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Slides de Aula - Unidade I fisioterapia pediatrica

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Profa. Dra. Débora Parisi
UNIDADE I
Fisioterapia Pediátrica
 Depende de fatores intrínsecos e extrínsecos (fatores ambientais). Nascimento – neonato 
apresenta dependência absoluta para sobreviver e se desenvolver.
 Aquisição das habilidades motoras e cognitivas depende tanto da maturação do sistema 
nervoso quanto do ambiente, sendo este um processo gradual e complexo.
 Neonato é incapaz de apresentar controle postural contra a força da gravidade, apresenta 
ainda uma postura de tríplice flexão (posição fetal), com comportamentos motores imaturos 
(atividade motora reflexa – reflexos primitivos)
Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
Fonte: 
https://www.maxpixels.net/Baby-
Curled-Up-Sleeping-Child-Cute-
Baby-Girl-3149224
 Primeiro ano de vida – modulação das atividades reflexas primitivas de acordo com a 
maturação do SNC.
 Reflexos de sobrevivência – reação automática ou de sufocamento, reflexo de sucção, 
reflexo de deglutição e reflexo de procura ou dos pontos cardeais.
 Em casos de bebês prematuros, em casos de lesão 
neurológica ou na presença de algumas síndromes 
(por exemplo, na Síndrome de Down), estes reflexos 
podem estar ausentes ou diminuídos.
Reflexos Primitivos
Fonte: 
https://www.maxpixels.net/In
fant-Child-Mother-White-Joy-
Happy-Baby-Female-821625
 Estudo desenvolvido no Centro de 
Saúde São Bernardo – MG. 
 Avaliações do desenvolvimento 
infantil de crianças de 2 meses 
a 2 anos de idade
A avaliação do desenvolvimento infantil: um desafio interdisciplinar
Fonte: 
https://www.sci
elo.br/scielo.ph
p?pid=S0100-
550220120002
00007&script=s
ci_arttext#tab1
Tabela 1
Características das crianças de 2 a 24 meses da UBS São 
Bernardo (n = 122).
Característica Presente Ausente Não relatada
Convivência com agressividade 19 (15,6) 101 (82,8) 2 (1,6)
Convivência com etilismo ou drogas 18 (14,8) 103 (84,8) 1 (0,8)
Convivência com problemas 
emocionais
23 (18,9) 98 (80,3) 1 (0,8)
Frequenta creche 11 (9,0) 111 (91,10) 0
Parente com deficiência mental 34 (27,9) 87 (71,3) 1 (0,8)
Histórico de doença grave 15 (12,3) 107 (87,7) 0
Escolaridade da mãe < 8 anos 44 (37,0) 72 (62,1) 6 (4,9)
Idade da mãe < 20 anos 21 (17,2) 91 (62,1) 10 (8,2)
Consanguinidade entre pai e mãe 4 (3,3) 118 (96,7) 0
Problemas na gestação 34 (27,9) 87 (71,3) 1 (0,8)
Problemas durante o parto 22 (18,0) 99 (81,1) 1 (0,8)
Alteração no perímetro cefálico 13 (10,7) 107 (87,7) 2 (1,6)
Reflexos Primitivos: início e modulação
REAÇÕES E REFLEXOS PRIMITIVOS
Reflexo de Busca ou procura – 4 pontos cardeais
Reflexo de sucção e deglutição
Reflexo de mordida
Reflexo de vômito
Reflexo de fixação ocular
Reflexo dos olhos de boneca
Reflexo glabelar
Reflexo córneo-palpebral
Reflexo cócleo-palpebral
Reflexo de fuga da asfixia de vias aéreas
Reflexo de marcha
Reação positiva de suporte
Reflexo de Landau
Reflexo de Moro
Reflexo de natação
Reflexos de preensão palmar
Reflexos de preensão plantar 
Reação de anfíbio
Reflexo de Galant
Reflexo de propulsão
Reflexo cutâneo-plantar
Reflexo de colocação palmar
Reflexo de colocação plantar
Reflexo de extensão cruzada
Reflexo magnético
Reflexo tônico cervical assimétrico (RTA)
Reflexo tônico cervical simétrico (RTCS)
Reação cervical de retificação
Reação corporal de retificação
Reação labiríntica de retificação
Reação óptica de retificação
Idade de início até sua inibição (mês)
RN 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Fonte: 
https://document.onl/do
cuments/diretrizes-de-
estimulacao-
precoce.html 
(Adaptado)
 Predomínio tônus flexor (postura fetal).
 Neonato não apresenta reações de proteção, equilíbrio e endireitamento.
 Presença da maioria dos reflexos primitivos.
 Não apresenta controle de cabeça, não realiza trocas posturais.
Aquisições motoras – Primeiro mês
Fonte: 
https://pixabay.co
m/pt/photos/bebe
-criança-cara-
gêmeos-deitado-
69675/
 Ainda há predomínio do tônus muscular flexor.
 Decúbito ventral: cintura escapular permanece retraída, flexão no quadril com as pernas 
rodadas externamente e o bebê eleva mais a cabeça, mas não a mantém erguida. 
 Puxado para sentar: começa a controlar a simetria da cabeça, sem controle cervical. 
 Não apresenta reações de equilíbrio e proteção, apresenta muita atividade reflexa primitiva.
Aquisições motoras – Segundo mês
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/phot
os/adorável-braços-bebê-
barriga-blue-20381/
 Decúbito dorsal: alinha a cabeça na linha média, começa a levar as mãos à linha média e 
consegue estender melhor os quadris e joelhos.
 Decúbito ventral: começa a transferir o peso corporal para os antebraços (cabeça até 45°), 
esse apoio ainda não é estável. Apresenta maior extensão do quadril com flexão dos joelhos. 
Ao estender mais o quadril, passa a diminuir a transferência do peso corporal para a cervical.
 Puxado para sentar: não apresenta controle da cervical e da cabeça, já consegue 
acompanhar o movimento sem deixar a cabeça pendente.
Aquisições motoras – Terceiro mês
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/ph
otos/bebê-bonito-criança-
deitado-571137/
 Decúbito dorsal: apresenta posição simétrica e começa a virar para a posição de decúbito 
lateral; consegue trazer as mãos à linha média, segurar um objeto e levá-lo à boca.
 Ele mantém os membros inferiores em rotação externa, com flexão dos joelhos, mas 
consegue estendê-los, com tornozelos em dorsiflexão e dedos em flexão.
 Decúbito ventral: ergue a cabeça a 90 graus e se apoia nos antebraços com estabilidade, 
favorecendo a extensão do tronco. Ainda não assume a postura sentada, apresentando uma 
cifose do tronco acentuada. Ocorre um contato maior do bebê com o ambiente.
Aquisições motoras – Quarto mês
 Decúbito dorsal: rolar para decúbito ventral. Tronco simétrico e alinhado com a cabeça, e 
realiza movimentos de extensão e flexão dos membros inferiores. 
 Decúbito ventral: bom apoio nos antebraços, começa a transferir o peso de um lado para o 
outro (apoiar o corpo em só um dos antebraços). Roda a cabeça para os dois lados.
 Postura sentada: melhora a extensão do tronco por pouco tempo, com bom controle da 
cabeça, mas ainda não é capaz de ficar sentado sem apoio, apenas é colocado na postura.
 O tônus muscular apresenta-se normal. Maioria dos reflexos primitivos já está modulada.
Aquisições motoras – Quinto mês
Fonte: 
https://www.maxpixels.net/Newbo
rn-Babe-Person-Smiles-Boy-
Small-Child-Smile-2972221
Bebê de 5 meses de idade, nascido prematuro de 30 semanas de gestação, foi encaminhado 
ao serviço de Fisioterapia pelo pediatra devido à suspeita de atraso no DNPM.
Durante a avaliação, o fisioterapeuta notou um adequado controle cervical, mas o bebê ainda 
não consegue rolar.
Neste caso, pode-se afirmar que se trata um quadro de atraso motor? Justifique sua resposta.
Interatividade
A gestação tem duração variável entre 38 até 42 semanas de gestação – bebê 
nascido a termo.
Se o bebê nasceu prematuro de 30 semanas, devemos descontar praticamente 2 meses, ou 
seja, embora a idade do bebê seja de 5 meses, é como se ele tivesse 3 meses de vida, e, 
portanto, não se pode afirmar que seja um quadro de atraso do DNPM.
Resposta
 O bebê consegue rolar com facilidade, preferindo ficar em decúbito ventral, e é capaz de 
elevar bem a cabeça nessa postura. Consegue apoiar-se nos antebraços e começa a 
estender os cotovelos, transferindo parcialmente o peso para as mãos.
 Quando colocado na postura sentada, consegue manter-se por pouco tempo e, ao se 
deslocar para frente, consegue apoiar-se nas 
mãos, surgindo assim a primeira reação de 
proteção, chamada de reação de 
proteção anterior.
Aquisições motoras – Sexto mês
Fonte: 
https://pixabay.com/pt/p
hotos/criança-patrão-
pequeno-428384/
 Decúbito ventral: consegue erguer bem a cabeça e apoiar o seu peso nas mãos, o que 
favorece o desprendimento do tronco e do quadril do solo, treinando para adquirir a próxima 
troca postural, que é a postura de gatoou de quatro apoios.
 Postura sentada: bom controle anterior do tronco, mas ainda não apresenta controle 
para os lados nem total extensão do tronco na postura sentada. Ainda realiza a preensão 
dos objetos em garra.
Aquisições motoras – Sétimo mês
 Adota a postura de gato ou de quatro apoios e engatinhar, 
ainda sem muita estabilidade.
 Senta com bom controle de tronco e cabeça, capaz de 
virar-se em torno do seu próprio eixo.
 Apresenta reações posturais da cabeça sobre o corpo e do 
corpo no espaço. Quando na postura sentada, se perde 
o equilíbrio para os lados, responde com a segunda 
reação de proteção, chamada de reação de proteção lateral.
Aquisições motoras – Oitavo mês
Fonte: 
https://www.maxpixels.net/Ba
by-Decoration-Children-
Easter-Spring-Child-4119709
 Senta de forma estável e consegue se apoiar para frente e para os lados com facilidade.
 Começa a levantar-se segurando em objetos. Quando apoiada, começa a dar os 
primeiros passos. 
 Engatinha com rapidez, quando fica em pé com apoio, flexiona e estende quadril e joelhos. 
 Apresenta equilíbrio postural sentada. Começa a pegar objetos com preensão em pinça, 
realizando atividade mais finas (motricidade fina em desenvolvimento).
Aquisições motoras – Nono mês
 Senta sozinha com bom equilíbrio, levanta-se para ficar em pé segurando em objetos, mas já 
pode conseguir ficar em pé sem se apoiar. Consegue andar se segurando ao longo dos 
móveis e passar para a postura de gato com bom equilíbrio. 
 Quando perde o equilíbrio para trás, responde com a terceira reação de proteção, chamada 
de reação de proteção posterior.
 Começa a brincar de se esconder, ou seja, começa a 
brincar com os outros, e não apenas sozinha.
Aquisições motoras: décimo mês e décimo primeiro mês
Fonte: 
https://imagebase.ne
t/image/baby-
throwing-ball.lEdc6 
 Adota a postura ortostática, sendo possível iniciar a troca de passos. Não apresenta ainda 
equilíbrio em pé e as que conseguem andar caminham com a base de apoio mais alargada.
 Consegue falar poucas palavras com sentido (por exemplo: mamã, papá) e já percebe 
quando está sendo elogiada ou repreendida.
 Espera-se que até o décimo quinto mês essa criança seja 
capaz de andar de forma independente, porém sem total equilíbrio.
Aquisições motoras: Décimo segundo mês
Fonte: https://www.maxpixels.net/Infant-Guidance-
Guide-Toddler-Girl-Teamwork-Child-469691
Desenvolvimento motor: 
 Cefalocaudal (controle cervical, tronco superior, tronco inferior, pelve e membros inferiores);
 Proximodistal: inicia controle da cintura escapular, ombros e mãos; e cintura pélvica, 
joelhos e pés;
 Reação de proteção anterior (sentar), reação de proteção lateral (engatinhar) e reação de 
proteção posterior (ortostase).
Aquisições motoras – Princípios gerais
O desenvolvimento de recém-nascidos pré-termo é influenciado pela:
 idade gestacional
 peso ao nascimento 
 fatores de risco associados às condições do nascimento
A incidência da prematuridade varia de acordo 
com o país ou a região, relacionando-se diretamente 
com as condições socioeconômicas da população.
Prematuridade
Fonte: 
https://www.maxpixels.net/Care-
Birth-Navel-Baby-Delivery-
Room-First-Breath-896099
 Fatores que contribuem para o parto prematuro: gestação gemelar, má-formação uterina, 
idade materna avançada, abuso de drogas, entre outros.
 A assistência adequada: contar com a presença de uma equipe especializada, capaz de 
realizar manobras de reanimação e evitar hipotermia, quadros de hipóxia ou de anóxia.
 Atentar-se para uma avaliação adequada ainda no período de internação hospitalar e, a 
longo prazo, com o intuito de identificar possíveis alterações motoras e cognitivas.
Prematuridade
Paciente de 1 ano de idade comparece à avaliação devido a quadro de atraso do 
desenvolvimento motor. Ao avaliar a criança, o fisioterapeuta notou a presença de reflexos 
primitivos (RTCA e preensão palmar e plantar bilateral) e a incapacidade de adquirir trocas 
posturais altas. Pensando nos reflexos primitivos e no desenvolvimento motor, chegou-se à 
conclusão de que há evidências de que o caso apresenta possível lesão neurológica. Quais 
outras evidências você procuraria durante a avaliação desta criança que indiquem a presença 
de lesão neurológica? Justifique sua resposta.
Interatividade
Duas evidências neste caso são importantes e merecem destaque: a persistência dos reflexos 
primitivos e a incapacidade de aquisição de posturas altas. Cabe ao fisioterapeuta procurar 
possíveis alterações tônicas e a presença de movimentos involuntários ou incoordenados, o 
que poderá indicar o local da possível lesão neurológica. Por exemplo, a presença de 
hipertonia elástica, clônus, sinais de ataxia, entre outros.
Resposta
 Grupo de distúrbios do desenvolvimento do movimento e da postura que levam a 
incapacidades funcionais por causa de lesões encefálicas durante o desenvolvimento 
fetal ou infantil. 
 As alterações motoras geralmente estão associadas a distúrbios sensoriais, cognitivos, 
comportamentais, perceptuais, da comunicação, além de quadros convulsivos, e podem 
causar prejuízos musculoesqueléticos secundários.
 Fatores etiológicos X fatores de risco.
Paralisia Cerebral (PC) – Encefalopatia crônica não progressiva
Fatores pré-natais Fatores perinatais Fatores pós-natais
Gestação gemelar
Doenças metabólicas (diabetes,
desnutrição)
Fatores tóxicos (drogas, álcool)
Exposição à radiação
Infecções (TORSCHA)
Abortos prévios
Hipertensão arterial 
Alterações placentárias
Complicações obstétricas
Prematuridade 
Baixo peso gestacional (< 2.500 kg)
Distúrbio metabólico
Parto prolongado
Apresentação fetal anômala
Nota do índice de Apgar
Septicemia
Desnutrição
Crises convulsivas
Meningoencefalites 
Anóxia/hipóxia
Intoxicações
Maus-tratos
Afogamento
Icterícia
Fatores de risco para PC
 Diagnóstico da PC: baseado na anamnese coletada com os cuidadores, na avaliação 
clínica, nas manifestações motoras apresentadas e nos exames de imagem radiológica.
 O pediatra avaliará a medida do perímetro cefálico excluindo casos, por exemplo, de 
microcefalia ou de macrocefalia ou de cranioestenose, que podem acarretar 
alterações neurológicas.
 Evolução e aquisição das etapas do desenvolvimento motor ou sinais de lesão 
associada, que incluem quadros de estrabismo, irritabilidade, distúrbios do sono, 
pobre resposta motora, entre outros.
Paralisia Cerebral – Diagnóstico 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microcephaly.jpg?wprov=srpw1_103 
 Realizada seguindo dois princípios, que são a área da lesão encefálica e a área corporal 
acometida (topográfica).
 Classificação da PC de acordo com a distribuição topográfica da lesão: pode ser 
tetraparético, diparético, hemiparético e, em casos menos comuns, utilizam-se os termos 
“triparético” e “monoparético”.
 Classificação da PC de acordo com a área de lesão encefálica: espástico ou piramidal, 
discinético ou extrapiramidal, atáxico, misto e, menos comum, tipo flácido ou hipotônico.
Paralisia Cerebral – Classificação
Forma clínica Sinais clínicos característicos
Tetraparesia ou quadriparesia
Acometimento simétrico e equivalente dos quatro membros
Afeta o controle de cabeça e do tronco
Maior acometimento motor
Diparesia 
Acometimento maior dos membros inferiores, porém os membros 
superiores também são afetados
Há maior funcionalidade dos membros superiores
Hemiparesia
Apenas um hemicorpo encontra-se afetado
Há funcionalidade normal no hemicorpo oposto
Classificação topográfica da PC
 PC espástica (lesão neurônio motor superior): Hipertonia elástica, associada a 
encurtamentos e deformidades, atraso no DNPM e persistência de reflexos primitivos.
 PC discinética (lesão em núcleos da base): Presença de movimentos involuntários, que 
podem ser do tipo coreia (proximal), atetoide (distal) ou distônico, atraso no DNPM e 
persistência de reflexosprimitivos.
 PC atáxica (lesão cerebelar): Presença de movimentos incoordenados, déficit de equilíbrio, 
dismetria, marcha ebriosa e fala escandida.
 PC mista (diferentes áreas de lesões associadas) 
Alterações concomitantes de dois ou mais sistemas com 
quadro clínico variável.
Classificação da PC de acordo com a área de lesão encefálica
 Distúrbios oftalmológicos: por exemplo, lesões de córtex visual;
 Distúrbios da deglutição e da fala: casos de gastrostomia (GTT);
 Pneumonias de repetição;
 Crises convulsivas;
 Alterações cognitivas e intelectuais;
 Complicações musculoesqueléticas (encurtamentos e deformidades): alta incidência de 
luxação de quadril.
Distúrbios associados à PC:
Manobra ou teste de Thomas: Verificar encurtamento de músculo psoas
Fonte: Autoria própria.
Manobra de Galleazi: Verificar possível presença de luxação de quadril 
Fonte: Autoria própria.
Teste de abdução lenta e brusca: Avaliar simetria da abdução do quadril e se 
há hipertonia elástica de músculos adutores de quadril
Fonte: Autoria própria.
Teste de Ely-Duncan: Verificar encurtamento muscular ou hipertonia
elástica do músculo reto femural
Fonte: Autoria própria.
Teste do ângulo poplíteo: Verificar encurtamento de músculos isquiotibiais
Fonte: Autoria própria.
Criança de sete anos de idade, com diagnóstico médico de Paralisia Cerebral, segundo 
informações colhidas com os cuidadores, ela consegue rolar, sentar com boa estabilidade de 
tronco, apresenta boa funcionalidade de membros superiores, embora apresente movimentos 
involuntários em ambas as mãos. Nos membros inferiores apresenta hipertonia elástica nos 
músculos adutores de quadril, extensores de joelho e flexores plantares que dificulta a marcha. 
Pensando no quadro descrito, qual o provável diagnóstico fisioterapêutico? Justifique 
sua resposta.
Interatividade
De acordo com o quadro apresentado, trata-se de um PC diparético espástico com 
componente atetoide (PC misto), uma vez que a criança apresenta boa estabilidade de tronco, 
adquire trocas posturais baixas e apresenta dificuldade na marcha. Espástico devido à 
presença da hipertonia elástica nos membros inferiores e atetoide pela presença de 
movimentos involuntários distais (mãos).
Resposta
 Observar o comportamento motor da criança, o que ela realiza sozinha, se necessita de 
algum auxílio e qual a possibilidade de ela conseguir realizá-lo de forma independente. 
 Se a criança é capaz de realizar trocas posturais baixas e altas, se apresenta alinhamento 
corporal adequado e ajustes posturais adequados para a idade. 
 Observar a presença de movimentos atípicos, alteração de tônus muscular, presença de 
movimentos involuntários ou incoordenados; se os reflexos primitivos estão compatíveis com 
a idade da criança ou se já deveriam ter sido modulados, tornando-se patológicos.
Avaliação motora na PC
Item avaliado pelo examinador O que observar durante a avaliação
Aquisição das etapas do DNPM
Ordem cronológica de aquisição das 
etapas motoras 
Persistência de reflexos primitivos
Ordem cronológica para a modulação dos 
reflexos primitivos
Alteração do tônus muscular
Apresentação de hipertonia elástica, 
hipotonia muscular, tônus flutuante
Presença de movimentos atípicos 
Presença de movimentos involuntários 
ou movimentos incoordenados
Alteração nas reações de proteção 
Não apresentação de reação de proteção 
anterior, lateral ou posterior
Alteração nas reações de endireitamento 
corporal
Controle cervical, alinhamento postural 
Alteração do equilíbrio postural
Alterações nas reações de equilíbrio 
estático e dinâmico
Presença de alterações 
musculoesqueléticas
Presença de encurtamentos musculares 
ou deformidades ósseas
 Tratamento farmacológico na PC: relaciona-se com o tratamento das complicações 
secundárias à lesão cerebral, tais como a espasticidade. 
 O tratamento da espasticidade pode incluir o uso de medicamentos orais, bloqueio nervoso 
periférico (uso da toxina botulínica ou fenolização), tratamento cirúrgico, uso de órteses e 
tratamento conservador (reabilitação).
 Os medicamentos orais podem influir no tônus muscular pela ação no SNC, sendo os mais 
utilizados o baclofeno, o tizanidina, o dantrolene e o diazepam.
Tratamento clínico e reabilitação
 Tratamento conservador: bloqueio nervoso periférico utilizando a toxina botulínica tipo A 
(TBA) ou o fenol. A TBA é uma neurotoxina produzida pela bactéria anaeróbica.
 O mecanismo de ação da toxina botulínica ocorre devido a uma denervação química 
específica que leva ao impedimento da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular.
 A TBA inativa os terminais colinérgicos dos nervos periféricos, bloqueando a liberação da 
acetilcolina na terminação pré-sináptica e impedindo sua liberação na fenda sináptica. Por 
isso não ocorre a despolarização do terminal pós-sináptico nem a contração muscular.
Uso de bloqueio nervoso periférico
 Especialidades médicas (pneumo, ortopedista, oftalmo, gastro, neuro)
 Fisioterapeuta
 Terapeuta ocupacional (TO)
 Fonoaudiólogo
 Psicólogo
 Ortetista
 Nutricionista
 Psicopedagogo
Equipe de reabilitação
 Estimular o desenvolvimento neuropsicomotor: estimular as aquisições motoras 
específicas para a idade da criança. Considerando o DNPM normal e sabendo que este 
ocorre de maneira cefalocaudal e proximodistal, é necessário estimular o controle da região 
cervical (estímulos sonoros e luminosos), favorecendo o controle da extensão e flexão da 
cabeça, das rotações e inclinações.
 Treinar trocas posturais: estimular a realização de trocas posturais. Se a criança é incapaz 
de adotar a postura sentada sem apoio, possivelmente não estará apta para deambular sem 
auxílio; se não for estimulado o ortostatismo ocorrerá maior risco para alterações do quadril.
Fisioterapia 
 Treinar equilíbrio e controle postural: tanto o controle postural quanto o equilíbrio postural 
podem sofrer interferências devido a alterações do tônus muscular ou à presença dos 
movimentos involuntários ou incoordenados, associados ao atraso na aquisição das 
trocas posturais.
 Evitar encurtamentos musculares e deformidades ósseas: alongar os grupos musculares 
mais afetados, usar a eletroterapia para ativar determinados grupos musculares. Orientar 
aos cuidadores que realizem alongamentos em domicílio. Uso de órteses auxiliando no 
alongamento prolongado e no posicionamento adequado do membro afetado. 
Fisioterapia
 Tratar complicações respiratórias: O tratamento dependerá das complicações 
apresentadas, incluindo manobras de higiene brônquica, aspiração orotraqueal, manobras de 
reexpansão pulmonar e posicionamentos adequados. Alguns pacientes mais graves são 
traqueostomizados ou dependem de ventilação mecânica.
Fisioterapia
 Neste momento, vamos relembrar os principais reflexos primitivos, quando surgem e quando 
devem ser modulados.
 Quais são as reações de proteção, quando surgem e com quais aquisições motoras 
elas coincidem.
 Quais são as principais aquisições motoras do bebê neste primeiro ano de vida e o que pode 
indicar que existe um atraso no DNPM.
Orientação para atividade do chat
ATÉ A PRÓXIMA!

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