ser impositiva (obrigatória) por meio das emendas parlamentares, passando o Poder Legislativo a ter mais autonomia em relação ao executivo. ➢ Orçamento: ✓ Autorizativo: O orçamento é autorizado, mas seu cumprimento é facultativo; ✓ Impositivo: O orçamento é autorizado e seu cumprimento é obrigatório. (Emendas parlamentares). § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Orçamento Impositivo) Orçamento Impositivo Antes da EC 126/22 Após a EC 126/22 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. § 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% caberá às emendas de Deputados e 0,45% às de Senadores. (EC 126/22) § 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 24/154 STF/ADI 6.670 Presentes os requisitos do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”, cabível a concessão de medida cautelar para afastar a aplicação de norma estadual que estabeleça limites para aprovação de emendas parlamentares impositivas em patamar diferente do imposto pelo art. 166 da Constituição Federal. § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º (2% da receita corrente líquida) deste artigo, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A deste artigo. (EC 126/22) Emendas Individuais ➢ Orçamento Impositivo (É obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas individuais); ➢ Limite de 2% da receita corrente líquida, sendo 1/2 (1%) destinado à saúde. ➢ O percentual de 1% destinado à saúde não pode ser utilizado para: ✓ Pagamento de pessoal; ✓ Encargos sociais. ➢ O orçamento impositivo das emendas individuais da União aplica-se também ao Legislativo dos Estados e DF, no montante de 1% da receita corrente líquida do exercício anterior. ➢ As programações orçamentárias das emendas individuais não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. ➢ Para aplicação de até 1% da receita corrente líquida nos E/DF, os órgãos de execução deverão observar: ✓ LDO; ✓ cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das programações; ✓ Demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. ➢ A transferência do orçamento impositivo da União para os Estados e DF: ✓ Independerá da adimplência do ente federativo destinatário; ✓ Não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para despesa de pessoal. ➢ Restos a pagar que podem cumprir execução financeira: ✓ 1% da receita corrente líquida → Emendas Individuais (Poder Legislativo Federal); ✓ 0,5% da receitacorrente líquida → Emendas de Iniciativa de bancada (Legislativo dos E/DF). § 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. § 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. § 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução deverão observar, nos termos da LDO, cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. § 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 25/154 § 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 1% da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5%, para as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. (EC 126/22) Restos a pagar ➢ São as despesas com compromisso de utilização no orçamento, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro. ➢ Restos a pagar que podem cumprir execução financeira: ✓ 1% da receita corrente líquida → Emendas Individuais (Poder Legislativo Federal); ✓ 0,5% da receita corrente líquida → Emendas de Iniciativa de bancada (Legislativo dos E/DF). ➢ Os restos a pagar divide-se em: ✓ Processados: Consiste em despesas empenhadas, liquidadas, mas não pagas; ✓ Não Processados: Consiste em despesas empenhas, não liquidadas e não pagas. ➢ Os empenhos relativos a créditos com vigência plurianual, quando não liquidados, serão considerados como restos a pagar somente no último ano de vigência do crédito. ➢ É vedado ao titular de Poder ou órgão nos últimos 2 quadrimestres do seu mandato contrair obrigação de despesa que: ✓ Não possa ser cumprida integralmente dentro dele; ✓ Tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa. § 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. § 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria, observado o disposto no § 9º-A deste artigo. (EC 126/22) § 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento. Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: I - transferência especial; ou II - transferência com finalidade definida. § 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no pagamento de: I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e II - encargos referentes ao serviço da dívida. § 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração de convênio ou de instrumento congênere; Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 26/154 II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. § 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos. § 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os recursos serão: I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União. § 5º Pelo menos 70% das transferências especiais de que trata o inciso I do caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o inciso II do § 1º deste artigo (encargos referentes ao serviço da dívida). Emendas Individuais Impositivas – Meios de Alocação de Recursos ➢ Alocam recursos por meio de transferência: ✓ Especial; ✓ Com finalidade definida. ➢ Não integrarão a receita dos entes federativos para: ✓ Fins de repartição; ✓ Cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo ✓ Endividamento de ente federado; ➢ É vedada a aplicação das emendas individuais impositivas no pagamento de: ✓ Despesas com pessoal e encargos sociais a ativos, inativos e pensionistas; ✓ Serviços da dívida. ➢ Recursos por Transferência Especial: ✓ Repassados diretamente ao ente, independentemente de convênio ou instrumento congênere; ✓ Pertencerão ao ente no ato da efetiva transferência financeira; ✓ Aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo, sendo, ao menos 70%, aplicada em despesas de capital, vedado pagamento de encargos ao serviço da dívida. ➢ Recursos por Transferência com Finalidade Definida: ✓ Vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e ✓ Aplicados nas áreas de competência constitucional da União. Art. 167. São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na LOA; II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; Regrade Ouro Regra Exceção É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital. É possível as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 27/154 aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Princípio da não vinculação de receitas de IMPOSTOS) Não-Afetação ou Não-vinculação das Receitas O princípio da não-afetação refere-se à impossibilidade de vinculação da receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, com exceção de alguns casos previstos na norma constitucional. ➢ O Princípio da não-vinculação: ✓ Veda a vinculação de impostos, e não a de tributos; ✓ Evita que as vinculações diminuam a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. A vinculação de imposto pode ser criada por emenda constitucional. Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Exceção: É possível a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa no caso de: ✓ Repartição Constitucional dos Impostos; ✓ Destinação de recursos para Serviços Públicos de Saúde; ✓ Destinação de recursos para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; ✓ Administração Tributária; ✓ Prestação de Garantias a operações de crédito por antecipação de receita; ✓ Garantia ou Contragarantia à União e para com esta; Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; (Princípio da Proibição do Estorno) STF/ADPF 616/BA É inconstitucional o bloqueio ou sequestro de verba pública, por decisões judiciais, de empresa estatal prestadora de serviço público em regime não concorrencial e sem intuito lucrativo primário. Os recursos públicos vinculados ao orçamento de estatais prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem intuito lucrativo primário não podem ser bloqueados ou sequestrados por decisão judicial para pagamento de suas dívidas, em virtude do disposto no art. 100 da CF/1988, e dos princípios da legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF), da separação dos poderes (arts. 2°, 60, § 4°, III, da CF) e da eficiência da administração pública (art. 37, caput, da CF). STF/ADPF 664/ES São inconstitucionais as decisões judiciais que determinam a constrição de verbas públicas oriundas de Fundo Estadual de Saúde (FES) — que devem ter aplicação compulsória na área de saúde — para atendimento de outras finalidades específicas. VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; (Princípio da Quantificação) Licenciado para - D aiane de Jesus - 13937188762 - P rotegido por E duzz.com https://www.quebrandoquestoes.com/ https://www.quebrandoquestoes.com/ AFO – Legislação Esquematizada www.quebrandoquestoes.com 28/154 VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; Atenção! Apenas o orçamento fiscal e da seguridade social. O orçamento de investimento de empresas não entra nessa regra. IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento; XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social. XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Investimento Excede Exercício Financeiro Não Excede Exercício Financeiro Deve haver previsão no PPA ou em Lei que autorize; Não exige que esteja no PPA. § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62 (Abertura de crédito por Medida Provisória). § 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155 (ITCMD, ICMS, IPVA), 156 (IPTU, ITBI, ISS), 157, 158 e as alíneas "a" (21,5% do FPED), "b" (22,5% do FPM), "d" (1% do FPM) e "e" (1% do FPM) do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Exceção ao Princípio da Não Vinculação de Receitas) § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Exceção ao Princípio da Proibição do Estorno) § 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro do cumprimento do limite de que trata o inciso
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