Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escápula Úmero Úlna Rádio Carpo Metacarpo Falanges Exame do Sistema Locomotor de Equinos Anatomia Constituído por: escápula, úmero, rádio, ulna, carpo, metacarpo, falanges e sesamóides. Constituído por: ossos da pelve (ísquio, ílio e púbis), fêmur, tíbia, fíbula, tarso, metatarso, falanges e sesamóides. Pelve Fêmur Fíbula Tíbia Tarso Metacarpo Falanges Membro anterior/ torácico Membro posterior/pélvico Articulação umeral; Articulação do cotovelo; Articulação radio-ulnar; Articulações falangeanas (metacarpofalangeana, interfalangeana proximal e interfalangeana distal) Articulações Articulações Articulação coxofemoral; Articulação do femorotibial; Articulação femorotiobiopatelar; Articulação tibiotársica; Articulação do taso; Articulações falangeanas (metacarpofalangeana, interfalangeana proximal e interfalangeana distal) Exame do Sistema Locomotor de Equinos Face cranial Face palmar/plantar Exame do Sistema Locomotor de Equinos Exame Clínico Geral Avaliação do equino à distância, atentando-se a: -Estado de consciência; -Postura e locomoção; -Escore corporal; -Conformação de membros; -Aumento de volume/inchaços; Inspeção Avaliação dos parâmetros vitais do equino quanto: -Frequência cardíaca (20- 40bpm); -Frequência respiratória (8- 16mpm); -Coloração de mucosas -Tempo de preenchimento capilar (TPC) (<2 segundos) -Hidratação -Palpação de linfonodos -Ausculta do trato gastrintestinal; -Temperatura retal (37,5- 38,5ºC). Avaliação de parâmetros vitais Exame do Sistema Locomotor de Equinos Exame Clínico Específico A claudicação é um sinal clínico de um problema estrutural ou funcional que se manifesta durante a locomoção. As principais causas que levam à claudicação são: -Trauma; -Excesso de exercício; -Anomalia congênita ou adquirida; -Infecção; -Distúrbio metabólico; -Alteração circulatória ou nervosa, ou ambas. Diagnóstico de Claudicação Avaliação Compreende: palpação inspeção, manipulação dos membros (com as mãos e auxílio de equipamentos específicos que auxiliem no diagnóstico). Gradação da claudicação de acordo com gravidade: Grau 1: vista a trote mas não ao passo Grau 2: vista ao caminhar, sem movimentação de cabeça Grau 3: vista ao caminhar, sem movimentação de cabeça Grau 4: equino não apoia o peso sobre membro afetado Objetivos: determinar lesão resultante da claudicação, qual membro afetado e diagnosticar as possíveis enfermidades. Primeiro é feita a inspeção visual do animal, observando se há assimetrias, deformações, aumento de volume, atrofias musculares, cicatrizes e posturas anormais. Deve ser realizado de todos os ângulos (cranial, caudal e laterais). OBS.: Muitos animais possuem lesões antigas não relacionadas com o problema principal, mas devem ser observadas e consideradas dentro do contexto do problema geral apresentado pelo animal Exame do Sistema Locomotor de Equinos Em seguida, a avaliação é feita em movimento, uma vez que a claudicação pode se manifestar apenas quando o animal é submetido ao exercício. Inicia-se ao passo e, posteriormente, evolui ao trote. Avaliação durante exercício Deve-se observar o movimento da cabeça e garupa durante a movimentação, pois é um meio auxiliar no diagnóstico importante. Movimentação da cabeça na claudicação: Claudicação de membro torácico: a cabeça é abaixada quando o membro são toca o solo (inversamente, a cabeça é elevada quando o membro afetado toca o solo). Claudicação de membro pélvico: a cabeça é abaixada quando o membro afetado toca o solo e vice-versa. Claudicação bilateral: levantar e abaixara cabeça estão ausentes quando pesos iguais são colocado sem membros igualmente doloridos. Geralmente, claudicações de membros pélvicos se manifestam com elevação da garupa durante a locomoção, gerando uma assimetria no movimento, o que indica o lado que está sendo afetado. Exame do Sistema Locomotor de Equinos A condução em círculos acentua claudicações de graus leves com origem normalmente no membro que está posicionado no interior do círculo. Se a claudicação se manifestar quando o membro estiver na posição externa ao círculo, a claudicação é considerada bilateral. Realizar movimentos passivos de flexão, a fim de exacerbar um foco de dor, principalmente em tecidos moles ou regiões subcondrais quase sempre associados a processos articulares, tendíneos ou ligamentares. Teste de flexão Exame do Sistema Locomotor de Equinos Na maioria dos testes, a flexão é feita por 30 a 60 s, à exceção do teste da ar ticulação társica. A flexão deve ser realizada inicialmente no membro sadio, seguido pelo membro suspeito, sempre no sentido distoproximal. E então o animal é submetido ao trote. Uma resposta positiva é obtida quando o animal apresenta uma exacerbação da claudicação nos primeiros 3 a 4 passos após liberar a flexão do membro. Palpação Deve ser realizada em sentido distoproximal. Pé Local mais comum da origem das claudicações. De modo geral, o casco deve ser inspecionado para assimetria, conformação, altura do talão, espaço entre os talões, anéis de crescimento, rachaduras do estojo córneo e drenagem de exsudato da região coronária. O exame detalhado do pé do animal deve ser realizado após a remoção das ferraduras e limpeza de sujidades. Prossegue-se com o exame físico, realizando-se a pressão e a percussão aplicadas na sola e na parede do casco pela pinça de casco. CPC: comprimento da parede medial ou lateral do casco (quartos); CP: comprimento da pinça; áP: ângulo da pinça; AT: altura do talão LR: largura da ranilha; CR: comprimento da ranilha; CC: comprimento do casco; LC: largura do casco. Exame do Sistema Locomotor de Equinos Quartela A amplitude do pulso das artérias digitais palmares e plantares laterais e mediais na quartela pode ser palpada principalmente em inflamações podais, como laminite, sesamoidites, infecções ou fraturas da III falange. A pressão muito forte obliterará o pulso arterial; portanto, deve-se reali zar uma pressão leve, adequada, comparando-se sempre com o pulso contralateral. Outro procedimento importante a ser realizado é a rotação dessas articulações para promover a exacerbação de sensibilidade dolorosa, principalmente nos ligamentos colaterais e sesamóideos da região Boleto (Articulação metacarpofalangeana) A inspeção do boleto deve ser realizada visando detectar aumento de volume nas regiões dorsal e palmar dessa estrutura. A palpação dessa articulação auxilia na avaliação do grau de dor, da existência de líquidos, fibroses ou tecidos calcificados no interior das cavidades sinoviais, do grau de espessamento da cápsula articular e da bainha do tendão. Os ossos sesamoides devem ser palpados em suas regiões de ápice e base, para verificação de dor, podendo estar associados a uma fratura de sesamoide, sesamoidite proximal ou ainda a desmite do suspensor do boleto ou sesamoides distais. A ar ticulação do boleto deve ser flexionada para testar a amplitude de movimento (em geral, 90°) e avaliar qualquer aumento de sensibilidade que possa estar presente. Metacarpo Por sua superficialidade, a inspeção e a palpação dos planos anatômicos que integram essa região são de fácil exploração visual e sensitiva. A palpação é realizada inicialmente com o membro em apoio e posteriormente com o membro semiflexionado e elevado, quando os tendões e ligamentos se apresentam sem tensão e são mais facilmente palpáveis. Exame do Sistema Locomotor de Equinos Carpo Com a flexão do carpo, realiza-se mais facilmente a palpação da articulação do carpo e estruturas ósseas relacionadas. Com o membro flexionado, é possível sentir mais facilmente as duas fileiras ósseas, bem como as superfícies articulares entre elas (radiocarpal e intercarpal), facilitando a detecção de depressões acentuadas, crepitações, espessamentos de ligamentos, existência de líquido intrarticular em excesso e exostoses. O teste de flexão do carpo é realizado, frequentemente, na avaliação do grau da flexão e em um eventual agravamento da claudicação após a realizaçãode flexão por aproximadamente 50 s e condução do animal ao trote. Articulações umerorradioulnar e escapuloumeral Alguns animais apresentam massa muscular densa nessa região, o que pode dificultar a detecção de uma lesão em local específico. A musculatura sensível à palpação deve ser avaliada para possível contribuição na claudicação; à palpação do olécrano, pode. O teste de extensão deve ser realizado com o examinador posicionado à frente do animal, rea li zando a extensão e a elevação do membro, forçando o local de inserção do músculo tríceps no olécrano e também a articulação escapuloumeral.- se detectar dor ou mobilidade óssea em casos de fratura. Tarso O objetivo do exame dessa região é visualizar distensão da cápsula articular tarsotibial dorsomedial ou plantar, medial e lateral e espessamentos ósseos localizados sobre a face dorsomedial. Outro ponto de observação importante é a face plantar proximal de metatarso. O teste de flexão forçada não pode ser considerado específico por interferir em outras estruturas, como articulações femorotibiopatelar e coxofemoral. Exame do Sistema Locomotor de Equinos Articulação femorotibiopatelar Inicialmente, nessa ar ticulação, deve ser observado o aumento de volume ou atrofia da musculatura. Os resultados do exame devem sempre ser comparados com o membro contralateral. Em geral, quanto maior a distensão fluida e quanto mais espessa a cápsula articular, mais grave deve ser a enfermidade. Uma patela fora da posição pode apresentar dor, crepitação e mobilidade. Deslocamento lateral da patela pode ocorrer em potros e está relacionado com claudicação grave. No teste de deslocamento patelar em casos de fixação superior da patela, classicamente denominada “luxação de patela”, o membro exibe posição característica de hiperextensão, distendido para trás; à locomoção, arrasta a pinça por incapacidade de flexionar espontaneamente o membro ou o faz de maneira espástica e intermitente. Exames complementares Anestesia perineural e intra-articular Para localizar o ponto da dor, utiliza-se anestesia local diagnóstica pelo bloqueio anestésico perineural (infiltração perineural de nervos sensitivos nos membros) ou anestesia intra-articular, pois uma vez que a lesão dolorosa seja dessensibilizada, provavelmente a claudicação desaparecerá ou diminuirá de intensidade; assim, é possível continuar com os procedimentos de exame físico e auxiliares, como radiografia e ultrassonografia, finalizando o diagnóstico. O bloqueio anestésico perineural deve ter início na porção distal do membro, com progressão proximal até determinar a região sede da dor. Luxação de patela Exame do Sistema Locomotor de Equinos Esse sentido distoproximal é realizado porque a anestesia perineural em uma região proximal do membro deve mascarar o efeito de injeções distais, pois já estarão dessensibilizadas todas as estruturas distais ao local da(s) primeira(s) injeção(ões). Exceções a esses procedimentos ocorrem nas anestesias intra-articulares ou infiltrações locais, pois estas dessensibilizam apenas alguns locais específicos. Normalmente, o fármaco utilizado para esse tipo de anestesia é a lidocaína nas concentrações de 1 a 2%, com aproximadamente 60 e 120 min de duração, respectivamente. Após administração, é necessário aguardar 5 minutos antes de submeter o animal ao trote para avaliar se há claudicação. Tricotomia; Antissepsia; Evitar seringas com acoplamento em rosca; Agulha adequada (geralmente 30 × 7); Contenção adequada; Nervo digital palmar; Perineural do sesamoide abaxial; Quanto pontos baixos; Quatro pontos altos; Nervos mediano, ulnar e musculocutâneo; Nervos tibial e fibulares superficial e profundo ; Anestesia da articulação interfalângica distal; Bursa do navicular ; Anestesia das Articulações metacarpo/metatarso falangeanas e articulação do boleto; Articulação do carpo; Articulação umerorradioulnar; Articulação escapuloumeral; Articulação do tarso; Articulação tibiotarsal; Articulação tarsometatarsal; Articulação femorotibiopatelar; Articulação coxofemoral. Para isso, é necessário: Bloqueios realizados na rotina clínica para diagnóstico de claudicação: Exame do Sistema Locomotor de Equinos Dorsopalmar (DPa) ou dorsoplantar (DPl); Lateromedial (LM); Oblíquas (DLPaMO, DMPaLO, DMPlMO e DLPlLO). As posições necessárias para um exame radiográfico de qualidade devem possibilitar a visualização de todas as dimensões da estrutura radiografada. As posições radiográficas mais convencionais são: Além dessas, há radiografias realizadas com o membro flexionado em várias angulações, para melhor visualização do local acometido (p. ex., lateromedial flexionada – LM flexionada). Radiografia Métodos de radiografia contrastada: Artrografia Contraste radiopaco é injetado na articulação para melhor visualização do espaço intra-articular. Mielografia O equino é submetido à anestesia geral e o contraste é injetado no espaço subaracnóideo para visualização dos limites do canal medular, tornando possível verificar se há ou não sua compressão. Exame do Sistema Locomotor de Equinos Fistulografia Técnica na qual o contraste é injetado no lúmen das fístulas para possibilitar a visualização do seu trajeto. Tenografia Contraste possibilita delimitar a bainha tendínea. Tendrografia Realizada para delinear ligamentos e tendões. Ultrassonografia Possibilita que o veterinário determine a localização exata da lesão, quantifique sua extensão e a gravidade das lesões e também monitore o processo de reparação. A principal aplicação da ultrassonografia diagnóstica no sistema locomotor equino é nas enfermidades dos tendões e ligamentos das regiões metacarpal e metatarsal, seguida de avaliações de regiões ar ticulares e ósseas. As estruturas tendíneas e ligamentares são compostas de fibras colágenas, que são alinhadas em uma configuração paralela definida, denominada alinhamento axial. TFDS- tendão flexor digital superficial TFDP= tendão flexor digital profundo LCI- ligamento carpal inferior LSB- ligamento suspensor do boleto A ecogenicidade normal e o alinhamento axial indicam que as estruturas estão normais ou totalmente recuperadas. O grau de alinhamento axial é um critério importante para o acompanhamento do processo de cicatrização. As lesões nos tendões, ligamentos e músculos são reconhecidas ultrassonograficamente por alterações nos planos teciduais, com mudanças no tamanho, formato, ecogenicidade e modificações também em estruturas vizinhas ou associadas. Exame do Sistema Locomotor de Equinos Artrocentese A coleta e a análise de líquido sinovial são indicadas no auxílio diagnóstico de enfermidades articulares. A análise convencional de rotina não revelará um diagnóstico específico; no entanto, oferece informações sobre o grau de sinovite e as alterações metabólicas da articulação, das bainhas tendíneas e das bursas dos equinos. Aspecto; Volume; Formação de coágulos; Precipitado de mucina; Proteí na; Atividade da fosfatase alcalina (FA), da desidrogenase láctica e da aspartato aminotransferase (AST); Viscosidade; Hialuronato; Citologia; Cultura bacteriana; A análise e a interpretação do líquido sinovial baseiam-se em valores de referência: Artroscopia O diagnóstico artroscópico é um procedimento invasivo para a avaliação de estruturas intra-articulares quando a articulação é proposta como o local sede da lesão, porém não foi possível realizar um diagnóstico específico. Exame do Sistema Locomotor de Equinos As características morfológicas da membrana sinovial e as vilosidades são prontamente examinadas durante a artroscopia. A artroscopia também é utilizada para o exame da cartilagem articular e de alterações ósseas nas superfícies articulares. Termografia Representação gráfica da temperatura de superfície de um objeto. Consiste em registrar a temperatura cutânea com a ajuda de uma câmera sensível aos raios infravermelhos e estabelecer a cartografia das áreas corporais, nas quais eventuais processos patológicos modificam a temperatura superficial.Um dos sinais inflamatórios do tecido lesado é o calor, que é resultado do aumento da intensidade circulatória. Termograficamente, os pontos quentes associados à inflamação são vistos na pele diretamente sobre a lesão.
Compartilhar