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1 2 Uma publicação Upgrade Press, um negócio Administradores.com CEO: Leandro Vieira Direção de Operações: Simão Mairins Edição: Victor Souza Redação: Marina Cabral Diagramação: David Moura Brasil, 2021 3 Introdução Para lidar com os desafios diários do trabalho empresarial, é importante que o líder conheça e domine técnicas e estratégias que podem ser aprendidas, a fim de identificar competências, tomar grandes decisões, negociar de forma consciente e desenvolver sua inteligência emocional, para autoconhecimento e melhoria do relacionamento com sua equipe. Aqui você conhecerá um pouco dos pilares das equipes de alto impacto em um conteúdo produzido a partir de entrevistas conduzidas por Daniel Goleman, referência mundial em inteligência emocional e liderança, com outros nove experts internacionais, material que compõe as aulas em vídeo do Leadership: a Master Class, curso de liderança licenciado no Brasil com exclusividade para o Administradores Premium. 4 I - Tomar boas decisões sobre pessoas É preciso preencher um alto cargo em sua empresa, que está vago. Como encontrar a melhor pessoa para ocupá-lo: promovendo um candidato interno ou trazendo alguém de fora? Qual é a melhor opção e por qual motivo? Essa é uma das grandes decisões que surgem no cotidiano das organizações e Claudio Fernández, expert internacional em atração e promoção de talentos, conselheiro sênior da Egon Zehnder e conferencista em Harvard, ajuda a encontrar respostas por meio do seu trabalho de consultoria e em seus livros, tratando a respeito em entrevista concedida a Daniel Goleman (Aula Tomando decisões sobre pessoas – temporada 4, episódio 1). Fernández traz dados de uma pesquisa com 50 CEOs, diretores executivos de algumas das maiores empresas globais, principalmente líderes em recursos humanos. Os dados revelam que “a maioria das organizações tem um código claro de melhor prática em relação ao desenvolvimento. Apesar disso, a maioria das empresas não tinham ideia a respeito de melhores práticas em fazer nomeações superiores”, diz. O especialista menciona que os CEOs consultados traziam respostas diferentes sobre a contratação de um profissional para um cargo executivo: alguns revelavam preferência por promover alguém entre os melhores candidatos internos; outros discordavam de tal visão, buscando fora uma nova pessoa, por entender que um antigo funcionário traria consigo o “peso” de dentro da empresa; e havia ainda aqueles que optavam por um colega com quem já trabalharam. Contudo, tais empresários não conseguiam explicar por qual motivo a decisão tomada era a melhor. Claudio Fernández destaca também que quando o homem ainda vivia de forma primitiva, as decisões sobre pessoas tinham como base a familiaridade, algo que ainda se reflete em nossas ações, mas é inadequado para o contexto empresarial, no qual se buscam habilidades complementares, diversas, que gerem o confronto respeitoso de ideias 5 E quais são os custos de se ter a pessoa errada em um trabalho? O especialista demonstra que quanto maior a complexidade da função, maior a necessidade de que o funcionário mais produtivo esteja em alta posição, devido ao impacto que causa em outras pessoas. Ainda sobre a escolha do melhor profissional para um alto cargo, ele afirma que: “Enquanto tomar decisões sobre pessoas é brutalmente difícil, a boa notícia é que não é uma arte, não é o resultado da intuição, não é o resultado de um pressentimento, esse é um ofício e uma disciplina que pode e deve ser aprendida para sucesso de carreira, para os valores da organização, para tornar o mundo melhor” (Aula Os 7 pontos das grandes decisões sobre pessoas – temporada 4, episódio 2). O passo inicial indicado é perceber quando é necessária uma mudança de pessoas, que deveria acontecer não somente baseada em um desempenho ruim, pois, conforme Fernández esclarece, “alguém pode ter um desempenho excepcional hoje numa função simples de baixo nível, e quando você promove essa pessoa, no futuro, para uma função muito mais complexa, em um nível muito mais alto, a pessoa pode falhar”. Outro ponto importante é que a contratação não tome como base somente o perfil educacional e a experiência sólida do candidato, como é mais comum — apesar de ambos serem importantes. Para um cargo sênior, o sucesso ou o fracasso tem base, sobretudo, em competências de inteligência emocional. Na procura por candidatos, a indicação é olhar ao mesmo tempo dentro e fora da empresa, considerando uma grande quantidade deles e buscando as competências necessárias para a função. É importante não esquecer, na avaliação, que nossos julgamentos se baseiam em critérios como similaridade, conforto etc., estando atento para evitar esse caminho, buscando utilizar as melhores ferramentas e técnicas para identificação das competências relevantes e envolvendo as pessoas que têm familiaridade com o trabalho, possuem treinamento em métodos de avaliação e a motivação certa para uma análise válida, como indica Fernández. I - Tomar boas decisões sobre pessoas 6 Curso Avançado de Liderança “Leadership: a master class” for Business Reco men damos Com Daniel Goleman e outros 9 grandes experts internacionais CONHECER O CURSO https://lps.administradores.com/leadership/?utm_source=ebook-7-pilares-lideres&utm_medium=ebook-7-pilares-lideres&utm_campaign=ebook-7-pilares-lideres 7 II - Liderar com autenticidade Ao tratar de liderança, a autenticidade ganha destaque na fala de Bill George, professor sênior em Harvard e que foi CEO da Medtronic (Aula Liderança autêntica – temporada 2, episódio 2). Segundo ele, um líder deve ser alguém genuíno e verdadeiro, confortável com o que é, aberto a estar vulnerável, assumindo também seus pontos negativos, suas origens, buscando seu próprio estilo de liderança, sem tentar emular outra pessoa. George responde que quando um líder é inautêntico, pode se perder no caminho, ao tentar ser diferente do que é em essência, e menciona uma pesquisa feita com 125 pessoas, por meio de entrevistas em profundidade, buscando as características de um líder de sucesso, na qual se observou resistência de alguns ao falar sobre o assunto ou a indicação de que o aprendizado sobre liderança não ocorreu por meio de estudo formal. O professor de Harvard observa que admitir os pontos vulneráveis é parte da autenticidade, de permanecer fiel ao que se é, atendendo à uma “bússola moral”, interna, sem desvios por questões financeiras ou por pressão, algo que requer coragem e para o que nem todos estão preparados. 8 III - Cultivar conexões verdadeiras De acordo com Daniel Goleman, “liderança é a arte de se relacionar”, indicando como ingredientes importantes a autoconsciência e o autocontrole — relacionados ao ato de liderar a si — e a empatia, a colaboração, as habilidades sociais, a inteligência social e o mindset — que impactam pessoas, podendo gerar relações positivas ou negativas e, quando negativas, exigindo que o líder saiba lidar bem com seu impacto emocional. Será George Kohlrieser, professor de liderança no IMD/Suíça e consultor de empresas, que tratará do assunto, em diálogo com Goleman (Aula A arte do relacionamento: apego e vínculo – temporada 1, episódio 3). Para o líder já dotado de autocontrole, diante do desafio de aproximar-se de outras pessoas, Kohlrieser indica que demonstre interesse verdadeiro e faça o outro sentir que faz parte da relação, a fim de que a aproximação resulte na criação de um laço, podendo promover o vínculo em torno de interesses comuns, algo que não costuma ser feito por aqueles que estão em posição de liderança. “Os líderes não reservam tempopara formar laços. Eles precisam criar laços com a equipe. E você não precisa gostar de uma pessoa para criar um laço com ela. Esse é o segredo da gestão de conflitos e da negociação de reféns. Eu não preciso gostar de uma pessoa para criar um laço com ela. Nós só precisamos de um objetivo comum”, explica Kohlrieser. Contudo, nas relações interpessoais, também ocorre o afastamento, a separação, e é importante que o líder esteja preparado para entender esse processo e superá-lo com rapidez, o que representa uma forma de luto, podendo ocorrer quando uma pessoa decepciona-se por algo, mesmo aparentemente pequeno, como um feedback negativo, contrariedade, mudança de emprego etc., sendo necessário atravessar tal processo para recriar o laço. 9 IV - Desenvolver inteligência emocional Kohlrieser diz que o segredo dos grandes líderes de alta performance é superar rápido e ajudar outros a superarem também com rapidez, fomentando a união em uma relação ou uma equipe, o que representa um ponto-chave para entender o luto. Autoconhecimento, autorregulação, conhecimento social ou empatia e habilidade social são componentes básicos da inteligência emocional, de acordo com Daniel Goleman. (Aula O cérebro e a inteligência emocional – temporada 3, episódio 1). Abordando o autoconhecimento em entrevista, o professor de Psiquiatria na UCLA, Daniel Siegel, trata da consciência que a pessoa pode adquirir de sua vida emocional, passando a observar de que modo “os sentimentos afetam seu raciocínio e pensamentos, como os sentimentos afetam seu modo de interagir com outras pessoas”. A partir de suas experiências, ele afirma que “os líderes não prestam muita atenção no luto. As organizações negam a quantidade massiva de frustrações, inveja e suas consequências negativas”, evidenciando a necessidade do perdão e da gratidão como elementos que fazem parte de uma boa liderança. Siegel afirma que algumas pessoas têm cultivado as áreas de mapeamento da visão da mente através do autoconhecimento, uma habilidade que pode ser aprendida. Além disso, ele chama atenção para os processadores em rede que estão ao redor do coração e intestino, sendo importante observar o estado fisiológico de todo o corpo, que irá determinar o quão flexível você será, por exemplo, com uma pessoa que está sob seu julgamento, valendo o mesmo para momentos em que se sente ameaçado. “Se você não tiver conhecimento disso como líder de uma organização, você se verá tomando decisões baseadas em suas emoções e que precisam ser mais refletidas antes de você agir sobre elas”, destaca. 10 Curso Avançado de Liderança “Leadership: a master class” for Business O MAIS COMPLETO CURSO DE LIDERANÇA DO MUNDO NA SUA EMPRESA TREINE SEU TIME! Com Daniel Goleman e outros 9 grandes experts internacionais SOLICITAR PROPOSTA https://lps.administradores.com.br/leadership-corporativo?utm_source=ebook-7-pilares-lideres&utm_medium=ebook-7-pilares-lideres&utm_campaign=ebook-7-pilares-lideres 11 V - Estimular a criatividade Teresa Amabile, professora de Administração na Harvard Business School, explica o que um supervisor pode fazer para melhorar a criatividade das pessoas numa equipe ou setor e o que as impede de avançar. Ela esclarece que muitos líderes não percebem que precisam prestar atenção nesse ponto e indica como algo crucial o estabelecimento de metas claras para um projeto, sendo importante que deem aos colaboradores alguma autonomia no que estão fazendo (Aula Como melhorar o ambiente criativo – temporada 5, episódio 2). Além da autonomia, a professora também enfatiza a relevância do tempo suficiente para o desenvolvimento do trabalho criativo: “As pessoas têm que acreditar que o que estão fazendo é verdadeiramente importante e que é urgente, que não foi alguém que simplesmente estabeleceu um prazo arbitrário para nós, e que estamos fazendo algo que realmente importa”. Amabile também menciona uma pesquisa realizada com cerca de 700 supervisores ao redor do mundo a fim de classificar motivadores específicos, influências que poderiam exercer para motivar as pessoas, descobrindo ser o número um entre os mais importantes o progresso no trabalho. Quando se refere ao “progresso”, Amabile fala de “pequenas brisas”, vitórias cotidianas do trabalho diário, já que são muito raros os grandes avanços (Aula Motivando a criatividade – temporada 5, episódio 4). É importante compreender como os supervisores impactam de maneira determinante a vida profissional e interna da equipe, mesmo com pequenas brisas, perdas, ajudas, restrições e contratempos. A especialista demonstra como tais ações têm impacto na criatividade, produtividade e compromisso com o trabalho e os colegas. 12 VI - Desenvolver habilidades de negociação Em um curso de Negociações, a palestrante pergunta: “Quantos de vocês aqui se veem como um negociador? Quem aqui já teve a experiência de negociar?”. Somente duas ou três pessoas levantam a mão. “Todos aqui deveriam estar levantando a mão”. Esta é a primeira lição trazida por Erica Ariel Fox, professora de Negociação na Harvard Law School: “Muitas pessoas acham que as negociações só ocorrem quando diplomatas estão discutindo acordos de paz, quando estão negociando a resolução de uma disputa de fronteiras, ou até mesmo na sala de reuniões da diretoria corporativa, onde os executivos estão sentados tentando negociar uma fusão ou uma aquisição. A ideia do curso de Negociações é de que essencialmente todos nós negociamos a todo momento, o dia todo, todos os dias” (Aula Posições vs. Interesses – temporada 5, episódio 2). Fox se diz surpresa sobre o quanto as pessoas são pouco treinadas em negociar bem, já que é uma prática cotidiana, e apresenta, brevemente, o método de Harvard, baseado na ideia de separar posições de interesses: “As posições são essencialmente o que você deseja quando você negocia, e os interesses são o porquê, o que você está buscando para satisfazer suas preocupações, suas necessidades, o que você queria que tivesse acontecido”. A maior ênfase está em fazer com que as pessoas reflitam e defendam o motivo pelo qual elas querem o que está em negociação, qual a importância que enxergam. Assim, torna-se mais fácil buscar satisfazer diferentes interesses, inclusive implícitos, que motivam as posições tomadas pelas pessoas. 13 VII - Comunicar com clareza George Kohlrieser trata das habilidades de relacionamento para a liderança, destacando o poder da linguagem, a importância de que um líder seja capaz de ser sensível “às palavras que está usando e às palavras que os outros estão usando, aos sinais ao redor dessas palavras, à linguagem corporal que acompanha essas palavras”. Além disso, deve saber que perguntas fazer na hora certa, escutar, avançar nos questionamentos — não como interrogador, mas verdadeiramente interessado na escuta —, podendo, assim, influenciar, compreender as resistências e construir confiança, sendo, inclusive, influenciado de volta, exercendo a liderança como influência mútua, causando impacto e inspirando os colaboradores (Aula O poder da linguagem – temporada 1, episódio 4). E assim como as palavras, a expressão facial e a postura são importantes, também são relevantes as narrativas, as histórias contadas pelos líderes com a capacidade de comover, gerar troca emocional, como nos lembra Daniel Goleman ao entrevistar Howard Gardner (Aula O papel da narrativa – temporada 8, episódio 2). Howard Gardner, professor de Cognição e Educação em Harvard, fala sobre estratégias de narrativa efetivas, para as quais usa o termo “alavanca”, destacando que a escolha de qual usar depende de com quem seestá lidando: se são pessoas sofisticadas, parceiros que estudam o mesmo que você, se no contexto de uma candidatura política etc. Outra questão apresentada por Gardner é se o líder se faz compreender pelo público para o qual se dirige, inclusive utilizando outros recursos, se preciso, como desenhos, quadrinhos, dramaturgia, jogos e, principalmente, acontecimentos do mundo real: “As pessoas querem saber sobre esse acontecimento, seja ele a descoberta do ouro, uma praga, como é que isso nos afeta”, destacando, por fim, uma alavanca que cita como “subestimada”, que é encarar resistências, pois, ao narrar, é importante estar pronto para deparar-se com as diferentes histórias que as pessoas têm como repertório, que podem se confrontar com a sua e resistir, sendo necessário tentar entendê-las e preparar-se para lidar com elas. 14 O MAIS COMPLETO CURSO DE LIDERANÇA DO MUNDO NA SUA EMPRESA DÊ O PRÓXIMO PASSO AGORA CONHEÇA O CURSO SOLICITE UMA PROPOSTA O mercado empresarial precisa de líderes que, além de experiência sólida e ótimo perfil educacional, também tenham inteligência emocional, saibam tomar decisões importantes e negociar, conseguindo desenvolver um estilo próprio de liderança, com autenticidade, inspirando seus colaboradores e estimulando a criatividade, fornecendo o que necessitam para alcançarem melhores resultados, investindo na criação de conexões verdadeiras, a partir da escuta realmente interessada. Você pode ter acesso ao conteúdo integral dessas e de outras aulas, além de outros conteúdos do curso Leadership: a Master Class, com Daniel Goleman, um treinamento avançado de liderança. Quer múltiplas licenças para treinar sua equipe? https://lps.administradores.com/leadership/?utm_source=ebook-7-pilares-lideres&utm_medium=ebook-7-pilares-lideres&utm_campaign=ebook-7-pilares-lideres https://lps.administradores.com.br/leadership-corporativo?utm_source=ebook-7-pilares-lideres&utm_medium=ebook-7-pilares-lideres&utm_campaign=ebook-7-pilares-lideres 15
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